quinta-feira, julho 22, 2010

VEGETANDO...

Olá!

Virou cult dizer que odeia a TV, que a TV emburrece e blablabla. E o ibope cada vez mais alto, mas como, se ninguém gosta..., tá bom, deleta. Diga aí quem nunca espiou um programinha global, quem nunca espiou uma novelinha, não importa o motivo, aliás, se você perguntar a cada um da turma do "odeia", eles têm na ponta da língua vários motivos-cabeça, capazes não só de desagravar, mas até de justificar o tempo que ficam, amiúde, embasbacados na frente da TV olhando programas que eles próprios odeiam..., (paradoxal, hein?). Não é o meu caso.

Se tiver que escolher entre tv e outras mídias, eu prefiro livro, lap, e-book, escrever, blogar, ou simplesmente zapear na internet. Ok. Mas também gosto das novelas e gosto dos programas televisivos, eventualmente, em doses homeopáticas.  

Vou dizer o porquê.

Às vezes fico vegetando numa ou outra novela global. Adoro a beleza dos cenários, a luz perfeita, gente bonita, tudo bonito, uma aura de sonho. Isso me distrai e me afasta um pouco da realidade. É que fico meio murcha de ver todos os dias as ruas sujas, mal cuidadas, as pixações que não foi ninguém, a desordem do trânsito, os mendigos, as crianças nos semáforos, os cavalos nas carroças, escravizados e mal tratados, a falta de respeito com os animais, com a vida em si, a degradação ambiental, a corrupção dos políticos, o judiciário cada dia mais desacreditado, as mentiras deslavadas dos governantes, as notícias tristes e verdadeiras, e por aí vai... 

Quando esse estado de coisas me entristece além do que posso suportar, dá-lhe novela! Na verdade, as novelas acabam sendo uma válvula de escape. Encho meus olhos e então, minha mente aproveita pra vagabundear um pouco... e acaba aliviando a tensão.

Mas vou só até aí, depois aterrisso e continuo no embalo, um grão de areia na praia, mas que, com  minhas palavras e atitudes, tento mudar o mundo, ah, isso eu tento! Rsrs. E começo em casa, hehe, com meus netos, hehe.

See you later.
Beijos.

terça-feira, julho 20, 2010

O LEITOR NOSSO DE CADA DIA

Olá!
FELIZ DIA DO AMIGO!

Quem tem amigos, tem tudo, quem não os tem, não tem nada.
Graças a Deus, tenho vocês.
Obrigada por existirem.

Um grande beijo.
* * *

Li uma crônica no Blog do Cacá e andei pensando a respeito do assunto que ele aborda com tanto brilhantismo, naquele espaço. Trata-se de livros e leitores. Segundo entendi, o crescimento do número de leitores não estaria acontecendo na mesma proporção do crescimento do número disponível de obras para a publicação, resultando no reinado absoluto das editoras, muito mais agora do que no passado. Em resumo, o número de leitores está diminuindo.

É verdade. Mas em homenagem as soluções --sempre bem vindas--, resolvi mudar o ponto de vista. Na verdade, venho concluindo que as editoras não estão com essa bolinha toda, e que há muita gente lendo, e lendo muito, até demais. O que falta são compradores para os livros que estão lá nas livrarias. E por que isso acontece? Well. Por várias razões, que no meu leigo pensar, gravitam em torno: do preço, da necessidade e da existência de outras mídias.

Deixarei de lado o preço, porque falta de dinheiro não se discute. E necessidade também, pois tem a ver com prioridades, e portanto focaliza outras variáveis. Lidarei aqui, apenas com os leitores que têm dinheiro. São esses os que me interessam nessa abordagem.

Veja bem. Vivemos cercados de uma diversidade infinita de linguagens: faixas, imagens, outdoors, publicidade, etc. Encaramos todos os dias uma poluição de textos e imagens, um mega bombardeio, que acabamos ficando sem fôlego para nos dedicar a uma leitura plena no sentido estrito da palavra. Suponho que para o escritor e para as editoras isso seja terrível, pois, a produção literária pode muito bem acabar nas prateleiras, o que, de certa forma confortaria a tese da supremacia das editoras devido à falta de leitores. Mas, acho que não é por aí, pois esse contato reincidente com os textos do cotidiano derruba a idéia de que as pessoas não lêem, de que faltariam leitores para os livros. Lêem sim, e demais. É que estamos diante de outro tipo de leitores. Os novos leitores. E esse é apenas um dos problemas.

