sexta-feira, maio 07, 2010

DOLCE FAR NIENTE



Beleza,  final de semana chegando, muitos planos, ou nenhum, apenas ficar em casa no dolce far niente. Quer coisa melhor?  Eu acho ótimo, só no bem-bom, rsrs. Aproveitando a sexta, achei legal brincar um pouquinho com as rimas. Olhaí o resultado. Espero que gostem.
  
Sexta-feira, maravilha!
É Dia da Alegria
É hoje!!! Vem abraçar
O Sorriso e a Magia.

Eu sei, o sorriso foge
quando as coisas não vão bem.
Mas é possível lutar
E a cabeça levantar.

Abra as portas pra Alegria
Deixe o sorriso chegar
E ao menos por instantes,
a vida iluminar!

Acredite, assino embaixo
a alegria faz milagres,
ilumina o pensamento
e acalma os pesares.

Não perca nenhum minuto
Aproveite bem o dia
Cante alguma melodia
Se embriague de energia.

Sim! Insista em festejar
o Dia da Alegria
Por favor, ande mais leve
Encare o mundo e sorria!

Fiquem com Deus. Fui. Beijos.

Ah, ia me esquecendo, ontem assisti um vídeo da Isabel Allende. Uma palestra maravilhosa. Coloquei o link no final do post anterior, aí embaixo. Estou avisando porque acho que muita gente não viu, pois foi só ontem que achei, e o pessoal já tinha lido o post e comentado. Fica aqui a sugestão pra quem quiser. 

quarta-feira, maio 05, 2010

A CASA DOS ESPÍRITOS


Quando li pela primeira vez o livro de Isabel Allende "A Casa dos Espíritos", gostei muito, e tempos depois, quando tornei a ler, com uma bagagem de vida um pouquinho (hehehe!) maior, simplesmente adorei! Sou fã de realismo fantástico e este é um dos fios condutores da escrita de Allende. (Notáveis influências de Garcia Marquez, que é outro escritor que amo de paixão).

Quando foi lançado, em 1985, "A Casa dos Espíritos" foi um sucesso absoluto. O livro tem quase 500 páginas e a gente entra num mundo mágico desde a primeira frase. A história é comovente, marcada pela magia, pelo amor e pela tragédia. Arrependi-me de não ter feito esse post no dia 08 de março, o tal de "dia da mulher". É que Isabel Allende, nesse livro, presta tributo às mulheres do mundo inteiro, na medida em que traz à tona, a dor de toda uma geração de mulheres chilenas. E ao mostrar a violência do regime totalitário, do machismo e da misoginia do poder patriarcal (sempre fortalecido no aparelho repressivo do Estado), ela nos convida a exorcizar a culpa e a refletir sobre a liberdade e a justiça. Pelo que sei, boa parte da história é verídica e ela própria, quando questionada a respeito, afirmou que as mulheres da história realmente existiram. Bom, é só ler a dedicatória: "A minha mãe, minha avó e às outras mulheres extraordinárias desta história." E atenção, o livro é também um alerta aos que vivem acostumados à anestesia do esquecimento: "É a perda da memória, e não o culto à memória, que nos fará prisioneiros do passado".

O romance se passa, no início do século XX e conta a história das famílias Del Valle e Trueba, com suas ideologias totalmente opostas. A revolução no Chile que terminou com o golpe militar de 1973 e derrubou o presidente Salvador Allende (tio da autora) é o cenário que influenciou a dinâmica da narrativa.

Tudo gira ao redor do patriarca Esteban Trueba, mas a narrativa é feminina, sob a perspectiva das mulheres (do clã), que lutam pelo que acreditam. Mas, a meu ver, não é uma narrativa feminista, é bem mais profunda do que isto, pois mostra a luta da mulher pelos seus direitos, numa sociedade tipicamente masculina. No decorrer da leitura, a gente se depara com dois discursos, de um lado a verdade masculina-conservadora, e de outro, a feminina-progressista. No entanto, e, no meu pensar, esse é o grande diferencial da obra, o leitor tem possibilidade de reconhecer as razões de cada personagem, num exercício dialético que democratiza o próprio espaço textual.

