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sexta-feira, setembro 15, 2023

CICLONE NO RIO GRANDE DO SUL


Ciclone causa inundações no Rio Grande do Sul
Ciclone no Rio Grande do Sul

Cidades inteiras desapareceram
Ciclone no Rio Grande do Sul

Incontáveis prejuízos
Ciclone no Rio Grande do Sul


Mais de 29 mil animais morreram
Ciclone no Rio Grande do Sul

Mais de 29 mil animais morreram
Ciclone no Rio Grande do Sul

Mais de 29 mil animais morreram
Ciclone no Rio Grande do Sul

Mais de 29 mil animais morreram
Ciclone no Rio Grande do Sul

                - Marli Soares Borges


Sem palavras para dizer da situação desesperadora que as vítimas (pessoas e animais) estão sofrendo em consequência das inundações provocadas pelo ciclone avassalador que passou no Rio Grande do Sul, na semana passada.

O ciclone levou tudo por diante e deixou um rastro de destruição nas cidades gaúchas. Até agora há mais de quarenta mortos e outros tantos desaparecidos; quase mil feridos e milhares de desabrigados. Mais de 29 mil animais morreram, e os prejuízos já passam de 1 bilhão de reais. Que horror! Cidades inteiras desapareceram tragadas pelas águas. As vítimas à deriva, na mais absoluta impotência. Mais de 100 cidades foram atingidas. Uma tristeza. 

São muitas as tragédias, muitas vidas devastadas. Gente que perdeu tudo o que havia conseguido com o trabalho de uma vida inteira. Gente que perdeu gente. Gente que perdeu a saúde e a esperança. Gente que tem motivos de sobra para chorar.

Eles choram, eu choro, nós choramos. Somos todos solidários na dor. 

Tempos estranhos esses em que estamos vivendo. Hoje em dia -me parece-, tem acontecido muito mais desastres ambientais, (ditos "naturais") do que no passado e as dimensões são cada vez maiores e mais abrangentes. As tragédias são planetárias, ou seja, estão acontecendo no mundo todo, em vários lugares, e todas quase ao mesmo tempo: enchentes, secas, deslizamentos, lama, queimadas espontâneas, incêndios, chuva ácida, calor insuportável, erupções vulcânicas, derretimento das neves eternas. E por aí vai. Sem falar nas novas doenças que estão surgindo e, como se não bastasse, há também as doenças erradicadas que estão voltando à atividade. E a poluição agigantando-se, em crescimento exponencial. Imagine o que poderá acontecer em futuro próximo. Os cientistas já vem avisando há bastante tempo que a continuar esse desatino ambiental manejado pelo homem, o futuro do planeta será assustador. Que me desculpem os entendidos, mas, assustador já está sendo o presente! 

Volto a ligar a TV e lá estão as imagens do inferno, não consigo acreditar, meu Deus, não é possível. Pobre gente, pobre povo, pobre planeta.

Não me entra na cabeça que os jornais sigam apontando a tragédia como apenas um "desastre natural de grandes proporções". Um desastre natural apenas? Discordo. É uma das maiores tragédias climáticas de que se tem notícias aqui no Estado e penso que essa desgraceira toda não têm nada a ver com um desastre natural. É, antes de tudo, uma consequência das ações humanas, das milhares de agressões praticadas contra a natureza desde muito tempo. Será que estou pensando assim porque não sou expert no assunto? É possível, mas acontece que durante boa parte de minha existência, presenciei inúmeros desastres naturais e lembro muito bem, desde a mais tenra infância, das ventanias, temporais e enchentes que nos atrapalhavam a vida. Ano após ano os desastres naturais aconteciam aqui e ali, mas nunca tive notícias de um acontecimento tão funesto assim no solo riograndense. Nunca vi nada igual! Nada se compara a força de extermínio, a fúria, ao volume de sofrimento e dor causado por esse ciclone! Se isso não foi um "recado" da natureza, não sei dizer mais nada.

Como sempre acontece nas grandes calamidades, as pessoas logo se unem e se mobilizam a fim de prestarem socorro emergencial. É comovente a rede de solidariedade e amor ao próximo que impulsiona as ações humanitárias. Essas pessoas, voluntariamente, se dispõem a praticar o Amor em seu significado mais concreto, e de fato, com sua ajuda, amenizam as necessidades imediatas e inadiáveis das vítimas do ciclone: a fome, o frio e a sede. Um alento no meio de tanta dor. Deus abençoe as almas generosas que prestam essa incomensurável ajuda.

Mas, pensando bem, quem realmente ajuda? Pelo que se observa, a maior parcela de ajuda vem dos que trabalham duro para, com seus impostos, sustentarem a pátria amada. Os grandes líderes, os maiores responsáveis pelo desequilíbrio ambiental, não têm a menor consciência planetária. São egoístas, vivem em suas bolhas poluindo o mundo, explorando o próximo, viajando e aproveitando a vida. A vida é bela para eles, nada lhes falta, têm tudo o que necessitam. Veja-se, por exemplo, aqui no Brasil. Somos informados diariamente pela TV, da gastança do Presidente Lula, em viagens e hotéis de luxo, 'torrando' nosso dinheiro como se não houvesse amanhã. Truculento, insensato e obscuro, ele só pensa em aumentar impostos, dinheiro fácil para encher sua burra e a de seus asseclas. As vítimas do ciclone? Que ciclone? Que vítimas? Onde? Quem quer saber?  

A propósito, nos Estados Unidos passou um furacão e não houve mortes. Lá, os moradores foram orientados, preventivamente, a deixarem suas casas. E aqui… tantas mortes. Então eu pergunto, não havia como prever a passagem do ciclone? não havia como prevenir as pessoas, (ou pelo menos tentar)?

Não me olhe assim, minhas dúvidas são reais.

Em tempo: o presidente da república liberou o FGTS das vítimas. Nem vou falar sobre isso, porque piada tem hora e estamos todos muito abalados.

(Imagens Google)

terça-feira, dezembro 21, 2021

MINHAS UTOPIAS NATALINAS



Sem defesa, sem voz e sem protesto, os animais vão sumindo, um a um...
Feliz Natal!
Tenham compaixão pelos animais



Marli Soares Borges -


Sei que não estou só nessa viagem. Por favor, gente, me acompanhem... respeitem os animais, tenham compaixão por eles! Tomem consciência, não se omitam, ensinem as crianças, façam os direitos dos animais serem respeitados. 

