domingo, setembro 29, 2013

UMA IMAGEM, 140 CARACTERES - 22ª EDIÇÃO




Será possível, essas crianças não param quietas! E eu que pretendia ler meu livro em paz? Só eu mesma reunir aqui as amiguinhas, eu mereço!!


* Blogagem Coletiva - Minha participação - Blog Escritos Lisérgicos
  Participe conosco, é um projeto muito bacana!

sexta-feira, setembro 27, 2013

DE EPIDEMIAS E PANDEMIAS


Somos seres contagiantes. Se a gente fala baixinho, as pessoas tendem a murmurar, se bocejamos, daqui a pouco todo mundo começa a bocejar. Se estamos meio down, inevitavelmente as pessoas nos acompanham nesse sentir. E fica todo mundo com cara de poucos amigos. Podemos dizer então que somos seres contagiantes e epidêmicos. A gente dissemina doenças. De vários tipos e etiologias, diriam os médicos. Mas não quero saber dessas coisas de medicina, estou pensando é nesse poder disseminador -- atávico -- que a gente tem. Que tal disseminar a 'doença' dos sorrisos, das cores, das flores, dos aromas, dos amores? Logo, logo, vai virar epidemia. Que tal uma epidemia incurável de alegria? De entusiasmo pela vida? Uma epidemia do bem? Por que não? Claro que a nossa vida não é esse mar de rosas que andam vendendo por aí nos livros disso e daquilo, as coisas às vezes saem bem erradas, a gente luta e perde, perde-se coisas, perde-se pessoas. Sofremos roubos e traições. Mergulhamos num mar de tristezas, contradições e conflitos. Mesmo assim, passado o momento de sofrimento intenso, nada nos impede de renascer e disseminar coisas boas, podemos fomentar nas pessoas que estão próximas, muitas vezes as mais turronas, o entusiasmo pela vida. É dureza, eu sei, mas pode ser que elas se contaminem e 'peguem' nas outras. E aí a 'doença' se instala e vai se alastrando. Pense nessa ideia. Não é simples, mas pode ser a salvação que irá conter essa apatia que ameaça o mundo, uma pandemia sinistra que se avizinha. Marli Soares Borges

quarta-feira, setembro 25, 2013

UNS SÃO MAIS IGUAIS QUE OS OUTROS

Eu não estava a fim de escrever sobre isso, mas como algumas pessoas me pediram, resolvi anotar aqui algumas palavras a respeito do voto do Ministro Celso de Mello, do STF.

É certo que aos olhos da lei, qualquer cidadão em situação semelhante tem direito a embargos infringentes. O problema é o tal cidadão passar pelo juízo de admissibilidade do STF, onde os ilustres ministros, cada um separadamente, baseados em suas próprias convicções, podem acatar ou não os argumentos do recorrente e admitir ou não a entrada do recurso, (no caso, os embargos infringentes). E aí é que são elas, porque em ambas as situações - admitir ou não - existem argumentos perfeitamente defensáveis à luz do Direito. Tanto é que, no caso dos mensaleiros, um número expressivo de ministros não acatou os argumentos e não admitiu o referido recurso. E em cada um dos votos proferidos está consignada a solução técnica para a não aceitação dos embargos. Acontece que o Ministro Celso de Mello, posicionando-se a favor dos mensaleiros, votou pela admissibilidade dos embargos infringentes. Estavam em suas mãos os argumentos para o não acatamento do recurso, mas ele não quis, optou pela defesa dos criminosos. Só isso, simples assim. Variáveis subjetivas. -- O poder, ah, o poder! O direito é igual para todos mas ao que parece, uns são mais iguais que os outros! -- Quanto ao voto em si, foi belíssimo, consistente, como aliás acontece com os votos proferidos por todos os ministros da Suprema Corte, são verdadeiras aulas de Direito, onde muito se aprende. Mas no caso específico desse voto de desempate, o que me impressionou foi o empenho, a fluência, o manejo perfeito das garantias do estado de direito, para defender os criminosos. Está lá, gravado na jurisprudência, para a eternidade, o voto histórico de um ministro, que poderia ter dado credibilidade à justiça brasileira, mas preferiu garantir a sensação de impunidade e desesperança.

Marli Soares Borges (c) 2013

sábado, setembro 14, 2013

OS PIADISTAS DE MAU GOSTO



"Nada descreve melhor o caráter dos homens do que aquilo que eles acham ridículo" Goethe

Li no site da Zero Hora que o Ministério Público Estadual de Santa Maria vai encaminhar à Polícia Federal expediente, solicitando a investigação, identificação, localização e responsabilização dos autores dos comentários maldosos e piadas de mau gosto que circulam em redes sociais da internet envolvendo a tragédia que matou 235 pessoas em Santa Maria.

Já não era sem tempo que se pusesse um fim na falta de respeito desses internautas, que num gesto de pura trollagem, andam dizendo barbaridades e se comprazem em brincar com o sentimento alheio. Ninguém ignora que o humor se alimenta de algo ou alguém que 'não se deu bem na vida', mas daí a tripudiar em cima da dor, há uma distância abissal. Fico pensando na afirmação de Mark Twain, de que humor é tragédia mais tempo. E é. Por isso, dizer que esses trolls fazem piadas de mau gosto é elogio, o que eles fazem é bem pior. Eles agridem e debocham das pessoas, com seu humor grotesco e insensível. -- Aliás, venho notando que esse tipo de humor, pra lá de teratológico, está sendo inserido insidiosamente na televisão, por arremedos de humoristas. E isso sem falar no preconceito que atua subliminarmente --. Um absurdo.

Como pode alguém debochar da desgraça alheia? Como pode alguém agredir a dor dos familiares, dos amigos das vítimas e da população em geral? Você acertou. Não pode. Com tragédia não se brinca!

Quando as pessoas não sentem compaixão pelo sofrimento alheio e não têm a decência de se alinhar, ombro a ombro com seus semelhantes e ainda por cima, tripudiam da dor e da desgraça dos outros, a situação é grave. Tão grave que requer o uso de medidas punitivas severas, capazes de evitar que a dor e o sofrimento restem banalizados pela sociedade em geral. Mas essa punição tem de ser imediata, antes que o caldo esfrie. Deve também ser proporcional à ação cometida, nem mais, nem menos. E no alcance dos fins sociais não pode faltar o cunho pedagógico, para que os envolvidos, ou melhor, os "piadistas", além de responderem pelos seus atos, desistam dessas práticas revoltantes, e ao mesmo tempo, não se sintam motivados a reincidir. Daí meu aplauso ao MP Estadual de Santa Maria, que sinalizou para a adoção de tais medidas. Faço votos que a máquina judiciária consiga extirpar da internet essa longa manus de indecência! Boa sorte.

Em tempo: acho muito interessante que antes de serem presos, esses tipos de troll se mostram corajosos e risonhos e depois, diante do juiz ou na prisão, começam a sofrer da conhecida síndrome do coitadismo! Sem sucesso, é claro. Quem te viu e quem te vê.

-Marli Soares Borges-

quinta-feira, setembro 05, 2013

ESTATUTO DO NASCITURO - UM RETROCESSO

O Estatuto do nascituro é uma excrescência jurídica, um miasma. Onde já se viu um amontoado de células ter mais direito que um ser vivo? Coisa de quem não pensa, de gente sem cabeça -- e sem coração! -- o que é muito pior. Puro fundamentalismo religioso, com objetivo claro e abjeto de controlar a reprodução das mulheres pela lei penal! E aqui abro um parêntese: tenho o maior respeito pelos homens, eles são nossos companheiros na caminhada da vida e os considero muito. Muito mesmo. Mas nesse terreno específico que diz com a reprodução feminina, penso que eles não deveriam ter a última palavra. E o motivo é singelo: um homem nunca carregou e nunca irá carregar uma vida (saudável ou não, planejada ou não, fruto de violênca ou não) dentro de si. Eles estão alijados -- pela natureza -- desse processo, razão porque, a meu ver, o juizo de valor sobre essa questão, restaria comprometido. Claro que eles têm de opinar, sua visão é de extrema importância, afinal são eles que terão de levar à prisão suas mulheres e suas filhas estupradas. Mas as mulheres têm de fazer ouvir a sua voz! Mulheres, acordem! Está na hora de brilhar! Fecho o parêntese. À luz da lei civil, um óvulo não é um “ser humano”, não tem e nem poderá ter personalidade jurídica.

A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida. Mas esse tal "Estatuto do Nascituro" mistura tudo, e põe no papel o resultado de uma fantasia filosófica. É um diploma imprestável, um retrocesso. Mas é um perigo, e anda rondando nossos passos, anda à nossa espreita para dar o bote. A Idade das Trevas está logo ali! E a estratégia inaugural é justamente essa: o terror, o vandalismo, o achincalhamento dos direitos civis -- no caso, os direitos da mulher --. Uma desobediência à nossa Carta Política. Veja só a perversidade imanente: faz com que o próprio Estado se volte contra as mulheres! Ora pois! A mulher será então violentada duas vezes: uma pelo estuprador e outra pelo Estado. Senhores juristas isso não é uma heresia jurídica? Isso não está eivado de inconstitucionalidade? Até quando Catilina...? Onde está a sanidade jurídica de um Estado que reconhece direitos a um punhado de células recém-fecundadas, em detrimento dos direitos de uma pessoa viva, dotada de personalidade civil?

