sexta-feira, abril 30, 2010

BLOGAGEM COLETIVA - OUTONO

Olá turma!
"Árvore da Vida" de Gustav Klimt

O OUTONO DA VIDA

Desde que me conheço por gente ouço falar no outono da vida. Saí a procura de respostas e não encontrei. Resolvi... bem, tive que viver. Agora eis-me aqui, no outono de minha existência. Calma, é que andei fazendo umas pesquisas e segundo apurei 60 anos é idade outonal. Pois que seja. Aqui estou. Só para esclarecer, outono aqui é sinônimo de velhice.

No outono você sabe, o cenário é outro, as folhas caem, as árvores perdem suas roupagens coloridas e o chão vira um lindo tapete florido. A temperatura é mais amena e o céu é de um azul intenso, lindo de doer! É tempo dos frutos. Mas a gente tem de varrer o chão todo o dia para que a beleza resplandeça e o tapete de flores se renove. O outono da existência também é assim. O cenário é outro e reclama trabalho para que a beleza resplandeça.

Se a gente muda? Meu Deus, muito!! Falando por mim, claro, mudei interna e externamente. (Mas a mudança interna é bem mais lenta, e isso é bom, embora a gente às vezes tenha que pagar alguns micos, rs). Tô aqui me desentendendo com a menopausa, com as gordurinhas, com as lentes de meus óculos, com os ossos doloridos e outras mazelas que tais, mas nada que me impeça de rir, de emocionar-me, de fazer o que gosto, (o gosto da gente também muda, graças a Deus) e de continuar sendo útil aos meus semelhantes, pois tenho para mim que o que entristece e mata os velhos de desgosto não é a velhice, mas a sensação de inutilidade social.

Mas se você me questionar sobre o mérito da questão, sobre o que acho da velhice em si, respondo que considero-a como uma fase da vida, simplesmente, como tantas outras que venho passando. Há coisas boas e ruins e, do ponto de vista físico, a gente tem mesmo que aprender a lidar com as perdas, que são muitas e bem significativas, temos que aprender a compensá-las para evitar as frustrações. Temos que tratar de colher os frutos e saboreá-los com muito gosto. Mas isso é um processo, um aprendizado que a gente vai tirando de letra. O que não podemos é emburrecer, hostilizar os mais jovens e amargar a convivência. E por falar em convivência, temos que exercitar essa arte, num clima de respeito mútuo entre velhos e jovens e jovens e velhos. Na convivência saudável há sempre uma renovação. E isso é fundamental no processo de envelhecimento.

Aí leio textos que falam na "melhor idade", na "terceira idade" e outras baboseiras mais. E fico pensando, avemaria pra quê esses eufemismos? Pra encobrir o quê? Ora, tá na cara, pra encobrir o preconceito. Claro, velhice agora virou palavrão! Encarar a velhice? Nada. Vamos encobri-la, vamos enganar, infantilizar. (Gente, que maldade!). Pois acreditem, tem até um comercial que diz que tal coisa, nem lembro o quê, é para "idosos com espírito jovem". Licença, aonde vamos? Coitados desses idosos e seus espíritos jovens! Tadinho deles... Imagine se meu espírito jovem deseja participar de um rally, que meu corpo não aguenta... sofrimento atroz né, é no que dá o tal espírito jovem aprisionado num corpo velho! Não concordo com isso. Tudo tem seu tempo: infância, juventude e velhice, ado, ado, ado, cada um no seu quadrado, rs. E na santa paz. Equilíbrio e bom senso. É mais ou menos por aí.

Não sou a favor de lutar contra o envelhecimento a qualquer preço. Penso que as cores do outono são essas que a natureza pintou, e não está em nós modificá-las, quando muito, podemos avivá-las, pois são muito belas, é só olhar bem, numa boa, sem enganações. Por isso que, no meu outono, sigo fazendo o que posso, trabalho bastante, luto pelo direito dos meus clientes, ajudo meus filhos, dou uma olhadinha nos netos, sem neuras, dentro do possível, que também não sou de ferro. Tenho outros interesses, quero fazer mais coisas: quero ler, escrever, passear e me divertir junto a quem amo. E às vezes sozinha, comigo mesma. Gosto da minha companhia.

Complicado mesmo são as armadilhas que o espelho nos apronta: tem dias que vou em direção a ele acreditando que tenho trinta, olho-me e vejo sessenta, que droga, sei que tem outra ali dentro! E esse espelho que não me mostra? grrr.