Abram espaço em seus corações para a compaixão, o respeito e o reconhecimento do valor moral da vida e dignidade dos animais.

"Sem defesa, sem voz e sem protesto, os animais vão sumindo, um a um, abatidos, baleados, encurralados em becos sem saída, banidos até os limites dos campos habitáveis. Antes que tudo se perca, é necessário acordar do pesadelo para que possamos continuar sonhando. Trabalhar o inconsciente, compreender a verdade profunda dos instintos e da alma, perceber a presença do divino nos olhos de um animal. Essa talvez seja a última utopia pela qual ainda possa valer a pena dedicar uma vida de estudo e trabalho."
(R.Gambini)


"É preciso compreender que o ser humano não deve ser o centro da natureza, tampouco, o ponto final da criação. Para isso, mister se faz abarcar a percepção real de que o ser humano não está sozinho na Terra, mas que, assim como todos os seres vivos, tem seu lugar e função nela. Muito embora o sistema jurídico tenha dificuldade em reconhecer, é inabalável a posição de que os animais possuem direitos inerentes e próprios de seres vivos sencientes, que devem ser defendidos e respeitados."
(Rodrigues)


"Nós nos vemos superiores à natureza e ignoramos o fato de que, na verdade, a natureza é superior a nós e nos permite existir. Os animais, habitantes do planeta Terra há muito mais tempo que nós, podem viver sem o homem, mas este não sobreviveria sem eles."
(Chuahy)


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sábado, agosto 28, 2021

ENTRE MIMOSURAS E TRAVESSURAS


Entre mimosuras e travessuras
Dongo sendo Dongo. Foto minha.



Sempre que escrevo sobre o Dongo exalto suas qualidades, ele é bonzinho, calmo, afetuoso, mimoso e por aí vai, e se me descuido vou continuar desfiando um rosário de mimosuras pra esse ser ronronante. E você que está lendo fica sempre aplaudindo essa lindeza. Pois é, mas nada é perfeito e essa lindeza também tem o seu lado, digamos... digamos... deixa assim: entre mimosuras e travessuras. 

Melhor você ver com seus próprios olhos. Espia só! e isso acontece sempre, não tem jeito, levanto por um segundo do lugar onde estou sentada e plaft! o Dongo se materializa exatamente no meu lugar! E faz uma pose de esfinge como se nada estivesse acontecendo. 

Como assim, ele tem o sofá, as cadeiras, as mesas, os armários, a casa inteira para escolher e vem se instalar no meu lugar, no lugar que eu estava ocupando, o lugar que é meu? Aí eu reclamo com ele: Dongo, esse lugar é meu! Pode ir dando o fora e blá, blá blá... e sabe o que ele faz? Nada. E isso não muda nuuunca. Ele me olha com aqueles olhos - lindos - cor de mel e ... nem te ligo. Continua ali, sem mudar um milímetro de posição. Parece que está - e acho que está mesmo - me dizendo: “é isso o que eu penso desse teu discurso sobre propriedade privada, aqui, na minha casa". 

Óbvio que eu acabo me acomodando noutro lugar. E sabe o que ele faz? plaft! vem se aninhar no meu colo! Pura verdade. Essa lindeza faz exatamente assim. Gatinho espaçoso. 

Mas, por outro lado, como boa libriana que sou, fico pensando que ele também mora aqui e tem direito de usufruir do acervo da casa. Pois é, mas esse direito eu também tenho oras. Tenho esse direito e ninguém me vê pulando pra cima dos armários quando ele "desocupa" o lugar. 

Me julguem. 


Em tempo: Deus existe! a chuva sumiu e amanheceu um espetacular sunny day! Vivaaa.

-Marli Soares Borges-


domingo, junho 15, 2014

DA SÉRIE GATICES III



dongo lixo



A gente nunca sabe quando faz as coisas certas na vida. Mas hoje, agora, nessa noite fria, nessa umidade que gela até os ossos, comecei a matutar... às vezes a gente sabe sim. 

Enquanto vou digitando e o Nilton vai acompanhando mais um jogo da Copa na TV, o Dongo - aquele gatinho pretinho, meu netinho peludinho - está na caminha dele, embaixo do split, aproveitando o calorzinho e dormindo um soninho legal. Ele está tranquilo, de barriga cheia, com a saúde em dia, amado e protegido. E ele sabe disso, ele sente, tenho certeza. 

Mas se o Dongo vive aqui na terra, num céu assim tão azul, é porque minha nora, num ato de coragem, enfrentou uma situação inusitada e o resgatou do inferno. Para quem não sabe, vai um resuminho básico: ano passado, ele era apenas um micro gatinho, poucos dias nascido e lá estava, desesperado de fome... jogado no meio do lixo! Abandonado como um objeto sem valor. 

Quando boto os olhos nele e começo a pensar, e me dou conta do que poderia ter-lhe acontecido, me arrepio até os dentes. Certamente se estivesse vivo esse gatinho tão amável, estaria sofrendo todos os tipos de atrocidades nas mãos de crianças estúpidas e grosseiras e de adultos ignorantes. Ainda bem que, para ele, a história teve outro desenrolar. Mas não posso deixar de pensar nos outros, seus irmãos de ninhada, meu Deus, como é possível isso? Como permites que os animais dividam seus espaços conosco, suas existências conosco e você os coloque assim no mundo, tão indefesos, sempre à nossa mercê? Não entendo, e quer saber? entro em parafuso com esse pensamento. Ao mesmo tempo, me parece impossível que um ser vivo, completamente indefeso, possa ter sua vida vilipendiada assim, vítima inocente da perversidade humana. 

No caso especial, - do Dongo - ainda me incomoda saber que essa gente imunda escapou impune, mas infelizmente não foi possível identificar ninguém. E vai me batendo uma amargura... então, antes que me dê aquele banzo pelas injustiças do mundo, vou largar o computador e bater uma fotinho legal. Taí a foto, pra você ver a mordomia. E eis que uma sensação de serenidade toma conta de mim. É. Não se pode fazer tudo por todos, quem me dera, mas o ideal sempre irá se contrapor ao real. É mais ou menos como o bem e o mal. O mundo é assim, por mais que nos custe reconhecer. E nem pense em dizer que estou sendo maniqueísta. Não mesmo.

