domingo, outubro 20, 2013

UMA IMAGEM, 140 CARACTERES - 23 ª EDIÇÃO





Desisto! Caderno, lápis e letrinhas caprichadas não faz a minha cabeça. Prefiro a tecnologia digital. Oh Deus, por que mamãe não me entende?


* Blogagem Coletiva - Minha participação - Blog Escritos Lisérgicos
   Participe conosco, é um projeto muito bacana!

PNL-10 Auxiliares Linguísticos da PNL

"A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto." 
Provérbios 18:21
  
"Guarda tua língua do mal, e teus lábios das palavras enganosas."
Salmos 34:13


A linguagem dirige nossos pensamentos para direções específicas e, de alguma maneira, ela nos ajuda a criar a nossa realidade, potencializando ou limitando nossas possibilidades. A habilidade de usar a linguagem com precisão é essencial para nos comunicarmos melhor. A seguir, andei pesquisando, e achei uma lista de palavras e expressões que devemos observar quando falamos, porque podem dificultar nossa comunicação. Modifiquei a redação para facilitar a leitura e trouxe aqui para você. Na verdade, são algumas armadilhas da nossa linguagem.

Enjoy.

  • Cuidado com a palavra NÃO. 
  • A frase que contém "não", para ser compreendida, traz à mente o que está junto com ela. O "não" existe apenas na linguagem e não na experiência. Por exemplo, pense em "não"... (não vem nada à mente). Agora vou pedir a você que "não pense na cor vermelha". Pois é, pedi para você não pensar no vermelho e você pensou. Por isso, procure falar sempre no positivo: o que você quer, jamais o que você não quer. 

  • Cuidado com a palavra MAS
  • A frase que contém "mas", nega tudo que vem antes. Exemplo: "Fulano é um rapaz inteligente, esforçado, mas..." Nesse caso, substitua "mas" por "e". 

  • Cuidado com a palavra TENTAR 
  • A frase que contém "tentar" pressupõe sempre uma possibilidade de falhar. Por exemplo: "vou tentar acordar amanhã às 8h". Nesse caso, tenho grande chance de não ir, pois apenas vou "tentar". Se for possível utilize "fazer". 

  • Cuidado com as palavras DEVO, TENHO QUE ou PRECISO
  • A frase que contém alguma dessas palavras, pressupõe sempre que sua vida é controlada por algo externo. Em vez delas, use "quero, decido, vou". 

  • Cuidado com as palavras NÃO POSSO e NÃO CONSIGO
  • A frase que contém essas palavras, sempre dá ideia de incapacidade pessoal. Use "não quero", "não podia" ou "não conseguia", que pressupõe que você terá sucesso no que for fazer. 

  • Use a palavra AINDA
  • Ao falar nos seus problemas, ou fazer descrições negativas de si mesmo, utilize o verbo no passado ou diga a palavra "ainda". Isto libera o presente. Exemplo: "eu tinha dificuldade de fazer isso", "não consigo ainda". A palavra "ainda" pressupõe que vai conseguir. 

  • Substitua SE por QUANDO
  • Em vez de falar "se eu conseguir ganhar dinheiro, vou viajar", diga: "quando eu conseguir ganhar dinheiro, vou viajar". A palavra "quando" pressupõe que você está decidido. 

  • Substitua ESPERO por SEI
  • Em vez de falar, "eu espero aprender isso", diga: "eu sei que eu vou aprender isso". A palavra "espero" transmite a ideia de dúvida e enfraquece a linguagem. 

  • Substitua o CONDICIONAL pelo PRESENTE
  • Em vez de dizer "eu gostaria de agradecer a presença de vocês", diga: "eu agradeço a presença de vocês". O verbo no presente fica mais concreto e mais forte. 

  • Fale das mudanças desejadas
  • Use o verbo no PRESENTE ou no GERÚNDIO. Exemplo, em vez de dizer "vou conseguir", diga "estou conseguindo". 

