sábado, julho 31, 2010

BLOGAGEM COLETIVA - SENTIMENTOS - MEDO

Olá!

Nessa ´postagem o sentimento é MEDO.



Não tenho medo. 

Aos vinte e poucos anos de idade decidi que nunca mais teria medo. Não estou falando do medo das doenças, dos desastres, do controle social, da morte. Refiro-me a outro tipo de medo, aquele parecido com pavor. 

Posso dizer que numa fase de minha vida eu fui a personificação do medo. Tinha medo de muitas coisas, mas o escuro particularmente me descompensava. A sensação era terrível, como se alguém, uma sombra, andasse no meu encalço. Eu ficava paralisada de terror. E virava um trapo. Recordo-me que a última vez em que tive medo, quase enfartei. Foi um episódio banal, mas o medo foi atroz. Um divisor de águas em minha vida. 

Naquele verão, minha filha era bebê e estávamos em férias, na praia, numa casa à beira-mar. Era uma noite agradável, super comum. Meu marido, ali pertinho, comprando cerveja para nós. Tudo numa boa. Até o momento em que a luz apagou e ficamos na escuridão. Minha filha e eu. 

Comecei a tremer e a sentir aquela sensação cruel... e a ouvir os barulhos do medo... Santo Cristo, ouvia o mar, o vento... tudo em proporções assustadoras... e o pavor começou a tomar conta de mim. Uma doideira só. Pois não é que de repente, sem saber como, abandonei a agonia e num lance de coragem resolvi encarar a situação? Consegui mover-me, abri a porta e saí com meu bebê no colo, sozinha, no escuro. Eu tremia, mas continuava segurando minha filha. E o desespero foi passando. (Sei, isso foi um milagre).

Ficamos ali na areia, pertinho do mar, quietas, nenhum pio. Foi então que notei o céu..., sem lua, mas todo estrelado. Abracei minha filha e uma calma desconhecida inundou meu coração. E fiz a promessa que transformaria para sempre o meu viver. Prometi, com todas as minhas forças, que nunca, nunca mais teria medo! E os anjos disseram amém. E anunciaram ao Pai os meus propósitos. O tempo que segui vivendo confirmou essa certeza. 

Na volta pra casa, continuava escuro, mas andei a passos lentos, sem tremer. Meu coração estava sossegado. 

Agora, resumindo aqui pra você, noto que faltaram alguns detalhes. É que não encontrei as palavras. Mas acredite, foi uma coisa muito louca. Quem conhece o medo intenso, sabe muito bem o que passei.

Hoje em dia, quando lembro daquele episódio, renovo minha certeza: Anjo-da-Guarda existe sim! E o meu não brinca em serviço! Não quero nem imaginar o que poderia ter acontecido com minha filhinha, tal era o estado em que eu me encontrava. Meu anjo? Nota mil! Mas, pensando bem, acho que foram os dois anjos, o meu e o da minha filha, que uniram as forças e seguraram aquela onda. Aleluia!

Okok, mas o que restou disso tudo?  Uma coisa muito boa. Nunca mais senti aquele tipo medo. Não, não me olhe assim, eu também não entendo. E alguém, por acaso, entende os anjos? 

Desculpe o atraso na postagem. Minha conexão simplesmente sumiu!! Esse post faz parte da Blogagem Coletiva do blog Café com Bolo.

Beijos. Fui.

segunda-feira, julho 26, 2010

POR DEBAIXO DOS PANOS - A LEI DA PALMADA

Olá, todo mundo.

Não, não é a música do Ney Matogrosso, (que adoro). É a LEI DA PALMADA. Aposto que você já ouviu falar. Acertei?

(Abro o parênteses para um up date. Escrevi esse texto em 2010 e ainda continuo pensando assim. Até pode ser que mude meu pensamento, mas tudo vai depender dos argumentos que encontrar no caminho. Se você quiser ler a notícia direto na fonte, copiei o link. "Após dois anos de tramitação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados, foi aprovado na noite desta quarta-feira (21.05.2014), no colegiado, o projeto de lei que altera o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e proíbe a aplicação de castigos físicos a crianças e adolescentes. Chamada até então de Lei da Palmada, o projeto seguirá para o Senado com o nome de Lei "menino Bernardo", em homenagem ao garoto Bernardo Boldrini, assassinado no Rio Grande do Sul." Os grifos são meus. Fecho o parênteses)

Não se engane, essa lei não veio dar direito às crianças, evitar castigos, etc, pois isso, o ECA (meu Deus que nome horrivel! ) já prevê e oferece todas as ferramentas processuais necessárias para fazer valer o direito.

Essa lei é mais outra ingerência insidosa do governo dentro das nossas casas, (numa perspectiva conceitual e estrutural), fazendo mudanças sem as devidas e necessárias explicações. Goela abaixo.


vigiar e punir
Img. web. Do livro "Vigiar e Punir" (M.Foucault)

"O poder disciplinar é exercido 
através da observação vigilante e da sensação 
de estar sempre sob a presença do poder maior coercitivo."
E não é isso que estão fazendo conosco?

A afirmação implícita na lei de que a educação dos filhos é atribuição do Estado, traz consigo uma mensagem cifrada: o Estado pode ditar normas aos pais. Mas pelo que sei, a instituição familiar antecede o Estado e, portanto, não poderia ser invadida por ele. Isso só acontece nos regimes totalitários. 

