sexta-feira, agosto 13, 2010

BLOGAGEM COLETIVA - SENTIMENTOS - INVEJA

Olá,

Nessa postagem o sentimento é Inveja.

Vamos lá.

Inveja: Desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade de outrem. Invejoso: aquele que tem inveja. Pesquisei no Aurélio.
Nessa semana andei ocupadíssima, estudando. Até fiz um pós. Queria saber de perto o que diz o mundo acadêmico sobre a inveja. Pois bem. Taí pra você, em primeira mão, saindo do forno, meus conhecimentos ultra, super, hiper, científicos.

Inveja é uma doença, um vírus, uma disfunção cerebral. Completamente diferente do ciúme que é querer manter o que se tem. Também não é igual à cobiça que é querer o que não se tem. Inveja é não querer que o outro tenha. É um sentimento perigoso e forte que ataca o coração e destrói a vida do invejoso. É mais ou menos como o feitiço virando contra o feiticeiro. Aí, pensei, bom, menos mal, só prejudica o invejoso, ufa! Mas tornei a pensar e vi que não era bem por aí. Olha só. O carinha invejoso adquire uma bela depressão, vai para o SUS, cai no hospital e dê-lhe remédio... E você nem imagina quem paga essa conta, não é? Conclusão: inveja é um sentimento malcriado, imbecil e dispendioso, que deveria ser banido da face da terra.

Gente, a inveja é um problema social, uma questão de saúde pública! Está na hora de criarem uma lei para acabar com a inveja. Não, não ria, é sério!! (Afinal, vivemos num país que faz leis a torto e a direito, e, diga-se de passagem, mais torto do que direito, portanto...rsrs!).

Aprendi também que o tal vírus estava aprisionado na maçã, inativo, lá no paraíso. Aí o casalzinho inventou de meter o nariz, --ou melhor os dentes-- onde não devia, e deu no que deu. E veio a comparação: fulano é mais bonito, é melhor do que eu. Abriram-se as comportas e a inveja, calmamente, entrou e instalou-se no coração das pessoas. E dizem que mora lá, na tocaia. Já viu, né, acho bom então, já que a gente não pode expulsá-la de lá, pelo menos dar uma boa sufocada nela, tirar-lhe as forças, antes que mostre suas garras e nos torne reféns de seus caprichos.

É triste, mas as vítimas da inveja simplesmente não conseguem suportar o sucesso do outro e por conta desse sintoma, acabam virando umas fingidas. E, cá pra nós, usam artimanhas tão babacas... Tem aquele que finge que não sabe que o outro é doutor, e sempre que o apresenta a alguém, o faz omitindo o devido título. Tem outro que finge que detesta viajar, só pra desestruturar seu colega que fez uma viagem legal. E outro que finge que dorme na palestra do amigo. Caracas. E por aí vai. Tem uma penca de exemplos. E nem vem com essa de inveja boa, inveja branca e tals. Negativo. Inveja é um câncer. Xô.

Bom gente, foi isso que aprendi no pós. Espero ter ajudado, rsrs.

Veja agora a historinha que achei na internet. É uma lenda sobre a inveja, e ilustra bem a minha conclusão sobre o tal feitiço virar contra o feiticeiro.
A Inveja e a Ganância passeavam de mãos dadas. De repente apareceu um gênio e disse: Peçam o que quiserem e lhes darei. Mas antes, respondam: quem nasceu primeiro a Inveja ou a Ganância? A Inveja pulou: Fui eu. Ok, disse o gênio, então, tudo o que você pedir, eu darei em dobro para a Ganância. A Inveja pensou, pensou e pediu: Fure um olho meu!
Mamma mia, sacou? E aí, quem mais sofre, não é o invejoso? A Bíblia tem toda a razão: "A inveja é a podridão dos ossos". (Pv 14:30).

Agora veja essa de São Basílio, o Grande:
“Não há vício mais pernicioso do que a inveja implantada no coração humano. (...) É um prejuízo para a pessoa invejosa, mas não causa danos aos outros.(...) A inveja é a dor causada pela prosperidade do próximo. Por conseguinte, uma pessoa invejosa sempre possui um motivo para tristeza e desânimo.(...) A pior característica dessa dor, no entanto, é que a vítima não pode revelá-la a ninguém”.
Boa São Basílio! Você acertou em cheio. Ô gente, pega leve, tem que dar um desconto, São Basílio era o Grande, mas não sabia do SUS!

Ops, não tinha SUS naquele tempo, amore, hehe.

Esse post faz parte da Blogagem Coletiva do Blog Café com Bolo.
Beijos a todos.

quarta-feira, agosto 11, 2010

O PESO DE NOSSAS DECISÕES - OU A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER

Bom Dia!

Hoje, lindo dia mesmo. Ensolarado, mas frio, de montão. E um vento...! E eu a fim de jogar pra amanhã um trabalho meio chato --um Parecer Jurídico sobre um decreto-- que me programei pra fazer hoje. É só decidir: livre, leve e solto. Então: faço outro trabalho menos complexo e deixo esse pra amanhã, ou me atiro de cabeça e faço logo esse tal parecer?

Uma simples decisão. Coisa leve. Que tal? Licença, só umas filosofias, hehe.

No meu pensar não há decisões simples nem leves. Nossa vida caminha na direção de nossas decisões. Vou alumiar a vereda com um livro bem conhecido. Chama-se "A Insustentável Leveza do Ser". O autor? Milan Kundera. Aí você enche o peito e diz: grande coisa! Esse livro já era, todo mundo leu, qualé.  Melhor, é mais fácil pra mim. Posso até poupar o verbo, rsrs!  Não, não vou fazer resenha. Apenas uma rápida pincelada no ponto que interessa. 


Kundera olhou o mundo de forma revolucionária. E eu gostei. Tanto que reli algumas vezes, pois acho interessante a dialética que ele propõe. E o que me trouxe agora à lembrança foi precisamente uma abordagem que ele faz sobre nossas escolhas, nossas decisões.

Diz ele, e eu concordo plenamente, que todos nós pagamos um preço na vida pelas decisões que tomamos, levando-se em consideração, que não sabemos as consequências ou implicações que haveriam se tivéssemos tomado decisão oposta. Os caminhos da vida não são lineares, “a vida não anda em linha reta, mas em círculos, ou até em espiral”, diz Kundera. E enfatiza o peso das decisões, afirmando com todas as letras, que nós só podemos tomar a mesma decisão uma única vez. Isso porque, diz ele, "na vida não há ensaios" (lembrou alguém? isso mesmo, Chaplin). Caramba, isso é absolutamente verdadeiro. De fato, a vida não volta atrás. E lembro que no mesmo sentido, Heraclito também dizia: “nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio”.  Nesse contexto é fácil perceber que as decisões não têm a leveza que a gente teima em emprestar. Por mais simples que possam parecer. Pois é. E mesmo assim costumamos dizer: ora, isso é muito simples: decida-se!

Kundera encerra o raciocínio falando sobre a dicotomia entre o peso e a leveza das decisões. E eu, sinceramente penso --assim como ele-- que essa dicotomia é de extrema importância e de grande responsabilidade para nós, pois embora surja a oportunidade de refazermos nossas vidas, com outras decisões, as circunstâncias adjacentes nunca mais serão as mesmas. E após a decisão, a vida sempre acontece, de um jeito ou de outro. Portanto o mínimo que podemos fazer é: pensar, refletir e só então decidir. A essa altura, já começamos a pagar o preço.

Conclusão. Veja você, a sutileza. O título do livro diz tudo: é insustentável a leveza do ser. Em nossa existência enquanto seres que somos, temos de arcar todos os dias com o peso das nossas decisões. A vida não é leve. Não somos leves. Se não tivéssemos o fardo das decisões a carregar, aí sim, seriamos mais leves do que o ar, voaríamos. Mas seriamos semi-reais e ficaríamos distanciados da terra, do ser terrestre. E nossos movimentos seriam tão livres e leves quanto insignificantes. Então, o que escolher? O peso ou a leveza? Novamente a decisão.

Ufa, acabo de decidir: vou fazer agora o tal Parecer. Não adianta, eu sou assim. Sessentona e talvez um pouco, digamos, certinha, hehe.

Beijos.

segunda-feira, agosto 09, 2010

MAIS HAICAIS

Olá todo mundo,

Estou com vontade de escrever haicai. É que encontrei essas imagens tão lindas... e daí... me deu uma saudade...
Bom, não pude e nem quis evitar.  Espero que gostem.
Enjoy.


MSBd7

Sinto o perfume
da flor lilás da lavanda -
Ah! minha infância.



MSBd11

Gosto do gosto
do chá de camomila -
Saudades da avó.

Beijos e uma semana ótima.

domingo, agosto 08, 2010

PAIÊÊÊ...! É HOJE...! ELES ESTÃO COM A CORDA TODA!!!!

Olá papais!


Hoje é dia dos pais. Registro aqui minha homenagem aos papais blogueiros e aos não blogueiros que por aqui passarem. Feliz Dia dos Pais para os meus amigos. Feliz Dia dos Pais especialmente para meu marido, meus irmãos e meu genro. Parabéns a vocês, papais. Sem vocês o mundo seria muito triste.


Mas a homenagem especial vai para meu pai. Seu nome?
Eurides Pahim Soares.


Taí ele. 85. Isso mesmo, você ouviu bem.


