sábado, julho 19, 2014

NÓS PODEMOS MUDAR ISSO

nós podemos mudar isso
Imagem: Google

Reconheço que para a elite vermelha, aquela da estrela no peito, o Brasil vai muito bem. Eles estão sorridentes, saudáveis e bem tratados pelo sistema. Mas para o contingente de pessoas que paga imposto, dá emprego ao povo e realmente trabalha para manter o país em pé, a situação vai de mal a pior. Esse governo petista faz uma farra tão grande com o nosso dinheiro que chega a embrulhar o estômago. O que rola de dinheiro público, nas nossas barbas, em troca de votos é de uma imoralidade assombrosa. Nunca antes na história deste país se viu tanto toma-lá-da-cá, tanta gente mamando nas tetas do povo brasileiro. 

Os mais pobres são aliciados e mantidos no cabresto pelo governo, por causa do Bolsa Família. E os ricos da elite vermelha navegam no mar das mordomias: trabalham em cargos de confiança e são muito bem pagos para exercerem funções estratégicas indispensáveis aos interesses do partido governista. É mole? 

A propósito, esclareço que não sou, não fui e jamais serei contra o Bolsa Família, por dois motivos: primeiro, porque é uma questão de justiça social com os desamparados; segundo, porque eles (os desamparados) têm direito constitucional a essa assistência. Ponto. Aí a gente pensa, como assim ganhar dinheiro, todos os meses, sem trabalhar? Óbvio, isso é coisa que não cabe na cabeça de ninguém. Mas aposto que se houvesse transparência e esclarecimento, se essa assistência ocorresse sobre outras bases e se funcionasse direito, sem roubalheiras, o cenário seria outro. Mas não! O governo PT resolveu orquestrá-la através de uma verba mensal, distribuída segundo dizem, aos 'necessitados'. Aí entornou o caldo porque - como amplamente noticiado - teve muita gente recebendo sem precisar e parando de trabalhar para ficar só com "a" bolsa, como eles dizem. Ora, não precisa ser um expert para saber, que uma verba distribuída assim, de paraquedas, sem prazo de validade, sem controle e sem monitoramento eficaz, transforma-se rapidamente em flagrante incentivo à vagabundagem. E tanto isso é verdade que já é voz corrente que o Brasil, além do maldito jeitinho brasileiro, agora é o país dos vagabundos! 

Estamos mal na foto. 

Mas o que mais me impressiona é a desfaçatez desse governo oportunista, que se apropriou indevidamente de um direito existente na Lei Maior e fez o povo crer que é um favor idealizado pelo PT. Não é! Nunca foi! Está escrito lá na Carta Magna para quem quiser ver. E para piorar, as pessoas que recebem essa verba são propositadamente mantidas na ignorância. Não sabem que são titulares de um direito social assegurado na Lei Maior. Ora, em não sabendo, acabam com medo de perderem o "favor". Pronto, saíram do forno as "máquinas de votar" do PT! 

Está na hora de mudar isso. De livrar essa pobre gente da ignorância, de alforriá-los para que votem com suas próprias consciências, pois o fato de receberem uma verba assistencial não significa que possam ser escravizados, lembrando que é com esse estratagema subterrâneo que o PT vem mantendo esse governo autoritário no poder. E ademais, o governo - federal, estadual, municipal - não pode chamar a si a propriedade do dinheiro dos impostos e portanto, não pode utilizar o Bolsa Família como máquina eleitoral. Quem assiste os desamparados com a referida verba é o povo brasileiro com o dinheiro dos impostos. O governo é apenas o representante do povo, mas no caso do PT o governo vai além e age como "atravessador". O conhecido levador de vantagens! E você sabe quem primeiro começou a cumprir esse mandamento assistencial previsto na Constituição? foi o FHC. Aí o governo petista se intitulou o 'dono' da ideia e a seu bel prazer, modificou e remexeu tanto, que transformou tudo de bom que estava sendo feito pelo governo anterior, nessa tal 'bolsa' rasgada, furada, esculhambada, jogada como se fosse um favor, na mão de um povo que, de tão pobre, é capaz de se vender por um pedaço de pão! Tudo ao deus-dará, sem a menor seriedade, sem o menor respeito com o dinheiro público. Assim é fácil. Acabou o dinheiro? Dá-lhe imposto! e o povo que se rale para pagar a conta; que carregue o piano e que continue morrendo à míngua nesse lindo e desgovernado país chamado Brasil, onde falta tudo: água, luz, educação, saúde, segurança, comunicação e milhares de serviços considerados essenciais. E onde abunda a corrupção! (sem trocadilhos, por favor, rsrsrsrs). Enquanto isso, a elite vermelha continua com aquele sorrisinho imoral estampado na cara.

