- Marli Soares Borges
Eu sei que você não sabe, mas é dele que eu quero falar.
"Tchuco" é o nome que demos a uma entidade sobrenatural que existe - "de verdade" - aqui no sítio e que aparece na mata, em noites de lua cheia, geralmente no verão. Todos daqui já o viram e cada qual tem um 'causo' espantoso, mágico ou inesquecível para contar.
Eu também tenho.
Aconteceu em meados de 1995, 96, sei lá. Mas foi há quase trinta anos. Era tudo gente moça, na faixa dos vinte e poucos; menos eu, que beirava os quarenta.
Quando meu irmão mais moço, - bem mais moço do que eu - começou a contar as peripécias do Tchuco, os colegas dele não acreditaram. Talvez porque os 'causos' denunciassem a existência de um ser sobrenatural aqui no sítio, não sei. O fato é que eles achavam tudo muito estranho e impossível de acontecer. Mas meu irmão insistia: "gente é a mais pura verdade!" e os amigos insistiam em dizer que era pura conversa fiada. Ah é? pensam que estou mentindo? Cansei. Agora eles vão ver o que é bom pra tosse. Vou armar uma pegadinha e eles irão acreditar na marra. Me aguardem. E, com essa ideia na cabeça, meu irmão continuou a contar as histórias, mas passou a caprichar nos detalhes e, pacientemente, foi povoando de quimeras a memória e a imaginação do grupo.
Há uma lei universal que diz que quando você estiver com medo, tudo vai te apavorar, qualquer som parecerá aterrorizante. E se você for realmente tomado pelo pavor, não haverá nada que possa ser feito, a não ser correr à toda velocidade até sentir-se novamente em segurança. Mas daí, o medo já atingiu uma intensidade tal, que você só quer saber de enfiar a cabeça num buraco e esquecer esse mundo cruel, rs.
Desta feita, meu irmão combinou com meu filho, então adolescente, para darem um cagaço naquela turma de marrentos. Na sequência, tio e sobrinho trataram de elaborar o cenário perfeito para que o susto "já chegasse assustando". Meu filho rapidamente convidou um auxiliar e sem demora, iniciaram os preparativos. Quem precisa de fantasias se tiverem sacos plásticos, lençóis, cordões e a cumplicidade perfeita dos avós para rápidas montagens e amarrações? Depois é só esperar a hora de agir: nem antes, nem depois, no momento exato.
Favor prestar atenção aos elementos essenciais da história: medo, - muiiiito medo, - susto e pavor. E os ingredientes: noite de verão, lua cheia, campo, mata fechada, churrasco e cerveja.
Na data combinada para o churrasco, os amigos chegaram eufóricos, prontos para se divertirem. O grupo era pequeno, pouco mais de quinze pessoas, tudo gente da cidade, ávidos por aventuras em cenários diferenciados e, claro! todos já sabiam da probabilidade de avistarem o Tchuco na mata, entre as árvores.
A noite estava perfeita e a lua brilhava no céu. Nas noites de lua cheia, a luz é muito clara no campo, mas cria sombras assustadoras na mata. E a mata é um território de imaginações! Pois bem. O churrasco transcorreu de boas. Muita carne, muita cerveja e muita risada. Após a comilança veio a contação de causos de assombro. E mais risadas. Lá pelas tantas, pertinho da meia noite, quando as palavras não cabiam mais na boca, um deles lascou: "e aí, ninguém vai nos apresentar o Tchuco?"
Meu irmão quase deixou escapar uma risadinha, mas conseguiu se conter a tempo e falou com a maior seriedade: vocês querem mesmo entrar no mato pra verem o Tchuco? Tudo bem, fica logo ali, após aquela clareira, e apontou com o dedo. Mas, já sabem, terão que ir sem lanternas, pois ele só se deixa ver na claridade da lua. Não irei com vocês porque tenho que cuidar das cervejas no freezer, pra evitar que congelem, rs.
Por óbvio, meu filho e seu amigo, - que conheciam o sítio como a palma da mão -, já estavam a postos, escondidos entre as árvores, devidamente paramentados, esperando apenas o momento decisivo para colocarem o plano em ação.