Clara, Clarividente como era chamada, é o personagem principal e está presente na história, desde a infância até sua pós-morte. Ela é o alicerce da família, o equilíbrio e o elo de ligação entre todos. Com seus incompreendidos poderes premonitórios e visão espiritualizada da vida, desde pequena, Clara surpreendia a todos com suas capacidades telepáticas - conseguia ler a sorte, mover objetos com o pensamento e prever o futuro. Sua capacidade telepática era tão acentuada que os objetos movimentavam-se como se tivessem vida própria. Em seus cadernos de anotar a vida, escrevia o que sentia e colocava lá tudo o que acontecia no dia-a-dia. − Aliás, a saga da família, Alba só conseguiu relatar porque Clara (sua avó) deixou registros em seus "cadernos de anotar a vida". − A morte misteriosa de sua irmã Rosa, "a Bela", fez Clara emudecer de culpa, achando que sua previsão teria dado causa àquela morte prematura. Só quebrou o silêncio, nove anos depois, para anunciar que se casaria em breve. O noivo? Esteban Trueba, que ela já havia previsto, muito tempo antes, que se tornaria seu marido.

Para os padrões da época, Clara não foi uma boa dona-de-casa. Estava sempre às voltas com suas telepatias e premonições. Vivia num mundo à parte, ajudava os necessitados e conversava com os espíritos. Era ausente, mas sempre presente na família. Era avessa a assuntos fúteis e não sentia ciúmes do marido, "nem ao menos percebia quando ele a desejava ou sentia ódio por ela, era distraída". Com sua inteligência brilhante, ela sabia que o medo era o alicerce do sistema de dominação a que os camponeses e as mulheres eram submetidos naquele momento histórico. (E essa inteligência sensível sempre irritou seu marido, afinal ele era a autoridade, o pai e senhor... Jamais ele poderia imaginar que seu temperamento impulsivo, violento e cruel e que suas idéias arcaicas refletiriam com tanta contundência no futuro de sua família).

Esteban Trueba era um homem truculento, representante ferrenho da sociedade falocrática, que nega à mulher voz e participação na sociedade. Acreditava que Nívea (mãe de Clara) estava "mal da cabeça" porque ela lutava para que as mulheres tivessem direito ao voto. Ele nunca compreendeu a força do silêncio de Clara, ao contrário, ele o considerava (o silêncio) uma virtude.(!) Era dado a acessos de raiva e Clara sofreu muito nas mãos dele. Também costumava descarregar sua ira contra os trabalhadores, que no seu entender não tinham direito nenhum, apenas deveres. Mas ao ler a gente acaba percebendo que também ele, era fruto de uma época, cujos valores o tornaram um homem solitário, amargo e rancoroso. Associava o autoritarismo ao paternalismo, transformando em dependentes os que o cercavam, e comprava-lhes a fidelidade com alguns litros de leite e bônus cor-de-rosa (trocados nos armazéns da fazenda que eram seus), casinhas de alvenaria e uma escola, mas era partidário de que os camponeses não tivessem muitos conhecimentos, pois sabia que a ignorância daquele povo é que eternizava os privilégios que possuia.

Cada um dos personagens está retratado na história com seus questionamentos existenciais e suas formas de participar no contexto social de sua época.

Impressionou-me o significado dos nomes das mulheres: Nívea, Clara, Blanca e Alba. Observe a escolha que a autora fez desses nomes. Todos eles estão carregados de simbologia, compondo uma cadeia de sinônimos que aponta para a LUZ. Alba, último elo dessa cadeia, é o alvorecer de um novo dia, uma esperança e uma promessa. Aliás, a própria estrutura circular da escrita, que começa e termina com a mesma frase, nos remete para uma idéia de recomeço: "Barrabás chegou à casa da familia por via marítima". Há ainda outra mulher, de importância ímpar, chama-se Férula, cujo nome também é simbólico. Ela é a irmã e o "carma" de Esteban. Como se vê, Allende brilhou também nesse particular.
Chega, vou parar senão me empolgo e conto o livro. ;)

Que livro!
Era isso. Fui. Até breve.

A t u a l i z a n d o : esqueci de falar no filme. Não gostei, não tem nada a ver com o livro, muda completamente o foco.  A meu ver, transforma e banaliza uma história tão linda!( Aff). Não é que o filme seja ruim, entenda. Acontece que não é a história contada no livro, ah isso não!! Não é mesmo!! Ouvi dizer que Allende abominou, parece até que surgiram alguns problemas, mas não tenho certeza. Mas se é verdade, ela está com toda a razão.

Gente, olhem essa palestra de Allende, é de chorar!

terça-feira, maio 04, 2010

CHARLES CHAPLIN

Olá, pessoal!


... e aí vem ele. De novo. Meu querido Charles...
E agora, aonde andam as palavras para apresentá-lo? Não sei, não as encontro, sumiram. Ok, então vou improvisar: Charles Chaplin, ele é tudo e mais um pouco! Charles Chaplin!