A propósito, você já leu o livro "1984" de George Orwell?  Nossa, é uma metáfora da realidade que estamos construindo! Mostra com clareza como o Estado manipula as pessoas. Tem uma história interessante de um menino que denuncia seus pais. E o faz, sem a menor crise de consciência, ao contrário, sente-se muito bem com essa atitude. Seus pais foram vaporizados, porque essa era a pena para o tal "crime" que haviam cometido (crimidéia, pensar mal do Estado). Mas o filho, ah, ele cumpriu a lei! Coisa boba essa história de família, de pais e de amor! Caracas. (Orwell escreveu também outro livro "A Revolução do Bichos". Dá só uma olhadinha, você vai ver tanta coisa conhecida por lá).

Você sabe qual é o herói mais bem situado na Russia? É um carinha de 14 anos que denunciou o pai e a mãe que estavam escondendo comida para não morrerem de fome. Fez isso por cega obediência às leis e amor ao Estado. Que coisa mais horrorosa. Tempos depois alguns parentes mataram o carinha ordinário. Não deu outra: ele virou mártir, herói nacional. Tem até nome de rua. Clap, clap.

Aqui no Brasil, esses pequenos delatores, no mínimo seriam encaminhados para avaliação psíquica. Por enquanto...

Uma leizinha aqui, outra acolá, por debaixo dos panos. Discretamente. Pequenas leis, que bem anunciadas, fazem grandes estragos na cabeça das pessoas e atingem direto a célula-mãe da sociedade. E quem ganha com isso? Ih, pode parar... já estamos carecas de saber. Se não fosse o jornal eletrônico "Congresso em Foco", esse projeto teria passado batido, no meio de milhares de outros. Lembram daquela máxima: "dividir para melhor reinar", é nesse viés que estão nos metendo. Filhos contra pais e pais contra filhos. Já viu.


Quero deixar bem clara minha posição: sou a favor da educação, do respeito às crianças, da autoridade dos pais, da conversa, do diálogo. Sou a favor do respeito aos seres indefesos, em todas as instâncias. Sou a favor da paz. Sou a favor do amor. Sou contra, abomino qualquer tipo de violência, tanto física quanto psíquica. E, definitivamente sou contra essas leis heréticas, eleitoreiras e manipulatórias.

O mais triste de tudo é que os pais acabam perdendo o elan e vão ficando quietos, amarguradamente silenciosos.

Leia mais aqui

MINHA OPINIÃO JURÍDICA
Legislando sobre o tal, "castigo físico que não causa lesões na criança ou adolescente", o Estado interfere diretamente na privacidade das famílias e impõe limites ao dever que os pais têm de educar os filhos. E isso a Constituição Federal não tolera. Tais limites vão muito além daqueles que o constituinte permitiu.
Como se vê a polêmica está estabelecida e acredito que, se essa lei vier a ser sancionada, poderá até haver uma ação de inconstitucionalidade. É uma lei de grande impacto social, e sendo assim, carrega consigo um requisito capaz de permitir que se questione sua constitucionalidade.
Beijos. Fui.

sexta-feira, julho 23, 2010

PELOS CAMINHOS DA BLOGOSFERA

Olá todo mundo,


Estou com saudades de passear, de ir a lugares bonitos e charmosos, de comer coisas gostosas, de ver gente bonita, de tomar sol, sol, muito sol, de tomar cerveja gelada, de comprar uns perfumes com uns cheiros..., sei lá... é o inverno, é a chuva, que tá me dando nos nervos.

Nossa, tô cinzenta de tanta chuva...

Ontem assisti três episódios do House, um após outro, ainda bem que meu lap está recheado de Houses e Losts. Acho o Hugh Laurie tão bonito e estiloso, um gato. Aliás, toda aquela turma que trabalha com ele, tanto os homens quanto as mulheres: gatíssimos e gatíssimas. Adoro esse seriado. Tenho todos os episódios. Meu filho me abastece, hehe.

Mudando de assunto, hoje andei dando uma passada pela blogosfera e vi muitas coisas legais. O pessoal está se esmerando.  Fiquei fascinada. Tem muitas coisas bacanas pra gente ver. Confesso que eu, hoje, me superei, vi decoração, comidas, cinema, humor, fotografia, um monte de coisas. Foi então que, ih... lá vou eu de novo. Eu e minhas observações. Atentei para os comentários e, uma coisa puxa outra. Olha só no que deu.

Tem muita gente se queixando daquele pessoal que entra nos blogs só pra deixar seu nomezinho ali, só dando beijinho e trololó. E fazendo propagandinha de seu bloguezinho e botando poesiazinha. E comentário que é bom, nenhunzinho. Nem sequer lêem o texto. Grrr.

Comigo, graças a Deus, não posso me queixar, meus comentaristas são bacanérrimos, superinteligentes e educados. Ainda bem, avemaria! Deus os abençoe.

Agora, vamos combinar, será que essa turma do trololó pensa que engana alguém, que as pessoas não notam essas dissimulações? Ora, dá licença. Eu acho a maior falta de respeito. Esse tipo de pessoa que age assim, não pode intitular-se blogueiro.  São pessoas que apenas tem blog, nada mais.

Blogueiro(a) é outra coisa. Blogueiro lê e faz comentários condizentes com o que leu, ou então não faz, ele sabe que não é obrigado a comentar. Se tem blog é porque gosta de ler e escrever. Sabe que não é preciso concordar com o que está dito no post, que pode discordar, (é saudável), mas, sabe que tem que ler o texto para poder se pronunciar e se ater ao que leu. Uma simples questão de inteligência, concentração e raciocínio. Pelo menos é o que penso. Eu e muita gente da blogosfera, como constatei in loco, nos inúmeros posts que li a respeito. Se estiver errada, por favor, fiquem à vontade para convencer-me. Estou sempre disposta a colocar minhas idéias e constatações em xeque. Sei respeitar o pensamento alheio.