Com rigor técnico, meu irmão preveniu os amigos que andassem em silêncio, prestassem bastante atenção no entorno, observassem os movimentos do mato e que, sobretudo, ninguém se dispersasse. Que ficassem todos juntos. Arrematou dizendo que se avistassem o Tchuco não haveria perigo: ele é uma criatura estranha, da noite, mas é do bem. E que ninguém precisava ter medo.
Medo? Ora, medo. Era só o que faltava! E por acaso alguém aqui tem medo do Tchuco? uma assombraçãozinha de nada? Quem vai ficar com medo é ele, isso sim! Criatura estranha? Nem vem.
E lá se foram eles, desbravadores, sorridentes, cheios de si, prontos para a grande aventura, talvez a única oportunidade de conhecerem um habitante do mundo sobrenatural.
Para maior 'segurança', meu irmão foi com eles até um pedaço orientando sobre os cuidados que deveriam ter ao andarem de noite na mata, sem iluminação. Explicou que em alguns lugares a claridade da lua não entra devido a densidade das árvores, e falou sobre como se comportarem caso cruzassem com algum morcego desavisado. Já viram um morcego à luz do luar? E que não se assustassem com as corujas nem com os gambás que saem à noite para se alimentarem. Às vezes aparecem alguns bugios, mas são poucos.
Recomendados, eles seguiram em silêncio, tão quietos que se ouvia a respiração.
Assim que avançaram um pouco na mata começaram a ouvir uns estalos. Isso é nas árvores? alguém perguntou baixinho. Apuraram o ouvido e arregalaram os olhos. E começaram a sussurrar: ô meu, olha ali na árvore, que é aquilo? Olha ali, olha ali, tem uma coisa se mexendo ali atrás. Vocês viram o que eu vi, lá adiante? Gente... que é isso? Quéissuuu? Uns sons esquisitos que ninguém conhecia. Seriam sons sobrenaturais? Ou eram apenas os sons do mato e do campo? Seria o andar de algum animal noturno? E aquela sombra encostada na árvore? meu Deus.
A poucos passos perceberam um movimento rápido como uma chispa. Mais adiante, outro, e mais outro. As chispas sumiam e voltavam e, no escuro, ninguém conseguia ter a menor ideia do que se tratava. E o medo, construído no solo fértil da imaginação, começou a agir. Mas ninguém falou nada, não queriam dar o braço a torcer.
Foi então que a valentia sumiu e a voz tremeu: é ELE! e numa fração de segundo tudo aconteceu! Foram surpreendidos por um vulto que corria e saltava entre as árvores. Ora aparecia aqui, ora ali, como um relâmpago. Era uma figura esvoaçante e fluída, sem contornos específicos. Tinha uma aura misteriosa que pairava sobre sua cabeça como uma bruma, e seus rápidos movimentos cortavam o ar em manobras inesperadas de avanço e recuo. Um ser extremamente desafiador. Feito um sátiro. Ou um fantasma sem cor.
A turma congelou. Que fazer, avançar ou recuar?
C U I D A D O ! ele está vindoooo...
E, pernas para que te quero!
Foi um entrevero, uma gritaria como eu nunca tinha visto. Era gente correndo e se batendo, era gente correndo e atropelando os cachorros, era gente enveredando pra dentro das cocheiras e acordando os cavalos, era gente correndo sem rumo pelo campo aberto... um verdadeiro deus nos acuda. Até o galo se confundiu e começou a cantar.
Aturdidos e incrédulos eles só pararam de correr quando chegaram novamente ao local do churrasco. Ninguém me contou, eu vi: eles tomaram um susto pra ninguém botar defeito! Simplesmente perderam o chão!
Depois do caso passado todo mundo desandou a rir. E ficaram ainda por um bom tempo morrendo de rir, uns da cara dos outros. Ninguém conseguia parar, nem eu. Minha barriga doía de tanto rir. Eu, meu irmão, meu filho e o amigo dele, ríamos por uma razão (você já sabe) e eles por outra.
E a festa continuou por mais algumas cervejas e outras tantas risadas. Aos poucos, a turma foi pegando a estrada. (naquele tempo podia-se dirigir depois das cervejas).
Foi uma noite memorável, uma grata e sorridente recordação.
