terça-feira, maio 04, 2010

CHARLES CHAPLIN

Olá, pessoal!


... e aí vem ele. De novo. Meu querido Charles...
E agora, aonde andam as palavras para apresentá-lo? Não sei, não as encontro, sumiram. Ok, então vou improvisar: Charles Chaplin, ele é tudo e mais um pouco! Charles Chaplin!

"Esta maneira de querer fazer com que a pobreza do próximo seja atraente é péssima. Eu ainda não conheci um pobre que sinta falta da pobreza ou que se sinta livre sendo pobre."
"Cada segundo é tempo de mudar tudo para sempre.”

A t u a l i z a n d o : Gente, minha amiga Deia, fez um comentário tão legal e deixou um link bacanésimo que até vou postar aqui para compartilhar com vocês. Obrigada Deia, adorei.

Deia disse...
Marli, tenho tanta simpatia pelo mestre do cinema mudo! Complementando seu post inspirado, segue a música cuja letra tem como autor o seu homenageado.
Smile!
http://www.youtube.com/watch?v=iu-rLA4POkI
Espero que gostem
Ah, não deixem de ler o mini-post aí embaixo sobre os direitos animais!
Tchau. Fui.

CURSO SOBRE DIREITOS ANIMAIS SERÁ REALIZADO EM PORTO ALEGRE - RS

Olá!

Estou divulgando o curso “A PRÁTICA DOS DIREITOS ANIMAIS NAS RELAÇÕES COM SERES HUMANOS” que será realizado nos dias 28 e 29 de maio e 04 e 05 de junho, em Porto Alegre-RS.

Esse curso é muito importante, por infinitas razões. Os seres humanos precisam, com a máxima urgência, se darem conta de algumas coisinhas, que o nosso conhecido Pitágoras, já sublinhou há muito tempo atrás:
"Enquanto o homem continuar a ser destruidor impiedoso dos seres animados dos planos inferiores, não conhecerá a saúde nem a paz. Enquanto os homens massacrarem os animais, eles se matarão uns aos outros. Aquele que semeia a morte e o sofrimento não pode colher a alegria e o amor."
Só pra desabafar: tem uma coisa em que penso muito: a preparação para o crime (contra animais e pessoas) começa bem cedinho, lá na infância. Veja. As crianças pequenas pensam (naturalmente) que os bichinhos de estimação são de pelúcia ok? E fazem o que querem deles! E os pais acham tão bonitinho seu filhinho maltratando o animalzinho! Que amor! E não ensinam. E depois não querem criminosos na sociedade? Essa não!!!  Bom, mas isso é assunto pra outro post.

Pouca gente sabe, mas os mecanismos de proteção aos animais estão previstos na Legislação Nacional e podem ser exigidos por qualquer um de nós. Esse curso objetiva exatamente isso: clarear a situação.

É preciso dar um basta nessas atrocidades que são cometidas contra os animais. Penso sinceramente que, no ponto que chegamos, só o conhecimento e ação judicial concreta e articulada podem impedir o avanço desses crimes.

Clique na imagem para ler o folder
Veja a notícia inteira aqui.

Por enquanto era isso.
Fui.

segunda-feira, maio 03, 2010

BLOGAGEM COLETIVA - COLORINDO A VIDA - COR ALARANJADA

Olá, a blogagem coletiva de hoje é sobre a cor alaranjada.

Vamos lá. A cor alaranjada é uma cor afirmativa, uma cor de vibração, de sucesso, de movimento, das delícias. Então pensei de cara, nos fractais de Mandelbrot, que acho uma loucura, dinamismo puro! E geram imagens ma-ra-vi-lho-sas! Uau. Gente, tem cada imagem de cair o queixo. No final do post vai um link pra você dar uma espiada.

