quarta-feira, outubro 01, 2014

1º DE OUTUBRO - DIA DO IDOSO (SOU DESSA TURMA)



O Brasil está envelhecendo
 Em 2025 seremos o sexto país mais velho do mundo.

Tenho lido muito sobre o envelhecimento e a quantidade de velhos que andam dando bandeira por aí nesse nosso Brasilzão. E concordo com a Cartilha do Sesc, quando diz que "o Brasil está envelhecendo". Imagine você que em 2025, seremos o sexto país mais velho do mundo, o que significa que, um em cada quatro brasileiros terá mais de 60 anos! Tudo indica que em poucos anos teremos mais pessoas velhas do que crianças no planeta. Já viu.

Claro que o aumento da longevidade é uma conquista social, mas por outro lado, o envelhecimento populacional é visto com preocupação pelos especialistas, porque acarreta milhões de mudanças nas demandas atendidas pelas políticas públicas, e apresenta novos desafios ao Estado, a sociedade e a família. E isso é um problema gigante. Raciocine comigo: se os velhos perderem a autonomia em razão das doenças da velhice, o que será da sociedade? O que será das familias, filhos, netos, etc, se, de uma hora para outra, seus velhos virarem dependentes?

Segundo a Gerontologia, (ciência que estuda a velhice e o processo de envelhecimento), a autonomia dos velhos está diretamente ligada à boa saúde e ao envolvimento ativo ao longo da vida. Pois é. Mas como manter um envelhecimento ativo? Aí é que são elas: isso tudo custa dinheiro. Grana, muita grana. Quer ver? Precisamos de saúde, porque sem saúde não há qualidade de vida. Temos de ter oportunidade para participar da sociedade, estudar, ir ao cinema, etc. e sem saúde, nada feito, impossível a tal de participação ativa na sociedade. Disso resulta que precisamos de um sistema eficaz de proteção que nos dê segurança para contrapor as perdas que sofremos ao longo do envelhecimento. É mole? E tem mais: precisamos treinamento contínuo para adquirir novos conhecimentos e habilidades, caso contrário, aos 60 anos qualquer pessoa estará obsoleta!

E o dinheiro pra sustentar tudo isso? Cadê o dinheiro? Os velhos precisam de dinheiro sim! E é aqui que entram as políticas públicas voltadas a esse segmento populacional, -- aquelas previstas lá no Estatuto do Idoso. É urgente que saiam do papel e funcionem, pois o resultado benéfico se refletirá na sociedade como um todo. Tenho certeza.

Então gente, festejemos o nosso dia, mas lutemos para que essas políticas sejam de fato implementadas, e que a qualidade de vida -- com autonomia -- atinja toda a população. Até porque, os ricos, esses não precisam, eles têm uma boa aposentadoria, um bom plano de saúde. E a sociedade está dando a eles uma oportunidade de envelhecer como nunca houve antes: quando adoecem, existem urgentes respostas tecnológicas para seus males. E tem outra: eles só ficam doentes no finzinho da vida; têm um período rápido de declínio e morrem. Beleza, viveram numa boa, ativos e não ficaram incapazes. Mas a maioria de nós, tem de amargar ali, no sacrifício, e depende do que o Estado oferece – e ele oferece muito pouco. 

Na real estamos envelhecendo em situação de pobreza. Aí você pergunta, mas como, não vivemos num país rico? Sim, rico em recursos naturais, mas pobre, paupérrimo do ponto de vista social! Somos pobres em recursos humanos pensantes, em gente honesta nos altos comandos governamentais, nossos políticos sabem mesmo é ser bons no papo. Sabem muito bem inventar leis que beneficiem os velhos, mas rapidinho já inventam um modo legal de não cumpri-las. O vírus e o anti-vírus, todos criados ao mesmo tempo, de caso pensado para que a tal da lei de Gérson entre discretamente em ação. Ou você pensa que essa lei caiu em desuso? A corrupção é tanta, que o governo rouba uma parte, até mesmo da quantia miserável que os velhos recebem a título de aposentadoria; infelizmente o governo conseguiu aviltar a única coisa boa da qual os aposentados poderiam se orgulhar: a recompensa de se aposentarem, pelo tanto que pacientemente descontaram de seus ganhos durante toda sua vida laboral. Mas pensar nesses descontos, agora na velhice, é motivo de arrependimento e dor. A contrapartida não funcionou adequadamente, fomos traídos.