Ele é um cara muito alegre, internauta dos bons, chegado num joguinho de damas, e joga muiiito bemm! Vive jogando na net e batendo papo com amigos no msn. Esse é ele. Meu pai. O cara.

Que Deus o conserve assim, forte e saudável, lúcido e com essa alegria tão sua, que nos contagia. Estou feliz alinhando essas palavras, mas, confesso, bastante emocionada. Caracas. Você nem imagina quanto. Laço familiar não é mole!

Meu pai canta e toca violão e cavaquinho. E compõe. Me emociono ao vê-lo e ouvi-lo cantar e tocar. Seus olhos brilham. Ele é louco por música. Sei que ele nasceu para enfeitar a vida. Tem uma música bem antiga que eu adoro e quando chego lá na casa deles, e ele está com o violão, ele toca, dedilhado, bem baixinho, enquanto converso com minha mãe. Eu sei que é para mim. Obrigada, por isso, pai.

Seu lema pode ser resumido na música que ele compôs há bastante tempo, e que trago um trechinho da letra para fazer a homenagem. O nome da música é SORRIR.

Sorrir, vamos sorrir
Chorar, pra que chorar
Tristezas não pagam dívidas
Vamos sorrir e cantar!

Por enquanto era isso. Ops, ia esquecendo meu filho. É que ele ainda não é pai, mas como foi o único neto que puxou ao avô, vai também minha homenagem. Meu filho é produtor musical, tem um estúdio de gravação. Toca bateria, guitarra, violão, sei lá uma penca de instrumentos. Veja só a vida como ela é.

Beijos e bom domingo a todos.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

UP DATE: O pessoal do Blog "007ConeXãoBlogs" teve uma idéia genial. Eles resolveram divulgar os blogs que estão homenageando os pais no dia de hoje.  Passe lá e dê uma olhadinha, tem um monte de coisas interessantes pra gente ler. Clique aqui.

sexta-feira, agosto 06, 2010

BLOGAGEM COLETIVA - SENTIMENTOS - DESEJO

Olá, todo o mundo!

Nessa postagem o sentimento é Desejo. Ótimo, vou direto para um livro que fazia um tempão que eu queria falar, mas simplesmente ia passando, nem sei porque, pois é um livro que amo de paixão. (Legal, essa blogagem me fez lembrar). Chama-se "A Árvore dos Desejos" e foi escrito por William Faulkner (1897-1962).

É um livro que EU quero ler (e reler) para meus netos. Assim como um dia desejei para meus filhos (e consegui \o/), quero que meus netos não somente leiam, mas que desenvolvam bom gosto para a leitura. Por isso, Faulkner é obrigatório. Daqui a alguns anos, quando eu me for, eles, já adultos, saberão por seus pais, que sua avó costumava ler para eles "A Arvore dos Desejos" de Faulkner. Que não é pouca coisa! Acho que esse é o tipo de livro que foi feito pra ser lido em voz alta, e aposto que o autor também o leu para seus filhos. Bom, chega de conversa fiada, lá vai uma palhinha.
"Ela ainda estava dormindo, mas podia sentir-se emergindo do sono, tal e qual um balão: era como se fosse um peixinho dourado em uma redoma de sono, subindo e subindo pelas águas quentes do sono para a superfície. E então acordaria."
Assim começa "A Árvore dos Desejos".

A história começa no dia do aniversário de Dulcie. E no dia do aniversário de Dulcie tudo é diferente. Ela acorda no meio da noite e dá de cara com Maurice, um menino ruivo, de rosto feio, mirrado e cabelo vermelho reluzente, carregando uma enorme sacola na mão. Ele está ali ao pé de sua cama, para convidá-la a uma aventura: encontrar a Árvore dos Desejos.

Juntam-se a eles o irmãozinho de Dulcie, Dicky, sua babá, Alice, o amigo George e um velhinho, que diz saber muito bem o caminho para chegar à tal árvore.

As crianças seguem numa jornada cheia de aventuras. Andam em charretes e pôneis de brinquedo que se tornam reais. Os personagens esticam e encolhem ("querida encolhi as crianças", lembra?) E tudo sai de dentro da sacola de Maurice! Tem lerofantes (sim, uma espécie de elefante), tem um rio correndo na vertical... Enfim, tem uma penca de coisas fantásticas. E eis que o grupo encontra uma árvore mágica — de folhas brancas, mas que mudam de cor! E o melhor de tudo é que essa árvore realiza os sonhos das crianças: basta pedir e pronto!

Bom, daí em diante, tudo que o grupo desejava acontecia, tanto de bom quanto de ruim. Se um dissesse: “Quero um doce”, surgia um doce na sua mão. Ou: “Eu quero uma espingarda”, aparecia a espingarda na mão de quem a desejou. Num dado momento, o menino George deseja que um leão saia de trás de uma árvore. Uau. Imediatamente o leão aparece. Ele então se desespera. E agora?

Aí vem o melhor.

Acontece que para desfazer o desejo, ou seja, fazer o leão dar o fora, somente George poderia "desdesejar" o que havia desejado... (Veja só, muitas vezes não prestamos atenção às palavras que saem da nossa boca!) Nem precisa dizer que é uma metáfora. Você já sacou né?

A história segue cada vez mais interessante. Mas, não vou contar. Fico por aqui mesmo.

O livro é bem fininho e a gente lê sem respirar. Ainda mais esse, que alterna o fantástico e o real. E vou dizer mais, acho sinceramente que essa é uma daquelas leituras indispensáveis para a geração que vai governar nosso planeta. Eles irão precisar de magia e encantamento. Certeza, toque aqui!!!


MEU PITACO

É impossível ler essa história sem transpor para a vida real. Durante a leitura, a gente se dá conta de que, na verdade, a Árvore dos Desejos é a nossa mente. E que tudo aquilo que pensarmos, mais cedo ou mais tarde, se realizará. Às vezes demora bastante e a gente até esquece que, um dia, de alguma maneira, (mesmo sem prestar atenção), desejamos o que aconteceu na nossa vida. Alto lá, cuidado com os pensamentos!!

Mas, se fizermos um exame de consciência verdadeiro, sem enganações, iremos perceber claramente que são os nossos pensamentos, desejos, medos e receios que desenham as nossas vidas. Nosso pensamento cria nosso céu e inferno, tristeza e alegria.

Aos Desejos \o/, touché!!!

Blogagem Coletiva do Blog "Café com Bolo".
Beijos.

quinta-feira, agosto 05, 2010

CHORAMINGAR

Bom Dia, pessoal,
Chuva que não pára e muuiiito friooo em Porto Alegre, br-br-br, mas insisto, Bom dia!

Tenho acompanhado alguns textos em blogs, sites, jornais impressos, etc, onde o pessoal põe a boca-no-mundo, traz a público as mazelas, os desmandos, enfim a corrupção que grassa pelo país.

É muito bom e concordo com tudo. O povo tem que saber o que está acontecendo nos bastidores. Tem que saber que nossos governantes só pensam no seu próprio umbigo, que o país está jogado às traças e que as pessoas que, com seu trabalho, realmente sustentam a nação, estão abandonadas, sofrendo..., assoberbadas de impostos. E que é urgente fazer alguma coisa para conter esse estado de coisas.

Mas fazer o quê?

Pense comigo. Fazer uma reclamação geral? Outra? E mais outra? Ora, isso todo mundo faz. Aliás é só o que fazem. E adianta alguma coisa? E já adiantou? Onde? Estou falando de resultados, de concretude. 

E trago aqui essas questões porque percebo que nós (o povo), estamos de mãos atadas, reclamamos ao vento. Não podemos contar com ninguém, pois os poderes que, teoricamente, deveriam "olhar" para o nosso Direito, ficam só no teoricamente.

E mais, se algum contribuinte litiga contra os poderes públicos e depois de muito lutar, obtém uma vitória no judiciário, pode saber, no outro dia, sai uma lei em cima daquela decisão, e derruba qualquer possibilidade de outros contribuintes, porventura na mesma situação, terem seus direitos reconhecidos em juízo. Isso não é segredo. Está estampado na jurisprudência de nossos tribunais. É só ler. É o nosso direito que está em jogo. Nossa cidadania.

Misericórdia.

Inobstante, continua escrito no artigo primeiro da Lei Maior que "A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito..."  E os poderosos torcem o nariz: a lei, ora a lei!

Forçoso concluir que o povo já era. Nossas palavras não têm qualquer valor. Temos sido muito ingênuos. Fiscalizar o quê? Exigir o quê? Como? Com que ferramentas? O povo invisível vai fazer o quê? Só choramingar. É isso que temos feito. 

Aí você pula e diz, ah, temos o voto. E eu pergunto, onde está a força do voto, se em nosso pais, a maioria dos votantes, em algum momento de sua vida já passou até fome? Sequer entende o que lê? E se contenta com uma torneira e uma única lâmpada pra iluminar sua moradia miserável? E vive ganhando presentinhos?

Você viu. Eu não tenho respostas, só perguntas. Mas, apesar de tudo sou a favor dos choramingos. Mas tem que ser muiiito alto. Mesmo. Temos que continuar, não podemos desistir. Talvez um dia, temendo ficar surdo, alguém nos ouça.

Registro aqui minha posição, pois não quero ir para o inferno. Rsrs.
"O inferno reserva lugar para aqueles que, mesmo nos momentos de profunda amargura, permanecem na neutralidade, sem denúncia e sem louvor"  Dante Alighieri "A Divina Comédia" Ato III.

