G A L E R I A

segunda-feira, julho 12, 2010

O OUTRO LADO DA MOEDA

Olá!

Não tem coisa pior do que esperar. Ressalvando-se a gravidez, todas as esperas são terríveis. Era assim que eu pensava, e na minha juventude, sempre odiei o verbo esperar. Mas veja você como são as coisas. Pois não é que fui casar justo com um homem que tem uma profissão que o obriga a viajar? (Quando casei não era assim, mas ele terminou a faculdade e então... grrrr). Bom, das duas uma, ou eu aprendia a esperar ou me ferrava.


Fazer o quê, preferi aprender. Posso dizer que conheço o verbo esperar em todas as suas nuances e declinações. Espero no frio e no calor. Espero de manhã, de tarde, de noite, de madrugada. Sou Phd em esperar. O aeroporto é minha segunda casa. Sei tudo sobre saída e chegada de aviões. É lá que me instalo, eu e meu arsenal variável: às vezes livros, palavras cruzadas, lap, revistas... E, de quebra, instalo também o meu olhar panorâmico! Gosto de observar o ir e vir das pessoas e suas atitudes. Tenho histórias para contar.

Toda semana estou no aeroporto esperando meu príncipe (des)encantado, rsrs! E sei que ele chegará saudoso, louco pra ir pra casa e retomar a convivência comigo, nossos filhos e nossos netos. (E nossos cachorros também!). Assim que ele chega, tem beijo e um baita abraço e a gente segue até o carro. Agora falta pouco. Logo, logo estaremos novamente em nossa casa. É sempre assim, essas coisas ninguém muda, hehe.

Se gosto desse modus vivendi? Gosto. Aprendi a tirar de minhas circunstâncias o que de melhor elas têm pra me oferecer.

A convivência nesses moldes está muito longe de ser um castigo. Tenho tempo livre para alimentar meu espírito, para trabalhar, ler, pensar, planejar, enfim fazer tudo o que me der na telha. E não posso negar que essa separação forçada traz mais saudades e estimula nossos reencontros. E, decididamente deixamos de lado as mazelas diárias, preferimos aproveitar ao máximo o tempo que temos para ficar juntos e conviver com nossos afetos. É a velha história: a vida é uma só, hehe.  (O portão eletrônico estragou, o micro deu pau? Isso a gente fala e resolve depois, durante a semana, por msn, telefone, sei lá. Os problemas vão surgindo e a gente vai resolvendo. Easy. Mas por favor, sábado e domingo, definitivamente não!!)

O chato de viver assim, (boa parte do tempo um lá e outro cá), é que muitas vezes a gente deixa de compartilhar aniversários, aquele filme especial, etc, coisas banais que compõem a vida de um casal.  Mas tudo tem um preço.  Licença, vou ter que parar, o príncipe tá chegando, tchau!!!

E você, já passou por alguma experiência semelhante? Que acha?

Beijos.

29 comentários:

  1. OI Marli, estou longe de tamanha distância, mas há dois anos o Vi foi transferido para o outro lado da cidade. De verdade, é mais longe do que algumas viagens. Quando estava saindo de Campinas liguei para ele avisando o horário do vôo, fiz check out, embarquei, viajei, cheguei ao Rio, desembarquei,peguei mala, entrei no taxi, liguei para ele (que ainda estava na metade do caminho). São 4 horas, no mínimo, que perdemos de convívio. Ele sai muito cedo e chega muito tarde agora, e eu sinto saudades. Mas o que me deixa triste é vê-lo tão cansado. Sei que esta fase está por terminar e fico feliz, em breve estaremos mais pertinho! POr hora, torço pelos feriados e amo os finais de semana. Estar junto ao meu amor me faz feliz demais!!!
    Beijos.