Caso não saiba o que são fractais, você não está só, tem zilhões de pessoas que nunca ouviram falar. Então vou dar uma pincelada. Fractais são figuras geométricas não-euclidianas, geradas em computador, que retratam fenômenos da natureza. A palavra fractal foi criada por Benoit Mandelbrot para descrever um objecto geométrico que nunca perde a sua estrutura qualquer que seja a distância de visão.

A bem da verdade, não existe uma definição precisa a respeito dessas figuras. Mas a gente pode dizer que "uma figura é um fractal quando ela é formada por diversas partes, que lembram, cada uma, o desenho da figura inteira". (Mandelbrot e Michael Frame, in "Chaos Under Control: The Art and Science of Complexity").

Bem que eu gostaria de ter trazido aqui, imagens fractais que a gente encontra na natureza, oh my God, são perfeitas! E tem tantas... (brócolis, por exemplo). Mas daí a encontrar a dita imagem na cor alaranjada, complicou..., hehe.

Pronto, agora você já está diplomado, rsrs em geometria fractal! É hora de ver a linda imagem que resultou da dupla dinâmica: cor e forma, haikais e fractais. Enjoy.


MSBd3

Arte digital --
Fractais alaranjados
explodem no ar.





Fernando Pessoa, tinha esta visão dos objetos da natureza, embora não tivesse conhecimento da Geometria Fractal:

‘..E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Com tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.”


A t u a l i z a n d o :  Achei agora, nesse instante, um modelo de fractal que a gente encontra na natureza. Aposto que esse você já conhece e eu até já falei nele aí em cima: hummmm e fica uma delícia gratinado!!!  Óbvio, é o brócolis! Pena que não é alaranjado, hehe.

MSBd2

Coisa mais linda!
Natureza gerando
padrões fractais.


Eis o link da imagem digital.
Se quiser saber mais, o tio Google está recheado, é só digitar fractal.
Blogagem coletiva. Blog Café com bolo.
Beijos, até breve.

sexta-feira, abril 30, 2010

BLOGAGEM COLETIVA - OUTONO

Olá turma!
"Árvore da Vida" de Gustav Klimt

O OUTONO DA VIDA

Desde que me conheço por gente ouço falar no outono da vida. Saí a procura de respostas e não encontrei. Resolvi... bem, tive que viver. Agora eis-me aqui, no outono de minha existência. Calma, é que andei fazendo umas pesquisas e segundo apurei 60 anos é idade outonal. Pois que seja. Aqui estou. Só para esclarecer, outono aqui é sinônimo de velhice.

No outono você sabe, o cenário é outro, as folhas caem, as árvores perdem suas roupagens coloridas e o chão vira um lindo tapete florido. A temperatura é mais amena e o céu é de um azul intenso, lindo de doer! É tempo dos frutos. Mas a gente tem de varrer o chão todo o dia para que a beleza resplandeça e o tapete de flores se renove. O outono da existência também é assim. O cenário é outro e reclama trabalho para que a beleza resplandeça.

Se a gente muda? Meu Deus, muito!! Falando por mim, claro, mudei interna e externamente. (Mas a mudança interna é bem mais lenta, e isso é bom, embora a gente às vezes tenha que pagar alguns micos, rs). Tô aqui me desentendendo com a menopausa, com as gordurinhas, com as lentes de meus óculos, com os ossos doloridos e outras mazelas que tais, mas nada que me impeça de rir, de emocionar-me, de fazer o que gosto, (o gosto da gente também muda, graças a Deus) e de continuar sendo útil aos meus semelhantes, pois tenho para mim que o que entristece e mata os velhos de desgosto não é a velhice, mas a sensação de inutilidade social.

