domingo, julho 18, 2021

DIA DO TROVADOR

 


18 de julho - Dia do Trovador


-

Trovador hoje é teu dia
E quero te homenagear
E dizer dessa alegria
Que me traz o teu cantar.
-

Parabéns por essa trova
Que escreves com primor
E que sempre se renova
Cada vez com mais valor!
-

Marli Soares Borges

sexta-feira, julho 16, 2021

AMIGOS PRA TODA VIDA



Participando novamente da BC "Botando a Cabeça Pra Funcionar", que acontece nos dias, 5, 15 e 25, coordenada pela querida Chica. A proposta é fazer uma interpretação livre de uma imagem.



Esta é a imagem.
A seguir, a leitura que fiz



Dizer que cachorro e gato
São naturais inimigos
É um preconceito cruel
E às vezes um castigo.

Um castigo porque um deles
Acaba ficando sem lar
E o que eles mais precisam
É uma casa pra morar.

Cachorro e gato podem ser
Amigos pra toda vida
Mas pra isso acontecer
É preciso dar guarida.

Se os humanos procurassem
Interpretar os sinais
Poderiam ajudar
Na interação dos animais.

A convivência diária
é aprendizado de todos:
dos que só sabem latir
e dos que só sabem miar

E mais ainda
Dos que conseguem falar
e comunicar seu pensar.

-Marli Soares Borges-

segunda-feira, julho 12, 2021

PALAVRA MÁGICA - DESAFIO 247






S U P E R C A L I F R A G I L I S T I E X P I A L I D O S O

Proposta: utilizando apenas as letras dessa palavra, descobrir pelo menos 
7 palavras com 5 letras ou mais e escrever um texto.

Não escrevo porque saiba escrever. Escrevo apenas porque gosto, porque me sinto bem. Estou sempre querendo dizer coisas. Escrever é um vício. As palavras me atropelam durante o dia e me aprisionam à noite na tela do editor. É difícil contê-las, mas não querem mais falar em máscara nem álcool gel, muito menos em pandemia. Querem passear, sorrir, sair e encontrar-se com amigas. Já lhes pedi que se aquietem, que parem de importunar. Mas elas não ouvem.

-Marli Soares Borges-

sábado, julho 10, 2021

LIVRES PARA BRINCAR

 

Esta é minha participação na BC proposta no Blog "Devaneios e Desvarios

UMA IMAGEM, 140 CARACTERES #403



Criança, cachorro e bola
num sábado ensolarado?
Acabou a pandemia 
e as brincadeiras voltaram?
Desculpe, esse é meu sonho,
por enquanto, fantasia.

-Marli Soares Borges-

sexta-feira, julho 09, 2021

MIRAGEM

 

Minha participação na BC da Norma, para o mês de julho.

"Uma imagem, um conto

As imagens que compõe esse projeto, 
são do calendário dos 
"Pintores com a Boca e os Pés". 

“Em contato com a natureza” 
Fernando Fernandes dos Reis


Naquele verão eles avistaram novamente o barco. Todo o povoado conhecia a história. Aquele lindo barco aparecia a desaparecia do nada e os moradores morriam de medo. Era um perigo, ninguém podia chegar perto. Era preciso ignorar o barco e tratar de esquecer. Era de outro mundo, diziam, e quem insistisse em olhar, estaria perdido. 

Mas não adiantou avisar nem aconselhar o casal de apaixonados. Não adiantou pedir-lhes que virassem as costas, que fugissem dali, que ignorassem, que o barco era lindo, mas que não era de passear. Eles só viam a beleza do barco. E chegaram tão perto e ficaram tão fascinados que não deram ouvidos a mais nada. Como se atendessem a um chamado, subiram no barco e, sob os protestos dos moradores da região, despediram-se e partiram. Sorridentes e felizes, eles só queriam aproveitar a vida. 

E foi a última vez que foram vistos. 

