segunda-feira, abril 26, 2010

BLOGAGEM COLETIVA - COLORINDO A VIDA - COR LILÁS

Olá!

Hoje pintaremos nossos blogs com a cor lilás. De minha parte acho ótimo pois me lembra um livro que aplaudo em tudo: na apresentação, no tema, na narrativa e na forma como o autor apresenta o herói. O livro é bem conhecido e chama-se "O Planeta Lilás". O autor é nosso querido Ziraldo.

 

Suponho que todo mundo já leu esse livro, mas, mesmo assim, vou fazer um resuminho rápido: é a história de um Bichinho bem pequenininho (tanto que não se via a olho nu), que vive sozinho num planeta lilás. Cansado do mundo roxo ele resolve viajar a fim de conhecer o universo. Constrói um foguete e sai por aí. Descobre planetas e habitantes e então cai a ficha, ele percebe que o universo por onde viajou era um livro e que o seu planeta lilás nem era um planeta e sim uma flor, uma violeta que estava guardada dentro de um livro.





Gente, é uma linda história, poética e cheia de significados. Incrível a forma como o autor caracterizou seu herói. Observe que apesar de sua aparente insignificância, o 'bichinho' questionou uma realidade com a qual os demais habitantes já estavam conformados. É bom lembrar que esse livro foi editado pela primeira vez em 1979, em plena ditadura militar.

Para mim, Ziraldo realmente é digno dos louvores que tem recebido pela vida afora, e nesse livro, (mais até, do que no Menino Maluquinho) fico impressionada com o modo como ele utilizou-se de uma mídia aparentemente inocente (um livro infantil) para expressar sua visão de mundo e trazer a esperança para as novas gerações.

No meu entender, O Planeta Lilás foi, na época, uma metáfora do Brasil (planeta verde e amarelo, sufocado pelo conformismo daquele sistema alienante). Veja você o alcance da metáfora: quem são os leitores? São os pequenos (tão pequenininhos...), mas que irão crescer e tornar-se cidadãos críticos e questionadores, e, quem sabe, também se cansarão das realidades carentes de mudanças sociais. E, mais, Ziraldo ainda deixou claro que da mesma forma que o ‘bichinho', as novas gerações poderão partilhar suas descobertas com todos os demais ‘habitantes' do nosso planeta: "outros bichinhos pequenos com os mesmos olhos grandes pra trocar informações."

Genial, não?

Nossa! Como é bom falar e mostrar para as crianças que é possível desbravar novos mundos. Como é bom falar da vontade e da coragem que precisamos ter para encarar os desafios que a vida nos apresenta. Como é bom falar na garra e no entusiasmo que é preciso ter!!! Vamos falar, vamos mostrar, nossos baixinhos merecem o gostinho da esperança!!

Agora, com vocês a alegria do Bichinho, conhecendo novos mundos:

"E o bichinho exclamava: Eu sabia!
Eu sabia que outras cores haveria
além do roxo e do violeta do meu planeta lilás!”
Bem, por enquanto era isso. Fui, saí do planeta lilás, rsrs, vou desbravar novos mundos! Voltarei para compartilhar!!!

Blogagem coletiva do Blog Café com Bolo.
Beijos multicoloridos!!!!.

sexta-feira, abril 23, 2010

NÃO SEI...

Olá!

Trago hoje um poema que adoro. É de Cora Coralina.
Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas. (Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889 — Goiânia, 10 de abril de 1985).

Cora Coralina? Beleza, a gente já conhece, desde longa data. É verdade, parece que sempre a conhecemos, uma simpatia de velhinha. A grande poeta de Goiás.

Gente, eu amo Cora Coralina, grande poeta, um exemplo de coragem. Carregou um casamento infeliz durante quase toda sua vida e só na viuvez conseguiu se encontrar.  É impressionante como a vida tem surpresas, imagine só, quando ela soube, quando ela sentiu que era poeta, ela já estava bem velhinha, já havia passado todo o trabalho do mundo, gastado todas suas forças e levado muitas pauladas da vida. Mas nada disso a impediu, ela soube que precisava tomar consciência de sua real dimensão como mulher e como poeta.  E ofereceu ao mundo versos nunca vistos, de uma pureza ímpar, um talento que me emociona até às lágrimas.