Gente, por favor, se antenem. Leiam e comentem, e depois deixem os beijinhos, links, poesias, textos, recadinhos, etc. não necessariamente nessa ordem. Mas LEIAM e COMENTEM. É sinal de respeito entre seus pares. "Não faças ao outro o que não queres que façam a ti". É tão simples. Sei, é difícil, okok, mas é possível, isso é o que interessa. Ou então, saiam sem comentar, de fininho... é bem mais elegante.

Ah, ia me esquecendo, tem uns ainda que, na maior cara-de-pau, simplesmente chegam dizendo: --oi, quer conhecer meu blog?-- Ah, não acredita? Podes crer, eu vi, com esses olhos, hehe. E em blogs bem escritos, elaborados, caprichados, que a gente vê que houve trabalho em cima do post. É de cravar!

Ô gente, assim não dá. A blogosfera tem lugar para todos, pra quê, golpe baixo?

Beijos.

quinta-feira, julho 22, 2010

VEGETANDO...

Olá!

Virou cult dizer que odeia a TV, que a TV emburrece e blablabla. E o ibope cada vez mais alto, mas como, se ninguém gosta..., tá bom, deleta. Diga aí quem nunca espiou um programinha global, quem nunca espiou uma novelinha, não importa o motivo, aliás, se você perguntar a cada um da turma do "odeia", eles têm na ponta da língua vários motivos-cabeça, capazes não só de desagravar, mas até de justificar o tempo que ficam, amiúde, embasbacados na frente da TV olhando programas que eles próprios odeiam..., (paradoxal, hein?). Não é o meu caso.

Se tiver que escolher entre tv e outras mídias, eu prefiro livro, lap, e-book, escrever, blogar, ou simplesmente zapear na internet. Ok. Mas também gosto das novelas e gosto dos programas televisivos, eventualmente, em doses homeopáticas.  

Vou dizer o porquê.

Às vezes fico vegetando numa ou outra novela global. Adoro a beleza dos cenários, a luz perfeita, gente bonita, tudo bonito, uma aura de sonho. Isso me distrai e me afasta um pouco da realidade. É que fico meio murcha de ver todos os dias as ruas sujas, mal cuidadas, as pixações que não foi ninguém, a desordem do trânsito, os mendigos, as crianças nos semáforos, os cavalos nas carroças, escravizados e mal tratados, a falta de respeito com os animais, com a vida em si, a degradação ambiental, a corrupção dos políticos, o judiciário cada dia mais desacreditado, as mentiras deslavadas dos governantes, as notícias tristes e verdadeiras, e por aí vai... 

Quando esse estado de coisas me entristece além do que posso suportar, dá-lhe novela! Na verdade, as novelas acabam sendo uma válvula de escape. Encho meus olhos e então, minha mente aproveita pra vagabundear um pouco... e acaba aliviando a tensão.

Mas vou só até aí, depois aterrisso e continuo no embalo, um grão de areia na praia, mas que, com  minhas palavras e atitudes, tento mudar o mundo, ah, isso eu tento! Rsrs. E começo em casa, hehe, com meus netos, hehe.

See you later.
Beijos.

terça-feira, julho 20, 2010

O LEITOR NOSSO DE CADA DIA

Olá!
FELIZ DIA DO AMIGO!

Quem tem amigos, tem tudo, quem não os tem, não tem nada.
Graças a Deus, tenho vocês.
Obrigada por existirem.

Um grande beijo.
* * *

Li uma crônica no Blog do Cacá e andei pensando a respeito do assunto que ele aborda com tanto brilhantismo, naquele espaço. Trata-se de livros e leitores. Segundo entendi, o crescimento do número de leitores não estaria acontecendo na mesma proporção do crescimento do número disponível de obras para a publicação, resultando no reinado absoluto das editoras, muito mais agora do que no passado. Em resumo, o número de leitores está diminuindo.

É verdade. Mas em homenagem as soluções --sempre bem vindas--, resolvi mudar o ponto de vista. Na verdade, venho concluindo que as editoras não estão com essa bolinha toda, e que há muita gente lendo, e lendo muito, até demais. O que falta são compradores para os livros que estão lá nas livrarias. E por que isso acontece? Well. Por várias razões, que no meu leigo pensar, gravitam em torno: do preço, da necessidade e da existência de outras mídias.

Deixarei de lado o preço, porque falta de dinheiro não se discute. E necessidade também, pois tem a ver com prioridades, e portanto focaliza outras variáveis. Lidarei aqui, apenas com os leitores que têm dinheiro. São esses os que me interessam nessa abordagem.

Veja bem. Vivemos cercados de uma diversidade infinita de linguagens: faixas, imagens, outdoors, publicidade, etc. Encaramos todos os dias uma poluição de textos e imagens, um mega bombardeio, que acabamos ficando sem fôlego para nos dedicar a uma leitura plena no sentido estrito da palavra. Suponho que para o escritor e para as editoras isso seja terrível, pois, a produção literária pode muito bem acabar nas prateleiras, o que, de certa forma confortaria a tese da supremacia das editoras devido à falta de leitores. Mas, acho que não é por aí, pois esse contato reincidente com os textos do cotidiano derruba a idéia de que as pessoas não lêem, de que faltariam leitores para os livros. Lêem sim, e demais. É que estamos diante de outro tipo de leitores. Os novos leitores. E esse é apenas um dos problemas.