Marli Soares Borges, 2013

P.S. - saiba mais aqui:

http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2013/05/estatuto-do-nascituro-pode-calar-todas.html

domingo, agosto 25, 2013

PLÁGIO NA INTERNET - BREVES ANOTAÇÕES

Um misto de sensações: raiva e indignação. Duvido que você não sinta raiva quando vê seus textos copiados descaradamente. Você rala, escreve e faz um post bacana e lá vão eles copiar na caradura, sem lhe creditarem a autoria, -- a propósito, o nome disso é plágio. Coisa triste ficar olhando para a telinha do note e ver o trabalho da gente indo parar em mãos estranhas. Você se sente a última das criaturas, impotente. E o pior é que você reclama para o transgressor e ele nem liga, parece até que você está mendigando. Mendigando o que é seu! Acho que não tem blogueiro ou blogueira que já não tenha passado por isso. Olha, é certo que estamos vivendo uma crise de valores, mas não é possível aceitar a desonestidade. Precisamos lutar contra, mas como?

Acho bom dar uma examinada no terreno.

Direito Autoral é um conjunto de privilégios que a lei confere à pessoa física ou jurídica criadora da obra intelectual, para que ela possa gozar dos benefícios -- morais e patrimoniais -- resultantes da exploração de suas criações. Na internet é a mesma coisa. Produziu conteúdo na internet? Tem direitos sobre ele: direitos de uso e distribuição. O direito autoral protege as relações entre o criador e quem utiliza suas criações artísticas, literárias ou científicas, tais como textos, livros, pinturas, esculturas, músicas, fotografias etc, qualquer que seja a mídia que as veicule. Contudo, penso que essa tutela legal não fornece meios para proteção efetiva do direito do autor no meio virtual.

No Brasil a Lei dos Direitos Autorais, Lei 9.610/98 - LDA - oferece proteção meramente territorial. E é aí que mora o perigo, pois no ciberespaço os conceitos de distância e limites geográficos inexistem. Nesse contexto, a internet rompe as barreiras territoriais e torna obsoleta a proteção legal existente. A cada dia que passa as obras virtuais são reproduzidas com mais perfeição, mais pessoas acessam a rede e os dados transitam com mais velocidade. Aí você pensa, ótimo, esse avanço é um benefício para todos. Pois é, mas ao mesmo tempo facilita a violação dos direitos autorais, na medida em que dificulta não só a identificação dos violadores, mas também a origem da violação. E isso impede que se fiscalize a ocorrência das violações. Já viu, sem fiscalização não pode haver punição. E para piorar, muitas vezes nem mesmo o próprio autor tem conhecimento de que sua obra foi violada. Na verdade, está havendo uma impossibilidade material para aplicação da lei. E isso é um problema gigante, tanto que a proteção à propriedade intelectual tem sido um tema recorrente nas discussões internacionais, pois a evolução da internet afeta o mundo inteiro. Pretende-se com isso, formular um código universal que realmente funcione, uma lei que realmente faça justiça a quem for lesado on line.

Por enquanto acho difícil alguém ser processado por plágio na internet. E por uma razão muito simples: não existem mecanismos técnicos nem jurídicos que permitam o controle e a fiscalização da criação intelectual na rede. É impossível a atribuição da responsabilidade civil e a consequente reparação dos danos. Como comprovar que você é o autor de um conteúdo que transitou na web? É complicado, as ferramentas de rastreamento não são confiáveis e os dados são facilmente manipuláveis. Essa é a realidade. Mas se você tiver -- e eu duvido -- provas incontestáveis e capazes de convencer o juiz de que você é o autor, não hesite, processe o plagiador! Faça-o pagar pelo crime que cometeu! Mas se você não estiver com essa bola toda, e ainda assim, manejar um processo judicial, prepare-se para arranjar um belo incômodo e jogar dinheiro fora. E tem mais, a não bastar a dificuldade material, há ainda uma evidente impossibilidade jurídica de aplicação da lei. Falta regulamentação do meio eletrônico. De que adianta a lei proteger nossos direitos na internet, se não podemos aplicá-la a nosso favor, por falta de regulamentação? Ora, não adianta proibir acessos, reproduções e distribuições de obras que transitam nos meios eletrônicos, se não há como fazer o controle e identificação dos violadores virtuais. Mas atenção, tendo em vista os aspectos sociais contidos na lei, a regulamentação por si só, não fará cessar de forma absoluta, a transgressão dos direitos autorais na Internet.

Aí você pergunta: e o registro? Bom, pela Lei 5.988/73, a Biblioteca Nacional é responsável pelo registro das obras literárias e artísticas. Atualmente o direito autoral reconhece a possibilidade do registro inclusive de sítios virtuais. Mas esclareço que o referido registro é facultativo, a teor do que dispõe o art. 18: "a proteção aos direitos de que trata esta Lei independe de registro". Ademais, esse registro tem efeito meramente declaratório. Não é constitutivo de direito, mas em todo o caso serve como prova processual.

Dia desses li algo sobre "Registros de obras via internet" e achei interessante a notícia de que a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos está testando um sistema chamado CORDS (Copyright Office Eletronics Registration, Recordation on Deposit System), que permitirá aos autores registrarem suas obras em formato digital -- na internet -- em vez dos suportes materiais hoje disponíveis. Bom, aí sim, se houver adoção de uma metodologia única, -- um código universal que funcione -- daí sim, com esse registro digital, aliado à regulamentação do meio eletrônico na lei, acredito que possa haver uma tutela autoral efetiva nas duas vertentes jurídicas: moral e patrimonial.

Que podemos fazer então, quando alguém rouba descaradamente nossos conteúdos na internet?

A meu ver é interessante utilizar a tecnologia para minimizar as violações. Parece-me que já existe alguma coisa nesse sentido: senhas, criptografia, sei lá, mas isso só funciona até que alguém descubra um jeito de burlar. Vale ainda utilizar os programas rastreadores de plágios e se você descobrir o infeliz que plagiou o seu trabalho, peça-lhe que retire "do ar" o conteúdo plagiado. Bote a boca no mundo, isso você pode fazer. Fale, demonstre a transgressão nas redes sociais, explique por a+b onde está o plágio que lesou o seu direito de autor, peça ajuda aos amigos virtuais, pressione on line do jeito que puder. Mostre o que aconteceu. Enlouqueça o plagiador. Mas faça tudo numa boa, sem ofensas e sem stress, com firmeza e educação. Penso que trazer a público esse tipo de atitude criminosa  maldosa, reforça o direito e "mostra a cara" do plagiador. É possível que ele fique constrangido e até desista do seu intento. -- Até porque, pode ser que ele ou ela sejam daqueles que não copiam por mal, apenas por ignorância, por acharem que a internet é terra de ninguém. -- No mais, o bom senso é sempre a melhor guarida. O resto é papo furado. Resta-nos torcer e trabalhar para que o direito autoral acompanhe a evolução dos tempos e crie instrumentos jurídicos capazes de resguardar efetivamente a propriedade intelectual no ciberespaço.

Marli Soares Borges, 2013

P.S. Segue abaixo a legislação, para os que quiserem tomar conhecimento.

LEGISLAÇÃO
  • No Brasil os direitos de autor estão amparados em acordos internacionais: Convenção da União de Paris, Convenção da União de Berna e Acordo TRIPS, que ditam os parâmetros mínimos de proteção, devendo cada país elaborar suas normas internas respeitando essas bases.
  • A Constituição Federal de 1988, Art. 5º, XVII diz que "aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, (...)".
  • O Código Civil Brasileiro, (Lei 10.406/2002), diz no art. 1.228 que “O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.”
  • O Código Penal Brasileiro (Dec-Lei 2.848/1940), no art. 184 e parágrafos, define a violação dos direitos autorais como crime, com punição de multa e ou reclusão de até quatro anos. Art. 184, "Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. § 1º Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa".
  • A Lei dos Direitos Autorais LDA, Lei 9.610/98 diz no Art. 22 que "pertencem ao autor os direitos morais e patrimoniais sobre a obra que criou" e o art. 7º elenca expressamente quais são as obras protegidas. O art. 33 proíbe a reprodução de obra que não pertença ao domínio público, a pretexto de anotá-la, comentá-la ou melhorá-la, sem permissão do autor.
OBRAS PROTEGIDAS
  • O artigo 7º da Lei 9.610/98, protege "as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro," e elenca os exemplos dessas criações, que transcrevo aqui no ponto que interessa: I - os textos de obras literárias, artísticas ou científicas; VII - as obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análogo ao da fotografia; XI - as adaptações, traduções e outras transformações de obras originais, apresentadas como criação intelectual nova; XIII - as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias, dicionários, bases de dados e outras obras, que, por sua seleção, organização ou disposição de seu conteúdo, constituam uma criação intelectual. § 3º No domínio das ciências, a proteção recairá sobre a forma literária ou artística, não abrangendo o seu conteúdo científico ou técnico, sem prejuízo dos direitos que protegem os demais campos da propriedade imaterial.
  • O art. 46 diz que não constitui ofensa aos direitos autorais a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra. E o art. 47 diz que são livres as paráfrases e paródias que não forem verdadeiras reproduções da obra originária nem lhe implicarem descrédito.
O campo das ideias, dos jogos mentais, dos projetos e dos métodos não estão protegidos pela lei porque são comuns a todos e não podem ser propriedade de ninguém. 

