terça-feira, abril 13, 2010

O TREM DA ALEGRIA DAS NOTAS



Olá!

Recebi ontem do maridex um email sugerindo esse texto para postagem aqui no blog. Li e gostei. O texto chama-se "Um Experimento Socialista" e foi escrito em 1931 por um tal de Adrian Rogers que nunca vi na minha vida e também não sei nada sobre ele, --pelo menos não lembro--, mas o texto que ele escreveu é ótimo, boa Adrian, você acertou na mosca! Então taí pra vocês, espero que gostem!

UM EXPERIMENTO SOCIALISTA
Um professor de economia na universidade do Texas Tech disse que ele nunca reprovou um só aluno antes, mas tinha, uma vez, reprovado uma classe inteira.

Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e justo.

O professor então disse: "Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas." Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam 'justas ' Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém seria reprovado. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um "A"...

Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam "B". Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.

Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como um resultado, a segunda média das provas foi "D". Ninguém gostou.

Depois da terceira prova, a média geral foi um "F".

As notas não voltaram a patamares mais altos mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram o ano... Para sua total surpresa. O professor explicou que o experimento socialista tinha falhado porque ele foi baseado no menor esforço possível da parte de seus participantes. Preguiça e mágoas foi seu resultado.

Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual o experimento tinha começado. "Quando a recompensa é grande", ele disse, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável."

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém. Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."
Até breve.
Fui

28 comentários:

  1. Olá minha querida e competente amiga Marli Borges, muito reflexivo o maravilhoso texto. Cabe muito bem num país sul-americano que eu conheço, governado por um ex-sindicalista metalúrgico, bem aposentado e cheio de ambição.

    paz e harmonia em seus dias,

    forte abraço

    C@aurosa

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  2. Olá Marli!

    Ótimo texto! Acho que já vi este filme, ou melhor, todos vimos!

    Beijos
    Lia♥

    Blog Reticências...
    http://liaks25.blogspot.com/

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  3. Marli, a história se repete...
    Um grande abraço!

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  4. Pertinente sua postagem, o filme atual então não é lançamento.

    É lamentável ver peprise.

    beijo.

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  5. Muito bom, muito bom, muito bom!

    Ler seu blog tá me fazendo um bem danado!

    Um abraço,

    Michelle.

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  6. Bom dia, Marli, como sempre, suas postagens são ótimas. Bela reflexão e bastante atual.
    Um maravilhoso dia!
    Beijos

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  7. Marli querida, ótimo texto...as pessoas gostem ou não, precisam aprender a buscar o seu próprio valor... cada qual está exatamente onde se põe... e se quer mudanças, tem que trabalhar para conquistá-las.
    Beijos...

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  8. Só um pequeno pormenor:

    Nessa turma, à partida, todos tinham as mesmas condições e instrumentos para utilizar, não era?

    L.B.

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  9. Hã??? Pior é que eu vejo um montão de gente sem se preocupar em mudar,melhorar, pq existe quem lhes dará sustento.. Aqui e agora. Uel, pensei que o nosso governo fosse democracia! Hã?

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  10. Não que eu seja contra repartir meu ganho com quem hoje está impossibilitado de prover o seu. Mas isto é decisão minha e feito por mim. Não uma imposição superior...

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  11. Creio que nós somos protagonistas desse excelente artigo não?
    beijinho

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  12. Que texto otimo para que alguns alunos das escolas estaduais de 5a serie a 8a ler e discutir.
    Com carinho Monica
    Obrigada por passar no meu blog

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  13. e pensar que esse texto não é de hoje. não é de nossos dias. Nem dá para acreditar. gostei demais

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  14. Oi Flor!
    Obrigada pela visita no meu cantinho,seja muito bem vinda! Estou te seguindo tbm!
    Beijinhos e uma boa noite.

    Flores e Luz.

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  15. Muito bom o texto, ainda não havia lido também. Com base nele, podemos relacionar vários problemas do nosso Brasil, o da educação inclusive. Abs!

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  16. Somos diferentes e nossas conquistas também, então não adianta querer mudar isto.
    O que o estado tem que fazer é devolver nossos impostos em benefícios, promover o crescimento, empregos,saúde...
    Beijos

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  17. Que bom ter-nos dado a conhecer esta lição, conheço muita gente que a devia ler, por isso, copiei-a e vou enviá-la por mail a uns tantos ou quantos conhecidos.
    Abracinho.

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  18. Oi Marli, quero voltar com calma para ler e comentar, o post tá prometendo e eu ainda não consegui parar...
    Mas agora passei só para dizer que tem selinho para você.
    Beijos.

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  19. Oi, Marli. Também recebi este texto, por email e o tinha colocado em rascunho, para postar oportunamente. Parece que foi escrito ontem, né?
    Igualdade social é uma utopia, e nem é necessária. Cada um que busque o seu sustento, dignamente.
    Mas meu ideal seria que todas as pessoas tivessem: uma casa para morar;
    um emprego para se sustentar;
    bons tratamentos de saúde, incluindo aí a odontologia. Uma das coisas que mais me dói na vida é ver uma pessoa desdentada ou com dentes mal cuidados;
    Para mim, este seria o mundo ideal.
    Sempre vai existir o muito rico, mas nunca deveria existir o miserável.
    Utopia?
    Bj

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  20. Oi, Marli.

    muito oportuno este texto. Atualíssimo. Tem uma turma no Governo que deveria ler. será que eles fazem parte da turma que só quer levar vantagem com o esforço dos alunos nota "A"?