Observo também, que ao par do tal bombardeio de leitura, os livros impressos estão tendo que lidar, em desigualdade de condições, com os arquétipos, que nunca estiveram tão em alta como agora, restando a impressão de que o potencial intelectivo produzido pelas pessoas que escrevem é sempre de menor valia. E aqui incluo também os óbices trazidos pelas linguagens da internet. Lembrando que a tecnologia computacional balançou a própria epistemologia da aquisição do conhecimento.

Noutro giro, quando afirmamos que faltam leitores, (se quiser pode ler compradores,) nós o fazemos partindo geralmente de um determinado padrão de leitura nosso, de conteúdo subjetivo, paradigmático. E da mesma forma deve estar acontecendo com os editores em relação aos autores. Todos partem de um critério próprio e geral. (Ex. faltam leitores para os livros impressos, ou os autores não estão escrevendo nada que agrade, ah, esse tipo de assunto não vai vender, etc e tal). Por óbvio a resposta a esse critério geral, será igualmente geral: não tem leitor. Ops! De volta ao ponto inicial. Mas já vimos que não é bem assim!

Ora, se temos a constatação de que os livros não estão vendendo, e sabemos que tem leitores, urge uma revitalização nessa área. E vou anotar aqui, minha opinião, só uma opinião leiga, please. Antes de me crucificar, lembre-se disso. Rsrs.

Abandonada a tese da falta de leitores, que tal focalizarmos as mídias? Que tal descobrir objetivamente que tipo de leitura afasta ou conquista os leitores nesse novo mundo povoado de apelos tão diferenciados? Em que tipo de livros tais leitores estariam dispostos a investir seu tempo e seu dinheiro? Seriam os livros impressos? E a ecologia? E o e-book? E as outras mídias? Qual o papel das editoras nesse remanejo literário? Sei lá, mas, para mim, essas são discussões relevantes que devem ser postas na mesa, de imediato, pois os novos autores aí estão, e os novos leitores também. E todo mundo precisa viver do seu trabalho.

Acredito sinceramente na possibilidade de convivência harmoniosa de todas as mídias no que se refere à produção textual, à criatividade e ao ganha-pão de cada um. Como? Ainda não sabe como fazer? - Quá! - Nem eu. Rsrs. A única coisa que sei é que o mercado editorial não anda lá essas coisas. Que não há falta de leitores. E que há os novos leitores do admirável mundo novo midiático. E que esses leitores estão aí, esperando para serem conquistados pelos autores e pelo mercado, sob outros prismas.

Beijos.

segunda-feira, julho 19, 2010

O QUE FAZ O FRIO...

Olá, pessoal

Olhaí o que faz o frio. Mexe com a cabeça da gente: é pipoca, é café, é chocolate quente, é lareira. 
Meu Deus! Um bom início de semana pra vocês.
Enjoy


Haicai MSBd9
Chove lá fora -
Eu comendo pipoca.
Croc, croc. Que bom!



Haicai MSBd8
Na chuva o casal
caminhando ligeiro -
Tem café?


 Tchau. Beijos.

sábado, julho 17, 2010

DINHEIRO


Adoro esse filósofo rabugento. Falam mal dele, dizem que é pessimista, que tem uma visão ateísta do mundo, etc e muito etc. Touché! Cada um tem seu direito de opinar. Eu também. Acho que ele é o filósofo do realismo, isso sim. Ele vai a fundo nas filigranas da vida, e inclusive antecipou muitos sentimentos que a competição selvagem de hoje acabaram trazendo naturalmente para o nosso mundo. Talvez por isso, o chamem de rabugento, hehe, mas ele faz a gente pensar.

Claro que não concordo com tudo que ele diz, mas normalmente me empolgo com seus textos e leio e releio, não consigo desgrudar. É que ele, além de ser objetivo, não fica batendo sempre na mesma tecla, não enche a paciência da gente. E os assuntos são sempre interessantes.

Esse texto que estou postando é do meu arquivo particular. É uma passagem agudíssima e certeira sobre o valor do DINHEIRO.

Numa espécie tão carente e constituída de necessidades como a humana, não é de admirar que a riqueza, mais do que qualquer outra coisa, seja tão estimada e com tanta sinceridade, chegando a ser venerada; e mesmo o poder é apenas um meio para chegar a ela. 
Os homens são amiúde repreendidos porque os seus desejos são direccionados sobretudo para o dinheiro e eles amam-no acima de tudo. Todavia, é natural, e até mesmo inevitável, amar aquilo que, como um Proteu infatigável, está pronto em qualquer instante para se converter no objeto momentâneo dos nossos desejos e das nossas necessidades múltiplas.
De fato, qualquer outro bem só pode satisfazer a um desejo, a uma necessidade: os alimentos são bons apenas para os famintos; o vinho, para os de boa saúde; os medicamentos, para os doentes; uma peliça, para o inverno; as mulheres, para os jovens, etc. Todos eles, por conseguinte, são meramente bons para algo, ou seja, apenas relativamente bons. Só o dinheiro é o bem absoluto, porque ele combate não apenas uma necessidade in concreto, mas a necessidade em geral, in abstrato."
(Arthur Schopenhauer, em “Aforismos para a Sabedoria de Vida” (1851), do livro “Parerda e Paralipomena”).
ARTHUR SCHOPENHAUER - Filósofo alemão (1788-1860) nascido em Danzing (actual Gdansk, na Polónia) e falecido em Frankfurt.  A pronúncia correta de Schopenhauer é Xopenrráuer e não “Xopenauer” ou “Escopenauer”. E aí, você não tem obrigação de saber alemão, não é? Claro que não. Mas depois de ler esse texto, desista de alegar ignorância. Você sabe, cultura não mata ninguém. Mas é possível que incomode alguns governantes.