Esse poema que eu trouxe, foi escrito quando seu rosto já estava bem enrugado e o corpo maltratado pela vida, mas a alma, nossa(!) a alma está aqui, límpida, pura, elevada, inteira, em versos cheios de vida, de amor e de grandeza, como ela sempre foi e como ela morreu. Em estado de graça, digna, amando e poetando. Acho que é bom morrer assim.


NÃO SEI...

Não sei... se a vida é curta...
Não sei...
Não sei...

se a vida é curta
ou longa demais para nós.

Mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
se não tocarmos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que sacia,
amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo:
é o que dá sentido à vida.

É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira e pura...
enquanto durar.

que gostem.
Beijos e bom findi.

quarta-feira, abril 21, 2010

ELOGIO DA LOUCURA

Olá! Hoje é feriado e nada melhor do que falar sobre um livro fora de série. Um baita livro. Aliás, quase incluí esse livro no post vermelho, mas iria ficar muito extenso e preferi postá-lo separadamente. Mas você vai ver, é uma loucura, própria do vermelho.


Erasmo de Rotterdam (Desidério, para os íntimos) escreveu há quase 500 anos um ensaio denominado "Elogio da Loucura". Acho que essa obra ainda hoje é superimportante para quem pretende abraçar a ousadia, lançar novos olhares sobre o mundo e fugir do saber ingênuo e "normal".

O "Elogio da Loucura" não se dirige a alguém em especial, ele focaliza a louca humanidade. Configura a loucura como energia criativa das ações humanas e sinaliza a necessidade de libertação dos indivíduos de uma possível “opressão da razão” sobre os instintos mais naturais. Claro, por favor, entendam, é a Loucura numa visão romântica e jovial, que ajuda as pessoas a suportarem a vida! É uma alavancada saudável às atitudes! Ele nos mostra de uma forma leve, divertida e espontânea que onde a loucura se instala, encontra-se também o amor, a alegria de viver, a felicidade, e os melhores delírios e emoções de nossas vidas! :)) E ainda explica, hehe: diz que isso se dá porque todos esses sentimentos são sinônimos da loucura! E costura as palavras de modo a deixar claro que aqueles que não reconhecem a necessidade da Loucura, ou seja, a maioria de nós, estaremos fadados a levar apenas uma "vidinha". Mas o mais interessante de tudo é que à medida que a gente vai lendo, nosso raciocínio vai aguçando e aí, simplesmente não tem como discordar, pois a capacidade argumentativa e literária do autor, é notável. E assim, com leveza ele vai tocando nas feridas de sua época... e da nossa também, sim senhor!!! (ou você pensava que fossem outras?). E tem mais um detalhe, aprecio muito a ousadia, o modo fascinante como ele bate de frente com a tradição religiosa da época. E, só para constar, o livro é escrito na primeira pessoa, ou seja, quem fala é a Loucura!!!
Chega. Já falei demais, pelamor!

Eis um pequeno trecho do "Elogio da Loucura"(Encomium Moriae), ensaio de autoria de Erasmo de Rotterdam (1466 — 1536).