Marli Soares Borges, 2013 

quarta-feira, julho 31, 2013

AINDA SOBRE A MARCHA DAS VADIAS


O texto a seguir foi publicado hoje no jornal santamariense "A RAZÃO". Procurei na internet e achei o endereço do blog com a publicação. Taí o link para você ler no original.

MARCHA DAS VADIAS

Sou apaixonado por esta juventude que sai às ruas para reivindicar saúde, transporte, segurança e RESPEITO.

Não tenho mais idade para ser ingênuo, mas já tenho idade suficiente para saber discernir o que é sincero e o que não é, por isto apoio a Marcha das Vadias.

Sei que o nome do movimento choca, mas a ideia é exatamente essa, no sentido de chamar a atenção da sociedade para um problema milenar e que, passam anos, décadas e séculos e que continua intocado: a violência física, psicológica e sexual contra a mulher.

Confesso que estranhei muito, no início, o nome do movimento, mas compreendi imediatamente a necessidade e a relevância dele, passando a, modestamente, apoiá-lo.

Segundo informações, determinada autoridade teria dito que as mulheres eram culpadas de estupros porque se vestiam como vadias. Se se vestem como vadias, deviam ser tratadas como vadias!

É certo que a nudez ainda nos choca, mas isto terá de mudar, mais dia, menos dia. Nem mesmo as mulheres que fazem do corpo uma forma de obtenção de lucros através da prostituição podem ser obrigadas a manter relações sexuais contra a sua vontade.

Nem mesmo os maridos podem obter relação sexual com suas esposas contra a vontade delas. A relação sexual deve ser sempre consentida, resultado de uma “negociação” baseada no respeito e na dignidade de ambas as partes.

O fato de uma mulher estar vestida de forma provocante ou mesmo nua não nos autoriza a forçar a relação sexual. O corpo é delas, e só elas podem dispor dele. A nós, homens, cabe sermos minimamente humanos, pois nem mesmo os animais irracionais forçam a relação sexual.

Como todo movimento social, é de difícil controle, de forma que eventualmente um ou outro participante pode ultrapassar certos limites ou mesmo usar do movimento para obter vantagens pessoais, políticas ou econômicas. Mas, sem dúvida, estas exceções não podem deslegitimar o movimento.

As mulheres conquistaram seu lugar na sociedade através de seu trabalho, suas qualidades intelectuais e seu interesse, e não podem ser transformadas em meros objetos da satisfação sexual do macho. O lugar hoje ocupado pela mulher não foi um favor, mas uma conquista natural.

Não cabe ao Estado decidir ou regular o uso do corpo da mulher, ou do homem, pois isto é uma questão de foro absolutamente íntimo.

Por isto, com todo o respeito àqueles que não concordam, eu digo: VIVAM AS VADIAS!

domingo, julho 28, 2013

DIA DO AGRICULTOR










Hoje, 28 de julho é comemorado o dia do agricultor. Essa data foi criada em 1960, no centenário do Ministério da Agricultura. Quem assinou o decreto -- 48.630, 27/07/1960 -- foi o presidente Juscelino Kubitschek, que considerava o trabalho da agricultura como responsável pelo crescimento econômico do país.

Até então, os agricultores e as agricultoras eram invisíveis sociais. -- As agricultoras ainda são, infelizmente --. No entanto, são eles e elas os grandes responsáveis pela produção de alimento no mundo. Só eles e elas sabem tirar da terra o alimento que nos sustenta na cidade. Assim também, é inestimável o valor de sua contribuição para a proteção dos recursos naturais. Que ninguém se iluda, o desenvolvimento da cidade está atrelado à força humana que exerce essa atividade, tão mal reconhecida, mas que é de extrema importância no dia-a-dia de cada um de nós. Sem agricultura os municípios não têm movimentação econômica, o estado não tem tributos a receber e não há como gerar empregos. Quando a vida no campo vai mal, o mundo empobrece, a cidade sofre e tudo fica mais caro. E vem a fome. Lamentavelmente isso não está sendo levado em conta pelos governos, que continuam, ano após ano a massacrar os pequenos agricultores. Os governantes pensam que a fome não vem. Ledo engano.

No dia de hoje, meu respeito a todos, principalmente os pequenos agricultores, mulheres, homens, jovens e crianças -- sim crianças -- que dia após dia, ano após ano, no campo, enfrentam milhões de adversidades para cultivar suas terras, produzir e gerar empregos. Riquezas que eles e elas constroem silenciosamente e que fazem a grandeza de um povo e de um país. Um dia, pode ser que seu trabalho obtenha das pessoas em geral, e dos governantes, o respeito que merece. Por enquanto: força gente, não deixem a peteca cair!

Marli Soares Borges, 2013

sexta-feira, julho 26, 2013

VOVOZAR

Verbo que entrou na minha vida há 12 anos quando nasceu minha netinha ÍSIS.
Verbo que entrou novamente na minha vida há 5 anos quando nasceu meu netinho PEDRO.
Verbo que rima com alegrar, abraçar, beijar, brincar, ninar, acalentar, aconchegar, perdoar e amar.
Verbo sem pretensão pedagógica.
Verbo que permite aventuras e confidências e abomina proibições.
Verbo que pode até subverter a disciplina.
Verbo que permite orgulhos e exibições.
Verbo que deixa você livre para mostrar a todos os avós, que os seus netos são os mais lindos, os mais tudo do universo!
Verbo que permite cumplicidade.
Verbo que meus netos estão me ensinando a conjugar.
A cada dia que passa eu aprendo com eles, um novo significado para esse verbo tão poderoso, que se chama VOVOZAR!

Marli Soares Borges, 2013


sexta-feira, julho 19, 2013

ORAÇÃO PARA SER UMA VELHINHA LEGAL

Senhor, tu sabes que estou envelhecendo a cada dia...

Sendo assim, Senhor, livra-me da tolice de achar que devo dizer algo, em toda e qualquer ocasião.

Livra-me, também, do desejo enorme que tenho de querer pôr em ordem a vida dos outros. Ensina-me a pensar nos outros e ajudá-los, sem me impor, mesmo considerando a sabedoria que acumulei e que penso ser uma lástima não passar adiante. Tu sabes, Senhor, que desejo ter uma boa relação com meus filhos e que só conseguirei isso, se não me intrometer na vida deles.

Livra-me Senhor, da tolice de querer contar tudo com detalhes e minúcias e dá-me asas para voar diretamente ao ponto que interessa. E não permita que eu fale mal de alguém.

Ensina-me a silenciar sobre minhas dores e doenças. Elas estão aumentando, e com isso a vontade de descrevê-las vai crescendo, a cada ano que passa. Não ouso pedir o dom de ouvir com alegria a descrição das doenças alheias, seria pedir muito. Mas ensina-me Senhor, a ouvi-las com paciência.

Ensina-me a maravilhosa sabedoria de aceitar que posso estar errada em algumas ocasiões. Já descobri que pessoas que sempre acertam são maçantes e desagradáveis. E sobretudo, Senhor, nesta prece te imploro: mantenha-me o mais amável possível.

Livra-me de ser santa. É difícil conviver com santos. Mas uma velha rabugenta, Senhor, é obra-prima do diabo!

Amém!

Nota: Sem autoria. Recebi por email e dei uma repaginada para arrumar o português e facilitar a leitura.

quinta-feira, junho 27, 2013

HORA DE DEFENDER OS INDEFESOS

Temos de ir às ruas e falar também pelos animais, que além de serem escravizados, são desrespeitados em seus direitos mais básicos. Nós que assistimos à cena, não podemos fazer nada para amenizar-lhes o sofrimento porque nesses casos, a contenção tem de ser imediata. E a burocracia nos impede. Todo o santo dia somos obrigados a tolerar crimes praticados com requintes de crueldade, contra esses seres indefesos. E os crimes são cometidos às escâncaras. Impunemente. E os criminosos? Vão bem, obrigada, estão orgulhosos de seus crimes, porque sabem que, embora à revelia da lei, sempre podem contar com o beneplácito do Estado que não os incrimina no momento oportuno. Amanhã esses criminosos impunes, cansarão dos animais e se voltarão contra as pessoas. Seviciarão os mendigos, trucidarão as crianças e se aproveitarão dos idosos... Porque os mendigos, as crianças e os idosos, juntamente com os animais, compõem a seleta lista de seres indefesos, contra os quais, -- na mente dos criminosos impunes --, as atrocidades estão liberadas! Acho que é chegada a hora de manifestar nossa indignação contra essas irresponsabilidades. Um ser indefeso é um ser indefeso. Um criminoso é um criminoso. E ponto. O Direito não compactua com a criminalidade, mas ao que parece, o mesmo não se pode dizer dos responsáveis pela aplicação da lei.