Não sei se alguém ficou sabendo da 'pegadinha', mas aposto que eles enchem o peito e, orgulhosos, contam pra seus filhos e netos, que numa noite de lua cheia estiveram cara a cara com o Tchuco, um ser sobrenatural, quimérico e desafiador. E que heroicamente sobreviveram.
E que ninguém duvide, eles não estão mentindo. A mentira é outra; e foi armada em cima de uma verdade que ninguém queria acreditar. E isso é coisa que se faça? Não sei, mas fizeram, e eu vi a cena e os bastidores. E por falar em verdade, onde andará o Tchuco que há tempos ninguém vê?
* * * * * * * * * *
Gostei bastante de ler.
ResponderExcluirMuito interessante.
Beijinhos e um bom fim de semana
;)
Excluirbjs
rsssssssss...Cada uma! Essas aprontadas inocentes muito legais! E mesmo por motivos diferentes, as risadas existiram... ADOREI LER! lEITURA LEVE E AGRADÁVEL! beijos, chica
ResponderExcluirEu "precisava" deixar essa noite registrada, Chica"!
ExcluirObrigada por ler e comentar.
Bjs
Srrssssss...
ResponderExcluirÉ um relato bem interessante que, para mim, teve o seu ponto alto com a confusão do galo. Grata, diverti-me bastante.
Valorizo muito as publicações que me fazem esquecer este tempo de dias frios e curtos.
Tem um Advento muito agradável e feliz. Abraços.
~~~~
Oi Majo!
ExcluirQue bom que você gostou.
Na verdade não tive a intenção de escrever um texto humorístico - que aliás, nem sei escrever nessa vibe. Tudo o que eu quis foi deixar registrado para a posteridade, um fato real que participei e que lembro com alegria. Fico feliz que você tenha se divertido.
Obrigada pelo comentário.
Tenha um ótimo final de semana.
Bjs
Grata pelo incentivo aos meus poemas. Valeu! Muito! Bjs
Excluir~~~
Interessante esse Tchuco
ResponderExcluirQue pode existir ou não,
Porém na imaginação
Do equilibrado. Um maluco
Já usaria um trabuco
E sairia à caça
Do fantasma que ameaça
Coragem de quem a tem
E ao medroso, também
A provar se era trapaça.
Bela história das crenças populares, principalmente do Rio Grande do Sul que tem tantos elementos como o Negrinho do Pastoreio, Sacy, mula sem cabeça... Abraço fraterno. Laerte.
Obrigada por comentar, Laerte! e obrigada pelo poema!
ExcluirVocê sempre me ofertando essas criações poéticas tão belas e significativas! Que talento você tem, parabéns!
Bjs
Querida Marli, vou-te dizer uma coisa...todos os dias, antes de começar os meus afazeres, dou uma " vista d'olhos " pelis blogues amigos que gosto de ler; nem sempre comento, porque no nosso dia a dia há outras prioridades e eu gosto de ler com muita atenção e comentar com tempo. Não sei se é qualidade ou defeito, mas escrevo muito e não consigo fazer diferente. Cada um é como é ! Isto para te dizer que já tinha lido este texto muito engraçado, assim como os anteriores. Penso que sabes que eu nasci e vivi numa aldeia até aos 23 anos, altura em que emigrei para o Brasil, país que considero a minha segunda Pátria e nessas aldeias passam-se casos como estes que aqui relatas com muita graça. Hoje, já não é bem assim, mas, noutros tempos, as crendices eram muitas e depois havia sempre rapazes , geralmente estudantes, que brincavam com a " ignorância do povo. Viviamos em ditadura, a informação quase não chegava a essas aldeias e as pessoas lá iam, de boca em boca, contando casos de " almas pendas " que tinham aparecido, de bruxas que tinham mandado fazer certos arranjos para prejudicar este ou aquele que não se tinha portado convenientemente, e outros tantos muito estranhos. Os estudantes que apesar da miséria havia alguns, como não tinham bares, nem cafés para se divertirem, brincavam pregando partidas ( pegadinhas ) às pessoas. Claro que a maioria acabava por descobrir que eram eles e por isso os classificavam de " vagabundos...não têm o que fazer" neste grupo de " brincalhoes " estavam incluidos o meu irmão e o meu marido que, hoje, muitas vezes ainda se riem ao recordarem tais acontecimentos.Naquela altura, também lá, a escuridão era muita, pois não havia iluminação nas ruas, ou melhor, nos caminhos de terra batida. Tudo mudou na minha aldeia, felizmente. As crendices foram-se perdendo , os caminhos viraram estradas bem iluminadas e o povo agora vive muito melhor. Infelizmente, terminou o sossego, as portas já ficam trancadas, as crianças ja na brincam nas ruas, os estudantes vão para os bares onde tantas vezes se perdem com álcool e drogas. Nem sempre as mudanças são para melhor. Querida Amiga, adorei o texto, ri muito e lembrei dos disparates que os meus amigos faziam na aldeia; só eles, claro, porque, nós, adolescentes mulheres, tinhamos de ficar
ResponderExcluirem casa. Era " feio ", menina andar na rua, de noite. Muito obrigada pelo momento de boa disposição. Fica bem, com saúde para todos vós. Beijinhos
Emilia 👏 🙏
Olá, Emília!