Ninguém sabe o que realmente aconteceu. Tem gente que jura que o barco foi completamente destruído num temporal. Alguém lembra de ter visto pedaços do casco enterrados na areia. E outros acham que o casal era apenas uma miragem. 

Mas o fato é que o barco, de vez em quando ainda aparece. Da última vez que apareceu, todos viraram as costas e, se perguntarem, ninguém viu.

Marli Soares Borges

quarta-feira, julho 07, 2021

LAREIRA E FLOR



Aqui estou participando novamente da BC "Botando a Cabeça Pra Funcionar", que acontece nos dias, 5, 15 e 25, coordenada pela querida Chica. A proposta é fazer uma interpretação livre de uma imagem.



Esta é a imagem. 
A seguir, a leitura que fiz.


Essa foto sugestiva
Rende muita inspiração
Quem não pensa em viajar
Nas asas da imaginação?

Uma lareira brilhante
Ativa logo a emoção
E nos traz sempre à lembrança
As coisas do coração

Você viu que flor graciosa
Enfeitando o ambiente?
Entrou em cena, gloriosa
Colorida e envolvente.

Essa foto acende as luzes
Do descanso e do sossego
Momentos tão delicados
De calor e aconchego.

Meus aplausos à Fabíola
Por mostrar o seu talento
Numa foto tão bacana 
Que aguça o pensamento.

-Marli Soares Borges-

terça-feira, julho 06, 2021

MEDO E CORAGEM

 

"Um Grito de Alegria"
 - Releitura de "O Grito" de Edvard Munch -
Site Makepic Quadros Decorativos


Não conheço ninguém imune ao medo, mas conheço muita gente corajosa que enfrenta o medo. 

O medo e a coragem são riquezas existenciais, aprendizagens dinâmicas e significativas que incluem a aceitação de nossos limites e nossa história de vida. Já fraquejei inúmeras vezes, mas também já enfrentei o medo com valentia e coragem. Muitos medos e muitas coragens.

Mas, tem dias que minha coragem pega um cochilo e um medo gigante se instala em mim, o pior de todos, o que não tem remédio. E isso acontece exatamente no momento em que, num descuido, dou asas a pensamentos perturbadores. Aí, a primeira coisa que me vem à cabeça é um pensamento, que, no dizer de Camus, traduz "o desespero maior que todos temos": a certeza de que esse planetinha azul é só uma estação experimental, um lugar onde estou ancorada apenas para cumprir algumas tarefas e depois -compulsoriamente- terei que seguir viagem rumo ao desconhecido. 

(O quê? viajar rumo ao desconhecido? Peraí). 

Sempre gostei -e continuo gostando- de viajar e conhecer lugares novos, mas nunca viajo sem antes ler sobre o lugar de destino e conferir algumas dicas de viagem. A bem da verdade, "rumos desconhecidos" não me atraem, quero mais é viajar pra lugares bacanas e dar uns gritos de alegria, como o carinha aí dessa imagem que postei.

Analisando friamente, parece bizarra essa viagem rumo ao desconhecido, surreal até. Mas, nada disso! Aqui, tudo é absolutamente real, público e notório. Tão real que, quase sempre, ignoro as entrelinhas e passo batido, pois se começar a pensar, o medo se instala e um arrepio gelado me percorre a espinha. Surtada, começo a pensar num monte de coisas que, hoje em dia, inevitavelmente, culminam nessa situação de angústia mundial que estamos vivendo: ah, meu Deus, quando acabará essa aflição que tomou conta do mundo? 

Reconheço que para mim o excesso de realidade é bastante perturbador. Preciso de um oásis para atravessar o deserto. Ainda bem que tenho o meu: minhas artes manuais, -abençoadas artes!- que me fazem adejar aqui e ali e voar com as estrelas! Distraída, nem vejo a coragem chegar, não a vejo, mas sinto-lhe o vigor, que espanta o medo e me fortalece por inteiro. Quer saber o segredo? anote aí: tudo isso é divino. Essas artes, essa coragem e essa disposição que me movem, tudo vem de Deus. É socorro divino, amparo maior, que sempre agradeço, de joelhos!