Observo também, que ao par do tal bombardeio de leitura, os livros impressos estão tendo que lidar, em desigualdade de condições, com os arquétipos, que nunca estiveram tão em alta como agora, restando a impressão de que o potencial intelectivo produzido pelas pessoas que escrevem é sempre de menor valia. E aqui incluo também os óbices trazidos pelas linguagens da internet. Lembrando que a tecnologia computacional balançou a própria epistemologia da aquisição do conhecimento.

Noutro giro, quando afirmamos que faltam leitores, (se quiser pode ler compradores,) nós o fazemos partindo geralmente de um determinado padrão de leitura nosso, de conteúdo subjetivo, paradigmático. E da mesma forma deve estar acontecendo com os editores em relação aos autores. Todos partem de um critério próprio e geral. (Ex. faltam leitores para os livros impressos, ou os autores não estão escrevendo nada que agrade, ah, esse tipo de assunto não vai vender, etc e tal). Por óbvio a resposta a esse critério geral, será igualmente geral: não tem leitor. Ops! De volta ao ponto inicial. Mas já vimos que não é bem assim!

Ora, se temos a constatação de que os livros não estão vendendo, e sabemos que tem leitores, urge uma revitalização nessa área. E vou anotar aqui, minha opinião, só uma opinião leiga, please. Antes de me crucificar, lembre-se disso. Rsrs.

Abandonada a tese da falta de leitores, que tal focalizarmos as mídias? Que tal descobrir objetivamente que tipo de leitura afasta ou conquista os leitores nesse novo mundo povoado de apelos tão diferenciados? Em que tipo de livros tais leitores estariam dispostos a investir seu tempo e seu dinheiro? Seriam os livros impressos? E a ecologia? E o e-book? E as outras mídias? Qual o papel das editoras nesse remanejo literário? Sei lá, mas, para mim, essas são discussões relevantes que devem ser postas na mesa, de imediato, pois os novos autores aí estão, e os novos leitores também. E todo mundo precisa viver do seu trabalho.

Acredito sinceramente na possibilidade de convivência harmoniosa de todas as mídias no que se refere à produção textual, à criatividade e ao ganha-pão de cada um. Como? Ainda não sabe como fazer? - Quá! - Nem eu. Rsrs. A única coisa que sei é que o mercado editorial não anda lá essas coisas. Que não há falta de leitores. E que há os novos leitores do admirável mundo novo midiático. E que esses leitores estão aí, esperando para serem conquistados pelos autores e pelo mercado, sob outros prismas.

Beijos.

segunda-feira, julho 19, 2010

O QUE FAZ O FRIO...

Olá, pessoal

Olhaí o que faz o frio. Mexe com a cabeça da gente: é pipoca, é café, é chocolate quente, é lareira. 
Meu Deus! Um bom início de semana pra vocês.
Enjoy


Haicai MSBd9
Chove lá fora -
Eu comendo pipoca.
Croc, croc. Que bom!



Haicai MSBd8
Na chuva o casal
caminhando ligeiro -
Tem café?


 Tchau. Beijos.

sábado, julho 17, 2010

DINHEIRO


Adoro esse filósofo rabugento. Falam mal dele, dizem que é pessimista, que tem uma visão ateísta do mundo, etc e muito etc. Touché! Cada um tem seu direito de opinar. Eu também. Acho que ele é o filósofo do realismo, isso sim. Ele vai a fundo nas filigranas da vida, e inclusive antecipou muitos sentimentos que a competição selvagem de hoje acabaram trazendo naturalmente para o nosso mundo. Talvez por isso, o chamem de rabugento, hehe, mas ele faz a gente pensar.

Claro que não concordo com tudo que ele diz, mas normalmente me empolgo com seus textos e leio e releio, não consigo desgrudar. É que ele, além de ser objetivo, não fica batendo sempre na mesma tecla, não enche a paciência da gente. E os assuntos são sempre interessantes.

Esse texto que estou postando é do meu arquivo particular. É uma passagem agudíssima e certeira sobre o valor do DINHEIRO.