Bom, gente, não quero cansar vocês com meus grilos, então vou parar por aqui, mas não posso sair sem dizer uma coisa que considero de vital importância nesse processo. É o seguinte: para mim, esses desafios do agora não dizem respeito apenas às políticas públicas e ao cumprimento do Estatuto do Idoso. Eles começam no modo de agir das pessoas, no exemplo de vida que estão deixando às novas gerações, na gentileza, atenção, respeito e carinho que dispensam aos velhos, na rua, no ônibus, nas filas, etc. 

Extirpar um preconceito e dar exemplo de vida é um desafio e tanto! Eu sei. De minha parte, vai uma dica aos jovens: -- Galera, fiquem antenados, quem não morre cedo, velho haverá de ficar! C'est la vie! Pensem nisso e façam a sua parte. Tratem muito bem os velhos.

Enfim. No nosso dia, parabéns a nós, idosos, (prefiro a palavra "velhos", que acho mais sincera), parabéns a nós que estamos aqui, com saúde, vivinhos da silva, nos divertindo na internet!

Em tempo: 1º de outubro, Dia Internacional do Idoso e também o Dia Nacional do Idoso, (instituido pela Lei 11.433/2006). Para a legislação brasileira, idosa é a pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. 

- Marli Soares Borges -

quinta-feira, setembro 04, 2014

A REVOLUÇÃO DOS BICHOS

a revolução dos bichos


Muitos pseudo-esquerdistas deveriam ler "A Revolução dos Bichos" de George Orwell e "1984" do mesmo autor, para entender a psicopatia dessa gente que está no poder. Deveriam ler para instruir-se e não fazer as burradas que fazem, elegendo gente corrupta para dirigir o Brasil. 

Li "A Revolução dos Bichos" aos 23 anos e nunca mais esqueci. Li novamente para escrever esse post, e continuo achando que George Orwell colocou aqui a melhor explicação para o embuste que é o socialismo, seja em que vertente atual estiver prostituído e maquiado. Mesmo após sessenta anos da publicação, o brilho dessa obra continua intacto. 

Para quem não leu o livro aí vai um resuminho básico: o enredo gira em torno dos animais de uma granja que insatisfeitos com tanta exploração -- seguindo a liderança dos porcos -- armam uma revolução e acabam tomando a granja. Liberdade! Finalmente eles estão livres do Homem e agora finalmente poderão plantar e colher em beneficio próprio, num sistema igualitário. Mas nem tudo que reluz é ouro e a revolução acaba se revelando uma tirania. Os líderes desse regime totalitário são os porcos que, cheios de privilégios, vão progressivamente instituindo um regime de opressão. A maior parte da história se passa durante o governo exercido por Bola de Neve e Napoleão, os dois porcos que comandaram a revolução e assumiram a direção da granja. Junto com eles, há um terceiro porco dotado de extraordinária força de persuasão, o Garganta, encarregado da propaganda. Nossa, é pura corrupção! Os revolucionários que reagiram contra o poder acabaram se tornando exatamente iguais àqueles contra quem lutaram. Seus "companheiros" tornaram-se seus escravos. Uma escravidão nova e bem mais impiedosa, porque agora estão nas mãos de seus semelhantes. Na proposta inicial, todos os animais seriam proclamados iguais, mas na real, "alguns são mais iguais que os outros". E não há novidade nisso, pois a história nos mostra que em todos os lugares do mundo onde foi implantado o socialismo real, um partido - e via de regra o líder desse partido - tomou o lugar da classe social que deveria comandar o processo revolucionário, substituindo a "ditadura do povo" pela "ditadura do partido". 

Não há como fugir à comparação com o atual governo petista. 

Atualmente tanta coisa tem acontecido à revelia de qualquer lógica, que acabo sempre lembrando do livro de Orwell. São perfeitas suas metáforas com os animais delineando o retrato cruel da humanidade, mas o autor cuidou de deixar claro, - até para não ofender os animais - que a inteligência política que humaniza os bichos é a mesma que animaliza os homens. Pensando bem, há mais de dez anos estamos posando para esse retrato cruel. 

a revolução dos bichos


Mas com a chegada das eleições podemos chutar o balde e fazer esse governo largar o osso. É a nossa chance. Depois não adianta espernear e querer um buraco para enfiar a cara. 

. . .

Gente, são pouquíssimas páginas, um livro bem fininho, você lê num tapa. E pode baixar de graça na internet. É uma ótima oportunidade para refletir um pouco sobre utopia e realidade. E questionar essa retórica da "construção de uma sociedade mais justa e igualitária", em nome da qual "os fins justificam os meios". E depois, aproveite para ler também "1984" do mesmo autor, e você vai se surpreender com tanta coisa "nova", conhecida e tão "moderna" que estão nos metendo goela abaixo..., e de quebra ainda vai descobrir a origem do BBB! hahaha. 