(c) Marli Soares Borges, 2013

sexta-feira, junho 21, 2013

ORDEM __EM__ PROGRESSO...



Embora a grande mídia brasileira faça de conta que nada acontece e insista em noticiar somente as ações nefastas dos vândalos, -- aqueles paus-mandados, que tudo fazem para desmerecer o protesto --, sabemos que o povo brasileiro está nas ruas escrevendo sua história. Uma história que espero, seja de conquista e de sucesso. História que começou com foco no transporte público e evoluiu, trazendo à lume outras carências que temos suportado por décadas. A meu ver, já somos vencedores pois obtivemos uma conquista sem precedentes na história, uma conquista de cidadania. Até hoje nunca havia acontecido que indivíduos se mobilizassem para um propósito, fazendo tratativas apenas nas redes sociais. Pois não é que aconteceu? As pessoas combinaram e saíram à rua para se manifestar e, embora sem espaços para atuarem, foram impondo sua participação, empurrando a realidade para frente, e interferindo diretamente nela. Isso é inédito e me parece que com essa atitude inauguramos uma nova era, um comportamento social cujo despontar acena para uma cidadania que não está mais na dependência de governos, partidos ou sindicatos para exercer seu direito legitimo de manifestar sua indignação nas ruas! Num olhar de superfície parece que esses movimentos não têm lideranças, mas é evidente que têm! São lideranças difusas, múltiplas, que não andam à cata de holofotes. -- Um novo modelo de democracia talvez? -- E os políticos estão atônitos no meio disso tudo. Jamais esperavam que sua autoridade fosse desafiada pelo povo, num movimento espontâneo, sem precedentes na história. Juntos protestamos e colocamos os políticos na berlinda, chega de roubalheira. O povo cabisbaixo, carregador de piano e pagador das contas da corrupção está definitivamente enterrado. Será mesmo que está? Ops, fugi do assunto. Voltando. Já obtivemos sucesso naquilo que foi nosso foco inicial. Eles recuaram nos preços das passagens. Mas a luta continua e, é claro que podemos aumentar nossa pontuação. Anote aí. O sucesso de qualquer demanda, e aqui não é diferente, supõe e inclui a clareza de ideias, -- de preferência muito bem expostas --, numa pauta de reivindicações. Assim facilita o diálogo e objetiva o resultado. Por último um detalhe não menos importante: como anda nosso comportamento individual? Acho que precisa ser revisto, e, por um simples motivo: como partes do todo que somos, nossa conexão é real. Então, não tem sentido sairmos às ruas exigindo mudanças, se não mudarmos também nossa conduta pessoal, abandonando de vez, as pequenas corrupções que protagonizamos na vida diária. Para quem ainda não se deu conta, preste atenção: a corrupção além de intrínseca é endêmica. O que me leva a crer que, se quisermos que o país mude, precisamos antes mudar nossas próprias atitudes. E nisso sou irredutível e obsessiva: se não mudarmos, como o país mudará?

© Marli Soares Borges, 2013

terça-feira, junho 18, 2013

PACIÊNCIA, PRA QUE TE QUERO AGORA?

"Se o mundo pensou que somos um povo sem educação por causa das vaias à Dilma, acertou! Sem educação, sem saúde e, finalmente, sem paciência!"
Pincei os dizeres da internet, hoje pela manhã. A frase é lugar comum, mas tem uma palavra que diz muito sobre as manifestações populares que movimentam o panorama atual: nossa paciência já era. O povo não aguenta mais esses governos que nos governam em nome da esperteza, da mentira, da vantagem, da audácia e da corrupção. Contra esses, perdemos a paciência. Lembro de ter ouvido, não sei onde, que precisamos lutar: bater, bater e bater. Concordo. Limpar o caminho dessa manipulação diabólica, desse lixo que atrapalha a vida do povo é uma atitude que se impõe! De agora em diante, após dar a cara a tapa nas manifestações, todos nós teremos de estar em constante alerta para protestar. Se quisermos realmente mudar esse estado de coisas, a tolerância terá de ser zero para quaisquer desmandos governamentais que assaltem nosso bolso, nossa inteligência e nossas vidas. Sim, somos assaltados na vida, à luz do dia, à luz de todos os dias. Chega, estamos cansados e esgotados. O leite secou. Mas aí me bateu a dúvida. Já temos presente o que iremos fazer depois que a banda passar? Ora, a resposta é crucial ou iremos adicionar à nossa história uma frustração eterna por havermos protagonizado uma linda, expressiva e... vazia manifestação! Temos de ter diretrizes: saber o que, como, quando, onde e porquê. Coisa básica, mas que irá orientar nossa prontidão, pois, a qualquer hora, sempre que necessário, teremos de estar disponíveis para ir às ruas, tirar os entulhos e afastar os tropeços. E mais, precisamos força e lucidez para lidar com os "cobras mandadas", aqueles aproveitadores que infiltrados, agem na base da baderna, da violência, do terror e da provocação, no afã de legitimar a truculência da polícia e desmerecer as manifestações pacíficas e legítimas do povo, que protesta apenas pelos direitos que lhe pertencem.

© Marli Soares Borges, 2013

quinta-feira, junho 06, 2013

ZOOFILIA E O PROGRAMA DO JÔ SOARES

Gente,

Minha indignação é tanta que resolvi trazer para cá "intacta" a postagem que fiz na madrugada de hoje, no Facebook, a respeito do Sr. Jô Soares. Meu Deus, será que ele está com algum tipo de demência senil? E se está, porque ainda continua mantendo um programa no ar?

Bom, é melhor você ler, porque o texto do jornalista Gilberto Pinheiro é auto-explicativo e você vai se inteirar do que aconteceu.

Ao post!

"... eu já estava indo dormir quando dei de cara com uma foto do Jô, numa lastimável entrevista que aconteceu no dia 23/maio. Fiquei estarrecida. Olha, assino embaixo de tudo o que o jornalista Gilberto Pinheiro publicou. Trouxe aqui pra você ler. Mais do que nunca precisamos de envolvimento. Não dá pra levar numa boa. Até porque é numa ruim... muito ruim mesmo.
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ZOOFILIA E O PROGRAMA DO JÔ SOARES
Autor: Gilberto Pinheiro
É preciso entender que os tempos são outros e que muitos valores estão mudando. A defesa dos animais veio para ficar. É irreversível, pois somos a alma, o coração, a voz dos animais. Quem os maltrata, maltrata a mim e aos defensores.

Digo isso, pela decepção em relação a algumas pessoas populares e emblemáticas e ficar ciente do deboche em relação aos animais, como aconteceu quinta-feira passada, durante o programa do Jô Soares, quando o ator André Gonçalves falou sobre sua iniciação sexual, exatamente com galinhas, vacas, etc - o incauto ator não deve saber que prática de zoofilia ou apologia da mesma é crime.

O apresentador, assim como o público riam muito. E o público é universitário. O Brasil está mal de estudantes. Aliás, falar de estudantes universitários até envergonha - o Brasil possui 74% de analfabetos funcionais (leem mas não entendem) e, nesse contingente, pasmem, 38% estão nas .....universidades. Qual o futuro dessa nação medíocre com universitários que não sabem pensar e escrevem erradamente???

ZOOFILIA (crime previsto na Lei Federal 9605/98, artigo 32)

O deslumbrado e abobalhado ator, com a anuência do senhor Jô que não o advertiu, riram muito, debocharam dos animais, simularam sexo com eles. Como é possível isso na tv, um incentivo grotesco ao crime contra os infelizes animais? E o salário desses irresponsáveis e astronômico.
ISSO NÃO PASSARÁ INCÓLUME

Todavia, os defensores dos animais não deixarão passar esse ato de irresponsabilidade em branco.
Eu mesmo já entrei em contato com a equipe do Jô repudiando sua atitude maniqueísta e esdrúxula de achar graça de um ator que ridicularizou os animais, como se isso fosse algo superior a aceitável. Eu assisti à entrevista e fiquei pasmado, horrorizado com essa infâmia e decadência moral. O ataque é sempre contra os mais fracos. E todos riram muito. Deus, ó Deus, onde estás que não respondes??????

Zoofilia é crime, previsto na lei 9605/98, artigo 32. Embora o fato tenha acontecido na infância desse infeliz ator, a apologia é criminosa. Fazer propaganda como algo aceito, é ilícito, como nesse caso.

Jô Soares terá que se explicar, pedir desculpas publicamente. Inclusive, citarei o fato em meu programa de rádio. 
Acabou o silêncio; terminou a impunidade e agora, quem falar sobre os animais, terá que medir as palavras, pois liberdade de comunicação é uma coisa; fazer apologia criminosa de zoofilia, gera processo criminal e será cobrado.