Mas, por favor, EVITE o gerundismo, que é terrível.
Bom, por enquanto é isso.


sexta-feira, outubro 18, 2013

O PODER DAS PALAVRAS


Esse texto que você vai ler agora é um dos meus preferidos. Eu acho simplesmente fantástico, bonito, elegante, elaborado. Puro talento. Sua matéria-prima é a palavra, e é impressionante a forma com que o autor(a) expressa seu sentimento. Sigo cada vez mais, fascinada pelas palavras.

Não, não foi bobeira, de onde eu copiei não constava a autoria, mas se você souber, please, me diga. Independente disso, enjoy!!

Já perdi a voz,
já perdi avós,
já me perdi em nós e
já perdi momentos a sós.

Já me perdi em pós.
Já recalquei algo atroz.
Já naveguei do interior dos sonhos até à foz e
já gritei meio louco meio feroz.

Já me senti a correr parado e
já fiquei estagnado no instante mais veloz.
Em todos estes momentos fui pelas palavras.
É por lá que caminho.

Por uma ponte de consoantes
suspensa por inflexões de ritmo,
com intertextualidades pendentes.

Percorro-a pelas aliterações e
através das pontuações,
sem reticências... para pontuar o prazer.

Porque sou pelas palavras.

Uns são pelos cães.
Eu sou pelas palavras.
Outros são pelas ações.

Bem sei que as ações falam.
Mas as palavras, essas, atuam.
Em qualquer filme ortográfico.

Bom final de semana
Marli Soares Borges, 2013

Em tempo: esse post foi publicado originalmente em 30 de outubro de 2010 com o título: AS PALAVRAS ATUAM

segunda-feira, outubro 14, 2013

QUERO-QUERO QUANDO GRITA


Meu netinho Pedro (6) e seu avô Nilton, my husband, são carne e unha. Às vezes eles se desentendem, mas é coisa pouca e tudo fica numa boa. Mas ontem... calma, já vou contar. Você conhece o quero-quero? É uma ave pequena, de aparência modesta, que gosta de viver nos campos e nas pastagens. Tem um grito estridente que lembra a palavra quero e é um vigilante nato. Quando percebe a aproximação de qualquer criatura, ele avisa. Por isso nós, gaúchos, o chamamos "Guardião dos Pampas". Detalhe: são passarinhos curiosos: não pousam em árvores e fazem seus ninhos no solo. E costumam defender seus filhotes com gritos e ataques rasantes às pessoas e, embora nunca atinjam ninguém, eles assustam demais. E é aqui que começa a história. 



O Pedro insistindo e o avô avisando: não vai, olha o quero-quero, eles estão com ninho, tem filhotinhos, não mexe com eles. Mas vô, eu já disse que não vou mexer, eu só quero ver, VÔ! Já falei, menino, não chega perto deles, eles atacam as pessoas. Pra quê? Nem te ligo, o Pedrinho não deu a menor bola, saiu de tranco duro, a passos largos, no firme propósito de ver os filhotes bem de perto. E não deu outra, foi mal. Você precisava ver os apuros, o corre-corre, a choradeira! Nada do que eu escrever aqui dará a dimensão exata do que aconteceu naquele instante. Só sei que foi tudo muito engraçado, a família inteira dos quero-quero (pai, mãe, tio, primo, sobrinho) todo mundo voando e gritando ao mesmo tempo, era vôo rasante que não acabava mais, quero-quero pra todo lado, uma esquadrilha de guerra, e o Pedrinho bem ali, no meio do tiroteio, no maior susto, correndo em círculos, agitando os braços e berrando a plenos pulmões. Uma doideira. E a assistência -- sim, tinha assistência, hahaha -- aos berros, acenando com as mãos, corre Pedrinho, aqui, por aqui, rápido! No final das contas foi preciso a intervenção do avô para colocar tudo em pratos limpos e trazer a paz de volta ao sítio. A paz? Que nada, não deu meia hora e lá vem o Pedro novamente tentando aprontar noutro campo de pastagem. Dessa vez o esperto avô, na maior calma do mundo, e em pouquíssimos decibéis, disse apenas: "Pedro, olha o quero-quero!" E eis que o milagre acontece: o céu se abre e o Pedrinho obedece, de boa vontade, sem contestar! Maravilha, tudo sob controle. Agora sim, com esse poder na mão, certamente haverá por aqui, -- por pouco tempo, eu sei --, um netinho obediente, sonho dourado de todos os avós! O quê, denunciar o avô? Enlouqueceu? Aprender com os erros não tem absolutamente nada a ver com bullyng! De onde você tirou uma bobagem dessas? Ninguém merece. Rsrsrs.
Marli Soares Borges, 2013