"(...) Mas parece que, sem refletir no que sou, vou ultrapassando há bastante tempo todos os limites. Por conseguinte, se tagarelei demais e com demasiada ousadia, lembrai-vos de que sou mulher e sou a Loucura. Ao mesmo tempo, porém, não vos esqueçais deste antigo provérbio dos gregos: Muitas vezes, também o homem louco fala judiciosamente. E não ser que pretendais que, nesse provérbio, não estejam incluídas as mulheres, pois eu disse homem e não mulher. Esperais um epílogo do que vos disse até agora? Estou lendo isso em vossas fisionomias. Mas, sois verdadeiramente tolos se imaginais que eu tenha podido reter de memória toda essa mistura de palavras que vos impingi. Em lugar de um epílogo quero oferecer-vos duas sentenças. A primeira, antiquíssima, é esta: Eu jamais desejaria beber com um homem que se lembrasse de tudo. E a segunda, nova, é a seguinte: Odeio o ouvinte de memória fiel demais. E, por isso, sedes sãos, aplaudi, vivei, bebei, oh celebérrimos iniciados nos mistérios da Loucura."
Ah, esse livro é livre, você pode baixar.

terça-feira, abril 20, 2010

ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS

Olá!
Vem aí um filme imperdível!




Com estréia marcada no Brasil para 21 de abril de 2010, o mais novo filme de Walt Disney  promete ser um sucesso de bilheteria. Trata-se da adaptação para o cinema de Alice no País das Maravilhas e é, sem dúvida, um dos filmes mais aguardados para esse ano. Pelo que pude apurar, a história a ser contada no filme é a mesma do livro: a garotinha se chama Alice, só que agora ela tem 17 anos.

No elenco, está Mia Wasikowska como Alice, Matt Lucas, Michael Sheen e Johnny Depp como o Chapeleiro. O diretor é Tim Burton e a exibição será em 3D. (Acho perfeito 3D!).

Johnny Depp com olhos verdes e cabelos laranja, na pele do Chapeleiro Maluco, está com o visual pra lá de excêntrico.

Enredo: Numa festa Alice descobre que será pedida em casamento. Então resolve fugir do local e segue um coelho branco. Na sequência, ela cai dentro de um buraco e vai parar no Pais das Maravilhas, um lugar que ela visitou há dez anos atrás, mas que não se lembrava mais. Nesse lugar vivem seres mágicos. Como se vê, o filme parece que será uma espécie de continuação do original.

Para promover o filme, foram lançados 3 posters, que reunidos formam o banner que coloquei no início do post. Esse banner é giganteee!

Eis aqui o link para o trailer.

Ano passado fiz um post com um diálogo bem interessante retirado do livro de Lewis Carroll, mas pouca gente teve oportunidade de ler porque na época daquela postagem meu blog acabava de chegar à blogosfera e portanto, era totalmente deconhecido. Se você quiser dar uma lida, clique aqui. O título do post é" Caminhos", acho que você vai gostar.

Era isso. Fui. Até mais!!!!!!

segunda-feira, abril 19, 2010

BLOGAGEM COLETIVA - COLORINDO A VIDA - COR VERMELHA

Olá!

Meu Deus, uma chuva de comentários em meus posts! Quanto carinho! Vocês são muito legais, são gente da melhor qualidade! Andei meio sumida nesses dias, na correria, e pra não deixar ninguém na mão, selecionei umas piadinhas espertas e programei um post. E vi que vocês gostaram, que bom!  Agora estou de volta e seguirei comentando suas postagens, que, repito, sempre leio com calma e atenção, principalmente porque sei que em tudo que a gente escreve colocamos um pouquinho de nós. Se não posso ler de verdade, então nem comento. Essa sou eu. Obrigada, mais uma vez.

Na postagem coletiva de hoje a cor é vermelha ou vinho. Escolhi vermelha, então vamos lá. Para início de conversa, fiz um Haykai porque pretendo extrair a essência do que realmente o vermelho significa para mim. Depois tenho algumas palavras sobre um filme que, no meu pensar, tem tudo a ver com o assunto.



No vermelho há
substância concreta,
vida, loucura, amor.


O FILME

Você já deve ter visto "A Lista de Schindler" (1993), filme dirigido por Steven Spielberg. Nesse filme o vermelho está presente numa cena inesquecivel, cujo significado projeta a vida em toda sua concretude e substância.