Mas como eu estava dizendo, algumas coisas a gente acerta. E minha nora acertou. E hoje em dia não me imagino mais sem esse netinho peludinho. Esse gatinho pretinho e... gordinho. E de regime! Um discreto regime, rsrsrsrs... que é para não perder a forma, rsrsrsrsrs! 

- Marli Soares Borges -

quinta-feira, outubro 24, 2013

ANIMAIS! Um texto de CORA RONAI


Acompanhei, através da transmissão feita pelos próprios ativistas, o resgate dos animais do Instituto Royal. A qualidade das imagens, feitas num celular, estava entre o péssimo e o sofrível, mas a sua carga de emoção foi maior do que a de muita superprodução. A cada coelho ou cachorrinho que saía do inferno, o público que acompanhava a ação na internet comemorava, mandando congratulações e palavras de estímulo e agradecimento aos heróis da madrugada.

Também acompanhei, no dia seguinte, os depoimentos dos diretores do instituto, que negam a existência de maus tratos nas suas dependências. Uma nota divulgada pela instituição, aliás, chegou a afirmar que os bichos teriam, lá, “as melhores condições de vida, com saúde, conforto, segurança e recreação”.

Que me desculpem os senhores diretores, mas é impossível levar a sério quem acredita que se podem usar tais termos em relação a animais que passam a vida em gaiolas, sendo submetidos a toda sorte de experiências dolorosas. Melhores condições de vida? Saúde? Conforto? Se a nota foi redigida de boa fé, mostra um completo distanciamento da realidade; se não foi, revela uma perigosa falta de compromisso com a verdade.

Aliás, há várias perguntas sem resposta em relação ao instituto. A primeira, e mais importante, é saber quem são os seus clientes. Como o Royal recebe verbas públicas, tem a obrigação de revelar para quem trabalha. Com isso se esclareceria boa parte das dúvidas que cercam a natureza dos testes lá realizados. Testar cosméticos e material de limpeza em animais, por exemplo, é prática condenada num número crescente de países. Na União Européia a legislação é tão severa que, no começo deste ano, foi proibida até a comercialização de produtos testados em animais, ainda que importados.

o O o

Sou contra a realização de testes em animais -- mas não tenho formação científica, e minha opinião sobre o assunto é, consequentemente, só isso, uma opinião. Por esse motivo, passo a palavra para o especialista Sérgio Greif, biólogo formado pela Unicamp, com mestrado na mesma universidade, co-autor do livro "A verdadeira face da experimentação animal: a sua saúde em perigo" e autor de "Alternativas ao uso de animais vivos na educação: pela ciência responsável":

"Se um pesquisador propusesse testar um medicamento para idosos utilizando como modelo moças de vinte anos; ou testar os benefícios de determinada droga para minimizar os efeitos da menopausa utilizando como modelo homens, certamente haveria um questionamento quanto à cientificidade de sua metodologia.

Isso porque assume-se que moças não sejam modelos representativos da população de idosos e que rapazes não sejam o melhor modelo para o estudo de problemas pertinentes às mulheres. Se isso é lógico, e estamos tratando de uma mesma espécie, por que motivo aceitamos como científico que se testem drogas para idosos ou para mulheres em animais que sequer pertencem à mesma espécie?

Por que aceitar que a cura para a AIDS esteja no teste de medicamentos em animais que sequer desenvolvem essa doença? E mesmo que o fizessem, como dizer que a doença se comporta nesses animais da mesma forma que em humanos? Mesmo livros de bioterismo reconhecem que o modelo animal não é adequado.

Dados experimentais obtidos de uma espécie não podem ser extrapolados para outras espécies. Se queremos saber de que forma determinada espécie reage a determinado estímulo, a única forma de fazê-lo é observando populações dessa espécie naturalmente recebendo esse estímulo ou induzi-lo em certa população.

Induzir o estímulo esbarra no problema da ética e da cientificidade. Primeira pergunta: será que é certo, será que é meu direito pegar indivíduos e induzir neles estímulos que naturalmente não estavam incidindo sobre eles? Segunda pergunta: será que é científico, se o organismo receber um estímulo induzido, de maneira diferente à forma como ele naturalmente se daria, será ele modelo representativo da condição real?"

A íntegra deste artigo pode ser lida na internet, em bit.ly/17HLVZn. Já a dra. Preci Grohman, médica, é professora aposentada da UFRJ, e fez cursos de pós-graduação nas universidades de Toronto e Londres. Ela escreveu o seguinte:

"Quando estudante, fiz experimentos com animais, recebendo bolsa do CNPq. Na época acreditava nessa prática. Já em Toronto e Londres utilizei cultura de células humanas .

Os cientistas, com seus experimentos, conseguem títulos de mestre ou doutor, o que resulta em promoções e aumento de salários. Isso os torna mais competitivos no mercado de trabalho. Seus supervisores também são agraciados com títulos e prestigio.

A criação de plantéis de animais para pesquisa também é muito lucrativa.
Certas drogas, inócuas em animais, já causaram grandes desgraças quando usadas em humanos. A mais conhecida foi a Talidomida. Macacos não desenvolvem câncer de pulmão mesmo sendo obrigados a tragar cigarros continuamente. Se a diversidade genética entre indivíduos da mesma espécie já é significativamente grande para levar a respostas diversas após um mesmo estimulo, o que se pode esperar entre diferentes espécies?

Pesquisas já são feitas com voluntários, podem ser feitas em criminosos que desejem reduzir suas penas ou ainda em culturas de células humanas. Se forem necessárias outras técnicas, os seres humanos devem ser competentes o suficiente para desenvolve-las. Um exemplo de desperdício na ciência é o descarte diário de milhares de cordões umbilicais, ricas fontes de células.

A manutenção até os dias de hoje de experimentos em animais visa puramente interesses financeiros, e já deveria ter sido abolida há decadas".