Marli Soares Borges
"A esperança tem que ter a audácia do desespero" (Millôr Fernandes)

quinta-feira, agosto 28, 2014

PROCURA-SE UM TALENTO


Arte de Lorenzo Durán *
Sempre ouvi dizer que todo mundo tem talento. Mas como? eu não tenho. Onde está o meu talento? Complicado isso, difícil de entender. Mas, afinal o que é mesmo talento? Dizem que talento é fazer com facilidade o que os outros fazem com dificuldade. Nesse sentido é possível concluir que talento não se resume apenas em aptidões específicas para tocar, cantar, jogar, atuar no teatro, pilotar carros de corrida etc. Há outro tipo de talento, e é deste que eu quero falar: o talento natural, a aptidão inata que existe em cada um de nós para fazer alguma coisa, para intervir positivamente em determinada situação. Não lembro exatamente onde, mas sei que até a Bíblia faz referência a esse tipo de talento. Ser simples por exemplo, é um talento incrível de onde deriva a humildade, a hospitalidade e a coerência. Saber ouvir é outro talento fantástico e saber pensar é uma glória. Mediar uma discussão, objetivar uma ideia, resumir as questões, agir com delicadeza e acalmar os ânimos nas situações limites, ensinar alguma coisa que a gente sabe... são talentos maravilhosos. Aí eu sigo pensando... que bom seria se a gente pudesse aproveitar nossos talentos para melhorar o mundo. E porque não? Eu particularmente acredito demais nessa possibilidade, sempre é possível fazer alguma intervenção positiva no universo que nos circunda. Óbvio que não é uma tarefa assim tão fácil, por isso, antes de tudo é preciso querer; depois é só começar e continuar. E perseverar. Ou ninguém chegará a lugar nenhum. Observe que utilizei três verbos: começar, continuar e perseverar, ou seja, dar o primeiro passo, seguir caminhando e não parar.

De minha parte posso dizer que descobri que tenho um talento fantástico e que ultimamente ando talentando demais, rsrs, muito mais do que eu gostaria. Ah, sim, é a paciência. Acontece que esse inverno chuvoso aqui do sul anda me dando nos nervos e só com paciência para aguentar. Acorrentei em mim a paciência, porque se ela fugir estou ferrada. A propósito como anda sua paciência? rsrs.

- Marli Soares Borges -

* O artista Lorenzo Durán acredita que a arte é a mais pura essência de todo objeto natural, daí usar as folhas de árvore como meio de expressão artística, em recortes repletos de detalhes. 

quinta-feira, agosto 14, 2014

DESTA PARA MELHOR




desta para melhor
"A morte transforma todos os homens num só" 
(Jean Paul Sartre)

Passou desta para melhor. É assim que a gente costuma dizer, geralmente em tom de brincadeira, quando se refere à morte. Mas ando tentando entender algumas atitudes que costumamos ter diante da perda recente de alguém, conhecido, amigo, parente etc. Primeiro vem o choque, depois rapidinho a gente começa uma cantilena: agora ele ou ela está em lugar melhor, encontrou a paz, foi para a luz, mais uma estrela no céu, etc. Será mesmo que acreditamos em nossas próprias palavras? Sei não, acho que a gente fala para consolar o outro, mas no fundo fala muito mais para nosso próprio coração, perplexo, diante da enorme ferida que a morte - certa e inevitável - sempre causa nos que permanecem nesse plano material. Quem de nós nunca se perguntou, como será? quando a vida nos abandona, como será? como será essa dor da morte? ou será dor da vida que se foi? como será do lado de lá? existe o lado de lá? É que a gente não suporta o ponto final, a insegurança e muito menos a incerteza contida na vida, não dá para esquecer que nunca, jamais, alguém voltou em carne e osso para nos contar o que aconteceu, o que viu e o que se passa na nova 'morada'. Como suportar o medo da morte, esse desespero visceral que nos acompanha desde que nascemos? 

Que coisa, pensando bem, a gente já nasce com a morte embutida na vida, e sem qualquer explicação, temos que suportar a perda de nossos entes queridos, temos que encarar o medo de nosso próprio fim e conviver para sempre com essa dúvida existencial. A vida que tanto amamos é apenas um sopro. Talvez por isso, quando alguém morre, a gente imediatamente abandona a lógica e pega o caminho da fé. Na verdade, o pouco que sabemos não veio a nós através de fatos reais, concretos, táteis ou visuais, como convém aos habitantes de um corpo físico. Ao contrário, todo o conhecimento que temos sobre essas questões têm origem em contatos digamos, transcendentais, todos eles abstraídos através da fé. 