Parabéns aos viajantes - se é que existem alguns - que conseguem transitar nesse planetinha, sem qualquer temor.

Marli Soares Borges



quinta-feira, julho 01, 2021

PALAVRAS NÃO DITAS



O desafio para o mês de junho, proposto por Marta Vinhais, do Blog "Com Amor" é escrever um pequeno texto e/ou poema sobre as palavras. Começar por "Nem todas as palavras são de amor". Explicar: o que escondem quando não são palavras de amor? As palavras definem realmente o destino de alguém? ou são simplesmente ocas?




Esta é a minha participação no desafio 

"Nem todas as palavras são de amor"...
Tem palavras sinceras e palavras mentirosas
Tem palavras atrevidas, sem noção e exibidas
Tem palavras doloridas, que ferem e vão além
E de certa forma definem o destino de alguém.

As palavras não são ocas, elas têm força e poder
Podem nos desesperar, ou nos fazer alvorecer

Cada palavra não dita, também pode nos magoar
Pode ser a mais maldita e impossível de olvidar.

Mas no meio disso tudo, lembro sempre as coloridas
São essas, as que mais gosto, palavras de todas as cores...
Estão sempre me animando e impulsionando na vida
E dizem tudo que sabem pra manter meu bom humor
Sábias, jamais esquecem, de falar sempre de AMOR!

Marli Soares Borges

terça-feira, junho 29, 2021

ALICE'S ADVENTURES IN WONDERLAND (RPS)

 


Quando a gente quer chegar em algum lugar é sempre bom ter um caminho em mente. 

Ora, quem não sabe? Pois é. Mas tem muita gente que segue andando às cegas por aí. E isso não é de agora. Quer ver? Leia esse diálogo -- superbatido, eu sei -- publicado em 1865. Ah sim, o livro é Alice's Adventures in Wonderland, frequentemente abreviado para Alice in Wonderland (Alice no País das Maravilhas), a obra mais conhecida de Charles Lutwidge Dodgson, sob o pseudônimo de Lewis Carroll. 
-- Você poderia me dizer, por gentileza, como é que eu faço para sair daqui?
-- Isso depende muito de para onde você pretende ir - disse o Gato.
-- Para mim tanto faz, para onde quer que seja... 
-- Então, pouco importa o caminho que você tome - disse o Gato.
Lembro seguidamente esse livro. Aliás, acho que esse é um livro que deve ser lido em todas as idades. Na infância a gente tem uma ideia completamente diferente da que vai ter, mais tarde, na adolescência. E na fase adulta os horizontes se ampliam. E é precisamente aqui que o mundo de Alice se descortina e ela passa a fazer a sua própria leitura da vida e do mundo. E a gente junto. 

E o que dizer das suas descobertas? é um mundo. O mundo de Alice! 

Estou escrevendo e pensando em como nosso entendimento se modifica nas diferentes etapas da vida. Pelo menos, comigo tem sido assim. O passar do tempo tem lá seus segredos. E o livro também: a cada leitura uma nova descoberta! 

Marli Soares Borges

terça-feira, junho 22, 2021

O BARCO DA VIDA

Esta é minha participação na BC da Norma Emiliano, do Blog "Pensando em Família".
A proposta é escrever um conto com a imagem dada.



Positiva e alegre. Em sua casa, tudo funcionava perfeitamente, afinal, ela, insubstituível, empurrava o barco da vida com todas as suas forças e sempre arranjava as coisas de cada um. Com rapidez e perfeição, como era do seu feitio. Ela não era pessoa de fugir de suas responsabilidades de mãe, esposa e administradora da casa.