(O Globo, Segundo Caderno, 24.10.2013)

segunda-feira, outubro 14, 2013

QUERO-QUERO QUANDO GRITA


Meu netinho Pedro (6) e seu avô Nilton, my husband, são carne e unha. Às vezes eles se desentendem, mas é coisa pouca e tudo fica numa boa. Mas ontem... calma, já vou contar. Você conhece o quero-quero? É uma ave pequena, de aparência modesta, que gosta de viver nos campos e nas pastagens. Tem um grito estridente que lembra a palavra quero e é um vigilante nato. Quando percebe a aproximação de qualquer criatura, ele avisa. Por isso nós, gaúchos, o chamamos "Guardião dos Pampas". Detalhe: são passarinhos curiosos: não pousam em árvores e fazem seus ninhos no solo. E costumam defender seus filhotes com gritos e ataques rasantes às pessoas e, embora nunca atinjam ninguém, eles assustam demais. E é aqui que começa a história. 



O Pedro insistindo e o avô avisando: não vai, olha o quero-quero, eles estão com ninho, tem filhotinhos, não mexe com eles. Mas vô, eu já disse que não vou mexer, eu só quero ver, VÔ! Já falei, menino, não chega perto deles, eles atacam as pessoas. Pra quê? Nem te ligo, o Pedrinho não deu a menor bola, saiu de tranco duro, a passos largos, no firme propósito de ver os filhotes bem de perto. E não deu outra, foi mal. Você precisava ver os apuros, o corre-corre, a choradeira! Nada do que eu escrever aqui dará a dimensão exata do que aconteceu naquele instante. Só sei que foi tudo muito engraçado, a família inteira dos quero-quero (pai, mãe, tio, primo, sobrinho) todo mundo voando e gritando ao mesmo tempo, era vôo rasante que não acabava mais, quero-quero pra todo lado, uma esquadrilha de guerra, e o Pedrinho bem ali, no meio do tiroteio, no maior susto, correndo em círculos, agitando os braços e berrando a plenos pulmões. Uma doideira. E a assistência -- sim, tinha assistência, hahaha -- aos berros, acenando com as mãos, corre Pedrinho, aqui, por aqui, rápido! No final das contas foi preciso a intervenção do avô para colocar tudo em pratos limpos e trazer a paz de volta ao sítio. A paz? Que nada, não deu meia hora e lá vem o Pedro novamente tentando aprontar noutro campo de pastagem. Dessa vez o esperto avô, na maior calma do mundo, e em pouquíssimos decibéis, disse apenas: "Pedro, olha o quero-quero!" E eis que o milagre acontece: o céu se abre e o Pedrinho obedece, de boa vontade, sem contestar! Maravilha, tudo sob controle. Agora sim, com esse poder na mão, certamente haverá por aqui, -- por pouco tempo, eu sei --, um netinho obediente, sonho dourado de todos os avós! O quê, denunciar o avô? Enlouqueceu? Aprender com os erros não tem absolutamente nada a ver com bullyng! De onde você tirou uma bobagem dessas? Ninguém merece. Rsrsrs.
Marli Soares Borges, 2013

P.S. por motivos óbvios não consegui bater fotos. As imagens são do Google.

quinta-feira, junho 27, 2013

HORA DE DEFENDER OS INDEFESOS

Temos de ir às ruas e falar também pelos animais, que além de serem escravizados, são desrespeitados em seus direitos mais básicos. Nós que assistimos à cena, não podemos fazer nada para amenizar-lhes o sofrimento porque nesses casos, a contenção tem de ser imediata. E a burocracia nos impede. Todo o santo dia somos obrigados a tolerar crimes praticados com requintes de crueldade, contra esses seres indefesos. E os crimes são cometidos às escâncaras. Impunemente. E os criminosos? Vão bem, obrigada, estão orgulhosos de seus crimes, porque sabem que, embora à revelia da lei, sempre podem contar com o beneplácito do Estado que não os incrimina no momento oportuno. Amanhã esses criminosos impunes, cansarão dos animais e se voltarão contra as pessoas. Seviciarão os mendigos, trucidarão as crianças e se aproveitarão dos idosos... Porque os mendigos, as crianças e os idosos, juntamente com os animais, compõem a seleta lista de seres indefesos, contra os quais, -- na mente dos criminosos impunes --, as atrocidades estão liberadas! Acho que é chegada a hora de manifestar nossa indignação contra essas irresponsabilidades. Um ser indefeso é um ser indefeso. Um criminoso é um criminoso. E ponto. O Direito não compactua com a criminalidade, mas ao que parece, o mesmo não se pode dizer dos responsáveis pela aplicação da lei.

(c) Marli Soares Borges, 2013

quinta-feira, junho 06, 2013

ZOOFILIA E O PROGRAMA DO JÔ SOARES

Gente,

Minha indignação é tanta que resolvi trazer para cá "intacta" a postagem que fiz na madrugada de hoje, no Facebook, a respeito do Sr. Jô Soares. Meu Deus, será que ele está com algum tipo de demência senil? E se está, porque ainda continua mantendo um programa no ar?

Bom, é melhor você ler, porque o texto do jornalista Gilberto Pinheiro é auto-explicativo e você vai se inteirar do que aconteceu.

Ao post!

"... eu já estava indo dormir quando dei de cara com uma foto do Jô, numa lastimável entrevista que aconteceu no dia 23/maio. Fiquei estarrecida. Olha, assino embaixo de tudo o que o jornalista Gilberto Pinheiro publicou. Trouxe aqui pra você ler. Mais do que nunca precisamos de envolvimento. Não dá pra levar numa boa. Até porque é numa ruim... muito ruim mesmo.
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ZOOFILIA E O PROGRAMA DO JÔ SOARES
Autor: Gilberto Pinheiro
É preciso entender que os tempos são outros e que muitos valores estão mudando. A defesa dos animais veio para ficar. É irreversível, pois somos a alma, o coração, a voz dos animais. Quem os maltrata, maltrata a mim e aos defensores.

Digo isso, pela decepção em relação a algumas pessoas populares e emblemáticas e ficar ciente do deboche em relação aos animais, como aconteceu quinta-feira passada, durante o programa do Jô Soares, quando o ator André Gonçalves falou sobre sua iniciação sexual, exatamente com galinhas, vacas, etc - o incauto ator não deve saber que prática de zoofilia ou apologia da mesma é crime.

O apresentador, assim como o público riam muito. E o público é universitário. O Brasil está mal de estudantes. Aliás, falar de estudantes universitários até envergonha - o Brasil possui 74% de analfabetos funcionais (leem mas não entendem) e, nesse contingente, pasmem, 38% estão nas .....universidades. Qual o futuro dessa nação medíocre com universitários que não sabem pensar e escrevem erradamente???