Calma madame, a democracia virá. 

Ok, por hoje chega, deixo só um recadinho: nós podemos mudar isso, as eleições estão na nossa porta. Primeira medida: tirar essa troupe do poder, livrar-se desse governo rasteiro. Na sequência é encher os pulmões de ar e trabalhar para mudar o Brasil.

- Marli Soares Borges -

domingo, julho 13, 2014

GRUDAR E DESGRUDAR, EIS A QUESTÃO


Antes da Copa o governo associava a vitória da Seleção à imagem do partido. Depois do "Vexame dos Vexames", eles mudaram o discurso e estão dizendo que não têm nada a ver, que futebol é futebol e política é política. Eles querem agora desvincular o que antes, eles mesmo vincularam. Pode? Antes eles falavam que os pessimistas, coxinhas, urubus, etc estavam azarando. Depois das vaias que a presidANTA recebeu e tem recebido em todos estádios, por todo o país, eles passaram a atacar a elite branca, a classe vip. Okay. E a elite vermelha do PT, porque eles não atacam? Ora, porque são eles próprios a tal elite e como diz o ditado "lobo não come lobo". A corrupção é coisa muito triste mesmo. Querem que a gente esqueça que eles pararam o Brasil durante quatro anos e que durante esse tempo a única coisa que fizeram foi trabalhar nos aprontes para a Copa. Nada de hospitais, escolas ou quaisquer bens e serviços necessários à população. Só fizeram estádios. E para quê? Qual o retorno disso tudo para o povo? Eu simplesmente não entendo: se apareceu dinheiro para construir estádios, porque não construíram hospitais? porque jogaram a saúde pública às traças? E a educação? E a segurança? E as comunicações? A internet é uma droga. E eles sabem muito bem dessas mazelas, mas não estão nem aí, o povo que se dane. Pois é. Mas agora bateu o pavor e eles querem esconder a sujeira debaixo do tapete. Sinto muito, mas agora não vai dar, o povo brasileiro está cansado de maracutaias. Calma Brasil, logo teremos eleições. É a nossa chance de virar o jogo e expulsar esses oportunistas do poder.

Update - Não sou e nunca fui contra, apenas acho que a Copa não deveria ter sido no Brasil.

- Marli Soares Borges -

quarta-feira, julho 09, 2014

O TEMPO E O STATUS




Não tenho tempo é o que mais se ouve na atualidade. Ninguém pode perder tempo com nada e com ninguém, afinal tempo é dinheiro e a corrida do ouro não para. A cultura que nos alimenta vê a escassez de tempo com bons olhos e faz da falta de tempo um status. Se você não tem tempo é sinal de que está muito bem de vida, é requisitado, respeitado, então deve ser muito importante. Com certeza é um ser bem ajustado ao mundo real. Nessa ótica, é correto dizer que quanto menos tempo, mais importante a pessoa deve ser. Em contrapartida, se você tem tempo, você perde status, perde o respeito e ninguém liga para você. Como um marginal você é literalmente descartado pelos seus amigos. Mas eu discordo dessa lógica. Para mim, esse é um conceito que deve ser revisado, pois talvez as pessoas que mais tenham a nos ensinar e nos oferecer neste mundo, sejam aquelas que, embora ocupadas, têm tempo, que não priorizam essa correria generalizada. Se você precisar, elas certamente terão tempo para você, para te ouvir, refletir, trocar experiências e até mesmo ensinar. As demais, muito importantes, nunca têm tempo. Pense nisso. 

-Marli Soares Borges-

domingo, junho 29, 2014

DOCE AMARGURA

doce amargura

"Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se." 
Kierkegaard, poeta e teólogo católico dinamarquês


Fácil, fácil. A gente anda dois passos e topa com alguém desamparado, abatido, culpado, pronto a pedir perdão e desfiar um rosário de lágrimas. Para ser infeliz não precisa nada, basta apenas colocar o pezinho no mundo e ir se perdendo e se conformando com a mediocridade da vida.