Que fazer? O fato é que sempre gostei do outono e continuo gostando, agora dos dois, da natureza e da existência. São duas faces da mesma moeda. No bem e no mal. Mas, cá entre nós, melhor idade mesmo é 25 / 30 anos! Eita idadezinha boa! O resto é bobagem. Valha-me Deus! 

- Marli Soares Borges -


quarta-feira, abril 28, 2010

HAICAI DE OUTONO

Olá, amigos, pra vocês meu haicai de outono.
Gosto muito do outono, das cores, do cheiro, do ar, do céu. O sol das manhãs outonais é um brilho só. Um encanto. E ainda por cima, catei no tio google essa imagem mui linda. E haikai? É tudo de bom. A-do-ro.

MSBd1

Chegou o outono.
Despedem-se as cores
no sol da manhã.

Beijo. Fui.

segunda-feira, abril 26, 2010

BLOGAGEM COLETIVA - COLORINDO A VIDA - COR LILÁS

Olá!

Hoje pintaremos nossos blogs com a cor lilás. De minha parte acho ótimo pois me lembra um livro que aplaudo em tudo: na apresentação, no tema, na narrativa e na forma como o autor apresenta o herói. O livro é bem conhecido e chama-se "O Planeta Lilás". O autor é nosso querido Ziraldo.

 

Suponho que todo mundo já leu esse livro, mas, mesmo assim, vou fazer um resuminho rápido: é a história de um Bichinho bem pequenininho (tanto que não se via a olho nu), que vive sozinho num planeta lilás. Cansado do mundo roxo ele resolve viajar a fim de conhecer o universo. Constrói um foguete e sai por aí. Descobre planetas e habitantes e então cai a ficha, ele percebe que o universo por onde viajou era um livro e que o seu planeta lilás nem era um planeta e sim uma flor, uma violeta que estava guardada dentro de um livro.





Gente, é uma linda história, poética e cheia de significados. Incrível a forma como o autor caracterizou seu herói. Observe que apesar de sua aparente insignificância, o 'bichinho' questionou uma realidade com a qual os demais habitantes já estavam conformados. É bom lembrar que esse livro foi editado pela primeira vez em 1979, em plena ditadura militar.

Para mim, Ziraldo realmente é digno dos louvores que tem recebido pela vida afora, e nesse livro, (mais até, do que no Menino Maluquinho) fico impressionada com o modo como ele utilizou-se de uma mídia aparentemente inocente (um livro infantil) para expressar sua visão de mundo e trazer a esperança para as novas gerações.

No meu entender, O Planeta Lilás foi, na época, uma metáfora do Brasil (planeta verde e amarelo, sufocado pelo conformismo daquele sistema alienante). Veja você o alcance da metáfora: quem são os leitores? São os pequenos (tão pequenininhos...), mas que irão crescer e tornar-se cidadãos críticos e questionadores, e, quem sabe, também se cansarão das realidades carentes de mudanças sociais. E, mais, Ziraldo ainda deixou claro que da mesma forma que o ‘bichinho', as novas gerações poderão partilhar suas descobertas com todos os demais ‘habitantes' do nosso planeta: "outros bichinhos pequenos com os mesmos olhos grandes pra trocar informações."

Genial, não?

Nossa! Como é bom falar e mostrar para as crianças que é possível desbravar novos mundos. Como é bom falar da vontade e da coragem que precisamos ter para encarar os desafios que a vida nos apresenta. Como é bom falar na garra e no entusiasmo que é preciso ter!!! Vamos falar, vamos mostrar, nossos baixinhos merecem o gostinho da esperança!!

Agora, com vocês a alegria do Bichinho, conhecendo novos mundos:

"E o bichinho exclamava: Eu sabia!
Eu sabia que outras cores haveria
além do roxo e do violeta do meu planeta lilás!”
Bem, por enquanto era isso. Fui, saí do planeta lilás, rsrs, vou desbravar novos mundos! Voltarei para compartilhar!!!

Blogagem coletiva do Blog Café com Bolo.
Beijos multicoloridos!!!!.

sexta-feira, abril 23, 2010

NÃO SEI...

Olá!

Trago hoje um poema que adoro. É de Cora Coralina.
Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas. (Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889 — Goiânia, 10 de abril de 1985).

Cora Coralina? Beleza, a gente já conhece, desde longa data. É verdade, parece que sempre a conhecemos, uma simpatia de velhinha. A grande poeta de Goiás.

