Chuva que não pára e muuiiito friooo em Porto Alegre, br-br-br, mas insisto, Bom dia!
Tenho acompanhado alguns textos em blogs, sites, jornais impressos, etc, onde o pessoal põe a boca-no-mundo, traz a público as mazelas, os desmandos, enfim a corrupção que grassa pelo país.
É muito bom e concordo com tudo. O povo tem que saber o que está acontecendo nos bastidores. Tem que saber que nossos governantes só pensam no seu próprio umbigo, que o país está jogado às traças e que as pessoas que, com seu trabalho, realmente sustentam a nação, estão abandonadas, sofrendo..., assoberbadas de impostos. E que é urgente fazer alguma coisa para conter esse estado de coisas.
Mas fazer o quê?
Pense comigo. Fazer uma reclamação geral? Outra? E mais outra? Ora, isso todo mundo faz. Aliás é só o que fazem. E adianta alguma coisa? E já adiantou? Onde? Estou falando de resultados, de concretude.
E trago aqui essas questões porque percebo que nós (o povo), estamos de mãos atadas, reclamamos ao vento. Não podemos contar com ninguém, pois os poderes que, teoricamente, deveriam "olhar" para o nosso Direito, ficam só no teoricamente.
E mais, se algum contribuinte litiga contra os poderes públicos e depois de muito lutar, obtém uma vitória no judiciário, pode saber, no outro dia, sai uma lei em cima daquela decisão, e derruba qualquer possibilidade de outros contribuintes, porventura na mesma situação, terem seus direitos reconhecidos em juízo. Isso não é segredo. Está estampado na jurisprudência de nossos tribunais. É só ler. É o nosso direito que está em jogo. Nossa cidadania.
Misericórdia.
Inobstante, continua escrito no artigo primeiro da Lei Maior que "A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito..." E os poderosos torcem o nariz: a lei, ora a lei!
Forçoso concluir que o povo já era. Nossas palavras não têm qualquer valor. Temos sido muito ingênuos. Fiscalizar o quê? Exigir o quê? Como? Com que ferramentas? O povo invisível vai fazer o quê? Só choramingar. É isso que temos feito.
Aí você pula e diz, ah, temos o voto. E eu pergunto, onde está a força do voto, se em nosso pais, a maioria dos votantes, em algum momento de sua vida já passou até fome? Sequer entende o que lê? E se contenta com uma torneira e uma única lâmpada pra iluminar sua moradia miserável? E vive ganhando presentinhos?
Você viu. Eu não tenho respostas, só perguntas. Mas, apesar de tudo sou a favor dos choramingos. Mas tem que ser muiiito alto. Mesmo. Temos que continuar, não podemos desistir. Talvez um dia, temendo ficar surdo, alguém nos ouça.
Registro aqui minha posição, pois não quero ir para o inferno. Rsrs.
"O inferno reserva lugar para aqueles que, mesmo nos momentos de profunda amargura, permanecem na neutralidade, sem denúncia e sem louvor" Dante Alighieri "A Divina Comédia" Ato III.
Ô gente, isso foi só um desabafo, hehe.
Até amanhã, na blogagem coletiva.
Beijos.
É, Marli! A coisa tá preta.Estamos fritos!!!Em pouca banha,rsrssr...beijos,chica
ResponderExcluirAi Marli...
ResponderExcluirEu vivo postando no Cantinho tudo que me deixa indignada.
Concordo com o que você escreve aqui...sei que minhas palavras são praticamente jogadas ao vento amiga...mas insisto em registrar minhas indignações.
Assim, como de certa forma você acabou de fazer em seu post.
A gente se sente mesmo pequeno e sem força...mas não desistimos.
Beijos
Mari
Triste desabafo! verdade pura... Mas, Marli, eu continuo acreditando na nossa força! Bolas, eu busco o e-mail de todo o mundo e envio um, outro e mais outro... Alguns, raros, enviam uma resposta. Mas eu continuo a enviar. Até para o Sr Presidente eu envio reclamações. E não vou medindo palavras. Qualquer dia, acabo que nem aquele Juiz de um seriado (lindo juiz - Nicolas) e resmungo: "eu acreditava no sistema".
ResponderExcluirBeijocas
Sabe aonde a nossa reclamação vai fazer efeito, é nas urnas, votando nos reais representantes do povo...
ResponderExcluirFique com Deus, menina Marli.
Um abraço.
Oi Marli, tudo bem!!!