ZOOFILIA (crime previsto na Lei Federal 9605/98, artigo 32)

O deslumbrado e abobalhado ator, com a anuência do senhor Jô que não o advertiu, riram muito, debocharam dos animais, simularam sexo com eles. Como é possível isso na tv, um incentivo grotesco ao crime contra os infelizes animais? E o salário desses irresponsáveis e astronômico.
ISSO NÃO PASSARÁ INCÓLUME

Todavia, os defensores dos animais não deixarão passar esse ato de irresponsabilidade em branco.
Eu mesmo já entrei em contato com a equipe do Jô repudiando sua atitude maniqueísta e esdrúxula de achar graça de um ator que ridicularizou os animais, como se isso fosse algo superior a aceitável. Eu assisti à entrevista e fiquei pasmado, horrorizado com essa infâmia e decadência moral. O ataque é sempre contra os mais fracos. E todos riram muito. Deus, ó Deus, onde estás que não respondes??????

Zoofilia é crime, previsto na lei 9605/98, artigo 32. Embora o fato tenha acontecido na infância desse infeliz ator, a apologia é criminosa. Fazer propaganda como algo aceito, é ilícito, como nesse caso.

Jô Soares terá que se explicar, pedir desculpas publicamente. Inclusive, citarei o fato em meu programa de rádio. 
Acabou o silêncio; terminou a impunidade e agora, quem falar sobre os animais, terá que medir as palavras, pois liberdade de comunicação é uma coisa; fazer apologia criminosa de zoofilia, gera processo criminal e será cobrado.

OS ANIMAIS PRECISAM SER RESPEITADOS - O HOLOCAUSTO DELES TEM QUE TER FIM

Embora vivamos num país medíocre, onde as leis são sufocadas pelo jeitinho brasileiro, mesmo assim, não iremos nos calar. Agora, terão que aturar para sempre os defensores dos animais. A minha vida não passará em branco, isso eu posso assegurar. NÃO tenho medo de nada - se eu viver mais 10 anos, sinceramente, ficarei grato a Deus. Não preciso mais do que isso. Estou cansado desse mundo mau, de gente falsa, hipócrita; estou saturado de ver e ouvir notícias de maldade contra os mais fracos, no caso, crianças, idosos e animais.

A prática de zoofilia é tão abominável quanto a pedofilia. São pessoas abjetas, desprezíveis, inferiores, seus pensamentos são miasmáticos, exalam mau-cheiro assim como suas atitudes inferiores fazem mal à sociedade educada, que defende a vida em sua complexidade."
 Bom, por enquanto era isso.

terça-feira, outubro 05, 2010

SABIÁ-LARANJEIRA

Olá, pessoal.

Todos esses que aí estão atravancando meu caminho, eles passarão... eu passarinho! Aposto que você já conhece esses dizeres, não é? São dele, Quintana, nosso simpático (e injustiçado) velhinho. A propósito, hoje é 5 de outubro, "Dia da Ave". É o dia também do sabiá-laranjeira, pássaro brasileiro, a ave-símbolo do Brasil.


Muito tempo antes do presidente Fernando Henrique Cardoso assinar o decreto que elevaria o sabiá à categoria de ave-símbolo do Brasil, a voz do poeta Gonçalves Dias já se fazia ouvir na "Canção do Exílio" (1843), quando, com saudades da pátria, lembrou a figura do sabiá. "Minha terra tem palmeiras, onde canta o Sabiá"

O sabiá é uma ave muito querida de todos nós. Ele tem hábitos simples e é nosso companheiro em todos os lugares onde a gente vive, no campo ou na cidade. Mas para que o sabiá pudesse juntar-se oficialmente e figurar no mesmo patamar de importância que possuem os quatro símbolos nacionais existentes – a bandeira, o hino, o selo e o brasão de armas, ele teve de ser escolhido entre quase duas mil espécies de aves.

O critério de escolha ora recaia na plumagem, ora recaia no canto, na moradia, etc. Enfim, critério foi o que não faltou. Alguns queriam para representar o país uma ave que ostentasse uma plumagem com as cores brasileiras, outros achavam que seria mais adequado uma ave com um canto mais raro. E por aí seguiram os argumentos.

Mas, no meu pensar, o ornitólogo Johan Dalgas Frisch, argumentando a favor do sabiá, colocou uma pá-de-cal sobre o tema quando disse: "Não adianta uma ave-nacional com a qual o povo não tem contato." E prossegue: “Não é só beleza, ou só o trinado mais harmonioso que conta para ser ave-símbolo de um país. É preciso fazer parte da cultura, do folclore, ter presença na literatura, na poesia, na música e viver perto das pessoas." E isso, digo eu, todos sabemos, é com o sabiá!

Já estamos acostumados. Desde criança a gente ouve o canto do sabiá e os vê pousados nos galhos das árvores. Inúmeras vezes vemos eles andarem no solo, catando minhocas e pequenas frutinhas para se alimentar. Eles vem de mansinho e se aproximam de nós. São eles que se aproximam de nós. Quando se acostumam com a gente, ah, aí eles nem se importam mais com os movimentos do nosso andar. Ficam por ali mesmo, nos fazendo companhia, felizes da vida.

Onde moro vivem muitos sabiás, eu os vejo todos os dias, e na primavera, acordo sempre ouvindo aquele canto inconfundível. Agora, preciso confessar uma coisa: Para mim o cantar matinal do sabiá, me deixa muito animada, mas quando ele canta depois do almoço e estou no escritório (na cidade), me dá uma preguiça, que só vendo.

Um parêntese: Você já sabe, mas não custa lembrar: moro num sítio, em zona rural. Meu escritório é que fica na cidade, e bem na janela tem uma árvore gigante, um condomínio de sabiás.

