terça-feira, maio 18, 2021

NÃO, A VIDA NÃO PAROU

 




Aderi cem por cento ao fique em casa. Como não preciso trabalhar de forma presencial, só saio o necessário. Meu marido também. Seguimos à risca os protocolos sanitários de prevenção à COVID e desde o início da pandemia vivemos confinados. Por sorte moramos num sítio e podemos tomar sol, caminhar ao ar livre e alegrar nossos olhos vendo a paisagem e brincando com o Dongo, nosso gatinho de estimação. 

Em casa, ando de lá para cá, arrumando e limpando isso e aquilo. Aqui o serviço é conosco, (meu marido e eu), a gente salta e pula pra dar conta de tudo. Por causa da pandemia, nossa convivência aumentou cem por cento e pude ver com nitidez o verdadeiro significado do companheirismo e do comprometimento de amor. Agradeço à Deus, de joelhos, nosso convívio pacífico, solidário e alegre. 

Somos dois septuagenários bastante ativos. Mas somos septuagenários, essa é a verdade e temos consciência de que, sozinhos, não conseguimos manter a nossa casa nos brilhos de antigamente. Tivemos que aprender a deixar alguma coisa para amanhã e a ignorar outras tantas. Além do meu trabalho profissional e de todo o serviço da casa e cozinha, eu sempre trato de arranjar tempo para o origami, haicai, tricô e crochê. E não abro mão de jogar  xadrez e ver meus filmes. Durmo sempre depois das duas da manhã. Ocupo todinho o meu tempo.

Apesar das coisas estarem dentro dos conformes, de vez em quando me bate uma sensação de que parei no tempo, que não estou fazendo nada, sei lá, um vazio. Parece que preciso fazer algo, só não sei o quê. Não me apavoro porque tenho certeza que é só impressão minha. A culpa é desses tempos sombrios que -todos- estamos tendo que enfrentar. 

O fato é que nesse ano e dois meses de isolamento, minha rotina foi completamente alterada. Só saí para cortar os cabelos (que não suportava mais!) e para tomar a vacina. Fiquei com tanto medo do vírus, que ignorei completamente a necessidade de fazer o controle da hepatopatia grave que tenho. Mas, o bom é que já estamos vacinados e agora é esperar os trinta dias da segunda dose e ir para a vacina da gripe. Depois voltarei a encarar minha vida de paciente: ressonância, endoscopia e exames laboratoriais a cada seis meses. E ver o resultado... sempre com o coração na mão. É mole? rs. 

E não é que estou me sentindo bem melhor? Gostei de elencar minhas atividades e ver quantas coisas úteis eu faço para mim e para os que me cercam. Está decidido: quando essa sensação de vazio voltar, (sempre volta, esse isolamento é cruel...) daí então vou ler esse post e entrar no prumo novamente. 

Marli Soares Borges

8 comentários:

  1. Marli, adorei te ler.Aqui estamos assim também, sempre em casa..
    E sempre temos coisas pra fazer.
    Mas esperando a hora de poder voltar a conviver com a familia sem medo...
    Do resto, nem sei mais o que é conviver...
    Nem imagino indo a restaurantes com amigos ,desconhecidos,etc...
    Assim, virei MAIS bicho do mato ainda.
    beijos, tudo de bom,chica

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    1. Eu também sou bicho do mato. Mas, e daí? É tão bom viver assim... O que sinto falta mesmo é dos beijos e abraços familiares. Mas esse tormento da covid, há de passar. Não há mal que sempre dure, já dizia minha avó. Obrigada pelo comentário. Bjs Marli

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  2. Boa tarde de saúde e paz!
    Poxa, amiga, quanto tende seu dia!
    Acabei de fazer umas bolinhas de fubá passadas no açúcar e canela para o lanche.
    Também uso meu dia inteirinho com coisas úteis.
    Tricô vou começar e o crochê tomou todo verso outono.
    Fazer poeminhas, versinhos também alivia muito.
    Enfim, querida amiga Marli, é um prazer ler seu escrito de hoje tão animador.
    Ler e escrever é meu hobby.
    Tenha dias abençoados!
    Beijinhos carinhosos e fraternos

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    1. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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    2. Obrigada, querida amiga. Pretendo aventurar-me a fazer alguns versos. Vamos ver no que vai dar. Obrigada pelo comentário.
      Bjs
      Marli

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    3. Oba! Vem para nossa roda de versos genuínos do 💙.
      🤗🤩👏👏👏👏👏😘

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  3. Louvo essa força que os envolve e os faz ser dois septuagenários bastante ativos. Também gosto de estar em casa embora, por vezes, o trabalho, afazeres familiares, entre outros assuntos, o não permita
    Oxalá continuem com essa alegria e que a saúde fixe residência em vosso coração.
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    Abraço fraterno.
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    Pensamentos e Devaneios Poéticos
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    1. Deus te ouça, querido amigo. Também rezo pedindo forças e disposição na vida para meu marido e eu. O tempo passa tão depressa e a gente também. Mas vamos que vamos!
      Saúde e paz para você e seus familiares.
      Bjs
      Marli

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BOM VER VOCÊ POR AQUI!
Procurarei responder a todos e retribuir as visitas com a maior brevidade possível. Abraços. Marli