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  21. Minha sábia amiga, Marli :
    Acho esta fábula muito interessante, por nos induzir a um erro muito comum, o de concluir uma idéia, com base em dados colhidos no meio do processo.
    Em princípio, a conclusão do professor me parece muito inteligente e impecável. Entretanto, quando nos imaginamos num mundo cheio de privilégios e preconceitos, onde a força tem prevalecido sobre a sabedoria, a guerra tem sido sinônimo de justiça e a riqueza vem qualificando o bom e o mau, somos levados a exclamar : "Ôpa, espera lá, mas os negros, os pobres, os analfabetos e tantos outros abandonados à própria sorte ou entregues à justiça dos mais afortunados, como ficam?".
    Se a gente pudesse zerar o contador, e fazer com que todos começassem do zero, acho que o professor teria toda razão. Quem não correr atrás, não tem o que reclamar.
    Mas, e o passado, as injustiças, as violências, a escravidão, a discriminação à mulher, o preconceito de cor e religião, como lidar com esses órfãos da história?
    Dizer-lhes, simplesmente, sinto muito? Falar-lhes da sorte de uns e do azar de outros? Avisar-lhes que terão de correr muito mais do que os outros, trabalhar infinitamente mais duro e tentar compensar o tempo perdido por suas gerações passadas, que sofreram toda sorte de injustiças?

    Sinto muito, mas apesar de entender que todos devem assumir os seus direitos e deveres, entendo também que apenas uma pequena minoria sai ganhando nesse jogo que está sendo jogado por uma humanidade ambiciosa e egoísta. Daí porque, ainda que concordando com o raciocínio do professor, que pode ter sido justo, naquela situação escolar, sou forçado a admitir a necessidade social de resgatar a autoestima de grande parte da humanidade. E só quando o contador zerar, aí sim acionar o sinal de partida, quando não existirão ricos ou pobres, intelectuais ou analfabetos, exploradores ou explorados, mas todos em iguais condições para buscar resultados.

    Seria mais fácil eu ter concordado com a idéia do professor, não é mesmo, Marli? Mas, me desculpe, eu não consegui optar por um comentário que me angararia mais simpatia do que restrições, mas não me deixaria com a consciência em paz.
    E veja bem, eu nem falei dos karmas, pois aí mesmo é que as coisas se complicariam ainda mais.

    Desculpe-me por ter-me alongado, mas foi preciso. O seu blog é um recanto que prima pelo bom senso e pela sabedoria, e eu não pude resistir a dizer o que penso.
    Abraços com muita admiração.
    Gilberto.
    Na Era do Rádio e Alma Mater.

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  22. Olá Marli,
    venho aqui porque gostei do seu comentário no blog da Maria Teresa e fiquei muito curiosa gostaria de ler o livro que você leu sobre a velhice
    Pode-me dizer o nome do livro e o autor?Obrigada.
    Também gostei muito do seu texto!
    É sempre actual!E muito interessante
    xx

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  23. Oi Marli, obrigada pela visita no meu blog, você é sempre muito bem vinda.
    Vim te agradecer e aproveitei para colocar a leitura do seu blog em dia, e por que li sua última postagem gostaria de comentá-la.
    Penso que alguns textos tendem a simplificar demais questões muito relevantes e, em geral, neles estão implícitas idéias e posições maniqueístas: bom ou mal. Ou seja, mais simples que isso impossível. Só que neste caso não é tão simples assim.
    Estou lendo um livro que contém uma passagem relevante sobre a idéia/possiblidade do socialismo, e por que concordo com o autor fiz uma postagem. Se puder leia o trecho que esta no meu blog.
    Pra finalizar, o que eu gostaria mesmo é que todo o dinheiro pago em impostos no Brasil fosse convertido em educação e saúde/saneamento básico, talvez ai sim, a gente pudesse começar a pensar em parar de estender a mão pra quem precisa, e parar de remediar e parar de tentar diminuir minimamente essa diferença gritante e vergonhosa de condições de vida no Brasil.
    Bom fim de semana.

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  24. Que texto excelente!
    Marli,eu quis premiar o seu blog e dediquei um selinho a você.Está lá no meu blog de viagens.Estou deixando o link.Passa lá para pegar.
    Beijos
    Yoyo

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  25. Bom dia Marli!
    Primeiramente obrigada pela visitinha!
    Que postagem interessantíssima!!! Até copiei para enviar para alguns amigos que não compartilham do blog nem internet, muito obrigada pela mensagem, muito inteligente, amei!
    Um abraço e bençãos divinas para vc!

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  26. Oi Marli,

    Que exemplo perfeito esse dos alunos de uma mesma sala de aula. É de uma ampla abertura, servindo para uma gama de situações. Desperta o compartilhar com o nosso semelhante, no sentido de um ajudar o outro, naquilo que puder, que souber. Não deixar ninguém para trás. Seria uma evolução humana mais uniforme, sem a predominância do egoísmo e egocentrismo.

    Beijos,

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  27. Oi Marli,
    Mudei para o endereço abaixo e gostaria de recebê-lo por lá!
    Então ficou assim: http://botanoblogg.blogspot.com/

    Se puder divulgar minha primeira exposição de fotos te agradeço. Coloquei um selo no post de hoje!
    bjao!!!!

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  28. excelente! conhecia o texto e cada vez mais admiro.
    claudete

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BOM VER VOCÊ POR AQUI!
Procurarei responder a todos e retribuir as visitas com a maior brevidade possível. Abraços. Marli