Num brevíssimo resumo, posso dizer que Oskar Schindler, além de membro do Partido Nazista, é um boa-vida que se aproveita da Guerra para aumentar seus negócios. Mas ao conviver com os judeus sofridos, Schindler realiza e deixa perpetrado na história, um dos maiores atos de coragem, amor e bravura de que se tem noticia na Alemanha de Hitler.

Acho esse filme perfeito, o melhor que já assisti sobre o holocausto. Foi todo filmado em preto e branco e tem cenas de violência explícita que dói no coração da gente, paralisa e emociona. Mães separadas dos filhos, mulheres que ficam sem seus maridos, famílias destruídas, medos intermináveis, crueldades e assassinatos sem a menor justificativa. Um realismo chocante. E a imagem em preto e branco, meio cinzenta, nossa(!), é a cor da guerra em toda sua plenitude. Nesse contexto surge um detalhe que faz a diferença: a menina do casaco vermelho. Aquele tom vermelho foi a epifania que fez com que Schindler percebesse o que realmente estava acontecendo, foi o divisor de águas que o fez mudar radicalmente de planos (lembra, ele era um bom vivant) e escrever a Lista que salvou a vida de milhares de judeus. Veja você a genialidade de Spielberg, ele rodou o filme inteirinho em preto e branco, apenas para que aquele momento único de beleza e sensibilidade pudesse acontecer!! Simplesmente, fantástico! Aliás, o próprio Spielberg disse, na época, que a garotinha de vermelho era uma referência, como se Deus tocasse os ombros de Schindler num recado, que felizmente ele entendeu. Sentiram o vermelho, a substância (sangue), a força vital?

O MILAGRE

Numa noite, ao passear perto de um dos parques de Cracóvia, Schindler assiste à invasão de um dos guetos onde estavam os judeus na cidade. Então, sem mas nem porquê, ele observa uma menininha de casaco vermelho que, perdida, procura um lugar para se esconder. Dias depois, ele vai ao campo de concentração e assiste às instruções para cremar os cadáveres das crianças. E naquele momento ele olha e, a uma certa distância, identifica o casaco vermelho em meio à pilha de corpos. Gente, eis a epifania da vida!  Schindler está decidido: irá  usar toda sua fortuna e prestígio para escrever sua famosa lista que salvará os judeus!


Nem é preciso dizer que essa cena antológica acordou minha percepção para a substância que está contida no vermelho do sangue, da vida e do amor!  Não me canso de dizer, esse filme é uma loucura, mesmo que a gente o reveja, sempre nos causará um impacto profundo. No momento em que a Glorinha elegeu o vermelho para a postagem, eu lembrei essa cena. Se o filme é longo? sim, mas cada minuto é compensador. Se é um documentário? Quase. Se é cansativo? Não, never. A fotografia? Janusz Kaminski se superou. E a trilha sonora? Bem, é de John Williams, melancólica, e no violino de mestre Itzak, my God, pura emoção!!

E viva o vermelho!
Gente, perdoem-me, mas
é impossível não falar também no meu time:
O Internacional, é vermelho
e venceu o Pelotas ontem à tarde.
\o/ :))


Blogagem coletiva do blog Café com Bolo.
Tchau, até a próxima!

sexta-feira, abril 16, 2010

RIA QUE É DE GRAÇA!

Olá!

Andei revisando meu lap, e achei umas gracinhas.
Resolvi compartilhar. Tomara que vocês achem graça!
Enjoy!

*
Um maluco ligou pro corpo de bombeiros, dizendo que estava pegando fogo no hospício. Em menos de dez minutos, umas dez viaturas chegaram no local.
Os bombeiros saltaram do carro e o comandante perguntou para um louco:
— Amigo, onde é o fogo?
— Pô, vocês vieram tão depressa que nem deu tempo de eu acender.

*

O louco chega na ótica:
— Bom dia. Queria óculos para ler.
— Outro? Eu já lhe vendi uns ontem!
— Eu sei, mas é que esses eu já li.

*

O sujeito entra na farmácia e pede:
— Eu queria uma caixa de Cloridrato de Metoclopramida.
— Ah! O senhor quer dizer: um Plasil?
— Isso mesmo! Não consigo guardar esse nome!