O tempo correu seu tempo. Alegrias genuínas ela não teve mais, mas estava tão ocupada em tocar a vida, que nem sentiu falta. E envelhecia sem perceber. E ninguém dizia nada, tudo era muito natural. Com o correr do tempo ela foi perdendo as forças e sentindo-se triste e só. Perdeu a vontade de tudo, até de olhar-se no espelho para pentear seus cabelos. Quando a cabeça ficou toda branca, disseram-lhe que parasse com o trabalho e fosse descansar. Que iriam substituí-la. E, de fato, no seu lugar, tiveram que colocar várias pessoas, a peso de ouro, para manejar as lidas. Mas o pessoal não se importou e tudo continuou funcionando muito bem. A vida seguiu para todos. As coisas simplesmente se arranjaram. 

Ninguém mais quer saber de mim, ela pensou. Ninguém mais precisa de mim. Que faço agora? Que fiz eu nesse tempo todo? Porque não cuidei de mim? talvez, se tivesse me cuidado, eu não estivesse tão acabada assim. E percebeu com tristeza, que seus olhos não viam na vida a mesma graça daqueles tempos distantes em que levava a vida mais leve e não se achava insubstituível a ponto de gastar suas forças como se fosse a única trabalhadora do mundo. Foi então que lembrou-se de sua infância e das palavras de Dona Clarice, sua querida avó: "a gente tem o direito de deixar o barco correr... as coisas se arranjam, não é preciso empurrar com tanta força”. 

Marli Soares Borges

segunda-feira, junho 21, 2021

MEU TEMPO MUDOU (BC 400)

Esta é minha participação na BC proposta no Blog "Devaneios e Desvarios" 

UMA IMAGEM, 140 CARACTERES #400

Parabéns Mari pelo número expressivo de blogagens coletivas!



Joguei meu relógio fora
Não quero saber mais disso
Meu tempo é aqui e agora
Chega de compromisso
Quero andar a vida afora
Com calma sem reboliço!

Marli Soares Borges

(Nota: meu post está restrito a 140 caracteres conforme propõe a BC

quinta-feira, junho 17, 2021

PARE DE SABOTAR SEU TRABALHO

 


                
                 -Marli Soares Borges-


Temos uma mania indigesta de achar que trabalho para ser trabalho tem que ser difícil e "trabalhoso" e que a gente tem que "passar trabalho" para trabalhar. 

Se você fez um trabalho e foi fácil, ah, não pode ser trabalho... de onde tiramos esse pensamento tão absurdo? Não tenho a menor ideia, mas sei que isso já está tão arraigado em nossa mente que a reação já é automática: se executarmos facilmente uma tarefa e estivermos falando sobre isso numa roda de amigos, por exemplo, tratamos de colocar um ingrediente doloroso para valorizar nossa situação. 

Parece que trabalhar numa boa e obter um ótimo resultado não nos agrada, queremos o peso, a dor, o sofrimento, a aridez e o cansaço que nos aniquila. De alguma forma sempre acabamos equiparando o trabalho com o sacrifício. Perceba que nas mais diversas situações da vida achamos seguro apelar para a "luta" e a severidade do trabalho, pois sabemos que esse argumento ninguém vai colocar em xeque, afinal, está combinado que trabalho é trabalho e que trabalho é dureza. Bom mesmo é derreter o nosso tempo lutando na guerra fria do trabalho! (ah, gostei dessa frase, rs). É mais ou menos assim: estamos sempre em "guerra" e na guerra a gente sempre "luta".