Gente, eu amo Cora Coralina, grande poeta, um exemplo de coragem. Carregou um casamento infeliz durante quase toda sua vida e só na viuvez conseguiu se encontrar.  É impressionante como a vida tem surpresas, imagine só, quando ela soube, quando ela sentiu que era poeta, ela já estava bem velhinha, já havia passado todo o trabalho do mundo, gastado todas suas forças e levado muitas pauladas da vida. Mas nada disso a impediu, ela soube que precisava tomar consciência de sua real dimensão como mulher e como poeta.  E ofereceu ao mundo versos nunca vistos, de uma pureza ímpar, um talento que me emociona até às lágrimas.

Esse poema que eu trouxe, foi escrito quando seu rosto já estava bem enrugado e o corpo maltratado pela vida, mas a alma, nossa(!) a alma está aqui, límpida, pura, elevada, inteira, em versos cheios de vida, de amor e de grandeza, como ela sempre foi e como ela morreu. Em estado de graça, digna, amando e poetando. Acho que é bom morrer assim.


NÃO SEI...

Não sei... se a vida é curta...
Não sei...
Não sei...

se a vida é curta
ou longa demais para nós.

Mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
se não tocarmos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que sacia,
amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo:
é o que dá sentido à vida.

É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira e pura...
enquanto durar.

que gostem.
Beijos e bom findi.

quarta-feira, abril 21, 2010

ELOGIO DA LOUCURA

Olá! Hoje é feriado e nada melhor do que falar sobre um livro fora de série. Um baita livro. Aliás, quase incluí esse livro no post vermelho, mas iria ficar muito extenso e preferi postá-lo separadamente. Mas você vai ver, é uma loucura, própria do vermelho.


Erasmo de Rotterdam (Desidério, para os íntimos) escreveu há quase 500 anos um ensaio denominado "Elogio da Loucura". Acho que essa obra ainda hoje é superimportante para quem pretende abraçar a ousadia, lançar novos olhares sobre o mundo e fugir do saber ingênuo e "normal".

O "Elogio da Loucura" não se dirige a alguém em especial, ele focaliza a louca humanidade. Configura a loucura como energia criativa das ações humanas e sinaliza a necessidade de libertação dos indivíduos de uma possível “opressão da razão” sobre os instintos mais naturais. Claro, por favor, entendam, é a Loucura numa visão romântica e jovial, que ajuda as pessoas a suportarem a vida! É uma alavancada saudável às atitudes! Ele nos mostra de uma forma leve, divertida e espontânea que onde a loucura se instala, encontra-se também o amor, a alegria de viver, a felicidade, e os melhores delírios e emoções de nossas vidas! :)) E ainda explica, hehe: diz que isso se dá porque todos esses sentimentos são sinônimos da loucura! E costura as palavras de modo a deixar claro que aqueles que não reconhecem a necessidade da Loucura, ou seja, a maioria de nós, estaremos fadados a levar apenas uma "vidinha". Mas o mais interessante de tudo é que à medida que a gente vai lendo, nosso raciocínio vai aguçando e aí, simplesmente não tem como discordar, pois a capacidade argumentativa e literária do autor, é notável. E assim, com leveza ele vai tocando nas feridas de sua época... e da nossa também, sim senhor!!! (ou você pensava que fossem outras?). E tem mais um detalhe, aprecio muito a ousadia, o modo fascinante como ele bate de frente com a tradição religiosa da época. E, só para constar, o livro é escrito na primeira pessoa, ou seja, quem fala é a Loucura!!!
Chega. Já falei demais, pelamor!

Eis um pequeno trecho do "Elogio da Loucura"(Encomium Moriae), ensaio de autoria de Erasmo de Rotterdam (1466 — 1536).

"(...) Mas parece que, sem refletir no que sou, vou ultrapassando há bastante tempo todos os limites. Por conseguinte, se tagarelei demais e com demasiada ousadia, lembrai-vos de que sou mulher e sou a Loucura. Ao mesmo tempo, porém, não vos esqueçais deste antigo provérbio dos gregos: Muitas vezes, também o homem louco fala judiciosamente. E não ser que pretendais que, nesse provérbio, não estejam incluídas as mulheres, pois eu disse homem e não mulher. Esperais um epílogo do que vos disse até agora? Estou lendo isso em vossas fisionomias. Mas, sois verdadeiramente tolos se imaginais que eu tenha podido reter de memória toda essa mistura de palavras que vos impingi. Em lugar de um epílogo quero oferecer-vos duas sentenças. A primeira, antiquíssima, é esta: Eu jamais desejaria beber com um homem que se lembrasse de tudo. E a segunda, nova, é a seguinte: Odeio o ouvinte de memória fiel demais. E, por isso, sedes sãos, aplaudi, vivei, bebei, oh celebérrimos iniciados nos mistérios da Loucura."
Ah, esse livro é livre, você pode baixar.

terça-feira, abril 20, 2010

ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS

Olá!
Vem aí um filme imperdível!