*

Dois loucos se encontram.
— Quem é você?
— Eu sou Jesus Cristo.
— Quem te falou isso?
— Deus!
— Eu te falei isso!?

*

No hospício, dois loucos comem banana no pátio.
O primeiro tira a casca da banana com o maior cuidado. O segundo come com casca e tudo.
— Ô, cara! — diz o primeiro — Você é louco?
— Vou tirar a casca pra quê? — diz ele, dando mais uma mordida — Eu já sei o que tem dentro!

*

Dois loucos queriam fugir do hospício e o mais inteligente disse:
— Vamos fugir pelo buraco da fechadura!
— Genial! — comemorou o outro
— Você passa primeiro e eu te sigo!
O louco tomou distância, correu em direção a porta e PLOFT! Bateu de cabeça na porta.
Furioso e sentindo a dor da pancada, ele reclama:
— Droga! Deixaram a chave no buraco!

*

Devido à superlotação de um hospício alguns internos tiveram que ser transferidos para outra cidade, de avião.
Já em pleno vôo, o piloto tentava convencer os loucos, pelo rádio, a parar de jogar futebol dentro do avião, até que teve que apelar para o co-piloto:
— Pelo amor de Deus, vai falar com esse loucos! Talvez eles atendam você, se for falar pessoalmente!
O co-piloto sai da cabine e vai ter com os loucos. Depois de pouco tempo, ele volta e o silêncio é total.
— Incrível! — aplaudiu o piloto — Como você conseguiu fazer esses malucos pararem?
— Foi fácil — respondeu o co-piloto — Eu mandei eles jogarem bola na rua.

Até mais, bom findi.
Beijos.

terça-feira, abril 13, 2010

O TREM DA ALEGRIA DAS NOTAS



Olá!

Recebi ontem do maridex um email sugerindo esse texto para postagem aqui no blog. Li e gostei. O texto chama-se "Um Experimento Socialista" e foi escrito em 1931 por um tal de Adrian Rogers que nunca vi na minha vida e também não sei nada sobre ele, --pelo menos não lembro--, mas o texto que ele escreveu é ótimo, boa Adrian, você acertou na mosca! Então taí pra vocês, espero que gostem!

UM EXPERIMENTO SOCIALISTA
Um professor de economia na universidade do Texas Tech disse que ele nunca reprovou um só aluno antes, mas tinha, uma vez, reprovado uma classe inteira.

Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e justo.

O professor então disse: "Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas." Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam 'justas ' Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém seria reprovado. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um "A"...

Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam "B". Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.

Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como um resultado, a segunda média das provas foi "D". Ninguém gostou.

Depois da terceira prova, a média geral foi um "F".

As notas não voltaram a patamares mais altos mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram o ano... Para sua total surpresa. O professor explicou que o experimento socialista tinha falhado porque ele foi baseado no menor esforço possível da parte de seus participantes. Preguiça e mágoas foi seu resultado.

Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual o experimento tinha começado. "Quando a recompensa é grande", ele disse, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável."

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém. Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."
Até breve.
Fui

segunda-feira, abril 12, 2010

BLOGAGEM COLETIVA - COLORINDO A VIDA - COR AZUL

Olá, tudo azul?

Quem pergunta isso?  Só quem está feliz. Tem alguma dúvida? Eu não. Porque será hein? E tem mais, a resposta a essa pergunta será sempre agradável. Venho observando isso há bastante tempo. Então me questiono: será que essa pergunta é indutiva, terá algum corte subliminar? Será influência do azul? Sorry, vou parar, não liguem, sou assim mesmo, encasqueto com as coisas.

Pois bem, quando eu soube que seria azul a cor da próxima blogagem coletiva, eu me realizei, e não tive a menor dúvida, é por aqui que eu vou. Well, na verdade até pensei num post mirabolante, cheio de significados, imagens poderosas, etc, mas, acreditem, prefiro deixar pra minhas amigas e amigos blogueiros(as) que tem uns blogs lindos e bem mais animados que o meu. Hoje aqui, só quero falar azul, ora.