"Esta maneira de querer fazer com que a pobreza do próximo seja atraente é péssima. Eu ainda não conheci um pobre que sinta falta da pobreza ou que se sinta livre sendo pobre."
"Cada segundo é tempo de mudar tudo para sempre.”

A t u a l i z a n d o : Gente, minha amiga Deia, fez um comentário tão legal e deixou um link bacanésimo que até vou postar aqui para compartilhar com vocês. Obrigada Deia, adorei.

Deia disse...
Marli, tenho tanta simpatia pelo mestre do cinema mudo! Complementando seu post inspirado, segue a música cuja letra tem como autor o seu homenageado.
Smile!
http://www.youtube.com/watch?v=iu-rLA4POkI
Espero que gostem
Ah, não deixem de ler o mini-post aí embaixo sobre os direitos animais!
Tchau. Fui.

CURSO SOBRE DIREITOS ANIMAIS SERÁ REALIZADO EM PORTO ALEGRE - RS

Olá!

Estou divulgando o curso “A PRÁTICA DOS DIREITOS ANIMAIS NAS RELAÇÕES COM SERES HUMANOS” que será realizado nos dias 28 e 29 de maio e 04 e 05 de junho, em Porto Alegre-RS.

Esse curso é muito importante, por infinitas razões. Os seres humanos precisam, com a máxima urgência, se darem conta de algumas coisinhas, que o nosso conhecido Pitágoras, já sublinhou há muito tempo atrás:
"Enquanto o homem continuar a ser destruidor impiedoso dos seres animados dos planos inferiores, não conhecerá a saúde nem a paz. Enquanto os homens massacrarem os animais, eles se matarão uns aos outros. Aquele que semeia a morte e o sofrimento não pode colher a alegria e o amor."
Só pra desabafar: tem uma coisa em que penso muito: a preparação para o crime (contra animais e pessoas) começa bem cedinho, lá na infância. Veja. As crianças pequenas pensam (naturalmente) que os bichinhos de estimação são de pelúcia ok? E fazem o que querem deles! E os pais acham tão bonitinho seu filhinho maltratando o animalzinho! Que amor! E não ensinam. E depois não querem criminosos na sociedade? Essa não!!!  Bom, mas isso é assunto pra outro post.

Pouca gente sabe, mas os mecanismos de proteção aos animais estão previstos na Legislação Nacional e podem ser exigidos por qualquer um de nós. Esse curso objetiva exatamente isso: clarear a situação.

É preciso dar um basta nessas atrocidades que são cometidas contra os animais. Penso sinceramente que, no ponto que chegamos, só o conhecimento e ação judicial concreta e articulada podem impedir o avanço desses crimes.

Clique na imagem para ler o folder
Veja a notícia inteira aqui.

Por enquanto era isso.
Fui.

segunda-feira, maio 03, 2010

BLOGAGEM COLETIVA - COLORINDO A VIDA - COR ALARANJADA

Olá, a blogagem coletiva de hoje é sobre a cor alaranjada.

Vamos lá. A cor alaranjada é uma cor afirmativa, uma cor de vibração, de sucesso, de movimento, das delícias. Então pensei de cara, nos fractais de Mandelbrot, que acho uma loucura, dinamismo puro! E geram imagens ma-ra-vi-lho-sas! Uau. Gente, tem cada imagem de cair o queixo. No final do post vai um link pra você dar uma espiada.

Caso não saiba o que são fractais, você não está só, tem zilhões de pessoas que nunca ouviram falar. Então vou dar uma pincelada. Fractais são figuras geométricas não-euclidianas, geradas em computador, que retratam fenômenos da natureza. A palavra fractal foi criada por Benoit Mandelbrot para descrever um objecto geométrico que nunca perde a sua estrutura qualquer que seja a distância de visão.

A bem da verdade, não existe uma definição precisa a respeito dessas figuras. Mas a gente pode dizer que "uma figura é um fractal quando ela é formada por diversas partes, que lembram, cada uma, o desenho da figura inteira". (Mandelbrot e Michael Frame, in "Chaos Under Control: The Art and Science of Complexity").

Bem que eu gostaria de ter trazido aqui, imagens fractais que a gente encontra na natureza, oh my God, são perfeitas! E tem tantas... (brócolis, por exemplo). Mas daí a encontrar a dita imagem na cor alaranjada, complicou..., hehe.

Pronto, agora você já está diplomado, rsrs em geometria fractal! É hora de ver a linda imagem que resultou da dupla dinâmica: cor e forma, haikais e fractais. Enjoy.


MSBd3

Arte digital --
Fractais alaranjados
explodem no ar.





