segunda-feira, setembro 06, 2010

PASÁRGADA ONTEM E HOJE

Olá, todo mundo!

Uma paródia bem feita vale a pena a gente ler. Você conhece essa do Millôr Fernandes? Ele homenageou Manuel Bandeira, o criador da utópica e delirante Pasárgada. E o fez desconstruindo-a com uma bela paródia que leva o título "Vou-me Embora de Pasárgada". É bom antes, ler o original, que também gosto demais, para, em seguida apreciar a beleza do humor cáustico do "escritor, finalmente, sem estilo", que amo de paixão. E observe que a paródia, não poderia ser mais atual. Atualidade que devemos lamentar. Olhaí as eleições gente!!


O R I G I N A L
Manuel Bandeira - VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA!


Vou-me embora pra Pasárgada // Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero // Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada // Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura // De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha  // Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente // Da nora que nunca tive

E como farei ginástica // Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo // Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar! // E quando estiver cansado
Deito na beira do rio // Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias // Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar // Vou-me embora pra Pasárgada
  
Em Pasárgada tem tudo // É outra civilização
Tem um processo seguro // De impedir a concepção
Tem telefone automático // Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas // Para a gente namorar
  
E quando eu estiver mais triste // Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der // Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei — // Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei // Vou-me embora pra Pasárgada.



P A R Ó D I A
Millôr Fernandes - VOU-ME EMBORA DE PASÁRGADA!


Vou-me embora de Pasárgada // Sou inimigo do rei
Não tenho nada que quero // Não tenho e nunca terei
  
Vou-me embora de Pasárgada // Aqui eu não sou feliz
A existência é tão dura // As elites tão senis
Que Joana, a louca da Espanha // Rainha e falsa demente
Ainda é mais coerente // Do que os donos do país.

A gente só faz ginástica // Nos velhos trens da central
Se quer comer todo dia // A polícia baixa o pau
E como já estou cansado // Sem esperança num país
Em que tudo nos revolta // Já comprei ida sem volta
Pra outro qualquer lugar // Aqui não quero ficar.
Vou-me embora de Pasárgada.

Pasárgada já não tem nada // Nem mesmo recordação
Nem a fome e a doença // Impedem a concepção
Telefone não telefona // A droga é falsificada
E prostitutas aidéticas // Se fingem de namoradas.

E se hoje acordei alegre // Não pensem que vou ficar
Nosso presente já era // Nosso passado já foi.
Dou boiada pra ir embora // Pra ficar só dou um boi
Sou inimigo do rei // Não tenho nada na vida
Não tenho e nunca terei // Vou-me embora de Pasárgada.

See you later.
Beijos.

sexta-feira, setembro 03, 2010

BLOGAGEM COLETIVA - SENTIMENTOS - FELICIDADE

Olá!

Você sabia que à luz da neurolinguística, nós podemos alcançar a felicidade hoje e agora, a despeito dos problemas que estamos enfrentando? É isso aí. Tenho até uma dica. Se você não quiser cansar tua beleza com minhas filosofias de botequim, pule essa parte e vá direto pra neurolinguística. Não me incomodo. É que, simplesmente, não posso deixar esse texto perneta, okay?

Não olhe para mim. Ninguém ainda conseguiu conceituar a felicidade. Sabe-se porém, que ela tem um perfil que varia de acordo com o nível social e intelectual de cada um, o que leva a crer que é apenas um estado de espírito, um modo de ver a vida e não um acontecimento em si. Tanto é, que cada um de nós tem um jeito próprio e único de ser feliz. Conclusão: a felicidade é uma atitude comportamental, está dentro de nós. Óbvio. Mas está atrelada à noção de possibilidade real. Nada de contentar-se somente com as coisas impossíveis. Sacou? Já sei, agora vem a clássica perguntinha. Como faço pra ter essa tal noção de possibilidade real? Peraí. Vou correndo buscar socorro nas palavras de um velho amigo. Veja o que ele diz: "Conhece-te a ti mesmo. Assim não te perderás em meio às coisas e saberás como modificar tua relação contigo, com os outros e com o mundo". Grande Sócrates!! Ele pregava que para alcançar a felicidade, devemos nos ocupar antes com nós mesmos, porque esse é o caminho que permite acessar a nossa verdade, que é a única verdade capaz de transformar-nos em sujeitos de nosso próprio destino.