Ô gente, isso foi só um desabafo, hehe.
Até amanhã, na blogagem coletiva.

Beijos.

terça-feira, agosto 03, 2010

LICENÇA PARA MENTIR

Olá, todo mundo.

Li uma reportagem sobre as mentiras que os pais contam aos filhos. Em síntese: o que pode e o que não pode mentir. Fiquei pensando, pensando e registrei aqui algumas impressões. Confesso que para mim, que sou de outro tempo, algumas coisas a gente mentia mesmo e pronto. Ninguém ficava com crises de consciência, nem inquietudes, sabíamos muito bem o motivo daquelas mentiras.

Acontece que os tempos mudaram, e nesses "tempos bicudos", como diria Quintana, para o lado que a gente se vira, encontra um manual teorizando sobre a criação de filhos. Lógico, tudo nos trinques, escrito por profissionais, --geralmente sem filhos--. Nada a ver, eu sei, mas em todo o caso, é um dado que julgo oportuno referir. Ah, ia me esquecendo..., e tem ainda as leis, com suas hermenêuticas. 

E o que sobra para os pais, nessa avalanche de teorias e normatizações? Sobra, que eles vêm há bastante tempo sentindo-se inseguros e desautorizados em suas atitudes pedagógicas, --sentimento que, aliás, considero absolutamente normal--, levando-se em consideração que, profissional e legalmente, aquilo que hoje é certo, amanhã pode não ser. Nesse compasso, concluo que os pais perderam o norte e deixaram a peteca cair. E os valores caíram juntos, abraçadinhos. Yes! E e o que temos agora? Uma pizza gigante com váaarios sabores: falta de respeito, violência, grosserias gratuitas, adolescência quase eterna, egoísmo, superficialidade, traição. Tudo de pernas para o ar! Uma juventude enfraquecida, com o pensamento truncado, facilmente manipulável. Em futuro próximo uma nação ideal, para propósitos nem sempre ideais, a gente sabe. Óbvio, pais inseguros, sem autoridade, formando cidadãos, queria o quê.

Easy.

Nem tudo está perdido. Tô postando essa reportagem aí embaixo, (um trecho) pra você dar uma olhadinha. Claro gente, é uma reportagem ultrasuperficial, mas é um começo. Pelo que tenho lido atualmente, parece que os profissionais estão revendo suas posições. Anote aí, agora os pais já podem mentir um pouquinho para os filhos! Rsrs. (Ops, não ria, madame, o caso é sério!)

Bom, agora deixo você na companhia dos profissionais. Mas já vou avisando que não concordo com tudo o que está dito. Concordo apenas em parte.

Eis as perguntas que os anjinhos fazem e as respostas que os pais podem dar:



Pai, alguma vez tomaste drogas?

“Se a minha filha me perguntasse se já fumei um charro, eu dizia que não.” A psicóloga Annie Romantini não tem dúvidas: este é um dos poucos casos em que os pais podem mentir com todos os dentes sem se sentirem mal por causa disso. É importante manter o respeito, para mais tarde poderem dizer: “Isto é errado, não podes fazê-lo.”


Porque é que agora nunca vais trabalhar?

As crianças têm uma grande capacidade intuitiva e percebem quando os pais não estão bem. Mas preocupá-las com coisas que não são para a sua idade pode assustá-las e tirar-lhes a tranquilidade. No caso de uma situação temporária, os pais devem esconder a verdade e dar a ideia de que está tudo bem.


Se tu e o pai são amigos, porque nunca saem juntos?

A resposta é simples: “Eu e o teu pai adoramos-te, queremos o melhor para ti.” Os pais devem fazer os filhos entender que podem não ser os melhores amigos, mas que se respeitam e que o conceito de amizade dos adultos é diferente do das crianças, reforça Mário Cordeiro.


Ouvi a mãe dizer que não temos dinheiro para pagar a casa. É verdade?

“A omissão é positiva”, afirma a pedopsiquiatra Isadora Pereira. Os problemas financeiros são do mundo dos adultos e os filhos não devem nem precisam de saber de todos os problemas dos pais. “Temos dinheiro para te dar tudo aquilo de que precisas"é uma resposta possível.


Na escola tiravas muitas negativas?

Poucos pais foram alunos perfeitos, mas quase todos gostariam que os filhos o fossem. A solução não é mentir, mas adoçar a verdade ou contornar a pergunta: “Não importa se tirei ou não negativas. Isso não te dá o direito de as tirar também.” Outra hipótese: “Que diferença é que isso faz?”, sugere Annie Romantini.


O tio está no hospital. Vai morrer?

Pode explicar que o tio está doente, sem entrar em pormenores sobre o problema de saúde e contornando a questão da morte: “Todos esperamos que se cure”, por exemplo. “Há que sublinhar que as crianças apenas pretendem resposta para aquilo que perguntam e não mais que isso”, explica o pediatra Mário Cordeiro.


Quantas bebedeiras já apanhaste?

“O meu filho começou a fazer este tipo de perguntas quando passou a ver telenovelas”, conta Adelaide Calvo, mãe do João, de 14 anos. A psicóloga Annie Romantini explica que aqui a mentira é benéfica. Mais uma vez, é importante dar o exemplo. O faz o que eu digo e não o que eu faço raramente resulta.


És tu a fada dos dentes?

Manter algumas “mentirinhas” que todos sabem o que são, mas que correspondem a fantasias infantis, como a Fada dos Dentes e o Pai Natal, é positivo. “Todas as crianças têm o direito de ter fantasias, e isso é bonito e é importante”, afirma Annie Romantini. Até quando? Até descobrirem a verdade por elas próprias.


Fumar é bom?

Apesar dos muitos problemas que pode trazer, por alguma razão tantos fumadores insistem em fazê-lo: sabe bem. O melhor para um pai fumador é reforçar os pontos negativos e evitar que o filho tenha curiosidade de experimentar. Mário Cordeiro aconselha-os a explicar que as pessoas não são perfeitas, mas que talvez um dia, com a ajuda do filho, consigam deixar o vício.

Até mais.
Beijos.

sábado, julho 31, 2010

BLOGAGEM COLETIVA - SENTIMENTOS - MEDO

Olá!

Nessa ´postagem o sentimento é MEDO.



Não tenho medo. 

Aos vinte e poucos anos de idade decidi que nunca mais teria medo. Não estou falando do medo das doenças, dos desastres, do controle social, da morte. Refiro-me a outro tipo de medo, aquele parecido com pavor. 

Posso dizer que numa fase de minha vida eu fui a personificação do medo. Tinha medo de muitas coisas, mas o escuro particularmente me descompensava. A sensação era terrível, como se alguém, uma sombra, andasse no meu encalço. Eu ficava paralisada de terror. E virava um trapo. Recordo-me que a última vez em que tive medo, quase enfartei. Foi um episódio banal, mas o medo foi atroz. Um divisor de águas em minha vida. 

Naquele verão, minha filha era bebê e estávamos em férias, na praia, numa casa à beira-mar. Era uma noite agradável, super comum. Meu marido, ali pertinho, comprando cerveja para nós. Tudo numa boa. Até o momento em que a luz apagou e ficamos na escuridão. Minha filha e eu. 

Comecei a tremer e a sentir aquela sensação cruel... e a ouvir os barulhos do medo... Santo Cristo, ouvia o mar, o vento... tudo em proporções assustadoras... e o pavor começou a tomar conta de mim. Uma doideira só. Pois não é que de repente, sem saber como, abandonei a agonia e num lance de coragem resolvi encarar a situação? Consegui mover-me, abri a porta e saí com meu bebê no colo, sozinha, no escuro. Eu tremia, mas continuava segurando minha filha. E o desespero foi passando. (Sei, isso foi um milagre).

Ficamos ali na areia, pertinho do mar, quietas, nenhum pio. Foi então que notei o céu..., sem lua, mas todo estrelado. Abracei minha filha e uma calma desconhecida inundou meu coração. E fiz a promessa que transformaria para sempre o meu viver. Prometi, com todas as minhas forças, que nunca, nunca mais teria medo! E os anjos disseram amém. E anunciaram ao Pai os meus propósitos. O tempo que segui vivendo confirmou essa certeza. 

Na volta pra casa, continuava escuro, mas andei a passos lentos, sem tremer. Meu coração estava sossegado. 

Agora, resumindo aqui pra você, noto que faltaram alguns detalhes. É que não encontrei as palavras. Mas acredite, foi uma coisa muito louca. Quem conhece o medo intenso, sabe muito bem o que passei.

Hoje em dia, quando lembro daquele episódio, renovo minha certeza: Anjo-da-Guarda existe sim! E o meu não brinca em serviço! Não quero nem imaginar o que poderia ter acontecido com minha filhinha, tal era o estado em que eu me encontrava. Meu anjo? Nota mil! Mas, pensando bem, acho que foram os dois anjos, o meu e o da minha filha, que uniram as forças e seguraram aquela onda. Aleluia!

Okok, mas o que restou disso tudo?  Uma coisa muito boa. Nunca mais senti aquele tipo medo. Não, não me olhe assim, eu também não entendo. E alguém, por acaso, entende os anjos? 

Desculpe o atraso na postagem. Minha conexão simplesmente sumiu!! Esse post faz parte da Blogagem Coletiva do blog Café com Bolo.

Beijos. Fui.

segunda-feira, julho 26, 2010

POR DEBAIXO DOS PANOS - A LEI DA PALMADA

Olá, todo mundo.