ResponderExcluirEu sou gaúcha, mas moro em Recife há 6 anos. Recentemente, passei duas semanas congelantes na nossa querida capital e minha terra natal: Porto Alegre. Foram dias maravilhosos, onde pude perceber como as coisas mais simples podem ter um grande valor pra gente. Fico feliz de ter uma conterrânea como amiga blogueira... Teu blog tá show.
Beijos no coração...
Faby Schreiner
www.muitobonitta.com
Assino.Ratifico. Endosso. Aplaudo. Beijos
ResponderExcluirMarli, um texto desses, dá vontade de pegar, fazer um panfleto e sair para as ruas. Coisa que fiz a minha vida inteira. Algo que mudou significativamente foi por força da organização que já houve forte, problemática, mas forte. A correlação de forças entre o reivindicado e o conquistado era mais equilibrada. Acredito na militância , na comunidade organizada, nas formas coletivas de se solucionar problemas coletivos. Depois do advento da internet, da globalização (que chamo de glocalização), o individualismo tomou conta do mundo e o consumo passou a ser prioritário sobre qualquer outra coisa. Havendo pão, cerveja e carro o povo está feliz, infelizmente. Eu não acredito mais no nosso modelo de democracia representativa (de outorga e entrega). Vamos mudar, sim, mas vai demorar muito. O que tenho feito agora é para os meus netos. No entanto , não deixo de manifestar-me também através da escrita, que continua sendo agora a minha militância. Vamos choramingando juntos (e muito, viu?) rsrs. Abração e um ótimo final de semana.Paz e bem.
ResponderExcluirOlá minha amiga!
ResponderExcluirPor estes dias tenho lido por aí postagens preocupantes na blogosfera Brasileira. Coisas que aqui nem são faladas pela imprensa, como a "lei da palmada" ou a proibição de satirizar candidatos. Gostaria de te dizer que por aqui está tudo jóia, mas na verdade, a coisa aqui está tão preta que já nem com um "cheirinho de alecrim".
Somos todos cada vez mais impotentes nas mãos da canalha política que parece proliferar como barata.
Mas eu acredito que quando as vozes forem muiiiiitaaas, as coisas poderão mudar.
É que, já nem com "um cigarro estamos a segurar este rojão"...
BEIIIJOSSS
Muito bem, Marli, que nossas reclamações e insatisfações não passem despercebidas no dia de votarmos...
ResponderExcluirQue todas essas mazelas sirvam de alerta para separarmos o joio do trigo.
Bejinhos, amiga
Tudo que você disse AMrli, é a mais pura verdade, infelizmente. As vezes sinto me como que atolada num lamaçal sem ter como sair....bjs
ResponderExcluirEu choro, e grito, choro alto e esperneio, bato panela, bato pezinho... Não consigo ficar calada, fazer cara de paisagem, fingir que não vejo. Eu vou morrer assim, podem chamar de romântica e idealista que não ligo. Eu tenho que acreditar que alguma mudança é possível. Como diz meu querido amigo Aloisio: "A humanidade não dá saltos". Eu também acredito nisso, alguma mudança vai acontecendo, mesmo que pareça imperceptível... Uma frestinha vai surgindo... Ah, eu preciso sempre gritar, bem alto, se necessário!!!
ResponderExcluirEu fiz um selo, você viu? Do "Cala a boca já morreu!".
A Isa quer fazer um "panelaço" no twitter. Acho válido, mesmo que só incomode a gente mesmo... hehehe
Ih... testamento...
Beijos.
Beijos.
Tudo que você disse AMrli, é a mais pura verdade, infelizmente. As vezes sinto me como que atolada num lamaçal sem ter como sair....bjs
ResponderExcluirMarli
ResponderExcluirDesabafar...só faz bem, caso contrário...passamos todos a sofrer do fígado...Denunciar...é preciso!
Quem sabe um dia...a roda gira para outro lado??
Beijocas e bom fds
Graça
De fato Marli, por vezes parece mesmo ser impossivel fazermo nos ouvidos.
ResponderExcluirMas se desistirmos quem tentará?
Acredito que somos poucos ainda, mas jamais de pensamentos desprovidos.
De certo, nos tornaremos muitos um dia, e neste dia ao mundo seremos mais do que simplesmente notados, mas também com o coração ouvidos!
Beijos e parabéns pela postagem!
Oi, Marli
ResponderExcluirRealmente reclamamos pelo melhor, por uma conduta melhor de todos, pelo que nos é de direito.
Acho que perdemos e nos acomodamos no "jeitinho brasileiro".
Estamos fazendo nossa parte ao gritar, mas não temos mais a coragem de nos unir para isso. Cada um faz sua parte, mas o faz sozinho. Então...sem resultados!!!
Há respostas??? Há soluções???