Com estréia marcada no Brasil para 21 de abril de 2010, o mais novo filme de Walt Disney  promete ser um sucesso de bilheteria. Trata-se da adaptação para o cinema de Alice no País das Maravilhas e é, sem dúvida, um dos filmes mais aguardados para esse ano. Pelo que pude apurar, a história a ser contada no filme é a mesma do livro: a garotinha se chama Alice, só que agora ela tem 17 anos.

No elenco, está Mia Wasikowska como Alice, Matt Lucas, Michael Sheen e Johnny Depp como o Chapeleiro. O diretor é Tim Burton e a exibição será em 3D. (Acho perfeito 3D!).

Johnny Depp com olhos verdes e cabelos laranja, na pele do Chapeleiro Maluco, está com o visual pra lá de excêntrico.

Enredo: Numa festa Alice descobre que será pedida em casamento. Então resolve fugir do local e segue um coelho branco. Na sequência, ela cai dentro de um buraco e vai parar no Pais das Maravilhas, um lugar que ela visitou há dez anos atrás, mas que não se lembrava mais. Nesse lugar vivem seres mágicos. Como se vê, o filme parece que será uma espécie de continuação do original.

Para promover o filme, foram lançados 3 posters, que reunidos formam o banner que coloquei no início do post. Esse banner é giganteee!

Eis aqui o link para o trailer.

Ano passado fiz um post com um diálogo bem interessante retirado do livro de Lewis Carroll, mas pouca gente teve oportunidade de ler porque na época daquela postagem meu blog acabava de chegar à blogosfera e portanto, era totalmente deconhecido. Se você quiser dar uma lida, clique aqui. O título do post é" Caminhos", acho que você vai gostar.

Era isso. Fui. Até mais!!!!!!

segunda-feira, abril 19, 2010

BLOGAGEM COLETIVA - COLORINDO A VIDA - COR VERMELHA

Olá!

Meu Deus, uma chuva de comentários em meus posts! Quanto carinho! Vocês são muito legais, são gente da melhor qualidade! Andei meio sumida nesses dias, na correria, e pra não deixar ninguém na mão, selecionei umas piadinhas espertas e programei um post. E vi que vocês gostaram, que bom!  Agora estou de volta e seguirei comentando suas postagens, que, repito, sempre leio com calma e atenção, principalmente porque sei que em tudo que a gente escreve colocamos um pouquinho de nós. Se não posso ler de verdade, então nem comento. Essa sou eu. Obrigada, mais uma vez.

Na postagem coletiva de hoje a cor é vermelha ou vinho. Escolhi vermelha, então vamos lá. Para início de conversa, fiz um Haykai porque pretendo extrair a essência do que realmente o vermelho significa para mim. Depois tenho algumas palavras sobre um filme que, no meu pensar, tem tudo a ver com o assunto.



No vermelho há
substância concreta,
vida, loucura, amor.


O FILME

Você já deve ter visto "A Lista de Schindler" (1993), filme dirigido por Steven Spielberg. Nesse filme o vermelho está presente numa cena inesquecivel, cujo significado projeta a vida em toda sua concretude e substância.

Num brevíssimo resumo, posso dizer que Oskar Schindler, além de membro do Partido Nazista, é um boa-vida que se aproveita da Guerra para aumentar seus negócios. Mas ao conviver com os judeus sofridos, Schindler realiza e deixa perpetrado na história, um dos maiores atos de coragem, amor e bravura de que se tem noticia na Alemanha de Hitler.

Acho esse filme perfeito, o melhor que já assisti sobre o holocausto. Foi todo filmado em preto e branco e tem cenas de violência explícita que dói no coração da gente, paralisa e emociona. Mães separadas dos filhos, mulheres que ficam sem seus maridos, famílias destruídas, medos intermináveis, crueldades e assassinatos sem a menor justificativa. Um realismo chocante. E a imagem em preto e branco, meio cinzenta, nossa(!), é a cor da guerra em toda sua plenitude. Nesse contexto surge um detalhe que faz a diferença: a menina do casaco vermelho. Aquele tom vermelho foi a epifania que fez com que Schindler percebesse o que realmente estava acontecendo, foi o divisor de águas que o fez mudar radicalmente de planos (lembra, ele era um bom vivant) e escrever a Lista que salvou a vida de milhares de judeus. Veja você a genialidade de Spielberg, ele rodou o filme inteirinho em preto e branco, apenas para que aquele momento único de beleza e sensibilidade pudesse acontecer!! Simplesmente, fantástico! Aliás, o próprio Spielberg disse, na época, que a garotinha de vermelho era uma referência, como se Deus tocasse os ombros de Schindler num recado, que felizmente ele entendeu. Sentiram o vermelho, a substância (sangue), a força vital?