Não, não é a música do Ney Matogrosso, (que adoro). É a LEI DA PALMADA. Aposto que você já ouviu falar. Acertei?

(Abro o parênteses para um up date. Escrevi esse texto em 2010 e ainda continuo pensando assim. Até pode ser que mude meu pensamento, mas tudo vai depender dos argumentos que encontrar no caminho. Se você quiser ler a notícia direto na fonte, copiei o link. "Após dois anos de tramitação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados, foi aprovado na noite desta quarta-feira (21.05.2014), no colegiado, o projeto de lei que altera o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e proíbe a aplicação de castigos físicos a crianças e adolescentes. Chamada até então de Lei da Palmada, o projeto seguirá para o Senado com o nome de Lei "menino Bernardo", em homenagem ao garoto Bernardo Boldrini, assassinado no Rio Grande do Sul." Os grifos são meus. Fecho o parênteses)

Não se engane, essa lei não veio dar direito às crianças, evitar castigos, etc, pois isso, o ECA (meu Deus que nome horrivel! ) já prevê e oferece todas as ferramentas processuais necessárias para fazer valer o direito.

Essa lei é mais outra ingerência insidosa do governo dentro das nossas casas, (numa perspectiva conceitual e estrutural), fazendo mudanças sem as devidas e necessárias explicações. Goela abaixo.


vigiar e punir
Img. web. Do livro "Vigiar e Punir" (M.Foucault)

"O poder disciplinar é exercido 
através da observação vigilante e da sensação 
de estar sempre sob a presença do poder maior coercitivo."
E não é isso que estão fazendo conosco?

A afirmação implícita na lei de que a educação dos filhos é atribuição do Estado, traz consigo uma mensagem cifrada: o Estado pode ditar normas aos pais. Mas pelo que sei, a instituição familiar antecede o Estado e, portanto, não poderia ser invadida por ele. Isso só acontece nos regimes totalitários. 

A propósito, você já leu o livro "1984" de George Orwell?  Nossa, é uma metáfora da realidade que estamos construindo! Mostra com clareza como o Estado manipula as pessoas. Tem uma história interessante de um menino que denuncia seus pais. E o faz, sem a menor crise de consciência, ao contrário, sente-se muito bem com essa atitude. Seus pais foram vaporizados, porque essa era a pena para o tal "crime" que haviam cometido (crimidéia, pensar mal do Estado). Mas o filho, ah, ele cumpriu a lei! Coisa boba essa história de família, de pais e de amor! Caracas. (Orwell escreveu também outro livro "A Revolução do Bichos". Dá só uma olhadinha, você vai ver tanta coisa conhecida por lá).

Você sabe qual é o herói mais bem situado na Russia? É um carinha de 14 anos que denunciou o pai e a mãe que estavam escondendo comida para não morrerem de fome. Fez isso por cega obediência às leis e amor ao Estado. Que coisa mais horrorosa. Tempos depois alguns parentes mataram o carinha ordinário. Não deu outra: ele virou mártir, herói nacional. Tem até nome de rua. Clap, clap.

Aqui no Brasil, esses pequenos delatores, no mínimo seriam encaminhados para avaliação psíquica. Por enquanto...

Uma leizinha aqui, outra acolá, por debaixo dos panos. Discretamente. Pequenas leis, que bem anunciadas, fazem grandes estragos na cabeça das pessoas e atingem direto a célula-mãe da sociedade. E quem ganha com isso? Ih, pode parar... já estamos carecas de saber. Se não fosse o jornal eletrônico "Congresso em Foco", esse projeto teria passado batido, no meio de milhares de outros. Lembram daquela máxima: "dividir para melhor reinar", é nesse viés que estão nos metendo. Filhos contra pais e pais contra filhos. Já viu.


Quero deixar bem clara minha posição: sou a favor da educação, do respeito às crianças, da autoridade dos pais, da conversa, do diálogo. Sou a favor do respeito aos seres indefesos, em todas as instâncias. Sou a favor da paz. Sou a favor do amor. Sou contra, abomino qualquer tipo de violência, tanto física quanto psíquica. E, definitivamente sou contra essas leis heréticas, eleitoreiras e manipulatórias.

O mais triste de tudo é que os pais acabam perdendo o elan e vão ficando quietos, amarguradamente silenciosos.

Leia mais aqui

MINHA OPINIÃO JURÍDICA
Legislando sobre o tal, "castigo físico que não causa lesões na criança ou adolescente", o Estado interfere diretamente na privacidade das famílias e impõe limites ao dever que os pais têm de educar os filhos. E isso a Constituição Federal não tolera. Tais limites vão muito além daqueles que o constituinte permitiu.
Como se vê a polêmica está estabelecida e acredito que, se essa lei vier a ser sancionada, poderá até haver uma ação de inconstitucionalidade. É uma lei de grande impacto social, e sendo assim, carrega consigo um requisito capaz de permitir que se questione sua constitucionalidade.
Beijos. Fui.

sexta-feira, julho 23, 2010

PELOS CAMINHOS DA BLOGOSFERA

Olá todo mundo,


Estou com saudades de passear, de ir a lugares bonitos e charmosos, de comer coisas gostosas, de ver gente bonita, de tomar sol, sol, muito sol, de tomar cerveja gelada, de comprar uns perfumes com uns cheiros..., sei lá... é o inverno, é a chuva, que tá me dando nos nervos.

Nossa, tô cinzenta de tanta chuva...

Ontem assisti três episódios do House, um após outro, ainda bem que meu lap está recheado de Houses e Losts. Acho o Hugh Laurie tão bonito e estiloso, um gato. Aliás, toda aquela turma que trabalha com ele, tanto os homens quanto as mulheres: gatíssimos e gatíssimas. Adoro esse seriado. Tenho todos os episódios. Meu filho me abastece, hehe.

Mudando de assunto, hoje andei dando uma passada pela blogosfera e vi muitas coisas legais. O pessoal está se esmerando.  Fiquei fascinada. Tem muitas coisas bacanas pra gente ver. Confesso que eu, hoje, me superei, vi decoração, comidas, cinema, humor, fotografia, um monte de coisas. Foi então que, ih... lá vou eu de novo. Eu e minhas observações. Atentei para os comentários e, uma coisa puxa outra. Olha só no que deu.

Tem muita gente se queixando daquele pessoal que entra nos blogs só pra deixar seu nomezinho ali, só dando beijinho e trololó. E fazendo propagandinha de seu bloguezinho e botando poesiazinha. E comentário que é bom, nenhunzinho. Nem sequer lêem o texto. Grrr.

Comigo, graças a Deus, não posso me queixar, meus comentaristas são bacanérrimos, superinteligentes e educados. Ainda bem, avemaria! Deus os abençoe.

Agora, vamos combinar, será que essa turma do trololó pensa que engana alguém, que as pessoas não notam essas dissimulações? Ora, dá licença. Eu acho a maior falta de respeito. Esse tipo de pessoa que age assim, não pode intitular-se blogueiro.  São pessoas que apenas tem blog, nada mais.

Blogueiro(a) é outra coisa. Blogueiro lê e faz comentários condizentes com o que leu, ou então não faz, ele sabe que não é obrigado a comentar. Se tem blog é porque gosta de ler e escrever. Sabe que não é preciso concordar com o que está dito no post, que pode discordar, (é saudável), mas, sabe que tem que ler o texto para poder se pronunciar e se ater ao que leu. Uma simples questão de inteligência, concentração e raciocínio. Pelo menos é o que penso. Eu e muita gente da blogosfera, como constatei in loco, nos inúmeros posts que li a respeito. Se estiver errada, por favor, fiquem à vontade para convencer-me. Estou sempre disposta a colocar minhas idéias e constatações em xeque. Sei respeitar o pensamento alheio.

Gente, por favor, se antenem. Leiam e comentem, e depois deixem os beijinhos, links, poesias, textos, recadinhos, etc. não necessariamente nessa ordem. Mas LEIAM e COMENTEM. É sinal de respeito entre seus pares. "Não faças ao outro o que não queres que façam a ti". É tão simples. Sei, é difícil, okok, mas é possível, isso é o que interessa. Ou então, saiam sem comentar, de fininho... é bem mais elegante.

Ah, ia me esquecendo, tem uns ainda que, na maior cara-de-pau, simplesmente chegam dizendo: --oi, quer conhecer meu blog?-- Ah, não acredita? Podes crer, eu vi, com esses olhos, hehe. E em blogs bem escritos, elaborados, caprichados, que a gente vê que houve trabalho em cima do post. É de cravar!

Ô gente, assim não dá. A blogosfera tem lugar para todos, pra quê, golpe baixo?

Beijos.

quinta-feira, julho 22, 2010

VEGETANDO...

Olá!

Virou cult dizer que odeia a TV, que a TV emburrece e blablabla. E o ibope cada vez mais alto, mas como, se ninguém gosta..., tá bom, deleta. Diga aí quem nunca espiou um programinha global, quem nunca espiou uma novelinha, não importa o motivo, aliás, se você perguntar a cada um da turma do "odeia", eles têm na ponta da língua vários motivos-cabeça, capazes não só de desagravar, mas até de justificar o tempo que ficam, amiúde, embasbacados na frente da TV olhando programas que eles próprios odeiam..., (paradoxal, hein?). Não é o meu caso.

Se tiver que escolher entre tv e outras mídias, eu prefiro livro, lap, e-book, escrever, blogar, ou simplesmente zapear na internet. Ok. Mas também gosto das novelas e gosto dos programas televisivos, eventualmente, em doses homeopáticas.  