OS ANIMAIS PRECISAM SER RESPEITADOS - O HOLOCAUSTO DELES TEM QUE TER FIM

Embora vivamos num país medíocre, onde as leis são sufocadas pelo jeitinho brasileiro, mesmo assim, não iremos nos calar. Agora, terão que aturar para sempre os defensores dos animais. A minha vida não passará em branco, isso eu posso assegurar. NÃO tenho medo de nada - se eu viver mais 10 anos, sinceramente, ficarei grato a Deus. Não preciso mais do que isso. Estou cansado desse mundo mau, de gente falsa, hipócrita; estou saturado de ver e ouvir notícias de maldade contra os mais fracos, no caso, crianças, idosos e animais.

A prática de zoofilia é tão abominável quanto a pedofilia. São pessoas abjetas, desprezíveis, inferiores, seus pensamentos são miasmáticos, exalam mau-cheiro assim como suas atitudes inferiores fazem mal à sociedade educada, que defende a vida em sua complexidade."
 Bom, por enquanto era isso.

quinta-feira, maio 30, 2013

JOÃO E MARIA: CAÇADORES DE BRUXAS



RESENHA DE FILME
Título original: "Hansel and Gretel: Witch Hunters"

Domingo estava bastante frio por aqui. Durante o dia o sol deu uma bela aquecida, mas à noite..., pra quê, todo aquele gelo? Nada melhor do que ar condicionado quentinho, pipoca e filme. Então escolhi "João e Maria", um filme do norueguês Tommy Wirkola. Não posso viver só de Tarantino.

Liguei o DVD esperando nada, de peito aberto, e quer saber? Gostei e me diverti. O filme é focado no entretenimento e atinge esse objetivo muito bem. Contudo, "João e Maria: Caçadores de Bruxas" não é o bicho que eu tinha ouvido falar, e Tommy Wirkola também não se confirmou entre meus diretores favoritos.

O filme vai bem ao encontro do que está na moda no cinema atual: as releituras sombrias de contos de fadas. Gostei da interpretação de Gemma Arterton -- linda -- no papel de Maria, mas Jeremy Renner não me convenceu na pele de João, faltou alguma coisa, sei lá, achei ele meio desconectado. Mas também achei ele um gato. Famke Janssen valeu como bruxa má, adorei. A trama do filme começa algum tempo depois dos acontecimentos narrados pelos Irmãos Grimm naquela fábula que todo mundo conhece. Vou resumir aqui, só pra refrescar a memória. Abandonados na floresta pelo pai, João e Maria encontram uma casa de doces, onde são aprisionados por uma bruxa má. Espertos, eles conseguem se livrar e colocam a dita cuja no mesmo forno onde ela pretendia cozinhá-los. Na sequência fogem dali. Um salto no tempo e aqui estão eles novamente. João e Maria, agora adultos, ganham a vida como caçadores de recompensas. São especializados em capturar bruxas.

No início, o filme é meio chatinho e a gente acaba pensando que vai enveredar na velha história do gato e rato. Mas lá pelas tantas acontece uma reviravolta e o casal de heróis tem de enfrentar um mal muito maior do que as bruxas más. Não, não vou contar. Os diálogos, apesar do excesso de gíria, até que são bem interessantes. Rola palavrão a torto e a direito, coisa que a legenda pudica tratou de eliminar. Acontece que contar uma história medieval com linguagem pop é complicado mesmo. Mas o que não falta nesse filme é estilo e charme. O visual é excelente e o figurino não fica atrás. Achei superbacana.

É, gostei. Mas não apaixonei. Foi por causa do roteiro? Não sei, mas tenho a impressão que sim. Tem histórias misturadas, muitos cortes, e sinceramente esse tipo de condução acelerada não faz minha cabeça. Mas isso não desmerece o filme, não mesmo. É coisa minha, to batendo pino.

O que vale mesmo está seguro: muita ação, muito humor e pinceladas "trash" garantem a diversão! A gente se diverte com o terror, com a maluquice, com a violência explícita, excessiva e cartunesca que nos pega desprevenidos. Minha nossa, é sangue pra todo lado, cabeças pra lá e pra cá, tiroteio que não acaba mais! E o arsenal bélico dos heróis? Bom, isso é um capítulo à parte. A começar pelo transporte, eles andam em cada geringonça do arco! E vivem às voltas com armas gigantescas, engenhosas e sofisticadas capazes de fazer inveja ao Schwarzenegger. E dê-lhe pancadaria! Okok, mas no meio disso tudo, a doença do açúcar e uma injeção de insulina? Essa não! Mas enfim, quem se importa? Uma doideira misturada com deboche toma conta do ambiente e você, é claro, não se aguenta. É tudo muito louco. Putz, ia me esquecendo: você acredita que, com toda agitação, ainda houve espaço pra rolar um clima entre João e uma bruxa boa? É, houve. E tem bruxa boa sim. Em todos os sentidos.

Bom, acho que deu pra dar uma ideia do filme. Então. Se você estiver a fim de dar umas risadas sem compromisso, recomendo. Mas volto a dizer, é um filme-pipoca, de entretenimento inconsequente e descartável. Não espere nada além disso.

Em tempo: Gemma Arterton (Maria) é a tal nas artes marciais. Nossa, ela dá cada golpe que só vendo! Luta superbem a madame!

© Marli Soares Borges, 2013

terça-feira, abril 30, 2013

NEUROLINGUÍSTICA - FELICIDADE HOJE E AGORA



Você sabia que à luz da neurolinguística, nós podemos alcançar a felicidade hoje e agora, a despeito dos problemas que estamos enfrentando? É isso aí. Tenho até uma dica. Se você não quiser cansar tua beleza com minhas filosofias de botequim, pule essa parte e vá direto pra neurolinguística. Não me incomodo. É que, simplesmente, não posso deixar esse texto perneta, okay?

Não olhe para mim. Ninguém ainda conseguiu conceituar a felicidade. Sabe-se porém, que ela tem um perfil que varia de acordo com o nível social e intelectual de cada um, o que leva a crer que é apenas um estado de espírito, um modo de ver a vida e não um acontecimento em si. Tanto é, que cada um de nós tem um jeito próprio e único de ser feliz. Conclusão: a felicidade é uma atitude comportamental, está dentro de nós. Óbvio. Mas está atrelada à noção de possibilidade real. Nada de contentar-se somente com as coisas impossíveis. Sacou? Já sei, agora, a clássica perguntinha: como faço pra ter essa tal noção de possibilidade real? Peraí. Vou correndo buscar socorro nas palavras de um velho amigo. Veja o que ele diz: "Conhece-te a ti mesmo. Assim não te perderás em meio às coisas e saberás como modificar tua relação contigo, com os outros e com o mundo". Grande Sócrates! Ele pregava que para alcançar a felicidade, devemos nos ocupar antes com nós mesmos, porque esse é o caminho que permite acessar a nossa verdade, que é a única verdade capaz de transformar-nos em sujeitos de nosso próprio destino.

Trocando em miúdos, ninguém pode nos fazer felizes ou infelizes. Nós regemos o nosso caminho e somos herdeiros dos nossos atos, que por sua vez, resultam do nosso pensar. Mas é o autoconhecimento que nos dará o poder para dirigir bem ou mal a nossa existência, olhar a vida com outros olhos, mudar as lentes quando necessário e não desejar o impossível, ou seja, ter a mencionada noção de possibilidade real. Ser feliz ou infeliz. A felicidade e a infelicidade são subprodutos dos nossos pensamentos construtivos ou destrutivos. Ufa! Taí ainda?

Alumiada a vereda, vamos à neurolinguística.

Veja como funciona o nosso cérebro. Quando você tem um pensamento negativo, teu cérebro entende que você está em apuros e aciona um esquadrão de neurônios armados de explosivos até os dentes: cortisol e adrenalina. Essas substâncias que, em princípio, pretendem te dar forças pra você fugir daquela situação aflitiva, na verdade te deixam agitado, enraivecido, infeliz. De outra banda, quando você tem um pensamento positivo, teu cérebro entende que você está feliz, então ele te recompensa com uma carga deliciosa de moléculas de felicidade, de desejo e de prazer: dopamina, serotonina e endorfinas. Uau.

Era isso. Agora a dica. Quentíssima, fervendo, rsrs! Estudos comprovam que essa técnica "altera a configuração cerebral". Ok. O lance é o seguinte: enganar o cérebro. (Bem que você já havia desconfiado, né,... aí tem enganação!! Rsrs). Nem ouse pensar em abduzir-me. Desista. Até porque, se você chegou até aqui o melhor mesmo é prestar atenção na dica, hehe.
Saiba reconhecer quando os pensamentos negativos estiverem ocupando sua mente, em especial nos períodos de conflitos e sofrimentos. Feito isso, ataque sem demora esses pensamentos infames. Ponha-os pra nocaute, sem dó nem piedade. É fácil! Substitua-os imediatamente por pensamentos positivos! É tiro e queda. E convença-se de uma vez por todas, que você tem esse poder, afinal, quem comanda seus pensamentos é você! Caramba, não se deixe intimidar, engane logo seu cérebro, oras. Faça ele pensar que você está feliz!! Toque aqui!! E que venham as endorfinas, serotoninas e dopaminas! Yesss!!! \o/
© Marli Soares Borges, 2010
Saiba mais: M. Foucault in "A Hermenêutica do Sujeito", SP, 2004.

sexta-feira, abril 05, 2013

PALAVRAS MALABARISTAS


Simplesmente sumiram. E eu aqui sem saber o que fazer, o cursor piscando solitário na telinha do note. Foi então que ouvi as risadas e da janela pude observar. Lá estavam elas, esfuziantes. Tomei o maior susto. Meu primeiro impulso foi trazê-las de volta imediatamente, a qualquer preço, agarrá-las pelo pescoço, óbvio que estavam se achando. Não faltava mais nada, me abandonarem assim, sem mais nem menos, sem um aviso sequer, vou matá-las, uma a uma! Mas não matei, aliás, nem fiz nada, simplesmente as deixei seguir.