É impressionante a pressão velada que fazem as instituições para que ninguém saiba nada; não acredite em nada e para que a fé se perca. Hoje em dia só vale a superfície: a ignorância e a burrice são as grandes vedetes sociais, marionetes em alta. -- Nossa, meu estômago até embrulha com essas coisas --. E esse povo inerte, só choramingando, meu Deus, o que é isso?

Mas andei lendo a respeito, -- e como sempre pensei --, esse marasmo social não acontece assim do nada. Nos bastidores do teatro há uma estrutura contendo mecanismos infalíveis para transformar você em marionete e fazer com que você mesmo assegure alguém no poder. Qualquer poder, desde que sirva a outros interesses, que não os seus. É a "Estrutura da Culpa". A culpa é o ingrediente fundamental que aprisiona as ações humanas. De mãos e pés amarrados você se acomoda e jaz inerte, só chorando as mágoas, nessa espécie de limbo, que costumo chamar de Doce Amargura.

E o mais incrível é que tudo pode começar onde a gente menos espera: na família. O quê? Sim, pelo que entendi, parece que funciona mais ou menos assim: em criança incutem na sua cabeça uma culpa que você não tem, seja lá o que for. E você, culpado, não consegue sair dessa, e vai sofrendo, sem entender nada. E continua assim na escola e segue pela vida afora. Na sequência, você mesmo vai assumindo as culpas. E daí a assumir a culpa dos males do mundo é um passo: é sempre você que não sabe fazer isso ou aquilo, foi você que errou! E você vai diminuindo, diminuindo, diminuindo... até insignificar. Quanto mais você cresce, maior a culpa e menor você. E isso se reflete em seus espaços sociais, em todos eles: trabalho, religião, política e no terreno mais delicado, no amor. E pensando bem, faz sentido. Acho.

(E como não poderia deixar de ser, na política, o sistema descobriu esse nicho e passou a apostar na infelicidade, nas limitações, nas mazelas sociais. Infeliz, você se torna vulnerável e manipulável. E num passe de mágica você está sempre pronto a negociar tua liberdade e ao mesmo tempo assegurar que o poder se perpetue em mãos indevidas. É simples: basta fazer o povo sentir-se culpado pelo mal-feito de quem está no poder. Tudo é o povo, eles roubam e a culpa é do povo.)

Mas não adianta chorar se o leite derramou. Se você encheu o saco dessa situação, o remédio é dar um jeito nisso, afinal você está vivo(a)! Mas saiba que você só tem você para se amparar. Comece fugindo dessa Doce Amargura que te aprisiona. Abandone "suas" culpas, repensando, achando o furo da bala. É complicado. Mas enfim, assuma ser feliz e aguente as consequências! Sim, as consequências, ou você acha que recuperar a liberdade vem assim num passe de mágica? Pensa que é fácil derrubar fantasmas? Pensa que é fácil derrubar um poder? Tenha consciência de si, do seu valor como pessoa, do que você realmente quer. A ação que resulta daí, vai desmontando passo a passo essa sensação de culpa que um dia se instalou na sua cabeça e no seu coração.

Ser feliz envolve revolta e loucura.

E não pense em desistir. Insista. Lute, cerre os punhos. Trema o queixo. Desestabilize-se. Ouse. É preciso coragem e ousadia para ser feliz.

Marli Soares Borges

quinta-feira, junho 26, 2014

NÓS E OS NÓS

amor familiar
Como a família é uma lindeza na vida, 
acho que combina muito bem com essa flor 
que acho outra lindeza.


A família é o lugar onde a gente mais chora, mais briga, mais odeia. É na família que o coração aperta, o estômago arde e as lágrimas jorram. É na família que a palavra corta. Mas é também na família que os sonhos nascem e que a alegria explode sem explicação. É na família que o amor acontece em estado original e refrigera a alma. É na família que nossos mais sinceros sentimentos habitam e aparecem de cara lavada.

Tem gente perdendo de aproveitar a vida porque ainda não se deu conta disso. E seguem transformando laços em nós. Uma pena... 

- Marli Soares Borges -

segunda-feira, junho 23, 2014

PEDRA NO SAPATO




Temos que parar de vez com essa mania de botar água fria no entusiasmo dos outros. Temos que parar de achar graça dos sonhos das pessoas, temos que parar de menosprezar-lhes os ideais.