Azul, azul, azul e azul.

O azul é o território da felicidade, do tudobem, do tudoazul. Mas observando melhor, parece que a natureza nos presenteou com pouquíssimas coisas azuis. Tem o céu, o mar, o nosso planeta, a arara azul, algumas flores azuis, a música do Djavan --aquela que azuleja o dia, na voz da Gal--, rsrs e o Pássaro Azul da Felicidade. Mais recentemente eis que surgem no cenário as pílulas azuis, viagrísticas, também alusivas à felicidade (!?). E é só. Ah, e tem o passarinho do twiter, que enquanto não me provarem o contrário, digo que não é coincidência que ele seja azul, hehe, é uma clara alusão à felicidade, o pessoal tuitante que o diga, eles adoram, ficam superfelizes em tuitar! Agora deixe-me dizer uma coisa, tem uma corrente de pensadores que anda afirmando por aí que a cor azul está associada à felicidade exatamente porque tem pouco na natureza, razão porque a felicidade seria muito dificil de encontrar, mas já vou avisando que não concordo. Tudo bem, tem pouca coisa azul, mas o céu é azul, e olha o tamanhão do céu!!!!!! E olha o tamanhão do mar!!!! Não, ninguém me contou, eu vi, não adianta argumentar!!!

A felicidade é azul e existe sim.
E é  grandona!!
É só olhar e enxergar!


Mas quero mesmo é falar sobre um filme que aborda a felicidade como um estado de ser e de estar. Apesar da presença de fadas, etc, a abordagem é feita de forma real e de fácil compreensão. Na verdade é uma metáfora. O nome do filme é "O Pássaro Azul", ano 1940, com Shirley Temple, meio antiguinho né, rsrs, mas tem tudo que as crianças gostam, e os adultos também. Duvido que você não goste. Até porque o filme é uma viagem de amadurecimento.


Vou tentar um resumo apertado: Mytyl e seu irmão Tytyl, perdem o pai na guerra e ficam sós, muito infelizes, até que uma noite recebem a visita de uma fada que primeiro transforma seus animaizinhos (cão e gato) em humanos e em seguida os manda, todos juntos, em busca do pássaro azul da felicidade, que poderá estar no passado, no presente ou no futuro. E aí vem o insight, ao retornar da viagem depois de mil aventuras, Mytyl descobre que o pássaro azul da felicidade era aquele em sua gaiola, que ela tinha capturado bem no início do filme. Veja você, eles procuraram por algo que sempre esteve dentro de sua própria casa. E só agora ela conseguiu ver que a cor do pássaro é azul!  Detalhe: ela é uma menina mal humorada que sempre foi incapaz de valorizar sua família e seus amigos. Vivia num mundo preto e branco e o filme mostra isso nitidamente. O importante: eles regressam com a capacidade de entender que muito do que se deseja está presente, mas é óbvio, a gente tem que notar!  Viram, é uma história simples, mas e daí?  Mais legal, impossível.

Daí eu fico pensando, quanta cegueira, meu Deus, quanta coisa precisamos tirar da nossa frente até enxergar a felicidade possível, a felicidade real? Caramba, a gente idealiza tanto, tem tanto medo guardado, pra quê. E depois se queixa que não é feliz. Chega de enxergar em preto e branco! Misericórdia. Chega. O céu e o mar são imensos e são azuis!! Nossa, acabo de ver uma revoada de pássaros azuis orbitando na blogosfera!! Sejam bem vindos!

E eis que me arrisco a lascar uma moral pra história: Encontrar o pássaro azul é tão simples que poucos conseguem encontrá-lo. 

\o/ 


:))

Se você quiser uma palhinha do filme, tem um link.
Blogagem coletiva do Blog Café com Bolo.

Gente, por enquanto é só.
Beijo.
Fui.