E agora, o que seria de mim? Se não voltarem eu morro!

Olha, se alguma vez aconteceu isso com você, não precisa nem ler esse texto. Nenhum relato conseguirá ser absolutamente fiel ao que se passou comigo naquela noite em que as palavras foram passear. Só sei dizer que minha cabeça parecia que ia explodir, dava mil voltas. Os pensamentos zuniam, que mancada a minha: eu as monopolizara como se fossem minha propriedade. E elas ali..., pacientemente, traduzindo meu pensar e suportando minhas loucuras. Tanto malabarismo que o cansaço bateu. Como não percebi isso? Paciência, agora já era. O jeito é aguardar em stand by. Vou sobreviver, prometo.

No final das contas, depois do revival elas voltaram. São fortes os laços que nos unem. Ainda bem.

© Marli Soares Borges, 2013.

terça-feira, março 19, 2013

AMAVISSE - Poema II - HILDA HILST


Como se te perdesse, assim te quero.
Como se não te visse (favas douradas
Sob um amarelo) assim te apreendo brusco
Inamovível, e te respiro inteiro

Um arco-íris de ar em águas profundas.

Como se tudo o mais me permitisses,
A mim me fotografo nuns portões de ferro
Ocres, altos, e eu mesma diluída e mínima
No dissoluto de toda despedida.

Como se te perdesse nos trens, nas estações
Ou contornando um círculo de águas
Removente ave, assim te somo a mim:
De redes e de anseios inundada.

Descansa.
O Homem já se fez
O escuro cego raivoso animal
Que pretendias.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Nota: poema contido na contracapa do livro "AMAVISSE" que contextualiza e prenuncia a trilogia erótica que está por vir. 

Hilda de Almeida Prado Hilst  (Jaú, 21 de abril de 1930 - Campinas 4 de fevereiro de 2004) - Foi poeta, ficcionista e dramaturga. Considerada uma das mais completas personalidades literárias do Brasil. Formou-se na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e começou, ainda estudante, a escrever poesia, passando mais tarde para o teatro e a ficcção. Recebeu os mais importantes prêmios líterários do Brasil, entre eles o Jabuti, Cassiano Ricardo e o Prêmio Moinho Santista.

quinta-feira, janeiro 31, 2013

WAKE UP CALL


Quero escrever, dizer algumas coisas, mas sinto que as palavras estão meio contidas. Acho que é efeito da tristeza, dessa mágoa imensa que estou sentindo por causa dos últimos acontecimentos. Por causa daqueles jovens que perderam suas vidas, seus sonhos, seu futuro. Por causa dos familiares que ficaram sem chão. Por causa de minha cidade, Santa Maria, que está chorando. Quero arrancar do meu peito a raiva que sinto dessa tragédia criminosa, dessa estupidez, dessa ganância generalizada que põe uma pedra no coração das pessoas e lhes tira a empatia e o raciocínio.


Foi sim uma tragédia anunciada: o extintor, o isolamento acústico, a saída de emergência, a comanda na saída, os seguranças sem comunicação entre si, a superlotação, a licença vencida. Caramba. E corrupção, será que não houve? E o maldito jeitinho brasileiro, será que não driblou as normas técnicas de segurança? Isso tudo tem de ser averiguado nos mínimos detalhes, pois a tal casa de shows jamais poderia estar funcionando naquelas condições! Não tinha esse direito, lida e vive das muitas gentes que ali comparecem. Negligência, imperícia e imprudência, ninguém ouviu falar de tais ilicitudes? E a culpa? E o dolo? Me revolto com essas coisas, porque acho que há algo errado com o meio e com os interesses das pessoas. Parece que está tudo embaçado. Onde estão os agentes públicos responsáveis pela fiscalização? Quem deu o alvará? Quem cometeu as ações ou omissões que permitiram o funcionamento da boate? E o Governo que não dá satisfação nenhuma à população? Só vem com aquela conversinha mole de que vai fazer isso e aquilo e até agora não fez nada. Está esperando o quê? Diz que vai enviar ofício para que os bombeiros liberem a documentação? Ofício? Ora pois. Pelo que tenho visto, só o setor privado está na berlinda: os músicos, os donos da boate e os seguranças estão sendo apontados. Não que estejam isentos de culpa, mas tem mais alguém aí nessa jogada. Ah, deve ter! Todo esse conjunto de atitudes, a meu ver, manifesta a experiência empobrecida do nosso tempo em que a vida humana não é levada em consideração quando concorre com o dinheiro. Ora, sem prevenção é só uma questão de tempo para que qualquer tragédia aconteça. Quem não sabe disso? Quem não "sente" isso? Mas não! A moeda de troca em primeiro lugar. Não sou nenhuma tonta pra não valorizar o dinheiro, mas daí a optar pelo dinheiro e desprezar a vida humana, a distância é muito grande. Sei, ninguém está livre de perder a vida num acidente, mas acidente não é a mesma coisa que crime. E crimes pedem Justiça. E Justiça tem de ser feita. Se o poder público tem culpa? Óbvio. Se não restar comprovado o dolo, no mínimo haverá culpa. E sem essa de fazer de conta que não viu e seguir fugindo das responsabilidades.

© Marli Soares Borges

domingo, dezembro 30, 2012

COMEÇOU A CONTAGEM REGRESSIVA

Feliz Ano Novo!

Tenham fé pessoal, vai chover na nossa horta!!!
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2012 para mim, foi bom e não foi. Lidei com alguns dissabores. Mas passou. E 2013 está aqui, novinho em folha! Acho que vale a pena assumir novos propósitos, ano novo, vida nova. Óbvio, todo mundo sabe que não tem mágica nenhuma na passagem de 31 de dezembro para 1º de janeiro. Mas se a gente não acredita em nada, a vida perde a graça. De minha parte, quero me renovar. Tenho esperança.

E fé.

Meu pedido às estrelas é bem básico e parte do princípio de que menos é mais. Eu quero menos.

Menos bagagem, menos peso nas minhas costas. Cansei de dar conta de tantos deveres. Chega de preocupações, prefiro ocupações. Agora eu quero viajar mais leve, deixar meu coração em paz, aproveitar melhor a vida que me resta. Decidi carregar comigo apenas o suficiente para que eu possa ser útil a mim e aos meus. Só isso, nada de excessos. Meu sonho agora é voar! Quero estar leve para voar nos braços da alegria... Complicado? Eu sei, mas farei minha parte no tocante ao merecimento. Quer ver? Vou levar 2013 na mira, valorizando as coisas legais. Não falo de raridades, de grandes coisas, nada disso. Apenas das pequenas. Essas coisas comuns que acontecem no dia a dia da gente, mas que na real, são as que impulsionam a vida. Vou entrar o ano com um sorriso no rosto e farei o que for preciso para manter-me assim, alegre, jovial, pra cima. Vou encarar os acontecimentos com espírito aberto e serenidade. E vou cuidar melhor da minha saúde. E vou abrir muito bem os olhos, quem sabe eu descolo um projeto legal pra me engajar? Bom, aí eu me atiro. Rsrs. E vou estar alerta, consciente de que, noventa e nove por cento dos acontecimentos que permeiam nossa existência, não são assim tão urgentes e nem tão sérios. E que venha 2013!

contagem regressiva

Desejo a você um ano novo muito feliz, com bastante saúde e disposição. E muita sorte. E que não lhe falte trabalho, nem descanso e nem lazer e que você tenha lindas ideias, projetos bacanas e muita esperança, mas anote aí: qualquer que seja o seu propósito para 2013, só vai funcionar se você fizer direitinho o tema de casa, ou seja, faça a sua parte: levante a cabeça, bote um sorriso no rosto e encare a vida. De frente.

Marli Soares Borges

segunda-feira, dezembro 24, 2012

NOITE FELIZ


Hello people!

Hoje à noite estaremos reunidos para festejar o Natal. Desejo que a noite seja de paz, de comunhão e de amor! E que sobretudo, a gente possa aproveitar muito bem as pequenas coisas que hoje estão ao nosso alcance, nossos familiares, nossos beijos, abraços, conversas, risadas... nossos momentos. Pois amanhã certamente iremos nos dar conta do quanto essas pequenas coisas eram grandes! E do quanto significaram em nossas vidas. E sentiremos saudades. Feliz Natal. Feliz hoje, aqui e agora!

Um beijo grande.
Marli Soares Borges (c) 2012.



sexta-feira, dezembro 21, 2012

DESIDERATA - Max-Ehrmann

Hello people!