Fernando Pessoa, tinha esta visão dos objetos da natureza, embora não tivesse conhecimento da Geometria Fractal:

‘..E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Com tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.”


A t u a l i z a n d o :  Achei agora, nesse instante, um modelo de fractal que a gente encontra na natureza. Aposto que esse você já conhece e eu até já falei nele aí em cima: hummmm e fica uma delícia gratinado!!!  Óbvio, é o brócolis! Pena que não é alaranjado, hehe.

MSBd2

Coisa mais linda!
Natureza gerando
padrões fractais.


Eis o link da imagem digital.
Se quiser saber mais, o tio Google está recheado, é só digitar fractal.
Blogagem coletiva. Blog Café com bolo.
Beijos, até breve.

sexta-feira, abril 30, 2010

BLOGAGEM COLETIVA - OUTONO

Olá turma!
"Árvore da Vida" de Gustav Klimt

O OUTONO DA VIDA

Desde que me conheço por gente ouço falar no outono da vida. Saí a procura de respostas e não encontrei. Resolvi... bem, tive que viver. Agora eis-me aqui, no outono de minha existência. Calma, é que andei fazendo umas pesquisas e segundo apurei 60 anos é idade outonal. Pois que seja. Aqui estou. Só para esclarecer, outono aqui é sinônimo de velhice.

No outono você sabe, o cenário é outro, as folhas caem, as árvores perdem suas roupagens coloridas e o chão vira um lindo tapete florido. A temperatura é mais amena e o céu é de um azul intenso, lindo de doer! É tempo dos frutos. Mas a gente tem de varrer o chão todo o dia para que a beleza resplandeça e o tapete de flores se renove. O outono da existência também é assim. O cenário é outro e reclama trabalho para que a beleza resplandeça.

Se a gente muda? Meu Deus, muito!! Falando por mim, claro, mudei interna e externamente. (Mas a mudança interna é bem mais lenta, e isso é bom, embora a gente às vezes tenha que pagar alguns micos, rs). Tô aqui me desentendendo com a menopausa, com as gordurinhas, com as lentes de meus óculos, com os ossos doloridos e outras mazelas que tais, mas nada que me impeça de rir, de emocionar-me, de fazer o que gosto, (o gosto da gente também muda, graças a Deus) e de continuar sendo útil aos meus semelhantes, pois tenho para mim que o que entristece e mata os velhos de desgosto não é a velhice, mas a sensação de inutilidade social.

Mas se você me questionar sobre o mérito da questão, sobre o que acho da velhice em si, respondo que considero-a como uma fase da vida, simplesmente, como tantas outras que venho passando. Há coisas boas e ruins e, do ponto de vista físico, a gente tem mesmo que aprender a lidar com as perdas, que são muitas e bem significativas, temos que aprender a compensá-las para evitar as frustrações. Temos que tratar de colher os frutos e saboreá-los com muito gosto. Mas isso é um processo, um aprendizado que a gente vai tirando de letra. O que não podemos é emburrecer, hostilizar os mais jovens e amargar a convivência. E por falar em convivência, temos que exercitar essa arte, num clima de respeito mútuo entre velhos e jovens e jovens e velhos. Na convivência saudável há sempre uma renovação. E isso é fundamental no processo de envelhecimento.

Aí leio textos que falam na "melhor idade", na "terceira idade" e outras baboseiras mais. E fico pensando, avemaria pra quê esses eufemismos? Pra encobrir o quê? Ora, tá na cara, pra encobrir o preconceito. Claro, velhice agora virou palavrão! Encarar a velhice? Nada. Vamos encobri-la, vamos enganar, infantilizar. (Gente, que maldade!). Pois acreditem, tem até um comercial que diz que tal coisa, nem lembro o quê, é para "idosos com espírito jovem". Licença, aonde vamos? Coitados desses idosos e seus espíritos jovens! Tadinho deles... Imagine se meu espírito jovem deseja participar de um rally, que meu corpo não aguenta... sofrimento atroz né, é no que dá o tal espírito jovem aprisionado num corpo velho! Não concordo com isso. Tudo tem seu tempo: infância, juventude e velhice, ado, ado, ado, cada um no seu quadrado, rs. E na santa paz. Equilíbrio e bom senso. É mais ou menos por aí.

Não sou a favor de lutar contra o envelhecimento a qualquer preço. Penso que as cores do outono são essas que a natureza pintou, e não está em nós modificá-las, quando muito, podemos avivá-las, pois são muito belas, é só olhar bem, numa boa, sem enganações. Por isso que, no meu outono, sigo fazendo o que posso, trabalho bastante, luto pelo direito dos meus clientes, ajudo meus filhos, dou uma olhadinha nos netos, sem neuras, dentro do possível, que também não sou de ferro. Tenho outros interesses, quero fazer mais coisas: quero ler, escrever, passear e me divertir junto a quem amo. E às vezes sozinha, comigo mesma. Gosto da minha companhia.