Não sei nada científico a respeito do sabiá, mas andei dando uma olhadinha rápida e fiquei maravilhada com a quantidade de informações que povoam a web. Só sei que na vida e nas artes em geral, temos registros belissimos sobre essa criaturinha tão simples e dócil que é o sabiá. Em tempo: lembra aquela música "Sua Majestade o Sabiá"? Linda, não? Clique e ouça aqui. Antes veja alguns versos.
Ah! To indo agora pra um lugar todinho meu
Quero uma rede preguiçosa pra deitar
Em minha volta sinfonia de pardais
Cantando para a Majestade, o Sabiá
A Majestade, o Sabiá.
Ei, já estou me estendendo demais. Contudo, é impossível finalizar esse post, sem trazer um dado científico que li num texto sobre o sabiá: "No reino de sua majestade, o sabiá, machos e fêmeas ... e ambos constroem o ninho." Sublinho: "ambos constroem o ninho".


Esse companheirismo não é maravilhoso?

Gente, fui. Até breve.

segunda-feira, outubro 04, 2010

SILVESTRE NÃO É PET

Olá pessoal,

Please, ajude a divulgar e se você estiver no Rio de Janeiro, participe. É muito importante para todos nós. Eu, infelizmente estou em Porto Alegre no Rio Grande do Sul.

O Documentário “SILVESTRE NÃO É PET!” será lançado em 17 Estados brasileiros. Baixe o convite aqui.


Poster do documentário "Silvestre não é Pet"
© WSPA Brasil

Um documentário inédito, gravado no Brasil, discute a questão da posse de animais silvestres em áreas urbanas e no convívio com pessoas. O lançamento da produção, organizado pela WSPA e suas ONGs afiliadas, será feito em 17 Estados brasileiros e terá início na segunda semana de outubro (a Semana Mundial dos Animais).

A produção será exibida em universidades, escolas, comunidades e eventos exclusivos para o lançamento do DVD.

* * * * * * * *

Hoje é o Dia Mundial dos Animais
Dia de São Francisco de Assis 

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DOS ANIMAIS
UNESCO

1 - Todos os animais têm o mesmo direito à vida.
2 - Todos os animais têm direito ao respeito e à proteção do homem.
3 - Nenhum animal deve ser maltratado.
4 - Todos os animais selvagens têm o direito de viver livres no seu habitat.
5 - O animal que o homem escolher para companheiro não deve ser nunca ser abandonado.
6 - Nenhum animal deve ser usado em experiências que lhe causem dor.
7 - Todo ato que põe em risco a vida de um animal é um crime contra a vida.
8 - A poluição e a destruição do meio ambiente são considerados crimescontra os animais.
9 - Os diretos dos animais devem ser defendidos por lei.
10 - O homem deve ser educado desde a infância para observar, respeitar e compreender os animais.

P r e â m b u l o :  
  • Considerando que todo o animal possui direitos;
  • Considerando que o desconhecimento e o desprezo desses direitos têm levado e continuam a levar o homem a cometer crimes contra os animais e contra a natureza;
  • Considerando que o reconhecimento pela espécie humana do direito à existência das outras espécies animais constitui o fundamento da coexistência das outras espécies no mundo;
  • Considerando que os genocídios são perpetrados pelo homem e há o perigo de continuar a perpetrar outros;
  • considerando que o respeito dos homens pelos animais está ligado ao respeito dos homens pelo seu semelhante;
  • Considerando que a educação deve ensinar desde a infância a observar, a compreender, a respeitar e a amar os animais,
Proclama-se o seguinte

Artigo 1º  Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência.
Artigo 2º
1.Todo o animal tem o direito a ser respeitado.
2.O homem, como espécie animal, não pode exterminar os outros animais ou explorá-los violando esse direito; tem o dever de pôr os seus conhecimentos ao serviço dos animais
3.Todo o animal tem o direito à atenção, aos cuidados e à proteção do homem.
Artigo 3º
1.Nenhum animal será submetido nem a maus tratos nem a atos cruéis. 2.Se for necessário matar um animal, ele deve de ser morto instantaneamente, sem dor e de modo a não provocar-lhe angústia.
Artigo 4º
1.Todo o animal pertencente a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático e tem o direito de se reproduzir.
2.toda a privação de liberdade, mesmo que tenha fins educativos, é contrária a este direito.
Artigo 5º
1.Todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente no meio ambiente do homem tem o direito de viver e de crescer ao ritmo e nas condições de vida e de liberdade que são próprias da sua espécie.
2.Toda a modificação deste ritmo ou destas condições que forem impostas pelo homem com fins mercantis é contrária a este direito.
Artigo 6º
1.Todo o animal que o homem escolheu para seu companheiro tem direito a uma duração de vida conforme a sua longevidade natural.
2.O abandono de um animal é um ato cruel e degradante.
Artigo 7º
Todo o animal de trabalho tem direito a uma limitação razoável de duração e de intensidade de trabalho, a uma alimentação reparadora e ao repouso.
Artigo 8º
1.A experimentação animal que implique sofrimento físico ou psicológico é incompatível com os direitos do animal, quer se trate de uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer que seja a forma de experimentação.
2.As técnicas de substituição devem de ser utilizadas e desenvolvidas.
Artigo 9º
Quando o animal é criado para alimentação, ele deve de ser alimentado, alojado, transportado e morto sem que disso resulte para ele nem ansiedade nem dor.
Artigo 10º
1.Nenhum animal deve de ser explorado para divertimento do homem.
2.As exibições de animais e os espetáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.
Artigo 11º
Todo o ato que implique a morte de um animal sem necessidade é um biocídio, isto é um crime contra a vida.
Artigo 12º
1.Todo o ato que implique a morte de grande um número de animais selvagens é um genocídio, isto é, um crime contra a espécie.
2.A poluição e a destruição do ambiente natural conduzem ao genocídio.
Artigo 13º
1.O animal morto deve de ser tratado com respeito.
2.As cenas de violência de que os animais são vítimas devem de ser interditas no cinema e na televisão, salvo se elas tiverem por fim demonstrar um atentado aos direitos do animal.
Artigo 14º
1.Os organismos de proteção e de salvaguarda dos animais devem estar representados a nível governamental.
2.Os direitos do animal devem ser defendidos pela lei como os direitos do homem.
Beijos a todos.

domingo, maio 16, 2010

O RON RON DO GATINHO

Olá!

Hoje é domingo e eu trouxe pra vocês um poema supermimoso, pelo menos eu acho. Foi escrito por um poeta maranhense, um gatófilo muito especial, iluminado, que, não sei como, ainda não tem em seu currículo um prêmio nobel de literatura. Mas estou aqui torcendo, um dia é um dia. 