Pois é. Hoje são 21.12.2012. Fim do calendário estruturado pela civilização Maia. É apenas "o fim de um ciclo e o começo de um novo. É como 31 de dezembro, nosso calendário acaba, mas um novo calendário para o ano seguinte começa em 1º de janeiro", disse Don Yeomans, chefe do programa de Objetos Próximos da Terra do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena, na Califórnia (no You Tube).

Mas, amanhã, 22 de dezembro, entre 11h16m e 11h26m, a terra, a lua e o sol estarão alinhados com Alcyone, a estrela maior, no centro da Via Láctea. Segundo especialistas, "as energias planetárias se organizam especialmente, levando-nos a viver um momento cósmico onde uma extraordinária oportunidade estará disponível, para que muitos possam passar por uma iluminação."  

Pensando nas energias que circulam no universo nesses momentos especiais, achei que a DESIDERATA seria uma ótima leitura. Um texto que é também especial. Espero que você goste.
Siga tranqüilamente entre a inquietude e a pressa, lembrando-se de que há sempre paz no silêncio.
Tanto quanto possível sem se humilhar, mantenha boas relações com todas as pessoas.
Fale a sua verdade mansa e claramente e ouça a dos outros, mesmo a dos insensatos e ignorantes, pois eles têm também sua própria história.
Evite as pessoas agitadas e agressivas; elas afligem o nosso espírito.
Se você se comparar com os outros, você se tornará presunçoso e magoado, pois sempre haverá alguém superior e alguém inferior a você.
Você é filho do Universo, irmão das estrelas e árvores, você merece estar aqui! E mesmo sem você perceber, a Terra e o Universo vão cumprindo o seu destino.
Desfrute de suas realizações, bem como de seus planos.
Mantenha-se interessado em sua carreira, ainda que humilde, pois ela é um ganho real na fortuna cambiante do tempo.
Tenha cautela nos negócios, pois o mundo está cheio de astúcias; mas não se torne um cético, porque a virtude sempre existirá.
Muita gente luta por altos ideais, e em toda a parte a vida está cheia de heroísmos.
Seja você mesmo.
Principalmente não simule afeição, nem seja descrente do amor, porque mesmo diante de tanta aridez e desencanto, ele é tão perene quanto a relva.
Aceite com carinho o conselho dos mais velhos e seja compreensivo com os arroubos inovadores da juventude.
Alimente a força do espírito que o protegerá no infortúnio inesperado, e não se desespere com perigos imaginários.
Muitos temores nascem do cansaço e da solidão; e, a despeito de uma disciplina mais rigorosa, seja gentil para consigo mesmo.
Portanto, esteja em paz com Deus, como quer que você O conceba.
E quaisquer que sejam os seus problemas, trabalhos e aspirações, na fatigante confusão da vida, mantenha-se em paz com sua alma.
Apesar de todas as falsidades, fadigas e desencantos, o mundo ainda é bonito.
Seja prudente! Faça tudo para ser feliz!
E jamais desesperes, porquanto sejas quem seja e estejas onde estiveres, ninguém te pode furtar o privilégio da imortalidade nem te arredar do Esquema de Deus. 
Clique aqui e saiba mais: Desiderata é um poema em prosa escrito em 1927 pelo escritor norte americano Max Ehrmann, 1872 - 1945. Em 1956 o pároco da igreja de São Paulo de Baltimore, reproduziu o texto e distribuiu entre seus fiéis. Na sequência saíram outras reproduções sem os créditos originais, constando por engano, que o texto havia sido "achado na Igreja de São Paulo de Baltimore em 1692", ano de fundação da Igreja. Um equívoco que circulou como verdade durante muito tempo.


Beijos a todos.

quarta-feira, novembro 07, 2012

ELA NÃO DEIXOU BENS

Olá!!

Vou repassar pra você um poema que recebi hoje. Acho que vale a pena. Foi encontrado nos pertences de uma velhinha, num hospital de doenças da velhice. Foi o único bem que ela deixou. Pra variar está sem autoria, o que acho uma sacanagem. Porque não colocaram logo o nome da velhinha, se sabiam que foi ela quem escreveu? Pois é, mas pelo que li no email, o dito poema foi publicado na edição de Natal da "União para a Saúde Mental", (sei lá o que é isso), na Irlanda do Norte. Não me pergunte nada, não saberei responder. Estou vendendo o peixe pelo preço que comprei. Mas bem que eu gostaria de ver a tal publicação, só pra conferir os créditos! Tsc, tsc.

Mas quero registrar aqui, as minhas impressões. 

Achei o poema delicado, simples e extremamente sensível. De uma riqueza emocional que quase não se vê, hoje em dia, nas poesias. Os sentimentos estão muito bem desenhados, e em certas passagens até me senti abduzida pra dentro do texto, -- o que obviamente denuncia que sou uma dinossaura --. Muito detalhe, muita sutileza, muita vida vivida. Um lindo poema. 

A VELHA RABUGENTA

Que vêem amigas?
Que vêem?
Que pensam quando me olham?

Uma velha rabugenta não muito inteligente de hábitos incertos,
Com seus olhos sonhadores fixos ao longe?

A velha que cospe comida
Que não responde ao tentar ser convencida...
"De, fazer um pequeno esforço?"

A velha, que vocês acreditam que não se dá conta
Das coisas que vocês fazem
E que continuamente perde a sua escova ou sapato?

A velha, que contra sua vontade,
Mas humildemente lhes permite fazer o que queiram,
Que me banhem e me alimentem,
Só para o dia passar mais depressa...

É isso que vocês acham?
É isso que vocês vêem?
Se assim for, abram os olhos, amigas,
Porque isso que vocês vêem não sou eu!

Vou lhes dizer quem sou,
Quando estou sentada aqui,
Tão tranquila, como me ordenaram...

Sou uma menina de dez anos,
Que tem pai e mãe,
Irmãos e irmãs que se amam.

Sou uma jovenzinha de dezesseis anos.
Com asas nos pés, e que sonha encontrar seu amado.

Sou uma noiva aos vinte
Que o coração salta nas lembranças,
Quando fiz a promessa que me uniu até o fim de meus dias
Com o AMOR de minha vida.

Sou ainda uma moça com vinte e cinco anos,
Que tem filhos,
Que precisam que eu os guie...
Tenho um lugar seguro e feliz!

Sou a mulher com trinta anos
Onde os filhos crescem rápido
E estamos unidos com laços que deveriam durar para sempre...

Quando tenho quarenta anos
Meus filhos já cresceram e não estão em casa...
Mas ao meu lado está meu marido
Que me acalenta quando estou triste.

Aos cinquenta, mais uma vez comigo deixaram os bebês, meus netos,
E de novo tenho a alegria das crianças,
Meus entes queridos junto a mim.

Aos sessenta anos, sobre mim nuvens escuras aparecem,
Meu marido está morto;
Quando olho meu futuro me arrepio toda de terror.

Os meus filhos se foram,
E agora tem os seus próprios filhos...
Então penso em tudo o que aconteceu e no amor que conheci.

Agora sou uma velha.
Que cruel é a natureza...
A velhice é uma piada
Que transforma um ser humano em um alienado.

O corpo murcha.
Os atrativos e a força desaparecem.
Ali, onde uma vez teve um coração
Agora há uma pedra.

No entanto nestas ruínas, a menina de dezesseis anos ainda está viva.
E o meu coração cansado,
Ainda está repleto de sentimentos vivos e conhecidos.

Recordo os dias felizes e tristes
Em meus pensamentos volto a amar e a viver o meu passado.
Penso em todos esses anos que se foram,
Ao mesmo tempo poucos,
Mas que passaram muito rápido,
E aceito o inevitável...
Que nada pode durar para sempre...

Por isso, abram seus olhos e vejam
Diante de vocês não está uma velha mal-humorada,
Diante de vocês estou apenas “EU”...

Uma menina, mulher e senhora.
Viva...! E com todos os sentimentos de uma vida...

Beijos a todos.


segunda-feira, outubro 29, 2012

FLORES, FLORES, FLORES

Olá turma
Hoje o assunto é Georgia O’Keef  e suas flores maravilhosas.

Georgia O’Keef foi uma pintora norte americana que viveu de 1887-1986. Eu amo os quadros da Georgia e até já andei falando sobre o assunto nesse link  aqui. Confira, você vai gostar. E ainda pretendo postar mais detalhes a respeito, lá no Face.

Li na biografia, que Georgia certa vez observou uma coisa, que pode ser o ponto de partida para entendermos o que a motivou a pintar essas flores tão especiais. Ela disse que ninguém vê uma flor, que a flor é tão pequena; que não temos tempo de parar e ver, mas que ela queria que a gente parasse e olhasse as flores, que tivéssemos curiosidade. E o que foi que ela fez então? Pintou-as assim, gigantes, com detalhes surpreendentes, que só os seus olhos de artista poderiam captar!

Vamos ver como ficaram? (Já sei o que você vai pensar. Por isso vou continuar o assunto lá no Facebook, que possibilita uma boa troca de ideias).