Vou dizer o porquê.

Às vezes fico vegetando numa ou outra novela global. Adoro a beleza dos cenários, a luz perfeita, gente bonita, tudo bonito, uma aura de sonho. Isso me distrai e me afasta um pouco da realidade. É que fico meio murcha de ver todos os dias as ruas sujas, mal cuidadas, as pixações que não foi ninguém, a desordem do trânsito, os mendigos, as crianças nos semáforos, os cavalos nas carroças, escravizados e mal tratados, a falta de respeito com os animais, com a vida em si, a degradação ambiental, a corrupção dos políticos, o judiciário cada dia mais desacreditado, as mentiras deslavadas dos governantes, as notícias tristes e verdadeiras, e por aí vai... 

Quando esse estado de coisas me entristece além do que posso suportar, dá-lhe novela! Na verdade, as novelas acabam sendo uma válvula de escape. Encho meus olhos e então, minha mente aproveita pra vagabundear um pouco... e acaba aliviando a tensão.

Mas vou só até aí, depois aterrisso e continuo no embalo, um grão de areia na praia, mas que, com  minhas palavras e atitudes, tento mudar o mundo, ah, isso eu tento! Rsrs. E começo em casa, hehe, com meus netos, hehe.

See you later.
Beijos.

terça-feira, julho 20, 2010

O LEITOR NOSSO DE CADA DIA

Olá!
FELIZ DIA DO AMIGO!

Quem tem amigos, tem tudo, quem não os tem, não tem nada.
Graças a Deus, tenho vocês.
Obrigada por existirem.

Um grande beijo.
* * *

Li uma crônica no Blog do Cacá e andei pensando a respeito do assunto que ele aborda com tanto brilhantismo, naquele espaço. Trata-se de livros e leitores. Segundo entendi, o crescimento do número de leitores não estaria acontecendo na mesma proporção do crescimento do número disponível de obras para a publicação, resultando no reinado absoluto das editoras, muito mais agora do que no passado. Em resumo, o número de leitores está diminuindo.

É verdade. Mas em homenagem as soluções --sempre bem vindas--, resolvi mudar o ponto de vista. Na verdade, venho concluindo que as editoras não estão com essa bolinha toda, e que há muita gente lendo, e lendo muito, até demais. O que falta são compradores para os livros que estão lá nas livrarias. E por que isso acontece? Well. Por várias razões, que no meu leigo pensar, gravitam em torno: do preço, da necessidade e da existência de outras mídias.

Deixarei de lado o preço, porque falta de dinheiro não se discute. E necessidade também, pois tem a ver com prioridades, e portanto focaliza outras variáveis. Lidarei aqui, apenas com os leitores que têm dinheiro. São esses os que me interessam nessa abordagem.

Veja bem. Vivemos cercados de uma diversidade infinita de linguagens: faixas, imagens, outdoors, publicidade, etc. Encaramos todos os dias uma poluição de textos e imagens, um mega bombardeio, que acabamos ficando sem fôlego para nos dedicar a uma leitura plena no sentido estrito da palavra. Suponho que para o escritor e para as editoras isso seja terrível, pois, a produção literária pode muito bem acabar nas prateleiras, o que, de certa forma confortaria a tese da supremacia das editoras devido à falta de leitores. Mas, acho que não é por aí, pois esse contato reincidente com os textos do cotidiano derruba a idéia de que as pessoas não lêem, de que faltariam leitores para os livros. Lêem sim, e demais. É que estamos diante de outro tipo de leitores. Os novos leitores. E esse é apenas um dos problemas.

Observo também, que ao par do tal bombardeio de leitura, os livros impressos estão tendo que lidar, em desigualdade de condições, com os arquétipos, que nunca estiveram tão em alta como agora, restando a impressão de que o potencial intelectivo produzido pelas pessoas que escrevem é sempre de menor valia. E aqui incluo também os óbices trazidos pelas linguagens da internet. Lembrando que a tecnologia computacional balançou a própria epistemologia da aquisição do conhecimento.

Noutro giro, quando afirmamos que faltam leitores, (se quiser pode ler compradores,) nós o fazemos partindo geralmente de um determinado padrão de leitura nosso, de conteúdo subjetivo, paradigmático. E da mesma forma deve estar acontecendo com os editores em relação aos autores. Todos partem de um critério próprio e geral. (Ex. faltam leitores para os livros impressos, ou os autores não estão escrevendo nada que agrade, ah, esse tipo de assunto não vai vender, etc e tal). Por óbvio a resposta a esse critério geral, será igualmente geral: não tem leitor. Ops! De volta ao ponto inicial. Mas já vimos que não é bem assim!

Ora, se temos a constatação de que os livros não estão vendendo, e sabemos que tem leitores, urge uma revitalização nessa área. E vou anotar aqui, minha opinião, só uma opinião leiga, please. Antes de me crucificar, lembre-se disso. Rsrs.

Abandonada a tese da falta de leitores, que tal focalizarmos as mídias? Que tal descobrir objetivamente que tipo de leitura afasta ou conquista os leitores nesse novo mundo povoado de apelos tão diferenciados? Em que tipo de livros tais leitores estariam dispostos a investir seu tempo e seu dinheiro? Seriam os livros impressos? E a ecologia? E o e-book? E as outras mídias? Qual o papel das editoras nesse remanejo literário? Sei lá, mas, para mim, essas são discussões relevantes que devem ser postas na mesa, de imediato, pois os novos autores aí estão, e os novos leitores também. E todo mundo precisa viver do seu trabalho.

Acredito sinceramente na possibilidade de convivência harmoniosa de todas as mídias no que se refere à produção textual, à criatividade e ao ganha-pão de cada um. Como? Ainda não sabe como fazer? - Quá! - Nem eu. Rsrs. A única coisa que sei é que o mercado editorial não anda lá essas coisas. Que não há falta de leitores. E que há os novos leitores do admirável mundo novo midiático. E que esses leitores estão aí, esperando para serem conquistados pelos autores e pelo mercado, sob outros prismas.

Beijos.

segunda-feira, julho 19, 2010

O QUE FAZ O FRIO...

Olá, pessoal

Olhaí o que faz o frio. Mexe com a cabeça da gente: é pipoca, é café, é chocolate quente, é lareira. 
Meu Deus! Um bom início de semana pra vocês.
Enjoy


Haicai MSBd9
Chove lá fora -
Eu comendo pipoca.
Croc, croc. Que bom!



Haicai MSBd8
Na chuva o casal
caminhando ligeiro -
Tem café?


 Tchau. Beijos.

sábado, julho 17, 2010

DINHEIRO


Adoro esse filósofo rabugento. Falam mal dele, dizem que é pessimista, que tem uma visão ateísta do mundo, etc e muito etc. Touché! Cada um tem seu direito de opinar. Eu também. Acho que ele é o filósofo do realismo, isso sim. Ele vai a fundo nas filigranas da vida, e inclusive antecipou muitos sentimentos que a competição selvagem de hoje acabaram trazendo naturalmente para o nosso mundo. Talvez por isso, o chamem de rabugento, hehe, mas ele faz a gente pensar.

Claro que não concordo com tudo que ele diz, mas normalmente me empolgo com seus textos e leio e releio, não consigo desgrudar. É que ele, além de ser objetivo, não fica batendo sempre na mesma tecla, não enche a paciência da gente. E os assuntos são sempre interessantes.

Esse texto que estou postando é do meu arquivo particular. É uma passagem agudíssima e certeira sobre o valor do DINHEIRO.

Numa espécie tão carente e constituída de necessidades como a humana, não é de admirar que a riqueza, mais do que qualquer outra coisa, seja tão estimada e com tanta sinceridade, chegando a ser venerada; e mesmo o poder é apenas um meio para chegar a ela. 
Os homens são amiúde repreendidos porque os seus desejos são direccionados sobretudo para o dinheiro e eles amam-no acima de tudo. Todavia, é natural, e até mesmo inevitável, amar aquilo que, como um Proteu infatigável, está pronto em qualquer instante para se converter no objeto momentâneo dos nossos desejos e das nossas necessidades múltiplas.
De fato, qualquer outro bem só pode satisfazer a um desejo, a uma necessidade: os alimentos são bons apenas para os famintos; o vinho, para os de boa saúde; os medicamentos, para os doentes; uma peliça, para o inverno; as mulheres, para os jovens, etc. Todos eles, por conseguinte, são meramente bons para algo, ou seja, apenas relativamente bons. Só o dinheiro é o bem absoluto, porque ele combate não apenas uma necessidade in concreto, mas a necessidade em geral, in abstrato."
(Arthur Schopenhauer, em “Aforismos para a Sabedoria de Vida” (1851), do livro “Parerda e Paralipomena”).
ARTHUR SCHOPENHAUER - Filósofo alemão (1788-1860) nascido em Danzing (actual Gdansk, na Polónia) e falecido em Frankfurt.  A pronúncia correta de Schopenhauer é Xopenrráuer e não “Xopenauer” ou “Escopenauer”. E aí, você não tem obrigação de saber alemão, não é? Claro que não. Mas depois de ler esse texto, desista de alegar ignorância. Você sabe, cultura não mata ninguém. Mas é possível que incomode alguns governantes.

See you later.

quinta-feira, julho 15, 2010

ENERGIA LIMPA

Olá, pessoal!!