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  2. Oi, Marly,

    Gortei do texto e acho que o convívio nessa base pode ser muito bom. Claro que há pequenas perdas em alguns aspectos, mas o convívio muito próximo (e frequente) pode fazer aflorar muitas diferenças e mesmo
    provocar pequenos 'choques' de personalidades.
    Mudando de assunto, gostei muito de saber que você foi bem sucedida na preparação dos suspiros e os aprovou! rsrs. Para variar o sabor você pode usar essências ou raspas da casca de limão/laranja (1/2 colher de chá).

    Beijão e muito obrigada pela visita e comentário lá no bloguito.

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  3. Olá Marli!
    Esperar...coisa complicada!!!
    Mas na vida temos que aprender a conviver com os momentos de espera.
    Felizes as pessoas que têm por quem esperar...
    Como sempre gostei muito.
    Um beijo gostoso e aproveita bem a companhia do maridão!
    Astrid Annabelle

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  4. Todo tipo de convivência tem seus senões. Não dá para se ter tudo. Alguma coisa sempre se perde. O bom é quando podemos olhar para o que ganhamos e não ficar lamentando o que perdemos.
    Gostei do texto e de suas colocações. Que bom que aprendeu a aproveitar o que a vida lhe ofereceu.
    beijos

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  5. Bom dia Marli:
    Esperar a maioria das pessoas não gosta. Mas, é como você falou, das circuntâncias você tira o melhor e aprende a viver cada dia bem. Ainda mais quando há amor. Aí, fica mais fácil mesmo. Gostei do seu texto e da sua partilha. Um bom dia, uma ótima semana. Beijos ;)

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  6. Linda matéria Marli!
    Porque a vida é mesmo uma eterna espera e com ela aprendemos a cada dia... se queremos.
    Continue essa mulher compreensiva e dividindo seu tempo que ao final seu príncipe voltará sempre mais amoroso e caliente para seus braços.
    Beijos de luz.
    Goretti

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  7. Pelo menos o outro lado da moeda foi melhor. Agora você gosta de esperar. É bom que dá mais saudades beijs

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  8. Ai Marli querida eu vivo assim, eu e meu marido moramos em cidades diferentes por causa do trabalho dele, todo fim de semana é uma tristeza depois que ele sai, a casa fica vazia, o bom é que toda sexta é a maior expectativa da espera, mas espero que isso acabe logo, já me cansei de viver assim.
    beijos

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  9. Querida Marly,houve uma época q/ passei p/ isso;parecia o pedro pedreiro.
    Mas,continuo esperando:esperando ver os filhos q/ moram longe,esperando o marido chegar do escritório,esperando boas noticias,o lançamento do meu livro,esperando um mundo melhor.
    O verbo esperar,q/ raio de verbo!
    se a palavra esperança n/ viesse dele eu juro q/ o tiraria do meu PC. bjs

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  10. Oi Marli! Sabe que estou, de um ano para cá, experimentando algo parecido? Não, meu marido não virou piloto, comissário nem nada disso, mas, em função do trabalho, ele tem viajado uma semana (pelo menos) por mês. E tem sido como você falou: aprendemos a não dar tanta importância aos problemas (quem não os tem?) e valorizamos nosso tempo juntos. Acredito até que isso nos aproximou, ao contrário do que poderíamos pensar! Um beijo! Deia

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  11. Querida Marli, já passei por isso em uma época da minha vida.
    Meu marido passava quase toda a semana no Rio, trabalhando, e eu ficava em BH com os meninos.

    Hoje, com o meu amor aposentado, passamos 24 horas juntinhos.
    Em compensação, os filhos já estão fora de casa, e o mais velho (pai da netinha), mora em SP, e eu só os vejo uma vez ao mes.
    O caçula mora por perto, e dá prá gente se encontrar pelo menos uma vez por semana.

    Temos que nos acostumar, né?
    Afinal nessa vida, nada é perfeito!...:)

    Beijão e muita LUZ prá você

    Cid@

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  12. Marli minha florzinha de amiga...sempre muito legal você compartilhar sua história com a gente...bonito de ver como vocês se adaptaram e fazem disto uma grande experiência...vivendo o melhor de tudo.