Ah, a fé! Esse bálsamo que nos ampara e nos ajuda a suportar as perdas. Se não fosse a fé e a espiritualidade, não sei o que seria de nós, pois a morte é o maior contrassenso que existe na face da terra. Não me olhe assim, não tenho respostas, só perguntas. Em matéria do além, sigo tateando no escuro. Mas como seria se abandonássemos a fé e seguíssemos pela lógica pura e simples? Bom, aí voltaríamos ao ponto inicial com a pergunta que não quer calar: cá entre nós, se a gente realmente acredita que é tão bom, que tem tanta luz, que tem braços e abraços de aconchego do lado de lá, porque damos nosso sangue para ficar nessa muvuca do lado de cá? hahahaha. É que aqui é a Estação Vida. Aqui a gente sabe onde pisa... ou pelo menos pensa que sabe. 

- Marli Soares Borges -

quarta-feira, agosto 13, 2014

TRATOS À BOLA


tratos à bola
Imagem: mandalarte


Porque hoje não precisa ser como ontem é que darei satisfações a você, direi aonde vou, quando volto e o que pretendo fazer. Contarei tudo a você, não omitirei um detalhe sequer. Farei o que puder, me desdobrarei, porque acredito em você. Mas não servirei aos que deixei de acreditar, mesmo que estejam sob as mais variadas chancelas: minha casa, minha cidade, meu país, minha religião. Viverei desse jeito meu, expressando-me da forma mais livre e completa que conseguir, e se um dia alguém acusar-me de alguma coisa, -- o que certamente acontecerá, pois a gente sempre sofre críticas quando aprende a dizer não -- eu tratarei de manejar em minha defesa as únicas armas que me permito usar: o silêncio e a habilidade. 
Marli Soares Borges

quarta-feira, agosto 06, 2014

É BEM ASSIM

a verdade é o todo


É BEM ASSIM, nós e nossa mania absurda de julgar os outros precipitadamente. E o pior é que já fizemos disso um hábito, simplesmente vamos julgando os outros conforme nossos próprios valores e emitimos nosso juízo de forma totalmente subjetiva, a partir daquilo que mais nos importa. Parece que a gente não tolera mesmo o incerto. Aí vamos logo dando um jeito. Um julgamentozinho daqui, outro dali e nossa mente se alivia. A verdade é que não temos paciência de esperar as evidências. E isso não é bom. A conclusão apressada, amparada em pedaços de realidade é um pacto com a injustiça. Hegel já dizia: "A verdade é o todo". E é. Quando não enxergamos o todo, corre-se o risco de atribuir valores exagerados a verdades limitadas, prejudicando nossa compreensão. 
- Marli Soares Borges

quinta-feira, julho 24, 2014

REPARA BEM NO QUE NÃO DIGO


repara


Sempre achei que era boa ouvinte. Mas não! Na adolescência eu falava demais e ouvia de menos. Não aguentava ouvir, eu ia logo dando um palpite e acabava fazendo uma confusão do que a pessoa dizia com o que eu queria dizer. Um dia dei de cara com a poesia de Alberto Caeiro: "Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é preciso também que haja silêncio dentro da alma". Pensei, pensei. Silêncio dentro da alma? Demorei a perceber o desafio que envolve a arte de ouvir. Entendi que para OUVIR é preciso paciência, contemplação e silêncio. Silêncio dentro da gente, nada de pensamentos, nada de julgamentos. Quando me dei conta disso, comecei a esforçar-me para ouvir o que as pessoas estavam querendo me dizer. E nesse exercício silencioso e atento, já consigo, algumas vezes, captar os sons que existem nos intervalos das palavras. Tem um poema da H. Kolody que diz: "ouvir com os olhos e afirmar: eu compreendo; nem é preciso dizer nada". 

Marli Soares Borges, 2013

sábado, julho 19, 2014

NÓS PODEMOS MUDAR ISSO

nós podemos mudar isso
Imagem: Google

Reconheço que para a elite vermelha, aquela da estrela no peito, o Brasil vai muito bem. Eles estão sorridentes, saudáveis e bem tratados pelo sistema. Mas para o contingente de pessoas que paga imposto, dá emprego ao povo e realmente trabalha para manter o país em pé, a situação vai de mal a pior. Esse governo petista faz uma farra tão grande com o nosso dinheiro que chega a embrulhar o estômago. O que rola de dinheiro público, nas nossas barbas, em troca de votos é de uma imoralidade assombrosa. Nunca antes na história deste país se viu tanto toma-lá-da-cá, tanta gente mamando nas tetas do povo brasileiro. 