Que tal essa frase "A arte existe porque a vida por si só, não basta"?  É dele. Precisa mais apresentações?  Seu nome: Ferreira Gullar. Nome do poema: "O RON RON DO GATINHO".

Na foto, minha nora Michelle e Hoe.

 

O gato é uma maquininha
que a natureza inventou;
tem pêlo, bigode, unhas
e dentro tem um motor.
Mas um motor diferente
desses que tem nos bonecos
porque o motor do gato
não é um motor elétrico.
É um motor afetivo
que bate em seu coração
por isso faz ronron
para mostrar gratidão.
No passado se dizia
que esse ronron tão doce
era causa de alergia
pra quem sofria de tosse.
Tudo bobagem, despeito,
calúnias contra o bichinho:
esse ronron em seu peito
não é doença - é carinho.



Beijos e bom domingo.

terça-feira, maio 04, 2010

CURSO SOBRE DIREITOS ANIMAIS SERÁ REALIZADO EM PORTO ALEGRE - RS

Olá!

Estou divulgando o curso “A PRÁTICA DOS DIREITOS ANIMAIS NAS RELAÇÕES COM SERES HUMANOS” que será realizado nos dias 28 e 29 de maio e 04 e 05 de junho, em Porto Alegre-RS.

Esse curso é muito importante, por infinitas razões. Os seres humanos precisam, com a máxima urgência, se darem conta de algumas coisinhas, que o nosso conhecido Pitágoras, já sublinhou há muito tempo atrás:
"Enquanto o homem continuar a ser destruidor impiedoso dos seres animados dos planos inferiores, não conhecerá a saúde nem a paz. Enquanto os homens massacrarem os animais, eles se matarão uns aos outros. Aquele que semeia a morte e o sofrimento não pode colher a alegria e o amor."
Só pra desabafar: tem uma coisa em que penso muito: a preparação para o crime (contra animais e pessoas) começa bem cedinho, lá na infância. Veja. As crianças pequenas pensam (naturalmente) que os bichinhos de estimação são de pelúcia ok? E fazem o que querem deles! E os pais acham tão bonitinho seu filhinho maltratando o animalzinho! Que amor! E não ensinam. E depois não querem criminosos na sociedade? Essa não!!!  Bom, mas isso é assunto pra outro post.

Pouca gente sabe, mas os mecanismos de proteção aos animais estão previstos na Legislação Nacional e podem ser exigidos por qualquer um de nós. Esse curso objetiva exatamente isso: clarear a situação.

É preciso dar um basta nessas atrocidades que são cometidas contra os animais. Penso sinceramente que, no ponto que chegamos, só o conhecimento e ação judicial concreta e articulada podem impedir o avanço desses crimes.

Clique na imagem para ler o folder
Veja a notícia inteira aqui.

Por enquanto era isso.
Fui.

segunda-feira, dezembro 07, 2009

ASSASSINOS DE CÃO DA PRAIA DE QUINTÃO-RS VÃO A JULGAMENTO

SENHOR,
Ilumine os julgadores para que a justiça seja feita e resulte em punição severa contra esses assassinos, para que no futuro, crimes monstruosos contra seres indefesos, não se tornem corriqueiros.

DATA DO JULGAMENTO: 09 de março de 2010.

Vamos fazer uma corrente de orações para que os animais parem de sofrer nas mãos das pessoas. Que as pessoas se compadeçam dos animais, eles são tão indefesos. Não podem nem falar.

PROMOTOR: Ricardo Schinestsck, promotor de Justiça de Palmares do Sul responsável pelo processo.

Há chance de prisão para os jovens que mataram animal a pauladas e gravaram a crueldade.

“Maus-tratos aos animais no Brasil não dão em nada”. Felizmente a frase que simboliza a falta de esperança de quem denuncia injustiças contra os bichos torna-se, aos poucos, falsa. Um levantamento feito pela ARCA aponta pelo menos 15 casos de condenação de atos de agressões contra animais no país, a maioria deles nos últimos 4 anos (veja o quadro). Este número até pode ser considerado elevado se levarmos em conta que até então as ocorrências terminavam em acordos entre as partes, antes mesmo do julgamento (transação penal).

No emblemático caso do “cão de Quintão”, a promotoria não cedeu e o julgamento está com data marcada: nove de março de 2010. “Fizemos o possível juridicamente para os jovens não receberem os benefícios. Assim, não houve impedimento do processo criminal.”, explica Ricardo Schinestsck, promotor de Justiça de Palmares do Sul responsável pelo processo. Para ele, chegar a essa etapa já é uma conquista: “Não temos as instituições para fazer cumprir a lei, daí a importância de conquistar essa jurisprudência [seqüência de decisões jurídicas com uma mesma tendência]”.

As assinaturas colhidas pela ARCA Brasil farão parte da argumentação de Schinestsck durante o julgamento. Com base em sua exposição, assim como a do advogado de defesa, o juiz irá formar uma sentença, e, caso haja condenação, decidirá qual a gravidade da pena.

“A singularidade desse caso está justamente em seu potencial de exposição. É inaceitável que pessoas produzam e veiculem esse tipo de filme – assassinato de um animal indefeso aos risos – em uma rede social”, desabafa Marco Ciampi, presidente da ARCA Brasil. De acordo com ele as imagens, associadas à falta de punição podem aumentar a violência contra os animais. “Não podemos deixar isto acontecer impunemente. É preciso mostrar ao sistema judiciário que queremos os acusados na cadeia. Por isso precisamos do maior número de assinaturas possível.”, complementa.

O promotor receberá as assinaturas recolhidas pela ARCA Brasil em dezembro. O número coletado até agora já equivale a um terço da população de Balneário Quintão, onde o crime aconteceu, com 12 mil habitantes. O caso chegou a criar alarde internacional e até entidades de Buenos Aires entraram em contato para saber como o processo será desenrolado.

Acredite! Podemos fazer esse número tornar-se ainda maior! Repasse a todos os seus contatos agora mesmo: o resultado deste julgamento poderá influenciar decisões futuras em outros casos de maus-tratos.