Trocando em miúdos, ninguém pode nos fazer felizes ou infelizes. Nós regemos o nosso caminho e somos herdeiros dos nossos atos, que por sua vez, resultam do nosso pensar. Mas é o autoconhecimento que nos dará o poder para dirigir bem ou mal a nossa existência, olhar a vida com outros olhos, mudar as lentes quando necessário e não desejar o impossível, ou seja, ter a mencionada noção de possibilidade real. Ser feliz ou infeliz. A felicidade e a infelicidade são subprodutos dos nossos pensamentos construtivos ou destrutivos. Ufa! Taí ainda?

Alumiada a vereda, vamos à neurolinguística.

Veja como funciona o nosso cérebro. Quando você tem um pensamento negativo, teu cérebro entende que você está em apuros e aciona um esquadrão de neurônios armados de explosivos até os dentes: cortisol e adrenalina. Essas substâncias que, em princípio, pretendem te dar forças pra você fugir daquela situação aflitiva, na verdade te deixam agitado, enraivecido, infeliz. De outra banda, quando você tem um pensamento positivo, teu cérebro entende que você está feliz, então ele te recompensa com uma carga deliciosa de moléculas de felicidade, de desejo e de prazer: dopamina, serotonina e endorfinas. Uau.

Era isso. Agora a dica. Quentíssima, fervendo, rsrs! Estudos comprovam que essa técnica "altera a configuração cerebral". Ok. O lance é o seguinte: enganar o cérebro. (Bem que você já havia desconfiado, né,... aí tem enganação!! Rsrs). Nem ouse pensar em abduzir-me. Desista. Até porque, se você chegou até aqui o melhor mesmo é prestar atenção na dica, hehe.

Saiba reconhecer quando os pensamentos negativos estiverem ocupando sua mente, em especial nos períodos de conflitos e sofrimentos. Feito isso, ataque sem demora esses pensamentos infames. Ponha-os pra nocaute, sem dó nem piedade. É fácil! Substitua-os imediatamente por pensamentos positivos! É tiro e queda. E convença-se de uma vez por todas, que você tem esse poder, afinal, quem comanda seus pensamentos é você! Caramba, não se deixe intimidar, engane logo seu cérebro, oras. Faça ele pensar que você está feliz!! Toque aqui!! E que venham as endorfinas, serotoninas e dopaminas! Yesss!!! \o/
Beijos
P.S. Já andei escrevendo sobre isso: aqui, aqui e aqui.
Saiba mais: M. Foucault in "A Hermenêutica do Sujeito", SP, 2004.

quarta-feira, setembro 01, 2010

VOCÊ GOSTA DE PIPOCA?

Olá!


Ao lado do meu lap tem uma xícara de café e uma tigela de pipocas que fiz agorinha mesmo no microondas. Sou ligada nessa dupla. Café com pipoca. Glup, glup, croc, croc. Delícia! Cheguei louca por uma pipoca quentinha. É que ontem amarguei --de novo-- um plantão no aeroporto, dessa vez, no Rio, e ouvi uns papos que não gostei nadinha. Mas, sinceridade? Acho que é pura boataria. Não acredito mesmo. Em todo o caso, vou repassar aqui pra você.
Ouvi dizer que tem gente querendo terminar com as pipocas no cinema. Aí pensei, será que vão proibir? Ó, céus. Uma coisa tão boa... um hábito tão, digamos...atávico, que mexe com tantas recordações! Lembrei então, que há tempos atrás uma rede de cinemas da Inglaterra já havia proibido o consumo de pipocas em suas salas, por causa do cheiro e, principalmente do barulho. Mas não deu certo e acabaram liberando de novo. Nem lembro mais o nome da tal rede, só sei que o assunto chamou minha atenção, na época, pelo inusitado.

