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aqui estou: vivendo, pensando e escrevendo; de repente você me lê e tudo muda para melhor.
-Marli Soares Borges-
Minha participação na BC da Norma, para o mês de julho.
“Em contato com a natureza” Fernando Fernandes dos Reis |
Marli Soares Borges
Aqui estou participando novamente da BC "Botando a Cabeça Pra Funcionar", que acontece nos dias, 5, 15 e 25, coordenada pela querida Chica. A proposta é fazer uma interpretação livre de uma imagem.
Não conheço ninguém imune ao medo, mas conheço muita gente corajosa que enfrenta o medo.
O medo e a coragem são riquezas existenciais, aprendizagens dinâmicas e significativas que incluem a aceitação de nossos limites e nossa história de vida. Já fraquejei inúmeras vezes, mas também já enfrentei o medo com valentia e coragem. Muitos medos e muitas coragens.
Mas, tem dias que minha coragem pega um cochilo e um medo gigante se instala em mim, o pior de todos, o que não tem remédio. E isso acontece exatamente no momento em que, num descuido, dou asas a pensamentos perturbadores. Aí, a primeira coisa que me vem à cabeça é um pensamento, que, no dizer de Camus, traduz "o desespero maior que todos temos": a certeza de que esse planetinha azul é só uma estação experimental, um lugar onde estou ancorada apenas para cumprir algumas tarefas e depois -compulsoriamente- terei que seguir viagem rumo ao desconhecido.
(O quê? viajar rumo ao desconhecido? Peraí).
Sempre gostei -e continuo gostando- de viajar e conhecer lugares novos, mas nunca viajo sem antes ler sobre o lugar de destino e conferir algumas dicas de viagem. A bem da verdade, "rumos desconhecidos" não me atraem, quero mais é viajar pra lugares bacanas e dar uns gritos de alegria, como o carinha aí dessa imagem que postei.
Analisando friamente, parece bizarra essa viagem rumo ao desconhecido, surreal até. Mas, nada disso! Aqui, tudo é absolutamente real, público e notório. Tão real que, quase sempre, ignoro as entrelinhas e passo batido, pois se começar a pensar, o medo se instala e um arrepio gelado me percorre a espinha. Surtada, começo a pensar num monte de coisas que, hoje em dia, inevitavelmente, culminam nessa situação de angústia mundial que estamos vivendo: ah, meu Deus, quando acabará essa aflição que tomou conta do mundo?
Reconheço que para mim o excesso de realidade é bastante perturbador. Preciso de um oásis para atravessar o deserto. Ainda bem que tenho o meu: minhas artes manuais, -abençoadas artes!- que me fazem adejar aqui e ali e voar com as estrelas! Distraída, nem vejo a coragem chegar, não a vejo, mas sinto-lhe o vigor, que espanta o medo e me fortalece por inteiro. Quer saber o segredo? anote aí: tudo isso é divino. Essas artes, essa coragem e essa disposição que me movem, tudo vem de Deus. É socorro divino, amparo maior, que sempre agradeço, de joelhos!
Parabéns aos viajantes - se é que existem alguns - que conseguem transitar nesse planetinha, sem qualquer temor.
Marli Soares Borges
Quando a gente quer chegar em algum lugar é sempre bom ter um caminho em mente.
-- Você poderia me dizer, por gentileza, como é que eu faço para sair daqui?
-- Isso depende muito de para onde você pretende ir - disse o Gato.
-- Para mim tanto faz, para onde quer que seja...
-- Então, pouco importa o caminho que você tome - disse o Gato.
É a primeira vez que participo dessa BC "Botando a Cabeça Pra Funcionar", que acontece nos dias, 5, 15 e 25, coordenada pela querida Chica. A proposta é fazer uma interpretação livre de uma imagem.
Esta é a imagem e leitura que fiz
-Marli Soares Borges-
Marli Soares Borges
A pandemia segue. Mas agora a vacina chegou. Não como seria o ideal, - para todos ao mesmo tempo -, mas é preciso reconhecer o lado bom: milhares e milhares de pessoas já estão imunizadas e o curso da História lentamente começa a mudar. Pena que as informações disponíveis sejam utilizadas pelas mídias como moeda de troca para ideologismos, enquanto nós ficamos no olho do furacão, afogados num mar discussões sem pé nem cabeça. No momento, (com a esperança renovada, trazida pela vacina) temos coisas bem mais urgentes a fazer: “vigiar e orar” (vigiar: insistir/continuar com os protocolos sanitários; orar: exercitar a fé, pedindo sempre o amparo divino). Em outras palavras, minimizar os riscos. E aqui, peço desculpas, mas vou repetir minha cantilena: as saídas sem proteção podem custar vidas. Tenha empatia pelo outro, tenha compaixão, abaixe o dedo e pare de julgar quem precisa sair para trabalhar. E por favor, prestigie as pessoas que estão fazendo bicos para sobreviver. Ajudar é um verbo que pode ser conjugado em qualquer tempo, em qualquer modo.
Marli Soares Borges