Complicado mesmo são as armadilhas que o espelho nos apronta: tem dias que vou em direção a ele acreditando que tenho trinta, olho-me e vejo sessenta, que droga, sei que tem outra ali dentro! E esse espelho que não me mostra? grrr.

Que fazer? O fato é que sempre gostei do outono e continuo gostando, agora dos dois, da natureza e da existência. São duas faces da mesma moeda. No bem e no mal. Mas, cá entre nós, melhor idade mesmo é 25 / 30 anos! Eita idadezinha boa! O resto é bobagem. Valha-me Deus! 

- Marli Soares Borges -


quarta-feira, abril 28, 2010

HAICAI DE OUTONO

Olá, amigos, pra vocês meu haicai de outono.
Gosto muito do outono, das cores, do cheiro, do ar, do céu. O sol das manhãs outonais é um brilho só. Um encanto. E ainda por cima, catei no tio google essa imagem mui linda. E haikai? É tudo de bom. A-do-ro.

MSBd1

Chegou o outono.
Despedem-se as cores
no sol da manhã.

Beijo. Fui.

segunda-feira, abril 26, 2010

BLOGAGEM COLETIVA - COLORINDO A VIDA - COR LILÁS

Olá!

Hoje pintaremos nossos blogs com a cor lilás. De minha parte acho ótimo pois me lembra um livro que aplaudo em tudo: na apresentação, no tema, na narrativa e na forma como o autor apresenta o herói. O livro é bem conhecido e chama-se "O Planeta Lilás". O autor é nosso querido Ziraldo.

 

Suponho que todo mundo já leu esse livro, mas, mesmo assim, vou fazer um resuminho rápido: é a história de um Bichinho bem pequenininho (tanto que não se via a olho nu), que vive sozinho num planeta lilás. Cansado do mundo roxo ele resolve viajar a fim de conhecer o universo. Constrói um foguete e sai por aí. Descobre planetas e habitantes e então cai a ficha, ele percebe que o universo por onde viajou era um livro e que o seu planeta lilás nem era um planeta e sim uma flor, uma violeta que estava guardada dentro de um livro.





Gente, é uma linda história, poética e cheia de significados. Incrível a forma como o autor caracterizou seu herói. Observe que apesar de sua aparente insignificância, o 'bichinho' questionou uma realidade com a qual os demais habitantes já estavam conformados. É bom lembrar que esse livro foi editado pela primeira vez em 1979, em plena ditadura militar.

Para mim, Ziraldo realmente é digno dos louvores que tem recebido pela vida afora, e nesse livro, (mais até, do que no Menino Maluquinho) fico impressionada com o modo como ele utilizou-se de uma mídia aparentemente inocente (um livro infantil) para expressar sua visão de mundo e trazer a esperança para as novas gerações.

No meu entender, O Planeta Lilás foi, na época, uma metáfora do Brasil (planeta verde e amarelo, sufocado pelo conformismo daquele sistema alienante). Veja você o alcance da metáfora: quem são os leitores? São os pequenos (tão pequenininhos...), mas que irão crescer e tornar-se cidadãos críticos e questionadores, e, quem sabe, também se cansarão das realidades carentes de mudanças sociais. E, mais, Ziraldo ainda deixou claro que da mesma forma que o ‘bichinho', as novas gerações poderão partilhar suas descobertas com todos os demais ‘habitantes' do nosso planeta: "outros bichinhos pequenos com os mesmos olhos grandes pra trocar informações."

Genial, não?

Nossa! Como é bom falar e mostrar para as crianças que é possível desbravar novos mundos. Como é bom falar da vontade e da coragem que precisamos ter para encarar os desafios que a vida nos apresenta. Como é bom falar na garra e no entusiasmo que é preciso ter!!! Vamos falar, vamos mostrar, nossos baixinhos merecem o gostinho da esperança!!

Agora, com vocês a alegria do Bichinho, conhecendo novos mundos:

"E o bichinho exclamava: Eu sabia!
Eu sabia que outras cores haveria
além do roxo e do violeta do meu planeta lilás!”
Bem, por enquanto era isso. Fui, saí do planeta lilás, rsrs, vou desbravar novos mundos! Voltarei para compartilhar!!!

Blogagem coletiva do Blog Café com Bolo.
Beijos multicoloridos!!!!.