    Tenha uma linda semana amiga...
    Beijinhos...

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  13. Oi Marli!
    Gostei muito da descrição que fez da sua experiência da espera e do tipo de relação que construiu e que me parece muito sentida e cheia de afecto. Nunca passei por uma relação em que a espera estivesse presente, mas há anos atrás, sonhava construir uma coisa do género Sartre - Beauvoir..
    Obrigada mesmo por ter passado no Banzai num dia muito especial para mim.
    BEIJOS

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  14. Eu já Marli. E gostaria de ter a maturidade que creio possuir hoje para reviver uma situação que eu amava tanto e perdi por não poder esperar a vez do outro ( o vice versa também funcionou). Ou seja foi, pura falta de matuiridade e a exata compreensão desses pequenos obstáculos que são nada diante de dimensão que podemos dar às nossas vidas. Assim é que é bom. Abraços e eternidade nessa felicidade. Paz e bem.

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  15. esperar realmente é o fim...o maior símbolo da espera é a esperança

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  16. Marli
    Fazer o que não? O melhor é se acostumar mesmo; mas o bom é que vocês ficam cheios de saudades.
    Eu, pelo contrário, conheci meu marido no trabalho e até hoje trabalhamos juntos. São 24 hs alí juntinhos, todo dia.
    Mas é bom também.
    bjs

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  17. A vida é mesmo repleta de esperas, esperamos crescer rápido para depois esperar crescer um pouco mais devagar. Esperamos entrar na escola e depois esperamos poder sair. Esperamos um grande amor, um bom emprego, esperamos tanto.
    Espero que continue escrevendo.

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  18. a minha vida é o inverso da sua. quando me casei o bonitão viajava e só chegava em casa nas sextas à noite. segundona ia novamente para as estradas. agora quando ele vai, maioria das vezes vou tb. tudo é uma questão de se adaptar e como vc bem disse, tirar o melhor da situação. boa noite querida.

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  19. Marli, putz, eu odeio esperar.
    Só esperei meus filhos pq nao tinha jeito. Mas foram 9 meses agoniada, e os dois foram de cesarea e eu pude adiantar....
    Absurdo nao ? eu acho, mas é uma coisa mais forte do que eu, tenho a maturidade suficiente pra saber que tô errada.
    Bem, paciencia...quem sabe se o tempo nao me faz ser mais paciente

    Bjks

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  20. Eu aprendi a não esperar!
    Optei por dar continuidade a minha vida profissional e ele também, somos separados pela distância e a convivência se tornou resumida aos finais de semana. Daí me lembro de conselhos, tipo: vale a qualidade do que a quantidade, neste caso, de horas! Vivo um amor sublime de conexão de alma - ele está totalmente ligado em mim, assim como eu nele - podemos ser extremamente românticos e deixar as tristezas domésticas para segundo plano. Porque no dia a dia, as 'brigas' domésticas são sempre inúteis e vejo casais mais se destruindo do que construindo uma relação. A nossa dependência é exclusivamente afetiva e colocando um pouco os pés no chão e sentindo um certo medinho do futuro: o marido da minha vizinha se aposentou e hoje ela briga com ele o dia todo. Antes isto não acontecia. Ela me disse que agora, que ele passa o dia todo em casa, se senti invadida, não tem mais tempo para ela e tals. Quer dizer, nos acostumamos com uma rotina e mudar é sempre complicado! Beijus,

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  21. É Marli concordo em gra genêro e número a espera realmente é algo difícil que precisa de muira disciplina para se aprender, ou ser obrigado(a) a conviver...rsrs
    Tenho certeza que de toda espera sempre tiram o melhor do reencontro, disse uma imensa verdade, o lado bom é a saudade que sempre se instala na presença da ausência.
    E outra parte igualmente importante é essa de deixar para depois as mazelas que se pode resolver de outras formas...