O MILAGRE

Numa noite, ao passear perto de um dos parques de Cracóvia, Schindler assiste à invasão de um dos guetos onde estavam os judeus na cidade. Então, sem mas nem porquê, ele observa uma menininha de casaco vermelho que, perdida, procura um lugar para se esconder. Dias depois, ele vai ao campo de concentração e assiste às instruções para cremar os cadáveres das crianças. E naquele momento ele olha e, a uma certa distância, identifica o casaco vermelho em meio à pilha de corpos. Gente, eis a epifania da vida!  Schindler está decidido: irá  usar toda sua fortuna e prestígio para escrever sua famosa lista que salvará os judeus!


Nem é preciso dizer que essa cena antológica acordou minha percepção para a substância que está contida no vermelho do sangue, da vida e do amor!  Não me canso de dizer, esse filme é uma loucura, mesmo que a gente o reveja, sempre nos causará um impacto profundo. No momento em que a Glorinha elegeu o vermelho para a postagem, eu lembrei essa cena. Se o filme é longo? sim, mas cada minuto é compensador. Se é um documentário? Quase. Se é cansativo? Não, never. A fotografia? Janusz Kaminski se superou. E a trilha sonora? Bem, é de John Williams, melancólica, e no violino de mestre Itzak, my God, pura emoção!!

E viva o vermelho!
Gente, perdoem-me, mas
é impossível não falar também no meu time:
O Internacional, é vermelho
e venceu o Pelotas ontem à tarde.
\o/ :))


Blogagem coletiva do blog Café com Bolo.
Tchau, até a próxima!

sexta-feira, abril 16, 2010

RIA QUE É DE GRAÇA!

Olá!

Andei revisando meu lap, e achei umas gracinhas.
Resolvi compartilhar. Tomara que vocês achem graça!
Enjoy!

*
Um maluco ligou pro corpo de bombeiros, dizendo que estava pegando fogo no hospício. Em menos de dez minutos, umas dez viaturas chegaram no local.
Os bombeiros saltaram do carro e o comandante perguntou para um louco:
— Amigo, onde é o fogo?
— Pô, vocês vieram tão depressa que nem deu tempo de eu acender.

*

O louco chega na ótica:
— Bom dia. Queria óculos para ler.
— Outro? Eu já lhe vendi uns ontem!
— Eu sei, mas é que esses eu já li.

*

O sujeito entra na farmácia e pede:
— Eu queria uma caixa de Cloridrato de Metoclopramida.
— Ah! O senhor quer dizer: um Plasil?
— Isso mesmo! Não consigo guardar esse nome!

*

Dois loucos se encontram.
— Quem é você?
— Eu sou Jesus Cristo.
— Quem te falou isso?
— Deus!
— Eu te falei isso!?

*

No hospício, dois loucos comem banana no pátio.
O primeiro tira a casca da banana com o maior cuidado. O segundo come com casca e tudo.
— Ô, cara! — diz o primeiro — Você é louco?
— Vou tirar a casca pra quê? — diz ele, dando mais uma mordida — Eu já sei o que tem dentro!

*

Dois loucos queriam fugir do hospício e o mais inteligente disse:
— Vamos fugir pelo buraco da fechadura!
— Genial! — comemorou o outro
— Você passa primeiro e eu te sigo!
O louco tomou distância, correu em direção a porta e PLOFT! Bateu de cabeça na porta.
Furioso e sentindo a dor da pancada, ele reclama:
— Droga! Deixaram a chave no buraco!

*

Devido à superlotação de um hospício alguns internos tiveram que ser transferidos para outra cidade, de avião.
Já em pleno vôo, o piloto tentava convencer os loucos, pelo rádio, a parar de jogar futebol dentro do avião, até que teve que apelar para o co-piloto:
— Pelo amor de Deus, vai falar com esse loucos! Talvez eles atendam você, se for falar pessoalmente!
O co-piloto sai da cabine e vai ter com os loucos. Depois de pouco tempo, ele volta e o silêncio é total.
— Incrível! — aplaudiu o piloto — Como você conseguiu fazer esses malucos pararem?
— Foi fácil — respondeu o co-piloto — Eu mandei eles jogarem bola na rua.

Até mais, bom findi.
Beijos.