P.S. por motivos óbvios não consegui bater fotos. As imagens são do Google.

quinta-feira, outubro 10, 2013

10 DE OUTUBRO DIA MUNDIAL DA SAÚDE MENTAL


O objetivo dessa comemoração é chamar a atenção pública para a saúde mental global, como uma causa comum a todos os povos, além de limites nacionais, culturais, políticos ou socioeconômicos. A Organização Mundial da Saúde considera a saúde mental uma das prioridades em saúde.

Millôr Fernandes disse que "A única diferença entre a loucura e a saúde mental é que a primeira é muito mais comum." E pelo que andei lendo em sites especializados, ele não disse nenhuma bobagem, pois as perturbações de natureza mental estão crescendo significativamente e os distúrbios mentais, independentemente da sua gravidade são, e serão cada vez mais, a nova grande endemia do século, sendo que a depressão é a segunda causa de incapacidade nas maioria das pessoas. As doenças mentais são o fator de maior risco de suicídio no mundo.

E A SAÚDE MENTAL?

Pois é. A gente ouve falar em “Saúde Mental” e pensa logo em “Doença Mental”. Mas aprendi que a saúde mental vai muito além da pessoa não ter doenças mentais. A Saúde Mental se relaciona diretamente à forma como a pessoa reage às exigências da vida, como harmoniza seus desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções. Implica em compreender que ninguém é perfeito, que todos nós temos limites e que não podemos ser tudo para todos. Ou seja, implica na aceitação da nossa -- e vossa -- humanidade. Implica também na capacidade de enfrentar os desafios e as mudanças da vida cotidiana de forma equilibrada. E ainda em saber procurar ajuda quando surgirem dificuldades para lidar com os conflitos, perturbações e traumas. E isso em todas as fases da vida. Resumindo: têm saúde mental aqueles que sabem lidar com as emoções diárias: alegria, amor, satisfação, tristeza, raiva e frustração. É importante compreender também que qualquer pessoa pode, em algum momento de sua vida, apresentar sinais de sofrimento psíquico sem que isso signifique que esteja com algum distúrbio.

Então. Depois de todo esse blablablá, o que ficou muito claro para mim, sem qualquer novidade, é que manter sentimentos positivos consigo, com os outros e com a vida, ainda continua sendo a carta na manga para conservar a sanidade mental.

Marli Soares Borges, 2013

quinta-feira, outubro 03, 2013

DE CASTIGO NO TEMPORAL


Cada vez mais difícil viver nesse início de século. Tudo muito pesado, todo mundo armado, a grosseria grassando. Andamos na velocidade da luz. E de cara amarrada desde o amanhecer, achamos que assim nosso status de seriedade e respeitabilidade estará mantido. Fizemos da vida uma arena: é ganhar ou perder, viver ou morrer, tal como no gládio. Escravos da vida, foi nisso que nos transformamos. E nesse compasso aprendemos com maestria, a criar e alimentar o medo em nós e no coração dos nossos afetos. Medo de perder o emprego, de ser mal sucedido nos negócios, de cair em desgraça, de perder coisas. Perder é a morte. Atitudes equivocadas, a meu ver. Sandices, pois as perdas são componentes vitais de nosso crescimento pessoal. Temos que aprender a lidar com as perdas, isso sim. Acontece que nessa histeria do não perder, andamos por aí sofrendo por antecipação e por bobagens. Coisa que se tivéssemos criatividade, tiraríamos de letra. Onde se viu sofrer por bobagens, a gente tem que sofrer pelo que realmente foi trágico, pelo que fez a vida sangrar. Que pena, nessa correria insana, deixamos pelo caminho o discernimento, a serenidade, a leveza, a autenticidade, a gentileza e o sorriso espontâneo. Vestes criativas que sempre nos protegeram das intempéries da vida. Estamos nus, de castigo, no meio do temporal. Marli Soares Borges