    Adorei saber mais de ti.

    E espero que sempre tirem o maior proveito da vida, pois esta é a presente!!

    Beijos!

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  22. OI Marli!

    Apesar da espera...tua vida conjugal é cheia de encontros!!
    Rotina? Nem pensar, né?

    A gente se adapta a tudo e o segredo é tirar o melhor de todas as situações e aproveitar as possibilidades!

    Beijos

    Lia

    Blog Reticências...

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  23. Olá Marli
    Já passei por isto e num momento de pouca maturidade. A espera transforma-se numa grande angústia. Mas de tudo se rira aprendizado, não é mesmo?
    bjs

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  24. Oi Queria Marli,
    Faz dois anos que vivo mais ou menos como você, meu noivo mora em Recife (faz doutorado lá) e eu moro em Caruaru(120km), nos vemos de sexta a domingo, nos revesando entre Recife e Caruaru infelizmente. Ao contrário de você, ainda não sei me dar bem com essa situação não, e espero ansiosamente me formar e correr para Recife ano que vem também. É engraçado, como eu não consigo me acostumar, passo a semana todinha saudosa! Semana passada, na quarta, eu tinha ido fazer a unha e não tinha nenhum compromisso na quinta, não tive dúvida, com a roupa do couro parti ao encontro do meu Querido, que adora essas surpresas.
    ótima reflexão como sempre!
    Bjus

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  25. Oi, Marli

    No cambaleio da minha cama, rsrs, estou colando recados.
    Preciso, pois quero que saibam que estou por aqui, vendo, lendo e amando tudo.
    Adoro vcs.

    Bjs no coração!

    Nilce

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  26. A sabedoria está em se adequar ao que não dá ou não deve ser mudado.
    Na verdade passamos a vida esperando, embora muitas vezes essa espera está já tão implícita na lógica das coisas, que sequer nos damos conta, não é!
    Bom ter encontrado uma forma de romper a barreira da espera.

    Beijo com carinho.

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  27. Hello! I read your experience of married life.

    In my case there is an agonizing wait too. My husband travels at service little now, but he is a federal police officer. So, my anxiety is to hear him say at some point by phone: - Hello love, I and everyone are all well! I come home at soon...

    I liked your blog and follow it.

    I wish you peace.

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  28. "Quem tem alma não tem calma", já dizia Fernando Pessoa. Sou muito impaciente, odeio esperar, me identifico muito com essa frase. Mas acho q com o tempo a gente vai aprendendo a levar.. Assim espero, né. Beijoss

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  29. Oi Marli!
    Eu vivi muito nessa espera nos sete anos de namoro/casamento. Antes ele corria o país a trabalho e agora só Goiás mesmo. Nos vemos todo fim de semana. Se é verdade que nos privamos de muita coisa boa, também afastamos de nós nesses anos todos os probleminhas da convivência. Esse mês demos um passo importante para nossa qualidade de vida e como casal também, que foi a transferência da nossa casa para Itumbiara, onde eu trabalho e de onde não consegui transferência. Estamos ainda nos adaptando, ainda ficarei um pouco longe dele, mas pelo menos agora estarei em casa, na segurança do lar, cuidando de tudo para quando ele chegar e não em casa só aos fins de semana, como antes. Já teve dia de eu e ele chegarmos na sexta feira no portão de casa em Goiânia na mesma hora, passarmos o final de semana e na segunda de madrugada já viajarmos juntos, cada um para um lado, de novo.

    Se Deus quiser essa mudança trará novos rumos e finalmente a alegria de aumentar minha família.

    Bjos e parabéns atrasado pelo aniversário de casamento.

    Bjos.

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Procurarei responder a todos e retribuir as visitas com a maior brevidade possível. Abraços. Marli