Mas se você me questionar sobre o mérito da questão, sobre o que acho da velhice em si, respondo que considero-a como uma fase da vida, simplesmente, como tantas outras que venho passando. Há coisas boas e ruins e, do ponto de vista físico, a gente tem mesmo que aprender a lidar com as perdas, que são muitas e bem significativas, temos que aprender a compensá-las para evitar as frustrações. Temos que tratar de colher os frutos e saboreá-los com muito gosto. Mas isso é um processo, um aprendizado que a gente vai tirando de letra. O que não podemos é emburrecer, hostilizar os mais jovens e amargar a convivência. E por falar em convivência, temos que exercitar essa arte, num clima de respeito mútuo entre velhos e jovens e jovens e velhos. Na convivência saudável há sempre uma renovação. E isso é fundamental no processo de envelhecimento.

Aí leio textos que falam na "melhor idade", na "terceira idade" e outras baboseiras mais. E fico pensando, avemaria pra quê esses eufemismos? Pra encobrir o quê? Ora, tá na cara, pra encobrir o preconceito. Claro, velhice agora virou palavrão! Encarar a velhice? Nada. Vamos encobri-la, vamos enganar, infantilizar. (Gente, que maldade!). Pois acreditem, tem até um comercial que diz que tal coisa, nem lembro o quê, é para "idosos com espírito jovem". Licença, aonde vamos? Coitados desses idosos e seus espíritos jovens! Tadinho deles... Imagine se meu espírito jovem deseja participar de um rally, que meu corpo não aguenta... sofrimento atroz né, é no que dá o tal espírito jovem aprisionado num corpo velho! Não concordo com isso. Tudo tem seu tempo: infância, juventude e velhice, ado, ado, ado, cada um no seu quadrado, rs. E na santa paz. Equilíbrio e bom senso. É mais ou menos por aí.

Não sou a favor de lutar contra o envelhecimento a qualquer preço. Penso que as cores do outono são essas que a natureza pintou, e não está em nós modificá-las, quando muito, podemos avivá-las, pois são muito belas, é só olhar bem, numa boa, sem enganações. Por isso que, no meu outono, sigo fazendo o que posso, trabalho bastante, luto pelo direito dos meus clientes, ajudo meus filhos, dou uma olhadinha nos netos, sem neuras, dentro do possível, que também não sou de ferro. Tenho outros interesses, quero fazer mais coisas: quero ler, escrever, passear e me divertir junto a quem amo. E às vezes sozinha, comigo mesma. Gosto da minha companhia.

Complicado mesmo são as armadilhas que o espelho nos apronta: tem dias que vou em direção a ele acreditando que tenho trinta, olho-me e vejo sessenta, que droga, sei que tem outra ali dentro! E esse espelho que não me mostra? grrr.

Que fazer? O fato é que sempre gostei do outono e continuo gostando, agora dos dois, da natureza e da existência. São duas faces da mesma moeda. No bem e no mal. Mas, cá entre nós, melhor idade mesmo é 25 / 30 anos! Eita idadezinha boa! O resto é bobagem. Valha-me Deus! 

- Marli Soares Borges -


quarta-feira, abril 28, 2010

HAICAI DE OUTONO

Olá, amigos, pra vocês meu haicai de outono.
Gosto muito do outono, das cores, do cheiro, do ar, do céu. O sol das manhãs outonais é um brilho só. Um encanto. E ainda por cima, catei no tio google essa imagem mui linda. E haikai? É tudo de bom. A-do-ro.

MSBd1

Chegou o outono.
Despedem-se as cores
no sol da manhã.

Beijo. Fui.

segunda-feira, abril 26, 2010

BLOGAGEM COLETIVA - COLORINDO A VIDA - COR LILÁS

Olá!

Hoje pintaremos nossos blogs com a cor lilás. De minha parte acho ótimo pois me lembra um livro que aplaudo em tudo: na apresentação, no tema, na narrativa e na forma como o autor apresenta o herói. O livro é bem conhecido e chama-se "O Planeta Lilás". O autor é nosso querido Ziraldo.