Mas eu não me conformo com isso. É óbvio que trabalhar é dever, mas pode ser também um prazer e uma ótima fonte de gratificações. Por que não? Para facilitar, a gente deveria trabalhar naquilo que gosta ou que tem talento para fazer. Infelizmente, porém, isso nem sempre é possível e a gente acaba tendo que trabalhar em outras coisas completamente diferentes daquilo que nos apaixona. E aparecem as frustrações para complicar. Talvez daí tenha surgido essa associação do trabalho com algo desagradável e dolorido. Não sei, só pensei. Contudo, sigo acreditando que embora estejamos trabalhando em algo que não é bem o que desejávamos, ainda assim é possível trabalhar sem "passar trabalho". É possível obter boas compensações e dar uma rasteira nas frustrações. Basta que redirecionemos nosso pensar e que encaremos nossa realidade de frente, sem vitimismos: ideal é uma coisa, real é outra. E bola pra frente. Acho que já passou da hora de colocar um ponto final nessa maldita sina de sabotar nosso próprio trabalho.

Não, eu não disse que é fácil. Eu não falei em facilidade. Eu falei em possibilidade.



VAMOS BRINCAR COM A CHICA? 24

 



O termo da semana é

GAMBIARRAS


Minha frase:

Tem urgências que só gambiarras conseguem resolver.

Bjs
Marli

quarta-feira, junho 16, 2021

CANTINHO ACOLHEDOR

É a primeira vez que participo dessa BC "Botando a Cabeça Pra Funcionar", que acontece nos dias, 5, 15 e 25, coordenada pela querida Chica. A proposta é fazer uma interpretação livre de uma imagem.


Esta é a imagem e leitura que fiz


 
CANTINHO ACOLHEDOR

Duas cadeiras vazias, um quadro e um aparador
        Com tanto esmero dispostos num cantinho acolhedor,
          Avivam minhas lembranças, que chegam a todo vapor.
 Esse cantinho tão terno, tem mágica e tem sabor!


-Marli Soares Borges-

domingo, junho 13, 2021

DESAFIO 244 - 77 PALAVRAS - TELHADO


Esta é minha participação no desafio




A partir desta imagem construam o vosso texto de 77 palavras.




Um telhado emoldurando uma nesga de céu. Mas não é apenas um simples telhado e um céu azul. As lentes do fotógrafo capturaram o instante mágico: o dia que amanhece! Uma casa amarela é a única que se pode ver desse ângulo e ainda está dormindo. Dentro em pouco as janelas se abrirão para o recomeço. Adoro amanheceres, amo ver as coisas se espreguiçando e a vida acontecendo. Logo mais esse lindo telhado irá vestir-se de luz.

Marli Soares Borges

DESCONTROLE DIGITAL

 

Esta é minha participação na BC proposta no Blog da Mari (Devaneios e Desvarios). 

UMA IMAGEM, 140 CARACTERES #399



Equilíbrio e bom senso são ingredientes capazes de evitar
 a dependência e o esgotamento mental resultantes do descontrole na vida digital. 

Marli Soares Borges


sexta-feira, junho 11, 2021

ROSA E MOMO

 


Um filme maravilhoso e comovente. Adorei ver Sophia Loren novamente na tela e atuando de forma tão vibrante e impecável, aos 86 anos! 

Sophia Loren interpreta Madame Rosa, uma sobrevivente do Holocausto, que tem aos seus cuidados um menino órfão cheio de problemas. Sua imagem no filme não é de uma diva glamurosa, mas de uma mulher humilde que com pequenos gestos e postura simples confere beleza e dignidade à personagem que interpreta. Seu cabelo grisalho e despenteado e seu olhar perturbador dão a noção exata do que está passando pela sua mente. Às vezes sua expressão é de um terror absoluto, expressão que raríssimas atrizes conseguiriam sustentar. 

Que atriz, meus amigos, que atriz! (Bem que merecia um novo Oscar). 

Quem conta a história é Momo, interpretado por Ibrahima Gueye, (cuja empatia conquista a gente para sempre). Momo é um menino de 12 anos, órfão refugiado do Senegal, que sobrevive com pequenos roubos e tráfico de drogas. Infância difícil e garoto difícil. Madame Rosa percebe tudo de imediato mas não desiste e, de maneira gentil e ao mesmo tempo, austera, trata de fazer com que ele aceite as regras e consiga viver em harmonia com os demais. É nesse contexto que o filme se desenrola. É um filme pesado, comovente, de partir o coração. 