É muito fácil tirar o entusiasmo e a disposição dos outros. Disso o mundo está cheio, de gente broxante, que puxa para baixo, que põe pedra no sapato dos outros. Quero ver, é você encorajar, fazer as pessoas se sentirem vivas, mantê-las em pé! Isso eu quero ver! 

Qual é o problema em dizer umas palavras legais para as pessoas, encorajá-las quando estão numa maré baixa? Se você não sabe, o dever de encorajamento é um dos mais elevados deveres de humanidade que temos uns com os outros... Uma palavra de apreço, de ânimo e reconhecimento fortalece o coração das pessoas, e muitas vezes, é apenas esse amparo que necessitamos, para não desistir e continuar tocando a vida para frente. 

Aprenda a encorajar! Faça um esforço, em vez de chá broxante, ofereça um café, uma cerveja, um vinho... sei lá! Você consegue, tenho certeza!

Ou você acha que encorajar o próximo é mera convenção social só pra sair bem na foto? Se você pensa assim, que peninha de você: sua inteligência foi pro brejo e seu coração está deteriorado. Você não é ninguém.

                                                                 Marli Soares Borges

"As vezes, uma ou duas palavras amáveis são suficientes 
para ajudar alguém a desabrochar como uma flor."
Thich Nhat Hanh

terça-feira, junho 17, 2014

A ARTE DE DIALOGAR


Olá, pessoas!


A morte de Sócrates, pintura de Jacques Louis David, 1787


Vi ontem na internet a propaganda de um curso sobre a arte de dialogar. E pensei: já não era sem tempo! Tem gente demais perdendo a elegância; quando não concordam com algum ponto de vista, esquecem logo o debate, abandonam as ideias e atacam as pessoas. Sei lá, parece que são vocacionadas para o confronto. Imagino que aprisionadas em sua estreiteza de espírito, vivam em constante tensão e por isso extravasam suas frustrações, combatendo pessoas em lugar de combater ideias. Uma estupidez pungente. 

Eu fujo, quero distância dessa grei.

Fujo... mas dia desses, lá no facebook, alguém não gostou de um ponto de vista meu e apelando para a violência, verbalizou uma série de agressões. Tentou me atingir com uma voadora, direto na cara. Mas se deu mal: o golpe falhou. Luta corporal, o conhecido 'vale-tudo' não é comigo. Não atuo nessa área, jogo no campo das ideias.
  
Lembro de Sócrates, importante nome da filosofia ocidental, considerado por seus contemporâneos como um dos homens mais sábios e inteligentes da época, ele vivia dizendo "só sei que nada sei". Para ele o diálogo era a única forma de buscar e transmitir sabedoria e verdade. Ele acreditava que através do diálogo era possível despertar a consciência das pessoas e ajudá-las na busca do saber. 

Eu também penso assim.

Penso no diálogo como uma atitude interna de cada um de nós. Uma exposição pacífica de razões e argumentos, um empenho em tecer uma explicação de coisas que possam ser compartilhadas e entendidas por todos os que têm capacidade de pensar e que buscam não só a verdade, mas os modos de acessá-la. Assuntos, opiniões, livros, músicas, etc são coisas que podem ser compartilhadas, debatidas e compreendidas, ou seja, você toma conhecimento e outras pessoas também, e a partir daí busca-se, no diálogo, as nossas compreensões. O diálogo não é uma via de mão única, ele inclui convergências e divergências.

E suporta os mais variados pontos de vista.

Tenho esperança nas relações dialogais. Talvez os preconceituosos, donos da verdade, me achem sonhadora, e sou mesmo (do contrário eu já teria jogado a toalha e deixado de me ocupar com essas questões). Creio que o que aconteceu lá no FB, foi um modelo de comunicação travada, mas que pode ser melhorado através do diálogo. Dialogando, é possível ampliarmos os limites do espírito, questionarmos nossas próprias idéias e aguçarmos nosso raciocínio, pois como Sócrates não cansa de nos lembrar, nada nos afasta mais do conhecimento do que o pseudo-conhecimento, esse miasma que se parece tanto com o conhecimento, mas que, de fato, não é.

Sem guerras, please, estamos em tempo de paz.

Marli