 

Suponho que todo mundo já leu esse livro, mas, mesmo assim, vou fazer um resuminho rápido: é a história de um Bichinho bem pequenininho (tanto que não se via a olho nu), que vive sozinho num planeta lilás. Cansado do mundo roxo ele resolve viajar a fim de conhecer o universo. Constrói um foguete e sai por aí. Descobre planetas e habitantes e então cai a ficha, ele percebe que o universo por onde viajou era um livro e que o seu planeta lilás nem era um planeta e sim uma flor, uma violeta que estava guardada dentro de um livro.





Gente, é uma linda história, poética e cheia de significados. Incrível a forma como o autor caracterizou seu herói. Observe que apesar de sua aparente insignificância, o 'bichinho' questionou uma realidade com a qual os demais habitantes já estavam conformados. É bom lembrar que esse livro foi editado pela primeira vez em 1979, em plena ditadura militar.

Para mim, Ziraldo realmente é digno dos louvores que tem recebido pela vida afora, e nesse livro, (mais até, do que no Menino Maluquinho) fico impressionada com o modo como ele utilizou-se de uma mídia aparentemente inocente (um livro infantil) para expressar sua visão de mundo e trazer a esperança para as novas gerações.

No meu entender, O Planeta Lilás foi, na época, uma metáfora do Brasil (planeta verde e amarelo, sufocado pelo conformismo daquele sistema alienante). Veja você o alcance da metáfora: quem são os leitores? São os pequenos (tão pequenininhos...), mas que irão crescer e tornar-se cidadãos críticos e questionadores, e, quem sabe, também se cansarão das realidades carentes de mudanças sociais. E, mais, Ziraldo ainda deixou claro que da mesma forma que o ‘bichinho', as novas gerações poderão partilhar suas descobertas com todos os demais ‘habitantes' do nosso planeta: "outros bichinhos pequenos com os mesmos olhos grandes pra trocar informações."

Genial, não?

Nossa! Como é bom falar e mostrar para as crianças que é possível desbravar novos mundos. Como é bom falar da vontade e da coragem que precisamos ter para encarar os desafios que a vida nos apresenta. Como é bom falar na garra e no entusiasmo que é preciso ter!!! Vamos falar, vamos mostrar, nossos baixinhos merecem o gostinho da esperança!!

Agora, com vocês a alegria do Bichinho, conhecendo novos mundos:

"E o bichinho exclamava: Eu sabia!
Eu sabia que outras cores haveria
além do roxo e do violeta do meu planeta lilás!”
Bem, por enquanto era isso. Fui, saí do planeta lilás, rsrs, vou desbravar novos mundos! Voltarei para compartilhar!!!

Blogagem coletiva do Blog Café com Bolo.
Beijos multicoloridos!!!!.

sexta-feira, abril 23, 2010

NÃO SEI...

Olá!

Trago hoje um poema que adoro. É de Cora Coralina.
Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas. (Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889 — Goiânia, 10 de abril de 1985).

Cora Coralina? Beleza, a gente já conhece, desde longa data. É verdade, parece que sempre a conhecemos, uma simpatia de velhinha. A grande poeta de Goiás.

Gente, eu amo Cora Coralina, grande poeta, um exemplo de coragem. Carregou um casamento infeliz durante quase toda sua vida e só na viuvez conseguiu se encontrar.  É impressionante como a vida tem surpresas, imagine só, quando ela soube, quando ela sentiu que era poeta, ela já estava bem velhinha, já havia passado todo o trabalho do mundo, gastado todas suas forças e levado muitas pauladas da vida. Mas nada disso a impediu, ela soube que precisava tomar consciência de sua real dimensão como mulher e como poeta.  E ofereceu ao mundo versos nunca vistos, de uma pureza ímpar, um talento que me emociona até às lágrimas.

Esse poema que eu trouxe, foi escrito quando seu rosto já estava bem enrugado e o corpo maltratado pela vida, mas a alma, nossa(!) a alma está aqui, límpida, pura, elevada, inteira, em versos cheios de vida, de amor e de grandeza, como ela sempre foi e como ela morreu. Em estado de graça, digna, amando e poetando. Acho que é bom morrer assim.