Gente, que maluquice esse frio, brrrrrr  8,5 graus! E esse vento, é o legítimo de renguear todos os cuscos por aqui! Pelamor! Juro, não sei como é que a gente consegue aguentar esse tempo megalouco aqui do sul. Hoje até que teve sol, e bem claro, por sinal, mas o vento permaneceu ali, firme, sem desgrudar um segundo dos ossos das pobres criaturas que precisam andar caminhando na rua. Mamma Mia!!!

Eu, como já tenho dito, não posso me queixar, graças a Deus, tô aqui no calorzinho artificial, no ar condicionado. Beleza.

Mas, tchê, estou aqui hoje, apenas para agradecer em meu nome e em nome do Nilton, a atenção e o carinho de todos os que aqui estiveram e aos que deixaram seus comentários tão energéticos para nós, no dia de ontem. Agora sim, estamos a mil, cheios da mais pura energia da blogosfera. Energia limpa, da melhor qualidade. É mole?  Vocês capricharam hein! E nós temos mais é que agradecer.

Obrigada, muitíssimo obrigada, que Deus retribua essa bondade de vocês em forma de muitas alegrias e sucessos. Vocês moram no meu coração. Acreditem.

Um beijo grande.

* * *

Haicai MSBd10

Na luz da manhã
namoram os pássaros -
Que lindo jardim!

Por enquanto era isso. Retorno em breve. Enjoy.

terça-feira, julho 13, 2010

DIA DE FESTA

Olá, todo mundo!

Pois é, gente, a festa é por aqui mesmo.
Estamos de aniversário de casamento hoje, o Nilton e eu, 42 anos.

Nossa, como passou!

Graças a Deus, aqui estamos confraternizando. E na blogosfera! Quem diria hein, juro, eu nunca imaginei. Mas o bom é que estamos cada dia mais jovens! E mais bonitos, rsrs, pura verdade. Qual é, não acredita? Também pudera, você nem viu as fotos do casamento! Mas nós acabamos de ver e estamos aqui para confirmar!!! (Me engana que eu gosto).

Apareçam, vamos comemorar!!!



Era isso. Fui.
Beijos.
Enjoy

segunda-feira, julho 12, 2010

O OUTRO LADO DA MOEDA

Olá!

Não tem coisa pior do que esperar. Ressalvando-se a gravidez, todas as esperas são terríveis. Era assim que eu pensava, e na minha juventude, sempre odiei o verbo esperar. Mas veja você como são as coisas. Pois não é que fui casar justo com um homem que tem uma profissão que o obriga a viajar? (Quando casei não era assim, mas ele terminou a faculdade e então... grrrr). Bom, das duas uma, ou eu aprendia a esperar ou me ferrava.


Fazer o quê, preferi aprender. Posso dizer que conheço o verbo esperar em todas as suas nuances e declinações. Espero no frio e no calor. Espero de manhã, de tarde, de noite, de madrugada. Sou Phd em esperar. O aeroporto é minha segunda casa. Sei tudo sobre saída e chegada de aviões. É lá que me instalo, eu e meu arsenal variável: às vezes livros, palavras cruzadas, lap, revistas... E, de quebra, instalo também o meu olhar panorâmico! Gosto de observar o ir e vir das pessoas e suas atitudes. Tenho histórias para contar.

Toda semana estou no aeroporto esperando meu príncipe (des)encantado, rsrs! E sei que ele chegará saudoso, louco pra ir pra casa e retomar a convivência comigo, nossos filhos e nossos netos. (E nossos cachorros também!). Assim que ele chega, tem beijo e um baita abraço e a gente segue até o carro. Agora falta pouco. Logo, logo estaremos novamente em nossa casa. É sempre assim, essas coisas ninguém muda, hehe.

Se gosto desse modus vivendi? Gosto. Aprendi a tirar de minhas circunstâncias o que de melhor elas têm pra me oferecer.

A convivência nesses moldes está muito longe de ser um castigo. Tenho tempo livre para alimentar meu espírito, para trabalhar, ler, pensar, planejar, enfim fazer tudo o que me der na telha. E não posso negar que essa separação forçada traz mais saudades e estimula nossos reencontros. E, decididamente deixamos de lado as mazelas diárias, preferimos aproveitar ao máximo o tempo que temos para ficar juntos e conviver com nossos afetos. É a velha história: a vida é uma só, hehe.  (O portão eletrônico estragou, o micro deu pau? Isso a gente fala e resolve depois, durante a semana, por msn, telefone, sei lá. Os problemas vão surgindo e a gente vai resolvendo. Easy. Mas por favor, sábado e domingo, definitivamente não!!)

O chato de viver assim, (boa parte do tempo um lá e outro cá), é que muitas vezes a gente deixa de compartilhar aniversários, aquele filme especial, etc, coisas banais que compõem a vida de um casal.  Mas tudo tem um preço.  Licença, vou ter que parar, o príncipe tá chegando, tchau!!!

E você, já passou por alguma experiência semelhante? Que acha?

Beijos.

sábado, julho 10, 2010

SERVIDÃO HUMANA

Olá, pessoal.

Dica de livro. Espero que gostem!


"Servidão Humana" é seguramente um dos melhores livros que já li, tanto que, passados mais de 30 anos, resolvi ler novamente. Com outro olhar, outro saber. São mais de seiscentas páginas, mas o estilo é tão simples e leve que a gente lê sem cansar, e quando termina, a gente ainda quer mais.

Esse livro foi lançado em 1915 e é considerado a obra prima de Willian Somerset Maugham e não importa o tempo que passe, a história é sempre atual, com a vida mostrada em diferentes ângulos, da miséria à fortuna. Mostra também que a verdade, beleza e bondade são valores perenes que sempre devem ser cultivados. Sem sentir, somos levados a rever certas posturas que temos em relação ao outro. O autor aborda quase todos os conflitos humanos, os problemas angustiantes da alma e da inteligência.

Há elementos tão familiares com a nossa vida que chega a impressionar. Quem de nós já não se defrontou com a dúvida de não saber o que quer fazer da vida, porque sente que não tem qualquer aptidão? Para quem de nós, o futuro já não pareceu aborrecido e insignificante? Porque estamos aqui? O que é mais importante, o amor ou o dinheiro? Destino, acaso ou Livre arbítrio? Deus, sim ou não? Você já pensou na sua morte? E na das pessoas que lhe são próximas? Por que corremos tanto de um lado para outro e nos desesperamos por coisas que não nos levarão a lugar algum?

A história? Bom, é uma história bem singela. Narra a vida de Philip Carey, sempre dividido entre a religiosidade da família e o desejo de liberdade que os livros e os estudos lhe apresentam. Tentando ser independente, ele sai de casa em busca de uma carreira de artista em Paris. Mas se apaixona por uma mulher e seus planos "balançam". (suei frio e torci pelo seu destino). Durante muitos anos, apaixonado, ele fez de tudo para dar certo, mas não conseguiu. Ela se apaixonou por outro. Eis o conflito. E no meu pensar, aí é que está o furo da bala.

Observe que essa relação conflituosa de querer o que não tem e de amar o que não pode, não é uma coisa rara e nem é assim tão distante de nós. Veja que Drummond, em seu poema Quadrilha também registrou algo semelhante: "João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém." O cancioneiro popular também anotou: "quem eu quero não me quer, quem me quer mandei embora". Mas a forma como o autor demonstra isso no livro é que faz a diferença.

Ele dimensiona com agudeza nossa escravidão sentimental e submissão desmedida aos nossos próprios desejos. E facilmente nos identificamos com os personagens, suas dúvidas, angústias e o poder transformador das decisões.

A obra teve 3 adaptações cinematográficas: em 1934, 1946 e em 1964. Leiam. Vocês não vão esquecer!! Mas não adianta procurar nas livrarias. (Eu emprestei o meu há muuiiiito tempo e acabei agora, tendo que garimpar outro e só fui achar num sebo aqui em Poa, e ainda bem que achei). Por 15 pilas, hehe.

Marli Soares Borges

quarta-feira, julho 07, 2010

O QUE ME FEZ UMA BLOGUEIRA?

Olá todo mundo!

Ganhei da amiga Denise, do Blog Tecendo Idéias, um selinho muito esperto. O Blog da Denise é um cantinho encantador, recheado de coisas boas de ler. Você não pode deixar de dar um pulinho , pra conhecer.  Obrigada, Denise! Um beijo grande.

O selinho você encontra postado na GALERIA, ao lado, na side bar. É só clicar em selinhos e pronto! 


* * *

O QUE ME FEZ UMA BLOGUEIRA?

Um blog? Eu? Ora blogs! Nunca imaginei.

Pensando bem, eu sempre tive uma quedinha pra essa vida blogueira. Gosto de ler e escrever, gosto de computador e gosto de internet, então... mas daí a ter um blog, bem aí é outra história.

Era muito grande a minha curiosidade e girava em torno de duas questões: eu queria saber como funcionava esse tal de blog e porque diabos atraia tanta gente. Tratei de observar, à distância, de bico calado. Vem cá mãe, vem aprender, é fácil. Ô mãe, tu não quer mesmo aprender? Não, não quero. (Mas é claro que eu queria, eu tava era me fazendo. Que vergonha, hehe). É que meu sexto-sentido estava ali, matraqueando na minha orelha, não vai, isso é coisa de doido, isso vicia, foge enquanto é tempo, conserva tua sanidade. Aterrissa mulher, o word é tão legal, pra quê blog?