A ARCA Brasil acredita que as vitórias nos tribunais merecem nosso apoio para que se tornem cada vez mais freqüentes e a legislação se fortaleça. Por isso preparamos esse importante levantamento, com condenações baseadas no artigo 32 da Lei nº 9605, que proíbe "Praticar ato de abuso e maus-tratos à animais domésticos ou domesticados, silvestres, nativos ou exóticos ":

Leia mais condenações:


segunda-feira, setembro 14, 2009

Decisão do STJ impede utilização de meios cruéis em sacrifício de animais

Resolvi postar essa notícia, porque é um passo a mais que a gente dá, para que as futuras gerações não sejam obrigadas a viver num mundo em que, os fortes e falantes dominam os fracos e indefesos (e o pior, que não podem nem falar!), utilizando meios cruéis. Essa vergonha, essa chaga social, tem que acabar! Nossas crianças não podem continuar sendo contaminadas por tais atitudes que os adultos (alguns, muitos mesmo!) tem com os animais, porque isso se refletirá mais tarde em suas vidas, quando chegarem a idade adulta. Aliás, é de conhecimento geral dos operadores do Direito, que na vida pregressa dos criminosos e insensíveis, sempre existe, na infância, uma história real de maus tratos aos animais. Podem crer. Ainda voltarei a falar nesse assunto. Por favor, amigos, tenham paciência, leiam até o fim. É muito importante. E não esqueçam de comentar. 10/09/2009 Decisão da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determina que eliminação de animais em Centro de Controle de Zoonose não seja feita de modo cruel. Em situações extremas em que o sacrifício de animais seja imprescindível para proteger a saúde humana, deverão ser utilizados métodos que amenizem ou inibam o sofrimento dos animais. O entendimento da Segunda Turma foi firmado em julgamento de recurso interposto pelo município de Belo Horizonte (MG), que recorreu ao STJ contra acórdãos do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). O caso envolve o sacrifício de cães e gatos apreendidos por agentes públicos para o controle da população de animais de rua. O Centro de Controle de Zoonose atua com o objetivo de erradicar doenças como a raiva e a leishmaniose, que podem ser transmitidas a seres humanos. O ministro relator Humberto Martins reconhece que, em situações extremas, como forma de proteger a vida humana, o sacrifício dos animais pode ser necessário. No entanto, conforme entendeu o TJMG em seus acórdãos, devem ser utilizados métodos que amenizem ou inibam o sofrimento dos animais, ficando a cargo da administração a escolha da forma pela qual o sacrifício deverá ser efetivado. Humberto Martins chama a atenção para o limite dessa discricionariedade, ao se referir ao posicionamento do TJMG: “Brilhante foi o acórdão recorrido quando lembrou que não se poderá aceitar que, com base na discricionariedade, o administrador público realize práticas ilícitas ”, afirmou Humberto Martins. No caso, Humberto Martins avalia que a utilização de gás asfixiante pelo Centro de Controle de Zoonose do município é medida de extrema crueldade, que implica violação do sistema normativo de proteção dos animais, não podendo ser justificada como exercício do dever discricionário do administrador público. O município mineiro sustentou que o acórdão do TJMG, ao decretar que deve ser utilizado outro expediente para sacrificar cães e gatos vadios, como a injeção letal (entre outros que não causem dor ou sofrimento aos animais no instante da morte), teria violado de forma frontal o princípio da proibição da reformatio in pejus (impossibilidade de haver reforma da decisão para agravar a situação do réu). Ao avaliar a alegação, Humberto Martins, considerou que não houve gravame maior ao município. Para o ministro, os acórdãos apenas esclareceram os métodos pelos quais a obrigação poderia ser cumprida. “O comando proferido pelo tribunal de origem, em dois acórdãos, é bastante claro: deve o município, quando necessário, promover o sacrifício dos animais por meios não cruéis, o que afasta, desde logo, o método que vinha sendo utilizado no abate por gás asfixiante ”, esclareceu o ministro. Na avaliação do relator, o tribunal de origem apenas exemplificou a possibilidade da utilização da injeção letal, sem, contudo, determinar que essa seria a única maneira que atenderia ao comando da decisão. Ao contrário, o TJMG abriu espaço para outros meios, desde que não causassem dor ou sofrimento aos animais. Entre sua argumentação, o município alegou ainda que, nos termos do artigo 1.263 do Código Civil, os animais recolhidos nas ruas – e não reclamados no Centro de Controle de Zoonose pelo dono, no prazo de 48 horas – , e os que são voluntariamente entregues na referida repartição pública, são considerados coisas abandonadas. Assim, a administração pública poderia dar- lhes a destinação que achar conveniente. Ao avaliar a argumentação do município, o ministro Humberto Martins apontou dois equívocos: primeiro, considerar os animais como coisas, de modo a sofrerem a influência da norma contida no artigo 1.263 do CC; segundo, entender que a administração pública possui discricionariedade ilimitada para dar fim aos animais da forma como lhe convier. A tese recursal, na avaliação de Humberto Martins, colide não apenas com tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário. Afronta, ainda, a Constituição Federal, artigo 225, parágrafo 1 º , VII; o Decreto Federal n. 24.645/34, em seus artigos 1° e 3°, I e VI; e a Lei n. 9.605/98, artigo 32. Recomendação da OMS Muitos municípios buscam o controle de zoonoses e da população de animais, adotando, para tal, o método da captura e de eliminação. Tal prática era recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em seu Informe Técnico n. 6, de 1973. Após a aplicação desse método em vários países em desenvolvimento, a OMS concluiu ser ele ineficaz, enunciando que não há prova alguma de que a eliminação de cães tenha gerado um impacto significativo na propagação de zoonoses ou na densidade das populações caninas. A renovação dessa população é rápida e a sobrevivência se sobrepõe facilmente à sua eliminação. Por essas razões, desde a edição de seu 8 º Informe Técnico de 1992, a OMS preconiza a educação da comunidade e o controle de natalidade de cães e gatos, anunciando que todo programa de combate a zoonoses deve contemplar o controle da população canina como elemento básico, ao lado da vigilância epidemiológica e da imunização. Ocorre, porém, que administrações públicas alegam a falta de recursos públicos para adotar medidas como vacinação, vermifugação e esterilização de cães e gatos de rua. A eliminação dos animais aprendidos acaba ocorrendo por meio de câmara de gás. FONTE: Portal do Superior Tribunal de Justiça - Processo: REsp 1115916