-Marli Soares Borges-
Temos uma mania indigesta de achar que trabalho para ser trabalho tem que ser difícil e "trabalhoso" e que a gente tem que "passar trabalho" para trabalhar.
Se você fez um trabalho e foi fácil, ah, não pode ser trabalho... de onde tiramos esse pensamento tão absurdo? Não tenho a menor ideia, mas sei que isso já está tão arraigado em nossa mente que a reação já é automática: se executarmos facilmente uma tarefa e estivermos falando sobre isso numa roda de amigos, por exemplo, tratamos de colocar um ingrediente doloroso para valorizar nossa situação.
Parece que trabalhar numa boa e obter um ótimo resultado não nos agrada, queremos o peso, a dor, o sofrimento, a aridez e o cansaço que nos aniquila. De alguma forma sempre acabamos equiparando o trabalho com o sacrifício. Perceba que nas mais diversas situações da vida achamos seguro apelar para a "luta" e a severidade do trabalho, pois sabemos que esse argumento ninguém vai colocar em xeque, afinal, está combinado que trabalho é trabalho e que trabalho é dureza. Bom mesmo é derreter o nosso tempo lutando na guerra fria do trabalho! (ah, gostei dessa frase, rs). É mais ou menos assim: estamos sempre em "guerra" e na guerra a gente sempre "luta".
Mas eu não me conformo com isso. É óbvio que trabalhar é dever, mas pode ser também um prazer e uma ótima fonte de gratificações. Por que não? Para facilitar, a gente deveria trabalhar naquilo que gosta ou que tem talento para fazer. Infelizmente, porém, isso nem sempre é possível e a gente acaba tendo que trabalhar em outras coisas completamente diferentes daquilo que nos apaixona. E aparecem as frustrações para complicar. Talvez daí tenha surgido essa associação do trabalho com algo desagradável e dolorido. Não sei, só pensei. Contudo, sigo acreditando que embora estejamos trabalhando em algo que não é bem o que desejávamos, ainda assim é possível trabalhar sem "passar trabalho". É possível obter boas compensações e dar uma rasteira nas frustrações. Basta que redirecionemos nosso pensar e que encaremos nossa realidade de frente, sem vitimismos: ideal é uma coisa, real é outra. E bola pra frente. Acho que já passou da hora de colocar um ponto final nessa maldita sina de sabotar nosso próprio trabalho.
Não, eu não disse que é fácil. Eu não falei em facilidade. Eu falei em possibilidade.
Concordo com essa possibilidade.
ResponderExcluirMas a realidade, com também frisou, nem sempre nos proporciona trabalhar de acordo com os nossos gostos e aptidões.
Infelizmente uma realidade cada vez mais presente, para não falar, nos que nem tem trabalho têm.
Um beijinho, Marli.
Muito bom,Marli! Temos que aliar o nosso gosto com o dever no trabalho e então, as coisas ficam mais fáceis,na certa! beijos, tudo de bom,chica
ResponderExcluirÉ Marli, o ser humano se identifica muito com o drama, com o sacrifício, com tudo o que é mais difícil e infelizmente aprendeu a dar valor, somente se as coisas assim o são e digo mais, quando não são de fato, criam algum drama, só pra dar uma valorizada.
ResponderExcluirBem sei que nem sempre se é possível trabalhar no que gosta ou que tenha mais vocação, mas uma coisa aprendi na vida, que todo e qualquer trabalho é benção e se sentida como tal, pode ser tão mais leve e simples.
Bom final de semana, beijos
Valéria
Quando a gente trabalha com o que gosta o trabalho é um prazer.
ResponderExcluirÉ assim que deve ser.
Gostei do seu texto, Marli.
Um beijinho
Verena.
Fantástico texto. Tudo o que se faz com gosto é maravilhoso! :))
ResponderExcluir*
Traço as linhas do meu horizonte
-
Beijos e um bom fim de semana.
Gostei do texto, uma reflexão e tanto. O bom é trabalhar com satisfação e alegria, realmente, às vezes não é fácil, o negócio é fazer por onde de não ser um peso e sim um meio de oferecer o nosso melhor.
ResponderExcluirBjs
É verdade... e o trabalho nunca acaba, ele é que acaba connosco que por vezes ficamos de rastos seja que tipo de trabalho for .Saúde e bjinhos
ResponderExcluirHá muita gente a trabalhar contrariada. E não adianta dizer que o trabalho dignifica o homem ou outras coisas semelhantes. É que a maioria das pessoas não faz o que gosta e encara o trabalho como um castigo. Uma boa reflexão este seu texto.
ResponderExcluirUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.