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sexta-feira, setembro 15, 2023

CICLONE NO RIO GRANDE DO SUL


Ciclone causa inundações no Rio Grande do Sul
Ciclone no Rio Grande do Sul

Cidades inteiras desapareceram
Ciclone no Rio Grande do Sul

Incontáveis prejuízos
Ciclone no Rio Grande do Sul


Mais de 29 mil animais morreram
Ciclone no Rio Grande do Sul

Mais de 29 mil animais morreram
Ciclone no Rio Grande do Sul

Mais de 29 mil animais morreram
Ciclone no Rio Grande do Sul

Mais de 29 mil animais morreram
Ciclone no Rio Grande do Sul

                - Marli Soares Borges


Sem palavras para dizer da situação desesperadora que as vítimas (pessoas e animais) estão sofrendo em consequência das inundações provocadas pelo ciclone avassalador que passou no Rio Grande do Sul, na semana passada.

O ciclone levou tudo por diante e deixou um rastro de destruição nas cidades gaúchas. Até agora há mais de quarenta mortos e outros tantos desaparecidos; quase mil feridos e milhares de desabrigados. Mais de 29 mil animais morreram, e os prejuízos já passam de 1 bilhão de reais. Que horror! Cidades inteiras desapareceram tragadas pelas águas. As vítimas à deriva, na mais absoluta impotência. Mais de 100 cidades foram atingidas. Uma tristeza. 

São muitas as tragédias, muitas vidas devastadas. Gente que perdeu tudo o que havia conseguido com o trabalho de uma vida inteira. Gente que perdeu gente. Gente que perdeu a saúde e a esperança. Gente que tem motivos de sobra para chorar.

Eles choram, eu choro, nós choramos. Somos todos solidários na dor. 

Tempos estranhos esses em que estamos vivendo. Hoje em dia -me parece-, tem acontecido muito mais desastres ambientais, (ditos "naturais") do que no passado e as dimensões são cada vez maiores e mais abrangentes. As tragédias são planetárias, ou seja, estão acontecendo no mundo todo, em vários lugares, e todas quase ao mesmo tempo: enchentes, secas, deslizamentos, lama, queimadas espontâneas, incêndios, chuva ácida, calor insuportável, erupções vulcânicas, derretimento das neves eternas. E por aí vai. Sem falar nas novas doenças que estão surgindo e, como se não bastasse, há também as doenças erradicadas que estão voltando à atividade. E a poluição agigantando-se, em crescimento exponencial. Imagine o que poderá acontecer em futuro próximo. Os cientistas já vem avisando há bastante tempo que a continuar esse desatino ambiental manejado pelo homem, o futuro do planeta será assustador. Que me desculpem os entendidos, mas, assustador já está sendo o presente! 

Volto a ligar a TV e lá estão as imagens do inferno, não consigo acreditar, meu Deus, não é possível. Pobre gente, pobre povo, pobre planeta.

Não me entra na cabeça que os jornais sigam apontando a tragédia como apenas um "desastre natural de grandes proporções". Um desastre natural apenas? Discordo. É uma das maiores tragédias climáticas de que se tem notícias aqui no Estado e penso que essa desgraceira toda não têm nada a ver com um desastre natural. É, antes de tudo, uma consequência das ações humanas, das milhares de agressões praticadas contra a natureza desde muito tempo. Será que estou pensando assim porque não sou expert no assunto? É possível, mas acontece que durante boa parte de minha existência, presenciei inúmeros desastres naturais e lembro muito bem, desde a mais tenra infância, das ventanias, temporais e enchentes que nos atrapalhavam a vida. Ano após ano os desastres naturais aconteciam aqui e ali, mas nunca tive notícias de um acontecimento tão funesto assim no solo riograndense. Nunca vi nada igual! Nada se compara a força de extermínio, a fúria, ao volume de sofrimento e dor causado por esse ciclone! Se isso não foi um "recado" da natureza, não sei dizer mais nada.

Como sempre acontece nas grandes calamidades, as pessoas logo se unem e se mobilizam a fim de prestarem socorro emergencial. É comovente a rede de solidariedade e amor ao próximo que impulsiona as ações humanitárias. Essas pessoas, voluntariamente, se dispõem a praticar o Amor em seu significado mais concreto, e de fato, com sua ajuda, amenizam as necessidades imediatas e inadiáveis das vítimas do ciclone: a fome, o frio e a sede. Um alento no meio de tanta dor. Deus abençoe as almas generosas que prestam essa incomensurável ajuda.

