
- Marli Soares Borges -
Você já viu Avatar, de James Cameron? Aposto que sim. Eu também. E adorei.
Sabe-se que para os efeitos especiais desse filme foram utilizadas as mais modernas técnicas, e que os resultados superaram até os da trilogia "O Senhor dos Anéis". Há mais de dez anos, Cameron já havia mostrado a que veio com outro filme campeão de bilheteria, o "Titanic" de 1997.
Agora, ele trouxe um longa de cair o queixo, que agradou em cheio a crítica. Ouvi dizer que Cameron demorou anos na preparação desta obra e que ele esperou até que existisse a tecnologia certa que lhe permitisse criar o que havia imaginado. Este filme custou nada mais nada menos que 300 milhões de dólares, fora os custos de publicidade. Cameron é Cameron!
O filme é todo em 3D e tem quase 3 horas de duração. Achei a história super original, tem um romance proibido, (porém, possível), entre pessoas de tempos e mundos diferentes. O cenário é maravilhoso com lugares e florestas paradisíacas. A atmosfera é deslumbrante, carregada de significados. É visualmente revolucionário de encher os olhos.
No enredo, os humanos é que são os maus. No decorrer do filme é difícil evitar comparações com a atual situação do nosso planeta, cuja degradação ambiental crescente é culpa exclusiva homem. Para mim, esse filme é muito mais do que uma avalanche tecnológica de efeitos especiais. Ele é uma relação de causa e efeito entre a humanidade e o planeta. Ele traz em seu bojo uma mensagem de paz, ou melhor, anti-guerra, evidenciada pelo cineasta com a força dos aparatos tecnológicos que todo mundo comenta. Vi no filme uma mensagem de alerta. Aliás, o próprio diretor definiu, "Avatar" como uma metáfora sobre como a humanidade trata o lugar onde vive.
VOU FAZER UM RESUMO APERTADO DA HISTÓRIA,
só pra você ter uma ideia.

Em 2154 os humanos destruíram o ambiente e a terra está morrendo. Para sobreviver precisamos de um mineral que existe apenas na lua de Pandora (que lembra a Terra há milhões de anos, com plantas selvagens e animais gigantes) que é habitada por seres Na’Vi, uma espécie quase humana, um povo ligado essencialmente à natureza. Um povo pacífico que tem profundo respeito pelo seu habitat natural.
Nesse contexto Jake Sully, ex-fuzileiro naval e paraplégico, recebe a missão de substituir seu irmão morto ocupando seu Avatar (um corpo criado em laboratório onde sua mente é conectada, mas fisicamente igual aos Na’Vi). Através do Avatar, Sully volta a andar. Ele deverá aproximar-se da civilização e comunicar-lhes que o lugar onde vivem será destruído para exploração do tal minério e que se não concordarem em retirar-se o mineral será tomado à força.
Entramos agora no desenvolvimento do filme, onde virá à tona a problemática do personagem Jake, que terá de fazer a opção mais importante de sua vida. É que, para conseguir infiltrar-se na civilização, ele recebe ajuda de uma jovem Na'Vi, por quem se apaixona. Ao mesmo tempo, ao conviver com os nativos ele acaba se convencendo de que a atitude que os humanos tomarão só servirá para causar destruição e sofrimento sem os levar a lugar algum, pois o problema, no fundo, é uma questão de valores: os humanos acham que a natureza está a serviço do homem e refém de sua exploração desmedida. Jack percebe que com esse pensamento "invertido", em qualquer lugar que os humanos pisarem deixarão as marcas da irresponsabilidade.
Mas agora, é hora de encarar seu dilema existencial: escolher entre a vida real na terra junto com os humanos e o novo amor, que pressupõe a vida em um novo mundo, um novo lar.
Interessante, recomendo.
Era isso. Fui. Até breve.
💚💚💚