E aí, gostou? Quer saber mais? Diga alguma coisa por aqui, e depois encontre-me lá no Face.  Logo, logo estarei postando por lá.

Beijos a todos.

quinta-feira, outubro 18, 2012

DIA INTERNACIONAL DA ERRADICAÇÃO DA POBREZA

Olá turma

Hoje,17 de outubro é o Dia internacional da Erradicação da Extrema Pobreza, criado pela ONU em 1992. A escolha de 17 de outubro aconteceu devido a uma manifestação em Paris (1987), quando as pessoas lutavam para que os direitos fundamentais se tornassem realidade universal. Naquele dia, o padre Josephe Wresinski fez uma afirmação lapidar, absolutamente certa. Disse ele: 
"Onde os homens estão condenados a viver na miséria, os direitos humanos são violados”.   
A respeito da pobreza, deixo aqui um lembrete para você. Encontrei na carta aberta que a professora aposentada Martha Pannunzio, de Uberlândia-MG, endereçou à presidente Dilma. No meu pensar, essa carta é seguramente a voz de milhões de brasileiros, nos quais eu me incluo. Ao longo da missiva, ela manifesta sua indignação pelas tais "bolsa isso e bolsa aquilo, salário isso e aquilo", iniciativas assistencialistas que, sabemos, ao contrário de incluir os mais humildes na sociedade produtiva, os exclui para sempre, viciados que ficam em receber a esmola governamental.  

Agora o lembrete, veja o que ela diz:
"Último lembrete: a pobreza é uma consequência da esmola. Corta a esmola que a pobreza acaba, como dois mais dois são quatro."
E prossegue dizendo:
"Não me leve a mal por este protesto público.
Tenho obrigação de protestar, sabe por quê?
Porque, a cada delírio seu, quem paga a conta sou eu..."
(A íntegra você encontra no Google. É só digitar (sem aspas) -- carta aberta martha --. A carta é longa, mas vale a pena ler)

Volto em breve.
Beijos a todos.

segunda-feira, outubro 15, 2012

UM RETRATO DOS TEMPOS ATUAIS

Olá turma,

Que tal dar uma lida nesta frase aqui? Pode ser que você já conheça, mas mesmo assim, vale a leitura!


"Quando você perceber que para produzir precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada." 

A frase foi dita em 1920, por Ayn Rand, uma filósofa -- e profeta, acho! -- russo-americana (judia, fugitiva da revolução russa, que veio para os Estados Unidos). 

Desde muito cedo ela percebeu que o direito do indivíduo à sua própria vida e aos frutos do seu trabalho (propriedade) é um direito inalienável, que nenhum outro indivíduo, grupo, coletividade, classe ou estado pode violar. Isto não é incrível? 

Quando menina ela descobriu que o que é admirável no ser humano é a sua capacidade de ação e liderança, o seu potencial de grandeza e heroísmo -- e que uma vez que a gente descobre isso em nós, não se consegue mais aceitar migalhas! 

Bingo. Taí porque ela disse aquela frase lapidar. Bota visão nisso! 

Volto em breve.
Beijos a todos.

(fonte: foto e biografia na internet)

segunda-feira, setembro 24, 2012

DOIS COELHOS

Olá turma,

Ontem assisti um filme, por insistência de meu filho e minha nora. Confesso que resolvi assistir, completamente sem elan... (eu nada sabia do filme e achei que não iria gostar). Pois não é que gostei? O nome do filme é "Dois Coelhos" e você, com certeza já deve ter assistido. Mesmo assim, pra quem ainda não viu, aí estão minhas impressões.

Dois Coelhos é um filme brasileiro e conta a história de um homem, que, assim como todos os brasileiros, vive sufocado entre a criminalidade --sempre impune-- e o poder público, que só funciona à custa do dinheiro da corrupção. Cansado dessa situação, ele resolve fazer justiça com as próprias mãos. Seu nome: Edgar. Então: o filme é centrado na história de Edgar. 

Para acabar com essa situação e não ser mais vítima da impunidade, Edgar elabora um plano (meio fodido, como ele diz,) mas que fará os criminosos baterem de frente com os políticos gananciosos. No decorrer do filme, durante a execução do plano, a gente descobre que além da revolta com o sistema, Edgar tem outras intenções, bem mais profundas, e que têm tudo a ver com sua própria história de vida, que foi marcada por um terrível acidente e por um amor que ele nunca esqueceu. 

O roteiro é inteligente e bem elaborado, mas é bastante complexo, (pelo menos eu achei). A narrativa não é linear, e às vezes fica até um pouco confusa. É preciso prestar muita atenção, senão a gente pode acabar perdendo o fio da meada. Mas se você não se perder nas idas e vindas da trama e suas milhares de informações visuais, com certeza vai assistir um ótimo filme, cheio de ação e efeitos muito bacanas e ao mesmo tempo, usufruir de uma produção empolgante, com um desfecho inesperado. Aí sim, como Edgar, você vai matar dois coelhos com uma cajadada só!

No elenco tem: Fernando Pinto Alves, Alessandra Negrini, Caco Ciocler, Thogum, Norival Rizzo, Marat Descartes, Aldine Muller, Neco Villa Lobos, Robson Nunes, Thaide. Direção e roteiro de Afonso Poyart. Longa metragem.

O quê? Não conhecia a maioria deles? Toque aqui, eu também não. Mas o filme é excelente. Show de bola.

Beijos a todos.

segunda-feira, janeiro 09, 2012

TOC, TOC

Olá turma!

Sigo em férias, não viajei ainda. Quero ficar um pouco em casa, sossegada, num dolce far niente.

Assisti ontem "Marley e eu". Sim, AMEI. Até me deu vontade de ter outro cachorro, dessa vez um labrador. Mas, snif..., já tenho muitos.

Ando me dedicando bastante aos origamis. Estou até pensando em criar uma página só para postar meus trabalhos, ou, quem sabe... um outro blog, ..., não sei ainda.

Dei uma geral no meu lap e achei um texto que recebi por email há tempos. Vou reproduzi-lo aqui e sei que muita gente vai achar de uma pieguice atroz, - paciência. É que esse texto dá uma cutucada em quem vive jogando a responsabilidade da própria vida nas costas dos outros. Vale a pena dar uma lida. E pensar. É um bom toque pra gente encarar o 2012. Acho.

Volto em breve.
Beijos a todos.

"QUEM TE FAZ FELIZ? (autoria desconhecida)
Durante um seminário para casais, perguntaram a uma das esposas: - Seu marido lhe faz feliz? Ele lhe faz feliz de verdade? Neste momento, o marido levantou seu pescoço, demonstrando total segurança. Ele sabia que a sua esposa diria que sim, pois ela jamais havia reclamado de algo durante o casamento. Todavia, sua esposa respondeu a pergunta com um sonoro NÃO, daqueles bem redondos! - Não, o meu marido não me faz feliz! (Neste momento o marido já procurava a porta de saída mais próxima). Meu marido nunca me fez feliz e não me faz feliz! Eu sou feliz. E continuou: O fato de eu ser feliz ou não, não depende dele; e sim de mim. Eu sou a única pessoa da qual depende a minha felicidade. Eu determino ser feliz em cada situação e em cada momento da minha vida, pois se a minha felicidade dependesse de alguma pessoa, coisa ou circunstância sobre a face da Terra, eu estaria com sérios problemas. Tudo o que existe nesta vida muda constantemente: o ser humano, as riquezas, o meu corpo, o clima, o meu chefe, os prazeres, os amigos, minha saúde física e mental. E assim eu poderia citar uma lista interminável. Eu decido ser feliz! Se tenho hoje minha casa vazia ou cheia: sou feliz! Se vou sair acompanhada ou sozinha: sou feliz! Se meu emprego é bem remunerado ou não: eu sou feliz! Sou casada, mas era feliz quando estava solteira. Eu sou feliz por mim mesma. As demais coisas, pessoas, momentos ou situações eu chamo de experiências que podem ou não me proporcionar momentos de alegria e tristeza. Quando alguém que eu amo morre eu sou uma pessoa feliz num momento inevitável de tristeza. Aprendo com as experiências passageiras e vivo as que são eternas como amar, perdoar, ajudar, compreender, aceitar, consolar. Há pessoas que dizem: hoje não posso ser feliz porque estou doente, porque não tenho dinheiro, porque faz muito calor, porque alguém me insultou, porque alguém deixou de me amar, porque eu não soube me dar valor, porque meu marido não é como eu esperava, porque meus filhos não me fazem felizes, porque meus amigos não me fazem felizes, porque meu emprego é medíocre e por aí vai. Eu amo meu marido e me sinto amada por ele desde que nos casamos. Amo a vida que tenho, mas não porque minha vida é mais fácil do que a dos outros. É porque eu decidi ser feliz como indivíduo e me responsabilizo por minha felicidade. Quando eu tiro essa obrigação do meu marido e de qualquer outra pessoa, deixo-os livres do peso de me carregar nos ombros. A vida de todos fica muito mais leve. E é dessa forma que consegui um casamento bem sucedido ao longo de tantos anos. Nunca deixe nas mãos de ninguém uma responsabilidade tão grande quanto a de assumir e promover sua felicidade."