O roteiro foi baseado no romance "A Vida Pela Frente" (La vie devant soi, 1975), de Romain Gary. 

A amizade que vai surgindo entre os dois é simples e honesta. Rosa e Momo são diferentes apenas na aparência... Bom, vou parar por aqui. Veja o filme, (Netflix) vale a pena. É ótimo! 

Marli Soares Borges

segunda-feira, maio 24, 2021

O MENINO QUE DESCOBRIU O VENTO




O Emocionante, adorei! (Netflix)

O filme é baseado na história real de William Kamkwamba, um garoto nascido num vilarejo no Malauí, que cresceu vendo os pais sobreviverem como agricultores em meio a uma série de questões políticas que estavam levando (e levaram) o povo do vilarejo à miséria, apesar de viverem sobre um solo riquíssimo.


O que se vê no filme é apenas a realidade crua e dolorosa de um povo que vive numa região esquecida e assolada pela fome. Mas mesmo sem metrópoles nem ruas sofisticadas, o filme é lindo e prende nossa atenção do início ao fim.

Achei a fotografia primorosa e os cenários tão perfeitos que quase me sentia ali, no próprio vilarejo, no meio daquelas casas rústicas e estradas de terra. A atuação magnífica dos atores, me fez rir e chorar.

Perfeita a lição sobre a importância do estudo e da união familiar em momentos de crise. Uma história realmente inspiradora.

(Fica a dica. Se puder e quiser, assista).
Marli Soares Borges

sábado, maio 22, 2021

CONQUISTA PESSOAL




Tão bom abandonar antigas certezas e velhos dogmas! Melhor ainda é ter coragem de admitir esse abandono diante dos afeitos ao zelo fanático pelas próprias crenças. Considero isso uma conquista pessoal e importante que fiz na vida: perdi a "necessidade" de convencer os outros a acreditarem no que acredito. Se me der na telha, posso até argumentar, mas aquela instância imperiosa de ter razão e convencer, não faz mais a minha cabeça. E isso é uma experiência de liberdade indescritível. Na sequência, perdi a necessidade de estar, eu mesma, plenamente convencida de qualquer coisa. Mais liberdade ainda.

-Marli Soares Borges-

quinta-feira, maio 20, 2021

SEM SACO PRA FILOSOFANÇAS




Finalmente estou vacinada contra a covid-19! Semana que vem faz trinta dias da segunda dose, mas como nada é certo nessa vida, eu, apesar da imunização, pretendo continuar na mesma: devidamente confinada e ferrenha observadora dos protocolos sanitários. Mesmo assim, não sei se sairei dessa. E se sair, não tenho a menor ideia de como serei nos tempos pós-pandemia. Será que sairei mais confiante? mais amedrontada? mais leve? mais espiritualizada? mais atenta? Não sei. E nem quero saber. Nesse momento, isolada socialmente do mundo e atravessando esse mar de angústia, não tenho mais saco pra filosofanças que tais. O cansaço me define. Quero ser como meu gatinho, tranquilo e sereno, absolutamente despreocupado com a metafísica. E quer saber? não me interessam as possíveis configurações do meu eu. Gosto muito dessa minha velha configuração de septuagenária que se sente viva e energizada fazendo origami, escrevendo e tomando café sem açúcar com um pãozinho "fit" de frigideira.  

Marli Soares Borges

VAMOS BRINCAR COM A CHICA?

 Blog Sementes da Chica.


