G A L E R I A

terça-feira, janeiro 20, 2015

DANOU-SE, SENHORA


Já falei que, por enquanto, sou contra a pena de morte. Entendo que e o Estado quando decide matar, toma para si um direito que não lhe pertence e que a vida é uma só: morreu, morreu... acabou-se. Após o cumprimento da pena capital estará descartada qualquer possibilidade de revisão por erro judicial. É isso que me tira do sério. Não gosto de bandidagem, não gosto de traficantes, mas não suporto a ideia do Estado decidindo, quando e como, alguém deve morrer. Claro que esse infeliz fuzilado nunca foi santo na vida e sempre teve a pior das intenções. Ele sabia das penalidades e mesmo assim decidiu traficar, então ele que se exploda, oras! Mas em se tratando da pena de morte aplicada, não consigo aplaudir. Nem no juízo momentâneo do 'por aqui o crime compensa e por lá não'. E não estou com peninha do bandido, Deus me livre, por mim ele que torre no inferno! O que me incomoda é a concepção jurídica da pena de morte em si, que me passa uma ideia de relativização do Direito. Mas isso é outro assunto. No mais, sou plenamente a favor de que cada país obedeça suas leis, e se tiver pena de morte, cumpra-se! doa em quem doer. 


E o pedido de clemência da Dilma?


Bom, eu acho uma inversão total de percepção esse tipo de investida presidencial, porque o remédio jurídico para livrar o brasileiro da morte, era outro, que não foi dado no momento certo, e agora esse pedido de clemência já era. Mas é óbvio que a Dilma, acostumada a mandar e demandar a torto e a direito, -- a lei?, ora a lei! -- não conseguiria, por bem, entender que o exercício do poder não é absoluto, que há limites, e que é preciso respeitar às leis de um país. Mas depois dessa, creio que ela deve ter aprendido alguma coisa. O Presidente da Indonésia acaba de ensinar-lhe uma liçãozinha básica: existe em cada país, uma coisa que se chama soberania e tem tudo a ver com a máxima de que as leis devem ser respeitadas! 


Voltando um pouquinho o filme. 


Não consigo imaginar a sensação de desespero e raiva que ela deve ter sentido, quando se deu conta de sua incompetência: ela teve 4 anos para providenciar a extradição do cara e não providenciou. E ele foi julgado por lá. E foi então que ela viu o paradoxo em que estava metida: não seria ideal para sua imagem 'de poder', abandonar um brasileiro assim, com morte anunciada, num país estranho ao seu; e não seria ideal para sua imagem 'ilibada', demandar por um bandido, um traficante que fora condenado em processo regular num país estrangeiro. Ela teria que assumir uma posição: ou respeitava a soberania do país ou manejava seu velho conhecido: o carteiraço!

E na qualidade de Presidente do Brasil ela optou. Pelo bandido. E como não poderia deixar de ser, o carteiraço em forma de pedido, reavivou o justo ressentimento dos brasileiros -- os honestos e trabalhadores, é claro -- e chegou como um vendaval: -- O MUNDO É TESTEMUNHA, A PRESIDENTE DO BRASIL PEDIU CLEMÊNCIA PARA UM TRAFICANTE! 

Danou-se, Senhora. Seu colega da Indonésia respeita as leis de seu país. 

Marli Soares Borges

quarta-feira, janeiro 07, 2015

NINGUÉM ENXERGA LONGE SEM AUXILIO


ninguém enxerga longe sem auxilio

Ninguém enxerga longe sem auxílio, e o conhecimento não acontece plenamente para aqueles que apenas escalam os muros tentando ver se conseguem, lá das alturas, observar mais longe. Claro que o 'escalar muros' também é importante, mas penso que para ampliar nossa consciência e aprimorar nossas percepções e interconexões com a realidade, precisamos da cultura, do estudo, do auxílio dos gênios e dos poetas, das músicas e dos filmes, dos livros e dos textos, dos telescópios e dos microscópios. Mas precisamos também dos longos papos e dos porres memoráveis. E da atenção e do equilíbrio. Prestar atenção às sinfonias dos grandes músicos, e aos pássaros que cantam lá fora; aos grandes filmes e aos peixes que nadam nos rios; aos sonetos de Shakespeare e às palavras de bem-querer que brotam dos lábios das pessoas comuns. Tudo na sua medida. O difícil caminho da sabedoria, como apontou Zaratustra (e seu criador, Nietzsche), é uma estrada de muita solidão e incompreensão, onde aquele que busca ser sábio, seguidamente tromba ao seu redor com a tolice, a estupidez e a trivialidade, sem falar na traição e na crueldade. Pois é. E haja sabedoria para lidar com tudo isso! Mas gosto dessa ideia de sabedoria e de aprendizados. 

Marli Soares Borges

domingo, janeiro 04, 2015

PRIMEIRO POST DE 2015

primeiro post

Cuide de sua pele, cuide de você. Para começar, que tal firmar um propósito de não assumir dívidas que depois não possa pagar? Com isso você não andará de cara feia o ano inteiro, e uma cara alegre é bom demais para a pele. E além do mais, você fará um grande favor ao universo, pois se você não sabe, nossos sentimentos e atitudes são contagiantes, tanto para o bem como para o mal.  


Veja o que encontrei: a Cartilha do Superendividado.
Ela prega dez mandamentos:

1.   Não gaste mais do que você ganha.
2.   Tenha cuidado com o crédito fácil.
3.   Não assuma dívida sem antes refletir e conversar com sua família.
4.   Leia o contrato e os prospectos.
5.   Exija informação sobre as taxas de juros mensal e anual.
6.   Exija o prévio cálculo do valor do total da dívida e avalie se é compatível com sua renda.
7.   Compare as taxas de juros dos concorrentes.
8.   Não assuma dívidas em benefício de terceiro.
9.   Não assuma dívidas e não forneça seus dados por telefone ou pela Internet.
10. Reserve parte de sua renda para as despesas de sobrevivência.


E agora conheça o teste "Estou superendividado"

( )  Minhas dívidas equivalem a mais de 50% do que ganho;
( )  Preciso trabalhar mais para pagar minhas dívidas no final do mês;
( )  Meu salário termina antes do final do mês;
( )  Minhas dívidas estão sendo causa de desavença familiar;
( )  Não consigo pagar em dia as contas de luz, água, alimentação, aluguel e/ou condomínio;
( )  Tenho sofrido de depressão em razão das dívidas;
( )  Meu nome está registrado em cadastros, tais como SPC, SERASA, CCF;
( )  Tenho atrasado o pagamento das minhas dívidas;
( )  Já pedi dinheiro emprestado a familiar ou a um amigo para pagar minhas obrigações;
( )  Minha família não tem conhecimento de minhas dificuldades.

Pense nisso, quem avisa amigo é.
Beijos
Marli