ExcluirEu amo demais seus comentários e adoro o tanto que você escreve. Dá gosto ler!
É verdade, nós adolescentes mulheres tínhamos que ser "reservadas", nada de risos espontâneos e "espalhafatosos" tudo era feio. Você me fez lembrar. Vixe! ainda bem que não é mais assim.
Fico feliz que você leu o texto e divertiu-se. A gente tem que aproveitar os momentos de leveza na vida, não é?
Obrigada pelo comentário, volte sempre e escreva bastante!!!!
Um beijo, e fique bem.
Lindo conto Marli, nós que morávamos no sitio temos muitas histórias boas a contar.
ResponderExcluirHistórias reais, e assustadoras.
Amei ler seu conto.
Amiga te desejo uma ótima noite.
Beijinhos.
Com certeza, Fatyma! Temos muitas histórias para contar. Eu, às vezes, dou uma revirada no baú e quando vejo, salta uma historia! rs
ExcluirObrigada por comentar.
Bjs
Marli, voltei agora para agradecer o carinho pelo niver! 73 na cacunda,rs... beijos, obrigadão! Bom domingo! chica
ResponderExcluirBJ, bj, bj, bj!!!!!!!!!
ExcluirRindo aqui com o causo do Tchuco, Marli.
ResponderExcluirExcelente!
Estou curiosa para saber onde ele anda...rs
Tenha um domingo abençoado.
Muitos beijinhos
Verena.
Ah, Verena! Eu também. Dia desses estava lembrando com saudades. Ninguém mais fala no Tchuco, todo mundo cresceu e virou adulto e ninguém mais tem tempo para entrar na mata em noites de lua cheia. Só sabem fazer churrasco e tomar cerveja e mexer no celular. Novos tempos, novos rumos, rs!
ExcluirObrigada por comentar.
Bjs
Tempo bom,Marli que essas histórias eram corriqueiras quando a garotada se reunia, para jogar conversa fora rsrs e claro que acreditei no tal 'tchuco'. Eles existem, não só nos sítios afastados mas nas cidades rsrs estão espalhados por aí muitos 'tchucos' fantasmas, que fazem medo ! rs
ResponderExcluirMuito bem construido ,bom de ler e me fez lembrar do meu pai que colocava todos em volta da cama para contar os tais 'causos' de fantasmas rs e eu pequena ,morria de medo, claro! e ele gostava disso_ fazer medo Incrível!
_hoje isso é proibido, só conto pro neto histórias de super heroís kkk
Boa semana Marli e fujamos dos 'tchucos, amiga
beijinhos
Ah, Lis, é verdade, antes essas histórias eram corriqueiras... agora tudo mudou.
ExcluirObrigada por ter lido e gostado desse 'causo' que tirei lá do fundo do baú.
Bjs
Há muitos fantasmas espalhados pelo Mundo... e muitas histórias como se consegue vencer o Medo...
ResponderExcluirObrigada pela partilha...e pela visita...
Beijos e abraços
Marta
Sabes, Marta, há fantasmas e fantasmas. Mas o Tchuco é do bem, um fantasminha camarada, rs.
ExcluirObrigada por comentar.
bjs
Cheia de humor esta sua narrativa sobre o Tchuco. Os nossos medos aqui retratados também.
ResponderExcluirUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Que bom que você gostou, Graça.