Numa espécie tão carente e constituída de necessidades como a humana, não é de admirar que a riqueza, mais do que qualquer outra coisa, seja tão estimada e com tanta sinceridade, chegando a ser venerada; e mesmo o poder é apenas um meio para chegar a ela. 
Os homens são amiúde repreendidos porque os seus desejos são direccionados sobretudo para o dinheiro e eles amam-no acima de tudo. Todavia, é natural, e até mesmo inevitável, amar aquilo que, como um Proteu infatigável, está pronto em qualquer instante para se converter no objeto momentâneo dos nossos desejos e das nossas necessidades múltiplas.
De fato, qualquer outro bem só pode satisfazer a um desejo, a uma necessidade: os alimentos são bons apenas para os famintos; o vinho, para os de boa saúde; os medicamentos, para os doentes; uma peliça, para o inverno; as mulheres, para os jovens, etc. Todos eles, por conseguinte, são meramente bons para algo, ou seja, apenas relativamente bons. Só o dinheiro é o bem absoluto, porque ele combate não apenas uma necessidade in concreto, mas a necessidade em geral, in abstrato."
(Arthur Schopenhauer, em “Aforismos para a Sabedoria de Vida” (1851), do livro “Parerda e Paralipomena”).
ARTHUR SCHOPENHAUER - Filósofo alemão (1788-1860) nascido em Danzing (actual Gdansk, na Polónia) e falecido em Frankfurt.  A pronúncia correta de Schopenhauer é Xopenrráuer e não “Xopenauer” ou “Escopenauer”. E aí, você não tem obrigação de saber alemão, não é? Claro que não. Mas depois de ler esse texto, desista de alegar ignorância. Você sabe, cultura não mata ninguém. Mas é possível que incomode alguns governantes.

See you later.

quinta-feira, julho 15, 2010

ENERGIA LIMPA

Olá, pessoal!!

Gente, que maluquice esse frio, brrrrrr  8,5 graus! E esse vento, é o legítimo de renguear todos os cuscos por aqui! Pelamor! Juro, não sei como é que a gente consegue aguentar esse tempo megalouco aqui do sul. Hoje até que teve sol, e bem claro, por sinal, mas o vento permaneceu ali, firme, sem desgrudar um segundo dos ossos das pobres criaturas que precisam andar caminhando na rua. Mamma Mia!!!

Eu, como já tenho dito, não posso me queixar, graças a Deus, tô aqui no calorzinho artificial, no ar condicionado. Beleza.

Mas, tchê, estou aqui hoje, apenas para agradecer em meu nome e em nome do Nilton, a atenção e o carinho de todos os que aqui estiveram e aos que deixaram seus comentários tão energéticos para nós, no dia de ontem. Agora sim, estamos a mil, cheios da mais pura energia da blogosfera. Energia limpa, da melhor qualidade. É mole?  Vocês capricharam hein! E nós temos mais é que agradecer.

Obrigada, muitíssimo obrigada, que Deus retribua essa bondade de vocês em forma de muitas alegrias e sucessos. Vocês moram no meu coração. Acreditem.

Um beijo grande.

* * *

Haicai MSBd10

Na luz da manhã
namoram os pássaros -
Que lindo jardim!

Por enquanto era isso. Retorno em breve. Enjoy.

terça-feira, julho 13, 2010

DIA DE FESTA

Olá, todo mundo!

Pois é, gente, a festa é por aqui mesmo.
Estamos de aniversário de casamento hoje, o Nilton e eu, 42 anos.

Nossa, como passou!

Graças a Deus, aqui estamos confraternizando. E na blogosfera! Quem diria hein, juro, eu nunca imaginei. Mas o bom é que estamos cada dia mais jovens! E mais bonitos, rsrs, pura verdade. Qual é, não acredita? Também pudera, você nem viu as fotos do casamento! Mas nós acabamos de ver e estamos aqui para confirmar!!! (Me engana que eu gosto).

Apareçam, vamos comemorar!!!



Era isso. Fui.
Beijos.
Enjoy

segunda-feira, julho 12, 2010

O OUTRO LADO DA MOEDA

Olá!

Não tem coisa pior do que esperar. Ressalvando-se a gravidez, todas as esperas são terríveis. Era assim que eu pensava, e na minha juventude, sempre odiei o verbo esperar. Mas veja você como são as coisas. Pois não é que fui casar justo com um homem que tem uma profissão que o obriga a viajar? (Quando casei não era assim, mas ele terminou a faculdade e então... grrrr). Bom, das duas uma, ou eu aprendia a esperar ou me ferrava.


Fazer o quê, preferi aprender. Posso dizer que conheço o verbo esperar em todas as suas nuances e declinações. Espero no frio e no calor. Espero de manhã, de tarde, de noite, de madrugada. Sou Phd em esperar. O aeroporto é minha segunda casa. Sei tudo sobre saída e chegada de aviões. É lá que me instalo, eu e meu arsenal variável: às vezes livros, palavras cruzadas, lap, revistas... E, de quebra, instalo também o meu olhar panorâmico! Gosto de observar o ir e vir das pessoas e suas atitudes. Tenho histórias para contar.