Mas, pensando bem, quem realmente ajuda? Pelo que se observa, a maior parcela de ajuda vem dos que trabalham duro para, com seus impostos, sustentarem a pátria amada. Os grandes líderes, os maiores responsáveis pelo desequilíbrio ambiental, não têm a menor consciência planetária. São egoístas, vivem em suas bolhas poluindo o mundo, explorando o próximo, viajando e aproveitando a vida. A vida é bela para eles, nada lhes falta, têm tudo o que necessitam. Veja-se, por exemplo, aqui no Brasil. Somos informados diariamente pela TV, da gastança do Presidente Lula, em viagens e hotéis de luxo, 'torrando' nosso dinheiro como se não houvesse amanhã. Truculento, insensato e obscuro, ele só pensa em aumentar impostos, dinheiro fácil para encher sua burra e a de seus asseclas. As vítimas do ciclone? Que ciclone? Que vítimas? Onde? Quem quer saber?  

A propósito, nos Estados Unidos passou um furacão e não houve mortes. Lá, os moradores foram orientados, preventivamente, a deixarem suas casas. E aqui… tantas mortes. Então eu pergunto, não havia como prever a passagem do ciclone? não havia como prevenir as pessoas, (ou pelo menos tentar)?

Não me olhe assim, minhas dúvidas são reais.

Em tempo: o presidente da república liberou o FGTS das vítimas. Nem vou falar sobre isso, porque piada tem hora e estamos todos muito abalados.

(Imagens Google)

quinta-feira, agosto 14, 2014

DESTA PARA MELHOR




desta para melhor
"A morte transforma todos os homens num só" 
(Jean Paul Sartre)

Passou desta para melhor. É assim que a gente costuma dizer, geralmente em tom de brincadeira, quando se refere à morte. Mas ando tentando entender algumas atitudes que costumamos ter diante da perda recente de alguém, conhecido, amigo, parente etc. Primeiro vem o choque, depois rapidinho a gente começa uma cantilena: agora ele ou ela está em lugar melhor, encontrou a paz, foi para a luz, mais uma estrela no céu, etc. Será mesmo que acreditamos em nossas próprias palavras? Sei não, acho que a gente fala para consolar o outro, mas no fundo fala muito mais para nosso próprio coração, perplexo, diante da enorme ferida que a morte - certa e inevitável - sempre causa nos que permanecem nesse plano material. Quem de nós nunca se perguntou, como será? quando a vida nos abandona, como será? como será essa dor da morte? ou será dor da vida que se foi? como será do lado de lá? existe o lado de lá? É que a gente não suporta o ponto final, a insegurança e muito menos a incerteza contida na vida, não dá para esquecer que nunca, jamais, alguém voltou em carne e osso para nos contar o que aconteceu, o que viu e o que se passa na nova 'morada'. Como suportar o medo da morte, esse desespero visceral que nos acompanha desde que nascemos? 

Que coisa, pensando bem, a gente já nasce com a morte embutida na vida, e sem qualquer explicação, temos que suportar a perda de nossos entes queridos, temos que encarar o medo de nosso próprio fim e conviver para sempre com essa dúvida existencial. A vida que tanto amamos é apenas um sopro. Talvez por isso, quando alguém morre, a gente imediatamente abandona a lógica e pega o caminho da fé. Na verdade, o pouco que sabemos não veio a nós através de fatos reais, concretos, táteis ou visuais, como convém aos habitantes de um corpo físico. Ao contrário, todo o conhecimento que temos sobre essas questões têm origem em contatos digamos, transcendentais, todos eles abstraídos através da fé. 

Ah, a fé! Esse bálsamo que nos ampara e nos ajuda a suportar as perdas. Se não fosse a fé e a espiritualidade, não sei o que seria de nós, pois a morte é o maior contrassenso que existe na face da terra. Não me olhe assim, não tenho respostas, só perguntas. Em matéria do além, sigo tateando no escuro. Mas como seria se abandonássemos a fé e seguíssemos pela lógica pura e simples? Bom, aí voltaríamos ao ponto inicial com a pergunta que não quer calar: cá entre nós, se a gente realmente acredita que é tão bom, que tem tanta luz, que tem braços e abraços de aconchego do lado de lá, porque damos nosso sangue para ficar nessa muvuca do lado de cá? hahahaha. É que aqui é a Estação Vida. Aqui a gente sabe onde pisa... ou pelo menos pensa que sabe. 

- Marli Soares Borges -