NÃO SEI...

Não sei... se a vida é curta...
Não sei...
Não sei...

se a vida é curta
ou longa demais para nós.

Mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
se não tocarmos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que sacia,
amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo:
é o que dá sentido à vida.

É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira e pura...
enquanto durar.

que gostem.
Beijos e bom findi.

quarta-feira, abril 21, 2010

ELOGIO DA LOUCURA

Olá! Hoje é feriado e nada melhor do que falar sobre um livro fora de série. Um baita livro. Aliás, quase incluí esse livro no post vermelho, mas iria ficar muito extenso e preferi postá-lo separadamente. Mas você vai ver, é uma loucura, própria do vermelho.


Erasmo de Rotterdam (Desidério, para os íntimos) escreveu há quase 500 anos um ensaio denominado "Elogio da Loucura". Acho que essa obra ainda hoje é superimportante para quem pretende abraçar a ousadia, lançar novos olhares sobre o mundo e fugir do saber ingênuo e "normal".

O "Elogio da Loucura" não se dirige a alguém em especial, ele focaliza a louca humanidade. Configura a loucura como energia criativa das ações humanas e sinaliza a necessidade de libertação dos indivíduos de uma possível “opressão da razão” sobre os instintos mais naturais. Claro, por favor, entendam, é a Loucura numa visão romântica e jovial, que ajuda as pessoas a suportarem a vida! É uma alavancada saudável às atitudes! Ele nos mostra de uma forma leve, divertida e espontânea que onde a loucura se instala, encontra-se também o amor, a alegria de viver, a felicidade, e os melhores delírios e emoções de nossas vidas! :)) E ainda explica, hehe: diz que isso se dá porque todos esses sentimentos são sinônimos da loucura! E costura as palavras de modo a deixar claro que aqueles que não reconhecem a necessidade da Loucura, ou seja, a maioria de nós, estaremos fadados a levar apenas uma "vidinha". Mas o mais interessante de tudo é que à medida que a gente vai lendo, nosso raciocínio vai aguçando e aí, simplesmente não tem como discordar, pois a capacidade argumentativa e literária do autor, é notável. E assim, com leveza ele vai tocando nas feridas de sua época... e da nossa também, sim senhor!!! (ou você pensava que fossem outras?). E tem mais um detalhe, aprecio muito a ousadia, o modo fascinante como ele bate de frente com a tradição religiosa da época. E, só para constar, o livro é escrito na primeira pessoa, ou seja, quem fala é a Loucura!!!
Chega. Já falei demais, pelamor!

Eis um pequeno trecho do "Elogio da Loucura"(Encomium Moriae), ensaio de autoria de Erasmo de Rotterdam (1466 — 1536).

"(...) Mas parece que, sem refletir no que sou, vou ultrapassando há bastante tempo todos os limites. Por conseguinte, se tagarelei demais e com demasiada ousadia, lembrai-vos de que sou mulher e sou a Loucura. Ao mesmo tempo, porém, não vos esqueçais deste antigo provérbio dos gregos: Muitas vezes, também o homem louco fala judiciosamente. E não ser que pretendais que, nesse provérbio, não estejam incluídas as mulheres, pois eu disse homem e não mulher. Esperais um epílogo do que vos disse até agora? Estou lendo isso em vossas fisionomias. Mas, sois verdadeiramente tolos se imaginais que eu tenha podido reter de memória toda essa mistura de palavras que vos impingi. Em lugar de um epílogo quero oferecer-vos duas sentenças. A primeira, antiquíssima, é esta: Eu jamais desejaria beber com um homem que se lembrasse de tudo. E a segunda, nova, é a seguinte: Odeio o ouvinte de memória fiel demais. E, por isso, sedes sãos, aplaudi, vivei, bebei, oh celebérrimos iniciados nos mistérios da Loucura."
Ah, esse livro é livre, você pode baixar.