See you later.

quinta-feira, julho 15, 2010

ENERGIA LIMPA

Olá, pessoal!!

Gente, que maluquice esse frio, brrrrrr  8,5 graus! E esse vento, é o legítimo de renguear todos os cuscos por aqui! Pelamor! Juro, não sei como é que a gente consegue aguentar esse tempo megalouco aqui do sul. Hoje até que teve sol, e bem claro, por sinal, mas o vento permaneceu ali, firme, sem desgrudar um segundo dos ossos das pobres criaturas que precisam andar caminhando na rua. Mamma Mia!!!

Eu, como já tenho dito, não posso me queixar, graças a Deus, tô aqui no calorzinho artificial, no ar condicionado. Beleza.

Mas, tchê, estou aqui hoje, apenas para agradecer em meu nome e em nome do Nilton, a atenção e o carinho de todos os que aqui estiveram e aos que deixaram seus comentários tão energéticos para nós, no dia de ontem. Agora sim, estamos a mil, cheios da mais pura energia da blogosfera. Energia limpa, da melhor qualidade. É mole?  Vocês capricharam hein! E nós temos mais é que agradecer.

Obrigada, muitíssimo obrigada, que Deus retribua essa bondade de vocês em forma de muitas alegrias e sucessos. Vocês moram no meu coração. Acreditem.

Um beijo grande.

* * *

Haicai MSBd10

Na luz da manhã
namoram os pássaros -
Que lindo jardim!

Por enquanto era isso. Retorno em breve. Enjoy.

terça-feira, julho 13, 2010

DIA DE FESTA

Olá, todo mundo!

Pois é, gente, a festa é por aqui mesmo.
Estamos de aniversário de casamento hoje, o Nilton e eu, 42 anos.

Nossa, como passou!

Graças a Deus, aqui estamos confraternizando. E na blogosfera! Quem diria hein, juro, eu nunca imaginei. Mas o bom é que estamos cada dia mais jovens! E mais bonitos, rsrs, pura verdade. Qual é, não acredita? Também pudera, você nem viu as fotos do casamento! Mas nós acabamos de ver e estamos aqui para confirmar!!! (Me engana que eu gosto).

Apareçam, vamos comemorar!!!



Era isso. Fui.
Beijos.
Enjoy

segunda-feira, julho 12, 2010

O OUTRO LADO DA MOEDA

Olá!

Não tem coisa pior do que esperar. Ressalvando-se a gravidez, todas as esperas são terríveis. Era assim que eu pensava, e na minha juventude, sempre odiei o verbo esperar. Mas veja você como são as coisas. Pois não é que fui casar justo com um homem que tem uma profissão que o obriga a viajar? (Quando casei não era assim, mas ele terminou a faculdade e então... grrrr). Bom, das duas uma, ou eu aprendia a esperar ou me ferrava.


Fazer o quê, preferi aprender. Posso dizer que conheço o verbo esperar em todas as suas nuances e declinações. Espero no frio e no calor. Espero de manhã, de tarde, de noite, de madrugada. Sou Phd em esperar. O aeroporto é minha segunda casa. Sei tudo sobre saída e chegada de aviões. É lá que me instalo, eu e meu arsenal variável: às vezes livros, palavras cruzadas, lap, revistas... E, de quebra, instalo também o meu olhar panorâmico! Gosto de observar o ir e vir das pessoas e suas atitudes. Tenho histórias para contar.

Toda semana estou no aeroporto esperando meu príncipe (des)encantado, rsrs! E sei que ele chegará saudoso, louco pra ir pra casa e retomar a convivência comigo, nossos filhos e nossos netos. (E nossos cachorros também!). Assim que ele chega, tem beijo e um baita abraço e a gente segue até o carro. Agora falta pouco. Logo, logo estaremos novamente em nossa casa. É sempre assim, essas coisas ninguém muda, hehe.

Se gosto desse modus vivendi? Gosto. Aprendi a tirar de minhas circunstâncias o que de melhor elas têm pra me oferecer.

A convivência nesses moldes está muito longe de ser um castigo. Tenho tempo livre para alimentar meu espírito, para trabalhar, ler, pensar, planejar, enfim fazer tudo o que me der na telha. E não posso negar que essa separação forçada traz mais saudades e estimula nossos reencontros. E, decididamente deixamos de lado as mazelas diárias, preferimos aproveitar ao máximo o tempo que temos para ficar juntos e conviver com nossos afetos. É a velha história: a vida é uma só, hehe.  (O portão eletrônico estragou, o micro deu pau? Isso a gente fala e resolve depois, durante a semana, por msn, telefone, sei lá. Os problemas vão surgindo e a gente vai resolvendo. Easy. Mas por favor, sábado e domingo, definitivamente não!!)

O chato de viver assim, (boa parte do tempo um lá e outro cá), é que muitas vezes a gente deixa de compartilhar aniversários, aquele filme especial, etc, coisas banais que compõem a vida de um casal.  Mas tudo tem um preço.  Licença, vou ter que parar, o príncipe tá chegando, tchau!!!