E agora essa sandice aqui no Brasil? Ah, mas que bobagem, tem gente muito implicante mesmo. Mas se é pra implicar, que tal o barulho dos papéis das balas e bombons? Ora, ora, deixem a pipoca em paz. E as balas e os bombons também. Esqueçam os barulhinhos. Pôxa, ninguém pode mais ter lazer nessa vida? Tem sempre a turma do contra pra incomodar? Eu realmente não me importo, nem com o cheiro e nem com os barulhos normais do desenrolar das balas e bombons. Para mim, não atrapalha em nada, não me impede de assistir o filme e nem de me divertir. Acho que é pura pegação no pé.

É óbvio que costumo comer pipoca no cinema, hehe. Nossa, estou com saudades, desde março desse ano que não pego um cineminha. E tem passado cada filme legal!! Glup, glup, croc, croc. Mais café, mais pipoca. Rsrs.

Beijão.

segunda-feira, agosto 30, 2010

O RISO É CONTAGIOSO

Olá,
Que avalanche de comentários! Muito obrigada, gente, vocês são demais.

Sei, ando sumida, é a correria. Muiiiiito serviço e viagens. Pensa que é moleza? Não é não!! Tem hora que o bicho pega. Desculpa aí, vai. Logo, logo estarei de volta. Gente, fiquei tão alucinada que não consegui nem ler as blogagens.  

Ontem viajei para o Rio e o avião (Web Jet) atrasou simplesmente duas horas e meia. Pode? E eu ali, esperando... O aeroporto lotadésimo, haja paciência. Pô, domingo de tarde, ninguém merece. Lá pelas tantas, vieram os robozinhos do além com um lanchezinho rápido pra evitar reclamações. Ok, santa paz. Pessoal lanchando e a tv ligada no Faustão! Programinha infame esse, eu nem olhava, grudada no meu lap. Pensa que o pessoal se incomodou? Que nada, começaram a se matar de rir. Bom, quando ouço alguém rir, quero logo saber de que, pois quero rir também!!! Não admito perder nenhuma oportunidade de rir. Então, larguei o que estava fazendo e fui olhar o tal programa, de perto. Era um jogo no qual as pessoas caíam n'água, sei lá. Pois não é que segui olhando e comecei a rir também? Gente, pura bobajada, sem pretensão alguma. Taí a cereja do bolo, um pastelão!! hahaha!

Após acomodar-me no avião comecei a pensar nesse episódio...(essa sou eu, sempre pensando...rsrs) . Será que se eu estivesse assistindo sozinha teria rido tanto? Não sei. Talvez não achasse a menor graça. Mas aquela platéia ali, todo mundo rindo, morri de rir também. Você Já notou como o riso é contagioso? É isso aí, vamos rir! E vamos rir juntos que é bem melhor!!!

Só pra esquentar as turbinas:



No hospício o médico pergunta ao louco:

- E aí Einstein o que inventastes hoje?
- Inventei um objeto capaz de ver através da parede.
   Pergunta o médico:
- Já lhe destes o nome?
- Sim, "janela".

* * * * *

Era um feriado de ano novo, e todos no hospício estavam muito felizes. Brincando em uma piscina, que foi acabada de ser instalada. Quando chega o fim da tarde e um louco fala com o médico:

-Adorei o dia de hoje, todos estão gostando muito da piscina né doutor?
O médico responde:
-É verdade.
O louco pergunta novamente:
-Amanhã vamos poder brincar na piscina?
Mais uma vez o médico responde:
-Sim, amigo, amanhã vai estar muito melhor vamos colocar água nela.

Beijo e bom início de semana a todos.

sexta-feira, agosto 27, 2010

BLOGAGEM COLETIVA - SENTIMENTOS - RAIVA / ÓDIO

Olá,

* O tema é raiva/ódio.