Mas não adiantou. Eu tinha que desvendar o mistério! (Ou seria o destino me chamando?) Um dia resolvi observar bem de perto, meu filho, em plena atividade bloguística. Foi então que vi os comentários. Nossa! Me apavorei. Não mesmo, ninguém me pega, isso decididamente não é pra mim, imagine o que irão dizer dos meus textos, eu que nem sei escrever e blablabla. É muito complicado. Virei as costas e dei o fora. Não quero conversa com blogs!

E foi assim, até que minha nora resolveu aprontar. E sabe o que ela fez? Criou um blog e me deu de presente! Olhe, esse é seu espaço. Escreva o que quiser. Aproveite, aqui você pode deitar e rolar. Gente, pra mim foi uma surpresa e ao mesmo tempo um grande susto! Mas resolvi encarar, no fundo era tudo o que eu andava querendo. Sufoquei aquele ridículo sexto-sentido e me atirei. E encarei o blog com o cego entusiasmo dos inocentes, supondo que tudo não passaria de uma ligeira distração, mais ou menos como ir ao cinema. E comecei a desbravar a tenebrosa selva da blogosfera.

Meu primeiro post foi uma poesia, linda, de um poeta que adoro. Segui postando poesias, eu e meu blog, numa relação amistosa, porém carregada do respeito místico que o desconhecimento impõe. Textos de minha autoria nem pensar. Caí num dilema cruel. E isso foi me chateando, até que um dia fiquei p... da vida e tive que, literalmente, engolir uma imperiosa compulsão de quebrar o lap e largar o blog! Caracas. Que há comigo?

Pura sandice. Mas reagi, tomei coragem e postei um texto meu. E sabe o que mais? Vieram os comentários e eu A-DO-REI! E vieram as amizades e eu A-DO-REI! Agora entendo porque, afinal, as pessoas se encantam com os blogues. São interações virtuais, sim. Mas são verdadeiras e habitam um lugar real no coração da gente! E são cheias de luz. Confesso que fico sensibilizada demais com essa troca de idéias e saberes que acontece nas postagens. Assuntos diversos, todos eles interessantes. Me divirto e me emociono. Taí, me apaixonei, rsrs.

Agora sou blogueira assumida, de carteirinha. Quem me vê na vidinha real, no dia-a-dia, nem imagina que à noite, ando de blog em blog! Mas você sabe, você conhece minha alma blogueira. E isso me gratifica e seduz.

Pois é, amigas e amigos. Tudo muito bonito, mas preciso dizer uma coisa, jogo limpo, você sabe. É o seguinte: quero pedir desculpas publicamente ao meu sexto-sentido, que injuriei. Desculpa aí, cara, você está e sempre esteve com a razão. Esse negócio de blogar é mesmo arrebatador, terrivelmente viciante, uma perdição!! (Adorável, mas é uma perdição!! Rsrs).

Gente, acho que não tô batendo bem, olha só a música que anda tocando na minha cabeça: "Daqui eu não saio, daqui ninguém me tira". Pô, e você, ainda continua não gostando de blogar? Ora blogs, faça-me o favor!

Era isso. Beijos. Fui.

domingo, julho 04, 2010

NOS EMBALOS DA CARA FEIA

Olá!

SOMOS TODOS DIFERENTES

Nesse mundo não há mais lugar para os mandões, arrogantes, prepotentes e presunçosos. Está na hora das pessoas se darem conta e serem mais cordiais e solidárias umas com as outras, pois nunca precisamos tanto dos nossos semelhantes, como nos tempos atuais, em que tudo-muda-todo-o-dia, e a segurança fugiu de nós. E além do mais, temos de conviver com os acasos, os infortúnios, que não acontecem só com os outros, eles podem atingir você, eu, todo mundo e mostrar que no final das contas, ninguém está em condições de recusar algum tipo de ajuda. O mais poderoso socialmente pode muito bem precisar daquele que não tem nenhum poder e vice-e-versa.

Num dia de temporal, da varanda de minha casa vi a fúria do vento e a chuvarada cair. Confesso que senti um medo maior que o mundo, mas também confesso que naqueles poucos instantes em que a ventania impiedosa devastava o sonho de tanta gente, meu pensamento fixou-se na nossa impotência e pequenez diante da natureza agigantada e enfurecida. Naquela hora, a gente só podia... rezar.

Numa outra ocasião também, meu avião não pôde decolar devido ao terrível, abominável temporal. E fomos obrigados a aguardar dentro da aeronave, de portas fechadas, mais de hora, até que o tempo permitisse a decolagem. Só eu sei, naquela noite, o quanto desejei estar perto de minha família, meu marido, meus filhos, netos, minha casa, enfim, de todos os meus afetos. Tão longe e inacessíveis de mim.

Nem os reis e presidentes, nem os juízes e os doutores poderiam modificar nenhuma daquelas situações. Estávamos todos reduzidos a nossa humanidade, reféns de nossa insignificância. O acaso ali estava, bem no meio do caminho, sujeitando a todos nós, independente de nossas diferenças sociais e econômicas.

Uma coisa que venho notando é que na hora do sufoco todo mundo é igual, somos todos irmãos! Ahã. Mas quando a vida volta ao normal, volta também o embalo insalubre da cara feia, do mau humor, da presunção e da arrogância. Socializa-se a desgraça e capitaliza-se a alegria. Que coisa mais angustiante é esse tipo de vida. Fico pensando no que essas pessoas sentem, no que as leva a viverem assim, se achando. Sei lá, parece-me que jazem envoltas numa fantasia de onipotência, parecem anestesiadas.

Avemaria, tá na hora de acordar! É hora de reconhecer que efetivamente ninguém é igual a ninguém, somos todos diferentes. Mas é preciso aceitar o fato de que nossas diferenças não podem servir de motivo para que uns se julguem maiores e melhores que os outros, e os tratem com desdém, numa relação inexplicável de arrogância e presunção. É urgente um remanejo de atitudes.

Quer saber? Nesse mundo cujo dinamismo, por vezes, apresenta-se tão exacerbado e tão complicado, a cordialidade não é favor, é necessidade. E a solidariedade também. Se houve um tempo em que a sociedade tolerou atitudes hostis, hoje em dia ninguém mais está com paciência para ser espezinhado. Ao que tudo indica, o saco encheu.

Valeu gente. Fui.
Beijos.
Imagem aqui.

sexta-feira, julho 02, 2010

BASTARDOS INGLÓRIOS

Olá!

Obrigada pelos comentários. Fiquei feliz, vi que gostaram dos dizeres da Clarice. Também pudera, ela é maravilhosa. Seus textos são sempre atuais e sempre se prestam a novas interpretações, sempre se renovam.

Gente, que legal, todo mundo esperando minha idéia(?!), rsrs. Não criem expectativas, please, vocês vão ver, é só uma coisinha bem simples pra gente interagir.  Agora, ao post, enjoy!


* * *

Assisti ontem em DVD, (meio atrasadinha, eu sei), o filme "Bastardos Inglórios", com Brad Pitt, Mélanie Laurent e o excelente Christoph Waltz, sob a direção de Quentin Tarantino.


Para início de conversa, já vou dizendo que adoro os diálogos de Tarantino e que, mesmo que o filme nem fosse lá essas coisas, os diálogos o seriam, claro.

O filme tem um enredo simples mas genial, e a trilha sonora é ótima. Quando acaba a gente está com a cara sorridente. Tarantino idealiza uma nova forma para terminar a segunda guerra. E os diálogos, como sempre, são inteligentissimos e tocantes. A comparação do rato com o esquilo, ambos roedores, é sensacional. Adoro filmes assim.

Tem um personagem que rouba as cenas. Não, não é o Brad Pitt. Aliás, o Brad Pitt é o protagonista e está ótimo, caricato, interpretando o caipira e tosco Aldo Rayne, (esse personagem me lembra muito John Wayne, nos bons tempos). Mas o ator a quem eu estava me referindo, é outro. É Christoph Waltz, ator austríaco, que interpreta o coronel nazista Hans Landa, o "caçador de judeus". Ele tem um talento impar, e seu vilão, quando aparece, rouba todas as cenas. A gente não consegue ficar impassível diante de sua interpretação. Taí ele pra você ver.



Não achei o filme tão violento como me falaram. É que venho notando que Tarantino tem um "dom", ele consegue apresentar a violência de uma forma impactante, mas ao mesmo tempo, digamos, estilizada, que conseguimos ver sem maiores problemas. Até as pauladas e escalpos a gente consegue encarar. É o tipo de violência que não admite meio-termo ou se ama ou se odeia. Mas, vamos combinar, quem de nós nunca teve uma vontadezinha de tirar um escalpo daqueles nazistas engomadinhos, hein!

No decorrer do filme, acompanhamos duas tramas que seguem paralelas, ambas buscando suas próprias vinganças: A do grupo de Aldo Raine (Brad Pitt) e de Shosanna (Mélanie Laurent, fabulosa). Mas o interessante é que as duas vinganças são "do bem", e Tarantino, com habilidade de mestre, deu um jeito para que elas não competissem entre si na preferência do espectador.
  


Leia o resumo que tirei do portal de cinema:

Durante a Segunda Guerra Mundial, na França ocupada pelo exército alemão, a jovem Shosanna Dreyfus testemunha a execução de toda a sua família pelas mãos do coronel nazista Hans Landa. A moça escapa e viaja para Paris, com a forjada identidade de dona e operadora de um cinema.