E você, já passou por alguma experiência semelhante? Que acha?

Beijos.

sábado, julho 10, 2010

SERVIDÃO HUMANA

Olá, pessoal.

Dica de livro. Espero que gostem!


"Servidão Humana" é seguramente um dos melhores livros que já li, tanto que, passados mais de 30 anos, resolvi ler novamente. Com outro olhar, outro saber. São mais de seiscentas páginas, mas o estilo é tão simples e leve que a gente lê sem cansar, e quando termina, a gente ainda quer mais.

Esse livro foi lançado em 1915 e é considerado a obra prima de Willian Somerset Maugham e não importa o tempo que passe, a história é sempre atual, com a vida mostrada em diferentes ângulos, da miséria à fortuna. Mostra também que a verdade, beleza e bondade são valores perenes que sempre devem ser cultivados. Sem sentir, somos levados a rever certas posturas que temos em relação ao outro. O autor aborda quase todos os conflitos humanos, os problemas angustiantes da alma e da inteligência.

Há elementos tão familiares com a nossa vida que chega a impressionar. Quem de nós já não se defrontou com a dúvida de não saber o que quer fazer da vida, porque sente que não tem qualquer aptidão? Para quem de nós, o futuro já não pareceu aborrecido e insignificante? Porque estamos aqui? O que é mais importante, o amor ou o dinheiro? Destino, acaso ou Livre arbítrio? Deus, sim ou não? Você já pensou na sua morte? E na das pessoas que lhe são próximas? Por que corremos tanto de um lado para outro e nos desesperamos por coisas que não nos levarão a lugar algum?

A história? Bom, é uma história bem singela. Narra a vida de Philip Carey, sempre dividido entre a religiosidade da família e o desejo de liberdade que os livros e os estudos lhe apresentam. Tentando ser independente, ele sai de casa em busca de uma carreira de artista em Paris. Mas se apaixona por uma mulher e seus planos "balançam". (suei frio e torci pelo seu destino). Durante muitos anos, apaixonado, ele fez de tudo para dar certo, mas não conseguiu. Ela se apaixonou por outro. Eis o conflito. E no meu pensar, aí é que está o furo da bala.

Observe que essa relação conflituosa de querer o que não tem e de amar o que não pode, não é uma coisa rara e nem é assim tão distante de nós. Veja que Drummond, em seu poema Quadrilha também registrou algo semelhante: "João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém." O cancioneiro popular também anotou: "quem eu quero não me quer, quem me quer mandei embora". Mas a forma como o autor demonstra isso no livro é que faz a diferença.

Ele dimensiona com agudeza nossa escravidão sentimental e submissão desmedida aos nossos próprios desejos. E facilmente nos identificamos com os personagens, suas dúvidas, angústias e o poder transformador das decisões.

A obra teve 3 adaptações cinematográficas: em 1934, 1946 e em 1964. Leiam. Vocês não vão esquecer!! Mas não adianta procurar nas livrarias. (Eu emprestei o meu há muuiiiito tempo e acabei agora, tendo que garimpar outro e só fui achar num sebo aqui em Poa, e ainda bem que achei). Por 15 pilas, hehe.

Marli Soares Borges

quarta-feira, julho 07, 2010

O QUE ME FEZ UMA BLOGUEIRA?

Olá todo mundo!

Ganhei da amiga Denise, do Blog Tecendo Idéias, um selinho muito esperto. O Blog da Denise é um cantinho encantador, recheado de coisas boas de ler. Você não pode deixar de dar um pulinho , pra conhecer.  Obrigada, Denise! Um beijo grande.

O selinho você encontra postado na GALERIA, ao lado, na side bar. É só clicar em selinhos e pronto! 


* * *

O QUE ME FEZ UMA BLOGUEIRA?

Um blog? Eu? Ora blogs! Nunca imaginei.

Pensando bem, eu sempre tive uma quedinha pra essa vida blogueira. Gosto de ler e escrever, gosto de computador e gosto de internet, então... mas daí a ter um blog, bem aí é outra história.

Era muito grande a minha curiosidade e girava em torno de duas questões: eu queria saber como funcionava esse tal de blog e porque diabos atraia tanta gente. Tratei de observar, à distância, de bico calado. Vem cá mãe, vem aprender, é fácil. Ô mãe, tu não quer mesmo aprender? Não, não quero. (Mas é claro que eu queria, eu tava era me fazendo. Que vergonha, hehe). É que meu sexto-sentido estava ali, matraqueando na minha orelha, não vai, isso é coisa de doido, isso vicia, foge enquanto é tempo, conserva tua sanidade. Aterrissa mulher, o word é tão legal, pra quê blog?

Mas não adiantou. Eu tinha que desvendar o mistério! (Ou seria o destino me chamando?) Um dia resolvi observar bem de perto, meu filho, em plena atividade bloguística. Foi então que vi os comentários. Nossa! Me apavorei. Não mesmo, ninguém me pega, isso decididamente não é pra mim, imagine o que irão dizer dos meus textos, eu que nem sei escrever e blablabla. É muito complicado. Virei as costas e dei o fora. Não quero conversa com blogs!