ExcluirTentei "fotografar" o passado. Quando leio, parece que consegui... óbvio, eu estava lá, rs.
Obrigada pelo comentário.
bjs
Olá, Marli!
ResponderExcluirNunca vi nenhum Tchuco. Nem faço ideia o que é. Mas uma coisa é certa:não há nada pior do que o medo enraizado na cabeça das pessoas.
Gostei desta narrativa, amiga Marli.
Votos de uma excelente semana, com muita saúde.
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Oi, Mário!
ExcluirO Tchuco é um fantasminha camarada. Pelo menos é o que consigo lembrar.
Que bom que você gostou do "causo".
Obrigada pelo comentário.
Bjs
Uma narrativa que prende e nuito bem humorada. No interior ainda há muito desses causos que o contador jura que é verdade. O medo faz o que é fantasia parecer verdade. Muito bem "bolado"...
ResponderExcluirOlá, Norma!
ExcluirPois é, nós e nossas fantasias. E nossos medos... e nossos 'causos'.
Obrigada por comentar.
bjs
Uma história bem interessante e muito bem escrita, Marli. Adorei ler.
ResponderExcluirNão sei o que é um Tchuco, mas creio que o medo, as nossas fantasias fazem com que essas lendas sucedam.
Beijos e dias felizes e livres de "papões".
Muito obrigada, Céu!
ExcluirVindo de você esse elogio pela escrita, até começo a me exibir, rs! Que bom que você gostou! Ah os papões! sabe que eu nem tinha pensado nisso, mas, ressalvadas as 'naturezas' rsrsss, tem tudo a ver mesmo!
Obrigada pelo comentário.
Bjs
Boa tarde de paz, querida amiga Marli!
ResponderExcluirMais uma bela história por aqui.
Eu morria de medo de assombração...
Cada coisa na infância que nos acontece.
A família paterna tem muita sensibilidade e avó e pai (herdei) sensitivos que são sentia coisas de fantasmas cerebrais.
Até hoje tenho pesadelos, acredita?
De tanta história que ouvia dos mais velhos.
Aqui, o tchuco foi fantasioso e divertia a família, mas os fantasminhas camaradas da infância metiam medo mesmo.
Excelente o tema escolhido da vez para uma boa prosa por aqui!
Tenha dias abençoados!
Beijinhos carinhosos e fraternos
*são não, ambos falecidos eram assim sensitivos como eu.
ExcluirOlá Rosélia!
ExcluirOs fantasmas daqueles tempos metiam medo mesmo; os fantasmas de hoje, sai fora!, kkkk não quero nem saber, kkk.
Obrigada por comentar.
bjs
Olá, Marli!
ResponderExcluirPassando para desejar-lhe um feliz mês de Dezembro com muita paz e realizações.
Beijinhos
Obrigada, Fatyma.
ExcluirPra você também!
bjs
Um causo dos bons e uma pegadinha das melhores ainda... gostei demais de ler, conhecer sobre o tão temido Tchuco, fui me divertindo, imaginando cada cena e de ver que vocês riam por motivos diferentes foi demais rsrsrsr
ResponderExcluirBons tempos e boas prosas...
Feliz Dezembro, Marli, beijinhos
Valéria
Verdade, Valéria, belos tempos belos dias e belas noites fantasmagóricas, também, rsrsssss. Que saudades.
ExcluirObrigada pelo comentário.
Um feliz dezembro, com um monte de esperanças e realizações.
Bjs
Grande partida, os citadinos são fáceis de assustar...
ResponderExcluirEm criança ouvia muitas histórias dessas. Eu sabia que não eram verdade, mas quando passava de noite em certos locais sentia algum medo...
Continuação de boa semana, amiga Marli.
Beijo.
Olá, Jaime
ExcluirAh, os 'causos' de assombração... quem nunca se assustou? rsrssss
Obrigada por comentar.
bjs
rsssss, muito bem contado esse "causo". Lembro dessas coisas, das reuniões para os churrascos e várias histórias surgiam. Haviam dúvidas, medos, desconfianças...mas todos se cuidavam muito!
ResponderExcluirHoje essas belas histórias não pegam mais, não há tempo nem criatividade. Os Smartphones são os campeões de audiência, estão em todas, cada um no seu canto teclando com um do além!
Mas era muito divertido, 'eita' tempinho divertido...