Ainda na Europa, o tenente Aldo Raine organiza um grupo de soldados judeus para lutar contra os nazistas. Conhecido pelo inimigo como The Basterds, o grupo de Aldo acaba tendo como nova integrante a atriz alemã e espiã disfarçada Bridget Von Hammersmark, que tem a perigosa missão de derrubar os líderes do Terceiro Reich.




Tarantino o é considerado pela crítica especializada, como um dos maiores diretores do cinema contemporâneo.

Com poucos filmes, ele já mostrou a que veio.


Era isso. Fui.
Beijos.

quinta-feira, julho 01, 2010

UM SOPRO DE VIDA

Olá,

Eu simplesmente adorei os comentários do post anterior. Adorei saber o que vocês leram no passado, lá bem distante, naqueles tempos tão prazerosos da infância. Adorei conhecer mais um pouquinho de cada um, estreitar laços, aprimorar afinidades. É tão bom a gente recordar nosso passado infantil, tão glorioso, tão nosso, tão "self".  É um verdadeiro (re)viver!! Nossa, acabei de ter uma idéia brilhante! Humm, me aguardem, rsrs. Obrigada, gente. Vocês são show de bola!


* * *

EQUILIBRO-ME COMO POSSO

Não é segredo pra ninguém que gosto muito de ler. Só que não leio tudo-o-que-cai-na-mão. A leitura para mim é um deleite, por isso escolho o que vou ler. Dia desses me deu vontade de apropriar-me de umas palavras que andei lendo num livro póstumo. A escritora apesar de sentir a proximidade da morte, (câncer generalizado), continuava a escrever, e escreveu até morrer. Nesse livro (parece que foi o último que ela escreveu), num pequeno trecho, ela traçou com precisão o que, no meu entender, tem sido a caminhada pela vida de alguns de nós, nos quais eu me incluo. A gente realmente se equilibra como pode, pois a incerteza é nosso legado intransferível, nossa eterna companheira.

O nome do livro é "Um Sopro de Vida" e a autora é Clarice Lispector. Só podia. Agora sintam, traçado em palavras, o desenho fantástico dos caminhos da vida.

"(...) Nao, é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos meus modos de existir. Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus. (...)" 
Beijos. Fui.

terça-feira, junho 29, 2010

LER É FASHION!

Olá.


Uau, quantos comentários em meus posts!! Muito obrigada, gente, vocês são demais! Gente finíssima. Comentários da melhor qualidade. Estou amando a companhia de vocês!!

* * *

Li não sei onde que a moda agora é ler, que ler é fashion, etc e muito etc. Isso me deixou nas alturas, imagine, eu fashion! Aí, uma coisa puxa outra e comecei a pensar de onde teria surgido esse gosto pela leitura que me acompanha desde priscas eras. E olhando para trás, não consigo vislumbrar nada, tenho a impressão que nasci assim, gostando, querendo ler. Mas, racionalmente, sei que esse gostar não floresce do nada. (A não ser que seja coisa de DNA, e isso é outro papo). Das duas uma, ou a gente tem o exemplo em casa ou num belo dia cai em nossas mãos um livro que a gente adora e pronto, não tem mais remédio, a gente já é um(a) leitor(a).


Então lembrei de duas coisas. Primeiro, meus avós. Nas recordações que tenho da infância, lá está minha avó com um livro na mão! Ela adorava ler e sempre tinha novidades pra contar. Meu avô era diferente, eu quase não o via ler, mas ele vivia me contando histórias incríveis e quando eu perguntava, ele dizia “eu sei, oras!”. Um dia o surpreendi lendo um livro escondido e descobri tudo. — Quando crescer, vou ver o que tem aí nesses livros, eu pensava, e não crescia nunca! Mais tarde, li "O Dia em que o Sol Desapareceu", nem sei mais o nome do autor. Mas a história me impressionou tanto que lembro até hoje. Aquele livro realmente me tocou e fui buscar mais. E continuo buscando. E lendo. Mas agora que descobri esse viés fashion... well, me aguardem, vou navegar em outros mares! Rsrs.

E você, algum livro marcou sua vida? Como foi sua entrada nesse mundo fashion?

Link da imagem.
Beijos e bom início de semana a todos.

domingo, junho 27, 2010

PORQUE HOJE É DOMINGO...

Olá todo mundo!

Hoje é domingo, o sol está lindo, um friozinho agradável, até esquentando ou pouquinho. Um pouquinho só, hehe.

Ontem eu estava organizando minhas fotos e separei essa panorâmica que fiz num domingo desses e postei aqui para você ver. Quando sento na varanda de minha casa para tomar chimarrão com meu marido, é exatamente essa a visão que temos nas manhãs de inverno. Gosto muito dessa paisagem e tenho umas palavras que gostaria de ter dito a respeito. Mas eles já disseram, e muito bem: Drumond e Pessoa.  E eu? Assino embaixo, oras.

"Se procurar bem você acaba encontrando. Não a explicação (duvidosa) da vida, Mas a poesia (inexplicável) da vida." Drumond
"Temos, todos que vivemos, uma vida que é vivida e outra vida que é pensada, e a única vida que temos é essa que é dividida entre a verdadeira e a errada." Fernando Pessoa.
Um bom domingo pra vocês. Aproveitem bem o dia. O pessoal de além-mar curtam o verão!
Beijos.

quarta-feira, junho 23, 2010

ELOGIO À PREGUIÇA

Olá, pessoal, Bom Dia.

Hoje estou a zero por hora. Estou com a mãe das preguiças! Mas não pensem que estou triste. Que nada! Afinal, a "preguiça amamenta muita virtude", hehe! Não é mesmo? A propósito, você conhece o autor da frase? Como? Ora você não sabe o que está perdendo. Tá vendo esse respeitável senhor aí, todo engravatado? Pois é ele: Juvenal Antunes, o poeta de bronze do Acre. Ele foi homenageado com uma estátua de bronze.


Nessa foto aí ele aparece todo paramentado, de terno e gravata, mas isso, é só pra enganar a torcida, afinal ele era um Promotor de Justiça! Verdade. Nascido no Ceará ele foi para o Acre ser Promotor, mas o negócio dele era mesmo a boemia. E tanto isso é verdade, que nos apontamentos que encontrei a seu respeito, consta que ele vivia metido num robe, feliz da vida, na porta do hotel Madrid, onde morava, em Rio Branco. Que era um boêmio inveterado, sempre bebendo cerveja, fazendo versos e proclamando seu amor à Laura, uma mulher casada. E dizem as más línguas, que ele não abandonava o hotel nem pra receber o ordenado. Imagine, o ordenado é que vinha à suas mãos por exercícios findos!  Que tal hein?!  Vá saber viver!! Rsrs.

O poema que lhe trouxe a fama definitiva chama-se "Elogio da Preguiça", e aqui está pra vocês se deliciarem.


ELOGIO À PREGUIÇA


Bendita sejas tu, Preguiça amada, 
Que não consentes que eu me ocupe em nada!


Mas queiras tu, Preguiça, ou tu não queiras, 
Hei de dizer, em versos, quatro asneiras.


Não permuto por toda a humana ciência 
Esta minha honestíssima indolência.


Lá esta, na Bíblia, esta doutrina sã:
-Não te importes com o dia de amanhã. 


Para mim, já é grande sacrifício
Ter de engolir o bolo alimentício. 


Ó sábios , daí à luz um novo invento:
A nutrição ser feita pelo vento! 


Todo trabalho humano, em que se encerra?
Em na paz, preparar a luta, a guerra! 


Dos tratados, e leis, e ordenações,
Zomba a jurisprudência dos canhões! 


Juristas, que queimais vossas pestanas,
Tudo que legislais dá em pantanas. 


Plantas a terra, lavrador? Trabalhas
Para atiçar o fogo das batalhas... 


Cresce o teu filho? É belo? É forte? É loiro?
- Mas uma rês votada ao matadouro! ... 


Pois, se assim é, se os homens são chacais,
Se preferem a guerra à doce paz, 


Que arda, depressa , a colossal fogueira
E morra assada, a humanidade inteira! 


Não seria melhor que toda gente,
Em vez de trabalhar, fosse indolente? 


Não seria melhor viver à sorte,
Se o fim de tudo é sempre o nada, a morte? 


Queres riquezas, glórias e poder? ...
Para que, se amanhã tens de morrer? 


Qual mais feliz? O mísero sendeiro,
Sob o chicote e as pragas do cocheiro, 


Ou seus antepassados que, selvagens,
Viviam, livremente, nas pastagens? 


Do Trabalho por serem tão amigas,
Não sei se são felizes as formigas! 


Talvez o sejam mais, vivendo em larvas,
As preguiçosas, pálidas cigarras! 


Ó Laura, tu te queixas que eu, farcista,
Ontem faltei, à hora da entrevista, 


E, que ingrato, volúvel e traidor,
Troquei o teu amor - por outro amor... 


Ou que, receando a fúria marital,
Não quis pular o muro do quintal. 


Que me não faças mais essa injustiça! ...
Se ontem não fui te ver - foi por preguiça. 


Mas, Juvenal, estás a trabalhar!
Larga a caneta e vai dormir... sonhar ...


Juvenal Antunes nasceu no Ceará-Mirim em 1883 e morreu em 1941, em Manaus. Foi personagem da Mini-série Global "Amazônia", de Gloria Peres.

Saiba mais aqui e aqui

Por enquanto era isso.
Beijos. Fui.