Que chatice esse negócio de sentir ódio e raiva, não é? Fiquei pensando, pensando, lendo... nossa, que angústia tentar compreender o incompreensível. E foi então que abri um email que me seduziu. Traz uma historinha esperta, que focaliza justamente a raiva e, de quebra, ainda tem uma oração incrível pra gente entrar nos eixos. Gostei do texto e apesar da abordagem, não me senti reduzida à insignificância por ser leiga em psicologia. É prático, bem concreto. Espero que você curta bastante.

Quando terminei a leitura, fiquei pensando se o tal conselho (caaalma, você já vai saber...) não estaria a revelar um traço de comportamento ... bom deixa pra lá, chega de conversa mole.

Em troca, eu gostaria de saber tua opinião, não saia daqui sem responder. Mas responda com sinceridade. Antes porém repita o mantra: sinceridade, sinceridade, sinceridade. Após comentar, (só depois, hein) você já poderá, se quiser, exorcisar-me da blogosfera!! Rsrs.



Estavam casados há mais de 60 anos. Tinham compartilhado tudo e conversado sobre tudo. Não havia segredos, apenas uma caixa que a mulher guardava a sete chaves. Um dia ela adoeceu e o médico a desenganou. Era hora de saber o que havia na caixa. O marido abriu e encontrou duas bonecas de crochê e um pacote de dinheiro que totalizava 95 mil dólares. Ele quis saber o significado daquilo. E ela disse: Quando casamos minha avó me disse que o segredo de um casamento feliz é nunca argumentar nem brigar por nada. E se alguma vez eu sentisse raiva de você era para ficar quieta e fazer uma boneca de crochê. Emocionado ele teve que conter as lágrimas enquanto pensava "Somente duas bonecas na caixa. Puxa vida, ela ficou com raiva de mim só duas vezes em todos esses anos." - Querida!!! - E esse dinheiro de onde veio? Ah!!! Esse é o dinheiro da venda que fiz das bonecas. Vendi-as a um dolar cada uma. Sobraram só duas.


Diante de tudo isso, resolvi fazer a seguinte oração:


Senhor, dai-me sabedoria para entender meu marido, amor para perdoá-lo e paciência para aturá-lo, porque se eu pedir força, eu bato nele até matar, pois EU NÃO SEI FAZER CROCHÊ... Amém!
E aí, curtiu? Agora é só colocar em prática aquele mantra e responder a seguinte questão: A neta acertou em seguir o conselho da avó? Porque? (Muita concentração nessa hora...rsrs)

Beijos.

* Blogagem coletiva do Blog Café com Bolo.

quarta-feira, agosto 25, 2010

NÃO ABANDONE SEUS SONHOS

Olá!


Você sabe qual a  diferença entre sonho e fantasia?

Sonho é desejo que nos impulsiona a atingir metas, alimenta o espírito e nos dá estímulo e esperança para viver. Quem sonha tem os pés no chão e jamais será um alienado, pois aceita as limitações e reconhece que o mundo não lhe dará tratamento especial. Sonhar é usar a criatividade para tentar conseguir o que deseja. O sonhar não exclui o desistir, que é sinal de sabedoria.

Fantasia é o sonho que não pode se realizar porque está fora da realidade. A fantasia mina pensamentos e atitudes, enfraquece nossa percepção da vida e se transforma em fonte de sofrimento. Não corra atrás de fantasias, principalmente se você não tem suporte financeiro.

Não esqueça, o sonho e a fantasia estão separados por uma linha chamada realidade. Portanto: trate de abandonar a fantasia, mas não abandone seu sonho. E se o sonho virar fantasia? Óbvio, abandone-o, pois aí, ele já deixou de ser sonho...

Nosso simpático (e injustiçado) velhinho sempre esteve com a razão. Olha o poema lindo, lindo, lindo que ele fez. E observe as palavras que utilizou. Ele sabia das coisas. Mario Quintana.



Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!


Beijos.