Excelente tua narrativa!
Uma ótima sexta-feira!
bjins
É Tais... hoje tudo mudou. As crianças já nascem apertando teclas, a realidade é outra. Tenho saudades do passado porque foi o 'meu' tempo, da mesma forma que as gerações de agora sentirão saudades do tempo de hoje que é o 'seu'tempo. E assim vamos caminhando, cada um com as suas vivências.
ExcluirObrigada por comentar.
bjs
Adorei!!! Imagino o susto, que terá dado azo a muita história... enriquecida nos pormenores com que cada um sentiu ao viver a experiência... não sabia o que era um Tchuco, quando iniciei a leitura... mas fui logo imaginando algo como um Saci... do Sítio do Pica-Pau Amarelo! Eu adorava essa série em miúda... :-))
ResponderExcluirFantástico texto, que nos prendeu a atenção do começo ao fim!
Beijinhos
Ana
Olá, Ana!
ExcluirO Tchuco é um fantasminha camarada que habita essas matas daqui do sítio onde moro. Faz tempo que não sei notícias dele. O povo daqui cresceu e envelheceu, e não sobrou espaço para essas doces e divertidas fantasias, essa é a verdade.
Que bom que você gostou.
Obrigada por comentar.
Bjs
Olá Marli,
ResponderExcluirEste seu conto prendeu mesmo a minha atenção! Que Tchuco brincalhão! Ainda bem que no final todos deram gargalhadas.
Aqui na minha zona também tínhamos um ser sobrenatural que caminhava nas ruas da freguesia à noite. Era o Pantesmo, o homem muito alto que crescia, se durante a noite ele aparecesse atrás de nós, quanto mais olhávamos mais ele crescia. Rsrsrs
Ele também nunca mais apareceu aqui na freguesia, nunca mais ninguém o viu!
Abraço.
Pois é, Micaela.
ExcluirFoi bem como falai pra Ana, "o povo daqui cresceu e envelheceu e não sobrou espaço para essas doces e divertidas fantasias, essa é a verdade". Já imaginou o "Pantesmo" com toda essa gente daqui olhando pra ele e ele crescendo? rssssss
Adorei o comentário, obrigada.
bjs
Marli, que história maravilhosa!!! hahahahaha
ResponderExcluirRiquíssima em detalhes que dá para perceber cada sensação transmitida pelo texto, é como seu eu estivesse lá nesse churrasco também fazendo parte dessa trama. Adorei a leitura!
Histórias sobrenaturais em roças são muito comuns, meu pai contava sobre coisas que ele via e ouvia nas matas de arrepiar os pelos do corpo.
Bom, eu não duvido de nada! Tudo é possível, não é mesmo? hahahah
A espiritualidade esta aí junto de nós e sobre esse assunto acredito que sabemos muito pouco a respeito.
Você tem um talento especial para escrever que prende a atenção da gente do início ao fim.
Um abraço!
Ah, que bom que você gostou, Eliana!
ExcluirConcordo com você, a gente não pode duvidar de nada, o mundo é cheio de segredos e pouco sabemos sobre a espiritualidade e sobre o que nos rodeia. E tem essa frase de Shakespeare, que diz tudo, (e parece vir da profundeza dos tempos, tal a sua sabedoria e simplicidade): "Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia"
E não é?
Obrigada por comentar.
bjs
Muito bom e bem contado conto Marli. Eu menino do mato das Minas Gerais, tive uma infância repleta de causos de assombração, contados à beira de um fogão a lenha sempre com um caldeirão com alguma guloseima. Meu pai era expert em criar os causos e eu menino, na noite ouvia curioso e morria de medo, principalmente os de mortos e sobre o capiroto. Posso imaginar os rapazinhos diante do medo.
ResponderExcluirAdorei ler e rir com vocês.
Beijo amiga.
Ah, Toninho, então você entende muito bem de assombração! Eu bem que desconfiei, rs. Como é bom ouvir esses causos à beira de um fogão a lenha e saboreando guloseimas. São recordações nos acompanham através dos tempos. Pena que eu não consegui passar no texto, com exatidão, a cara alucinada daquela turma. Foi um sustaço mesmo. Sei que tu estás me entendendo, menino do mato...
ExcluirObrigada por comentar.
bjs