Os mais pobres são aliciados e mantidos no cabresto pelo governo, por causa do Bolsa Família. E os ricos da elite vermelha navegam no mar das mordomias: trabalham em cargos de confiança e são muito bem pagos para exercerem funções estratégicas indispensáveis aos interesses do partido governista. É mole? 

A propósito, esclareço que não sou, não fui e jamais serei contra o Bolsa Família, por dois motivos: primeiro, porque é uma questão de justiça social com os desamparados; segundo, porque eles (os desamparados) têm direito constitucional a essa assistência. Ponto. Aí a gente pensa, como assim ganhar dinheiro, todos os meses, sem trabalhar? Óbvio, isso é coisa que não cabe na cabeça de ninguém. Mas aposto que se houvesse transparência e esclarecimento, se essa assistência ocorresse sobre outras bases e se funcionasse direito, sem roubalheiras, o cenário seria outro. Mas não! O governo PT resolveu orquestrá-la através de uma verba mensal, distribuída segundo dizem, aos 'necessitados'. Aí entornou o caldo porque - como amplamente noticiado - teve muita gente recebendo sem precisar e parando de trabalhar para ficar só com "a" bolsa, como eles dizem. Ora, não precisa ser um expert para saber, que uma verba distribuída assim, de paraquedas, sem prazo de validade, sem controle e sem monitoramento eficaz, transforma-se rapidamente em flagrante incentivo à vagabundagem. E tanto isso é verdade que já é voz corrente que o Brasil, além do maldito jeitinho brasileiro, agora é o país dos vagabundos! 

Estamos mal na foto. 

Mas o que mais me impressiona é a desfaçatez desse governo oportunista, que se apropriou indevidamente de um direito existente na Lei Maior e fez o povo crer que é um favor idealizado pelo PT. Não é! Nunca foi! Está escrito lá na Carta Magna para quem quiser ver. E para piorar, as pessoas que recebem essa verba são propositadamente mantidas na ignorância. Não sabem que são titulares de um direito social assegurado na Lei Maior. Ora, em não sabendo, acabam com medo de perderem o "favor". Pronto, saíram do forno as "máquinas de votar" do PT! 

Está na hora de mudar isso. De livrar essa pobre gente da ignorância, de alforriá-los para que votem com suas próprias consciências, pois o fato de receberem uma verba assistencial não significa que possam ser escravizados, lembrando que é com esse estratagema subterrâneo que o PT vem mantendo esse governo autoritário no poder. E ademais, o governo - federal, estadual, municipal - não pode chamar a si a propriedade do dinheiro dos impostos e portanto, não pode utilizar o Bolsa Família como máquina eleitoral. Quem assiste os desamparados com a referida verba é o povo brasileiro com o dinheiro dos impostos. O governo é apenas o representante do povo, mas no caso do PT o governo vai além e age como "atravessador". O conhecido levador de vantagens! E você sabe quem primeiro começou a cumprir esse mandamento assistencial previsto na Constituição? foi o FHC. Aí o governo petista se intitulou o 'dono' da ideia e a seu bel prazer, modificou e remexeu tanto, que transformou tudo de bom que estava sendo feito pelo governo anterior, nessa tal 'bolsa' rasgada, furada, esculhambada, jogada como se fosse um favor, na mão de um povo que, de tão pobre, é capaz de se vender por um pedaço de pão! Tudo ao deus-dará, sem a menor seriedade, sem o menor respeito com o dinheiro público. Assim é fácil. Acabou o dinheiro? Dá-lhe imposto! e o povo que se rale para pagar a conta; que carregue o piano e que continue morrendo à míngua nesse lindo e desgovernado país chamado Brasil, onde falta tudo: água, luz, educação, saúde, segurança, comunicação e milhares de serviços considerados essenciais. E onde abunda a corrupção! (sem trocadilhos, por favor, rsrsrsrs). Enquanto isso, a elite vermelha continua com aquele sorrisinho imoral estampado na cara.

Calma madame, a democracia virá. 

Ok, por hoje chega, deixo só um recadinho: nós podemos mudar isso, as eleições estão na nossa porta. Primeira medida: tirar essa troupe do poder, livrar-se desse governo rasteiro. Na sequência é encher os pulmões de ar e trabalhar para mudar o Brasil.

- Marli Soares Borges -