E foi assim, até que minha nora resolveu aprontar. E sabe o que ela fez? Criou um blog e me deu de presente! Olhe, esse é seu espaço. Escreva o que quiser. Aproveite, aqui você pode deitar e rolar. Gente, pra mim foi uma surpresa e ao mesmo tempo um grande susto! Mas resolvi encarar, no fundo era tudo o que eu andava querendo. Sufoquei aquele ridículo sexto-sentido e me atirei. E encarei o blog com o cego entusiasmo dos inocentes, supondo que tudo não passaria de uma ligeira distração, mais ou menos como ir ao cinema. E comecei a desbravar a tenebrosa selva da blogosfera.

Meu primeiro post foi uma poesia, linda, de um poeta que adoro. Segui postando poesias, eu e meu blog, numa relação amistosa, porém carregada do respeito místico que o desconhecimento impõe. Textos de minha autoria nem pensar. Caí num dilema cruel. E isso foi me chateando, até que um dia fiquei p... da vida e tive que, literalmente, engolir uma imperiosa compulsão de quebrar o lap e largar o blog! Caracas. Que há comigo?

Pura sandice. Mas reagi, tomei coragem e postei um texto meu. E sabe o que mais? Vieram os comentários e eu A-DO-REI! E vieram as amizades e eu A-DO-REI! Agora entendo porque, afinal, as pessoas se encantam com os blogues. São interações virtuais, sim. Mas são verdadeiras e habitam um lugar real no coração da gente! E são cheias de luz. Confesso que fico sensibilizada demais com essa troca de idéias e saberes que acontece nas postagens. Assuntos diversos, todos eles interessantes. Me divirto e me emociono. Taí, me apaixonei, rsrs.

Agora sou blogueira assumida, de carteirinha. Quem me vê na vidinha real, no dia-a-dia, nem imagina que à noite, ando de blog em blog! Mas você sabe, você conhece minha alma blogueira. E isso me gratifica e seduz.

Pois é, amigas e amigos. Tudo muito bonito, mas preciso dizer uma coisa, jogo limpo, você sabe. É o seguinte: quero pedir desculpas publicamente ao meu sexto-sentido, que injuriei. Desculpa aí, cara, você está e sempre esteve com a razão. Esse negócio de blogar é mesmo arrebatador, terrivelmente viciante, uma perdição!! (Adorável, mas é uma perdição!! Rsrs).

Gente, acho que não tô batendo bem, olha só a música que anda tocando na minha cabeça: "Daqui eu não saio, daqui ninguém me tira". Pô, e você, ainda continua não gostando de blogar? Ora blogs, faça-me o favor!

Era isso. Beijos. Fui.

domingo, julho 04, 2010

NOS EMBALOS DA CARA FEIA

Olá!

SOMOS TODOS DIFERENTES

Nesse mundo não há mais lugar para os mandões, arrogantes, prepotentes e presunçosos. Está na hora das pessoas se darem conta e serem mais cordiais e solidárias umas com as outras, pois nunca precisamos tanto dos nossos semelhantes, como nos tempos atuais, em que tudo-muda-todo-o-dia, e a segurança fugiu de nós. E além do mais, temos de conviver com os acasos, os infortúnios, que não acontecem só com os outros, eles podem atingir você, eu, todo mundo e mostrar que no final das contas, ninguém está em condições de recusar algum tipo de ajuda. O mais poderoso socialmente pode muito bem precisar daquele que não tem nenhum poder e vice-e-versa.

Num dia de temporal, da varanda de minha casa vi a fúria do vento e a chuvarada cair. Confesso que senti um medo maior que o mundo, mas também confesso que naqueles poucos instantes em que a ventania impiedosa devastava o sonho de tanta gente, meu pensamento fixou-se na nossa impotência e pequenez diante da natureza agigantada e enfurecida. Naquela hora, a gente só podia... rezar.

Numa outra ocasião também, meu avião não pôde decolar devido ao terrível, abominável temporal. E fomos obrigados a aguardar dentro da aeronave, de portas fechadas, mais de hora, até que o tempo permitisse a decolagem. Só eu sei, naquela noite, o quanto desejei estar perto de minha família, meu marido, meus filhos, netos, minha casa, enfim, de todos os meus afetos. Tão longe e inacessíveis de mim.

Nem os reis e presidentes, nem os juízes e os doutores poderiam modificar nenhuma daquelas situações. Estávamos todos reduzidos a nossa humanidade, reféns de nossa insignificância. O acaso ali estava, bem no meio do caminho, sujeitando a todos nós, independente de nossas diferenças sociais e econômicas.

Uma coisa que venho notando é que na hora do sufoco todo mundo é igual, somos todos irmãos! Ahã. Mas quando a vida volta ao normal, volta também o embalo insalubre da cara feia, do mau humor, da presunção e da arrogância. Socializa-se a desgraça e capitaliza-se a alegria. Que coisa mais angustiante é esse tipo de vida. Fico pensando no que essas pessoas sentem, no que as leva a viverem assim, se achando. Sei lá, parece-me que jazem envoltas numa fantasia de onipotência, parecem anestesiadas.

Avemaria, tá na hora de acordar! É hora de reconhecer que efetivamente ninguém é igual a ninguém, somos todos diferentes. Mas é preciso aceitar o fato de que nossas diferenças não podem servir de motivo para que uns se julguem maiores e melhores que os outros, e os tratem com desdém, numa relação inexplicável de arrogância e presunção. É urgente um remanejo de atitudes.

Quer saber? Nesse mundo cujo dinamismo, por vezes, apresenta-se tão exacerbado e tão complicado, a cordialidade não é favor, é necessidade. E a solidariedade também. Se houve um tempo em que a sociedade tolerou atitudes hostis, hoje em dia ninguém mais está com paciência para ser espezinhado. Ao que tudo indica, o saco encheu.

