terça-feira, dezembro 15, 2015

NÃO À ESTUPIDEZ





A paz, a compreensão e o progresso fundamentam-se no diálogo. Pena que tanta gente se orgulhe de sua própria irracionalidade e aos berros, com o dedo em riste, tente impor suas ideias. Sim, impor. Todavia o efeito é outro. Na verdade essas pessoas protagonizam uma intolerância, cujo resultado é sempre o retrocesso. É preciso entender que gritos não convencem e nem conquistam o respeito de ninguém. Gritos são desesperos escancarados daqueles que não têm argumentos e que não sabem mais o que dizer ou fazer para atingirem seus objetivos. Pessoas com opiniões diferentes nem sempre estão em lados opostos, mas se estiverem, elas podem - e devem - discutir civilizadamente. Mas antes, precisam renunciar à estupidez.

Marli Soares Borges

quinta-feira, dezembro 03, 2015

INCONSISTENTE




Um discurso limitado a ataques ingênuos ao Cunha. A velha tática que todo mundo já conhece. -- Mas ad hominem não é defesa, Senhora! -- Nem no pronunciamento em que responde ao início do processo de impeachment, ela abandonou as abobrinhas. O que ela disse do Cunha já é de conhecimento público e num governo sério, tais fatos já o teriam afastado do Legislativo, o que faz com que essa 'defesa' só deponha contra ela. E alegar que nunca deu motivos para o impeachment é mais outra de suas mentiras deslavadas sobre o gigantesco esquema de desvio de verbas e chantagem eleitoral, que culminou nas pedaladas fiscais, que são precisamente os fundamentos do pedido de impeachment. Enfim, esse foi um discurso histórico e deve ter contado com o auxílio do Advogado Geral da União, afinal, ela é incompetente, mas não é louca de tratar um assunto pessoal dessa envergadura, com o desdém e inconsequência com que costuma tratar de assuntos menores como os assuntos do povo ou a tragédia de Mariana, por exemplo. Nesses, qualquer improviso serve. Mas foi mal, Senhora! O discurso não valeu, nem mesmo escrito. (notaram que ela leu? há muito eu não via ela lendo um discurso). O que vi mesmo foi uma mulher enfurecida, cheia de ódio, tentando desesperadamente aparentar uma calma e segurança que não tem. Croc, croc, croc, mais pipoca, que o filme é longo.

Marli Soares Borges

domingo, novembro 29, 2015

REDESCOBERTA DO TEMPO


em busca do tempo perdido



A verdadeira alavanca da redescoberta do tempo é a memória involuntária. Aquela memória que "brota" em nós, muitas vezes acionada apenas por um perfume, uma cor, um sabor, uma voz, uma música. O escritor francês Marcel Proust, com apenas um gole de chá e uma mordidinha na "madeleine", (um bolinho em forma de concha) reteve na memória, inesperadamente, material suficiente para escrever sua obra prima, "Em Busca do Tempo Perdido", um dos romances mais lidos da literatura moderna e um dos principais clássicos da história da literatura.

O sabor fez com que ele revivesse detalhes de sua infância que jaziam escondidos na memória. Tudo foi reencontrado e vivenciado na fase adulta. Aquele singelo lanche foi a passagem para uma nova perspectiva sobre sua vida e seu trabalho.

Bom, agora vou tomar um café. Pode ser que minha memória involuntária resolva se manifestar, rsrsrs.

Marli Soares Borges