Sim, mas ainda estamos a procura do "fio da meada".
Quem sabe um dia podemos voltar a ter o direito de sermos ouvidos.
Bjs no coração!
Nilce
Oi Marli, pois é, melhor continuar reclamando e torcer que um dia faça efeito, do que ficarmos calados e termos a certeza de que nada mesmo será alterado. Ainda bem que existem os idealistas! Ele não desistem nunca de brigar! Um beijo, nos vemos na blogagem amanhã! Deia.
ResponderExcluirTem que tentar ao menos postando, porque vai que algum desses sem vergonhas passem por aqui e leiam um pouco e sintam-se mal por isso...Quem sabe...
ResponderExcluirNão pare de gritar nunca!
(vc leu o texto da Lua???)
http://chocolatecompimentagtt.blogspot.com/2010/08/desculpem-o-desabafo-mas-num-deu-pra.html
Um belo desabafo também!
Bjs
No fundo, tudo isso fica só no plano do desabafo. Mas não deixa de ser importante.
ResponderExcluirMil beijos!
fazer o que, não é mesmo? mas apesar de tudo,BOA NOITE!
ResponderExcluirAi Marli, estamos realmente num muro de lamentações. O povo parece estar anestesiado,inerte, passivo. Nos lamentamos o tempo todo mas efetivamente não lutamos por nada. O povo não acredita em mais nada, não se vê mais coletivos, passeatas, nada! Ninguém luta pelos direitos coletivos, nem reunião de condomínio tem quórum!
ResponderExcluirA coisa tá feia!
Gd beijo
Eu continuo concordando com Paulo Freire, Marli. É preciso sim elevar a voz, gritar alto contra as injustiças absurdas, ainda que ouvidos de mercador sejam oferecidos.
ResponderExcluirO discurso, o grito, a fala, não podem ser fatalistas. Saber-se inacabado, consciente do inacabamento, e portanto em construção, significa contrariar a ideologia dominante de que está tudo determinado, tudo posto, pronto e acabado.
Concordo com a Mari. Ainda que os gritos de indignação não alcancem os "malfeitores", há esperança de que, pelo menos, alcancem outros iguais e esses, tomando consciência crítica, robusteçam outros gritos, também de indignação. Aprender que é possível mudar, também dizendo não.
É por aí...
Abraços, Marli! Sempre bom aqui!
Querida Marli, vc conseguiu expresar o que eu sinto e pra falar a verdade tenho medo de assumir que sinto: minhas mãos atadas. Já fiscalizei literalmente o Legislativo do meu Estado e considero esse tempo um dos mais difíceis que passei. Eles, depois de eleitos, nada temem, não tem medo da força do povo pois sabem que esse não tem. Mas de qualquer forma continuo sonhando e refletindo, chormingando quando necessário. Bjs amiga
ResponderExcluirOi Marli!
ResponderExcluirUltimamente minha indignação é uma mosca sem asas que não ultrapassa a janela da minha casa...rs...rs... copiei isso, claro.
Bjos.
Marli, tem toda razão no seu desabafo. Só nos resta continuar choramingando e bem alto. Mesmo sem nenhum resultado prático. Pequemos pelo excesso e não pela omissão, já imaginou o inferno do Dante...hehe?!! Adorei seu texto. Valeu!! Um grande beijo no seu coração, boa noite ;)
ResponderExcluirSuas conjecturas são reais, ficamos todos perplexos diante do caos!
ResponderExcluirSuas conjecturas são reais, ficamos todos perplexos diante do caos!
ResponderExcluirÉ essa mesmo questão que levanto sempre no Meu Cantinho, é preciso falar e reclamar sim, mas sobretudo é precio AGIR.
ResponderExcluirBeijos e bom fim de semana
Vamos choramingar Marli!
ResponderExcluirApesar que minhas lágrimas já secaram...
Beijo querida, aguardando o post sobre desejo(s).
Astrid Annabelle
As vezes acho que a força que brota dessas redes sociais, das possibilidades de interação que a internet nos oferece todos os dias é que pode, quem sabe, qualquer hora dessas nascer um movimento capaz de demonstrar nossa insatisfação e direcionar as coisas de forma mais organizada...
ResponderExcluirDe frente pro nosso computador podemos nos interligar com o mundo e promovermos uma mudança qualquer horas dessas... por isso choramingo, digo, falo e repito...
Por essas e outras não podemos nos calar!
Jr.
Uau. Que comentários! MUITÍSSIMO OBRIGADA!!!
ResponderExcluirÉ gente, temos que fazer ouvir a nossa voz, organizadamente.
Beijo grande.