Valeu gente. Fui.
Beijos.
Imagem aqui.

sexta-feira, julho 02, 2010

BASTARDOS INGLÓRIOS

Olá!

Obrigada pelos comentários. Fiquei feliz, vi que gostaram dos dizeres da Clarice. Também pudera, ela é maravilhosa. Seus textos são sempre atuais e sempre se prestam a novas interpretações, sempre se renovam.

Gente, que legal, todo mundo esperando minha idéia(?!), rsrs. Não criem expectativas, please, vocês vão ver, é só uma coisinha bem simples pra gente interagir.  Agora, ao post, enjoy!


* * *

Assisti ontem em DVD, (meio atrasadinha, eu sei), o filme "Bastardos Inglórios", com Brad Pitt, Mélanie Laurent e o excelente Christoph Waltz, sob a direção de Quentin Tarantino.


Para início de conversa, já vou dizendo que adoro os diálogos de Tarantino e que, mesmo que o filme nem fosse lá essas coisas, os diálogos o seriam, claro.

O filme tem um enredo simples mas genial, e a trilha sonora é ótima. Quando acaba a gente está com a cara sorridente. Tarantino idealiza uma nova forma para terminar a segunda guerra. E os diálogos, como sempre, são inteligentissimos e tocantes. A comparação do rato com o esquilo, ambos roedores, é sensacional. Adoro filmes assim.

Tem um personagem que rouba as cenas. Não, não é o Brad Pitt. Aliás, o Brad Pitt é o protagonista e está ótimo, caricato, interpretando o caipira e tosco Aldo Rayne, (esse personagem me lembra muito John Wayne, nos bons tempos). Mas o ator a quem eu estava me referindo, é outro. É Christoph Waltz, ator austríaco, que interpreta o coronel nazista Hans Landa, o "caçador de judeus". Ele tem um talento impar, e seu vilão, quando aparece, rouba todas as cenas. A gente não consegue ficar impassível diante de sua interpretação. Taí ele pra você ver.



Não achei o filme tão violento como me falaram. É que venho notando que Tarantino tem um "dom", ele consegue apresentar a violência de uma forma impactante, mas ao mesmo tempo, digamos, estilizada, que conseguimos ver sem maiores problemas. Até as pauladas e escalpos a gente consegue encarar. É o tipo de violência que não admite meio-termo ou se ama ou se odeia. Mas, vamos combinar, quem de nós nunca teve uma vontadezinha de tirar um escalpo daqueles nazistas engomadinhos, hein!

No decorrer do filme, acompanhamos duas tramas que seguem paralelas, ambas buscando suas próprias vinganças: A do grupo de Aldo Raine (Brad Pitt) e de Shosanna (Mélanie Laurent, fabulosa). Mas o interessante é que as duas vinganças são "do bem", e Tarantino, com habilidade de mestre, deu um jeito para que elas não competissem entre si na preferência do espectador.
  


Leia o resumo que tirei do portal de cinema:

Durante a Segunda Guerra Mundial, na França ocupada pelo exército alemão, a jovem Shosanna Dreyfus testemunha a execução de toda a sua família pelas mãos do coronel nazista Hans Landa. A moça escapa e viaja para Paris, com a forjada identidade de dona e operadora de um cinema.

Ainda na Europa, o tenente Aldo Raine organiza um grupo de soldados judeus para lutar contra os nazistas. Conhecido pelo inimigo como The Basterds, o grupo de Aldo acaba tendo como nova integrante a atriz alemã e espiã disfarçada Bridget Von Hammersmark, que tem a perigosa missão de derrubar os líderes do Terceiro Reich.




Tarantino o é considerado pela crítica especializada, como um dos maiores diretores do cinema contemporâneo.

Com poucos filmes, ele já mostrou a que veio.


Era isso. Fui.
Beijos.

quinta-feira, julho 01, 2010

UM SOPRO DE VIDA

Olá,

Eu simplesmente adorei os comentários do post anterior. Adorei saber o que vocês leram no passado, lá bem distante, naqueles tempos tão prazerosos da infância. Adorei conhecer mais um pouquinho de cada um, estreitar laços, aprimorar afinidades. É tão bom a gente recordar nosso passado infantil, tão glorioso, tão nosso, tão "self".  É um verdadeiro (re)viver!! Nossa, acabei de ter uma idéia brilhante! Humm, me aguardem, rsrs. Obrigada, gente. Vocês são show de bola!


* * *

EQUILIBRO-ME COMO POSSO

Não é segredo pra ninguém que gosto muito de ler. Só que não leio tudo-o-que-cai-na-mão. A leitura para mim é um deleite, por isso escolho o que vou ler. Dia desses me deu vontade de apropriar-me de umas palavras que andei lendo num livro póstumo. A escritora apesar de sentir a proximidade da morte, (câncer generalizado), continuava a escrever, e escreveu até morrer. Nesse livro (parece que foi o último que ela escreveu), num pequeno trecho, ela traçou com precisão o que, no meu entender, tem sido a caminhada pela vida de alguns de nós, nos quais eu me incluo. A gente realmente se equilibra como pode, pois a incerteza é nosso legado intransferível, nossa eterna companheira.

O nome do livro é "Um Sopro de Vida" e a autora é Clarice Lispector. Só podia. Agora sintam, traçado em palavras, o desenho fantástico dos caminhos da vida.

"(...) Nao, é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos meus modos de existir. Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus. (...)" 
Beijos. Fui.