Toda semana estou no aeroporto esperando meu príncipe (des)encantado, rsrs! E sei que ele chegará saudoso, louco pra ir pra casa e retomar a convivência comigo, nossos filhos e nossos netos. (E nossos cachorros também!). Assim que ele chega, tem beijo e um baita abraço e a gente segue até o carro. Agora falta pouco. Logo, logo estaremos novamente em nossa casa. É sempre assim, essas coisas ninguém muda, hehe.

Se gosto desse modus vivendi? Gosto. Aprendi a tirar de minhas circunstâncias o que de melhor elas têm pra me oferecer.

A convivência nesses moldes está muito longe de ser um castigo. Tenho tempo livre para alimentar meu espírito, para trabalhar, ler, pensar, planejar, enfim fazer tudo o que me der na telha. E não posso negar que essa separação forçada traz mais saudades e estimula nossos reencontros. E, decididamente deixamos de lado as mazelas diárias, preferimos aproveitar ao máximo o tempo que temos para ficar juntos e conviver com nossos afetos. É a velha história: a vida é uma só, hehe.  (O portão eletrônico estragou, o micro deu pau? Isso a gente fala e resolve depois, durante a semana, por msn, telefone, sei lá. Os problemas vão surgindo e a gente vai resolvendo. Easy. Mas por favor, sábado e domingo, definitivamente não!!)

O chato de viver assim, (boa parte do tempo um lá e outro cá), é que muitas vezes a gente deixa de compartilhar aniversários, aquele filme especial, etc, coisas banais que compõem a vida de um casal.  Mas tudo tem um preço.  Licença, vou ter que parar, o príncipe tá chegando, tchau!!!

E você, já passou por alguma experiência semelhante? Que acha?

Beijos.

sábado, julho 10, 2010

SERVIDÃO HUMANA

Olá, pessoal.

Dica de livro. Espero que gostem!


"Servidão Humana" é seguramente um dos melhores livros que já li, tanto que, passados mais de 30 anos, resolvi ler novamente. Com outro olhar, outro saber. São mais de seiscentas páginas, mas o estilo é tão simples e leve que a gente lê sem cansar, e quando termina, a gente ainda quer mais.

Esse livro foi lançado em 1915 e é considerado a obra prima de Willian Somerset Maugham e não importa o tempo que passe, a história é sempre atual, com a vida mostrada em diferentes ângulos, da miséria à fortuna. Mostra também que a verdade, beleza e bondade são valores perenes que sempre devem ser cultivados. Sem sentir, somos levados a rever certas posturas que temos em relação ao outro. O autor aborda quase todos os conflitos humanos, os problemas angustiantes da alma e da inteligência.

Há elementos tão familiares com a nossa vida que chega a impressionar. Quem de nós já não se defrontou com a dúvida de não saber o que quer fazer da vida, porque sente que não tem qualquer aptidão? Para quem de nós, o futuro já não pareceu aborrecido e insignificante? Porque estamos aqui? O que é mais importante, o amor ou o dinheiro? Destino, acaso ou Livre arbítrio? Deus, sim ou não? Você já pensou na sua morte? E na das pessoas que lhe são próximas? Por que corremos tanto de um lado para outro e nos desesperamos por coisas que não nos levarão a lugar algum?

A história? Bom, é uma história bem singela. Narra a vida de Philip Carey, sempre dividido entre a religiosidade da família e o desejo de liberdade que os livros e os estudos lhe apresentam. Tentando ser independente, ele sai de casa em busca de uma carreira de artista em Paris. Mas se apaixona por uma mulher e seus planos "balançam". (suei frio e torci pelo seu destino). Durante muitos anos, apaixonado, ele fez de tudo para dar certo, mas não conseguiu. Ela se apaixonou por outro. Eis o conflito. E no meu pensar, aí é que está o furo da bala.

Observe que essa relação conflituosa de querer o que não tem e de amar o que não pode, não é uma coisa rara e nem é assim tão distante de nós. Veja que Drummond, em seu poema Quadrilha também registrou algo semelhante: "João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém." O cancioneiro popular também anotou: "quem eu quero não me quer, quem me quer mandei embora". Mas a forma como o autor demonstra isso no livro é que faz a diferença.

Ele dimensiona com agudeza nossa escravidão sentimental e submissão desmedida aos nossos próprios desejos. E facilmente nos identificamos com os personagens, suas dúvidas, angústias e o poder transformador das decisões.

A obra teve 3 adaptações cinematográficas: em 1934, 1946 e em 1964. Leiam. Vocês não vão esquecer!! Mas não adianta procurar nas livrarias. (Eu emprestei o meu há muuiiiito tempo e acabei agora, tendo que garimpar outro e só fui achar num sebo aqui em Poa, e ainda bem que achei). Por 15 pilas, hehe.

Marli Soares Borges