O termo da semana é
VIVENCIAR


Minha frase:
Difícil vivenciar essa longa espera pela vacina.



terça-feira, maio 18, 2021

NÃO, A VIDA NÃO PAROU

 




Aderi cem por cento ao fique em casa. Como não preciso trabalhar de forma presencial, só saio o necessário. Meu marido também. Seguimos à risca os protocolos sanitários de prevenção à COVID e desde o início da pandemia vivemos confinados. Por sorte moramos num sítio e podemos tomar sol, caminhar ao ar livre e alegrar nossos olhos vendo a paisagem e brincando com o Dongo, nosso gatinho de estimação. 

Em casa, ando de lá para cá, arrumando e limpando isso e aquilo. Aqui o serviço é conosco, (meu marido e eu), a gente salta e pula pra dar conta de tudo. Por causa da pandemia, nossa convivência aumentou cem por cento e pude ver com nitidez o verdadeiro significado do companheirismo e do comprometimento de amor. Agradeço à Deus, de joelhos, nosso convívio pacífico, solidário e alegre. 

Somos dois septuagenários bastante ativos. Mas somos septuagenários, essa é a verdade e temos consciência de que, sozinhos, não conseguimos manter a nossa casa nos brilhos de antigamente. Tivemos que aprender a deixar alguma coisa para amanhã e a ignorar outras tantas. Além do meu trabalho profissional e de todo o serviço da casa e cozinha, eu sempre trato de arranjar tempo para o origami, haicai, tricô e crochê. E não abro mão de jogar  xadrez e ver meus filmes. Durmo sempre depois das duas da manhã. Ocupo todinho o meu tempo.

Apesar das coisas estarem dentro dos conformes, de vez em quando me bate uma sensação de que parei no tempo, que não estou fazendo nada, sei lá, um vazio. Parece que preciso fazer algo, só não sei o quê. Não me apavoro porque tenho certeza que é só impressão minha. A culpa é desses tempos sombrios que -todos- estamos tendo que enfrentar. 

O fato é que nesse ano e dois meses de isolamento, minha rotina foi completamente alterada. Só saí para cortar os cabelos (que não suportava mais!) e para tomar a vacina. Fiquei com tanto medo do vírus, que ignorei completamente a necessidade de fazer o controle da hepatopatia grave que tenho. Mas, o bom é que já estamos vacinados e agora é esperar os trinta dias da segunda dose e ir para a vacina da gripe. Depois voltarei a encarar minha vida de paciente: ressonância, endoscopia e exames laboratoriais a cada seis meses. E ver o resultado... sempre com o coração na mão. É mole? rs. 

E não é que estou me sentindo bem melhor? Gostei de elencar minhas atividades e ver quantas coisas úteis eu faço para mim e para os que me cercam. Está decidido: quando essa sensação de vazio voltar, (sempre volta, esse isolamento é cruel...) daí então vou ler esse post e entrar no prumo novamente. 

Marli Soares Borges

segunda-feira, maio 10, 2021

ESPERANÇAS RENOVADAS


A pandemia segue. Mas agora a vacina chegou. Não como seria o ideal, - para todos ao mesmo tempo -, mas é preciso reconhecer o lado bom: milhares e milhares de pessoas já estão imunizadas e o curso da História lentamente começa a mudar. Pena que as informações disponíveis sejam utilizadas pelas mídias como moeda de troca para ideologismos, enquanto nós ficamos no olho do furacão, afogados num mar discussões sem pé nem cabeça. No momento, (com a esperança renovada, trazida pela vacina) temos coisas bem mais urgentes a fazer: “vigiar e orar” (vigiar: insistir/continuar com os protocolos sanitários; orar: exercitar a fé, pedindo sempre o amparo divino). Em outras palavras, minimizar os riscos. E aqui, peço desculpas, mas vou repetir minha cantilena: as saídas sem proteção podem custar vidas. Tenha empatia pelo outro, tenha compaixão, abaixe o dedo e pare de julgar quem precisa sair para trabalhar. E por favor, prestigie as pessoas que estão fazendo bicos para sobreviver. Ajudar é um verbo que pode ser conjugado em qualquer tempo, em qualquer modo. 

 Marli Soares Borges