Dongo sendo Dongo. Foto minha. |
Sempre que escrevo sobre o Dongo exalto suas qualidades, ele é bonzinho, calmo, afetuoso, mimoso e por aí vai, e se me descuido vou continuar desfiando um rosário de mimosuras pra esse ser ronronante. E você que está lendo fica sempre aplaudindo essa lindeza. Pois é, mas nada é perfeito e essa lindeza também tem o seu lado, digamos... digamos... deixa assim: entre mimosuras e travessuras.
Melhor você ver com seus próprios olhos. Espia só! e isso acontece sempre, não tem jeito, levanto por um segundo do lugar onde estou sentada e plaft! o Dongo se materializa exatamente no meu lugar! E faz uma pose de esfinge como se nada estivesse acontecendo.
Como assim, ele tem o sofá, as cadeiras, as mesas, os armários, a casa inteira para escolher e vem se instalar no meu lugar, no lugar que eu estava ocupando, o lugar que é meu? Aí eu reclamo com ele: Dongo, esse lugar é meu! Pode ir dando o fora e blá, blá blá... e sabe o que ele faz? Nada. E isso não muda nuuunca. Ele me olha com aqueles olhos - lindos - cor de mel e ... nem te ligo. Continua ali, sem mudar um milímetro de posição. Parece que está - e acho que está mesmo - me dizendo: “é isso o que eu penso desse teu discurso sobre propriedade privada, aqui, na minha casa".
Óbvio que eu acabo me acomodando noutro lugar. E sabe o que ele faz? plaft! vem se aninhar no meu colo! Pura verdade. Essa lindeza faz exatamente assim. Gatinho espaçoso.
Mas, por outro lado, como boa libriana que sou, fico pensando que ele também mora aqui e tem direito de usufruir do acervo da casa. Pois é, mas esse direito eu também tenho oras. Tenho esse direito e ninguém me vê pulando pra cima dos armários quando ele "desocupa" o lugar.
Me julguem.
Em tempo: Deus existe! a chuva sumiu e amanheceu um espetacular sunny day! Vivaaa.
-Marli Soares Borges-